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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O que é parto humanizado?

O motivo que me leva a escrever o post de hoje é a proposta para a saúde que Patrícia Bezerra, a candidata a vereadora, publicou em seu site, conforme copiei abaixo.

Saúde - Parto Humanizado
Hoje, só as gestantes que dão à luz em hospitais particulares têm direito a anestesia em parto natural. Na rede pública de saúde, a história é outra: grávidas são obrigadas a evoluir seus partos normais por 8h, 9h, 10h, com dores e sem poder ter acesso à analgesia. Patrícia Bezerra é mãe e sabe da importância do momento de dar à luz, por isso, defende direitos iguais: anestesia para grávida rica, sim, mas também para a grávida pobre. Além do parto sem dor, a proposta de Patrícia é cuidar bem das mulheres de São Paulo, garantindo a elas uma série de benefícios que compõem o protocolo de um parto humanizado, assegurando tratamento digno nesse momento tão importante. Como seu marido, o deputado estadual Carlos Bezerra Jr., cuja proposta como vereador foi a de que deu origem ao Programa Mãe Paulistana, o compromisso de Patrícia Bezerra na Câmara é fazer o parto humanizado sua primeira proposta como vereadora.

Talvez numa leitura rápida, certos pressupostos por trás dessa proposta lhe passem despercebidos. Afinal, não é algo bom que as grávidas da rede pública também tenham direito a anestesia na hora do parto? Sim, claro que é!! Porém, tem algo que me incomoda muito nessa redação: a visão distorcida que ela denota sobre o que significa, de fato, o conceito de parto humanizado. Isto me deixou surpresa, confesso, e por um simples motivo: o marido dela, o deputado estadual Carlos Bezerra Jr (em quem eu votei nas últimas eleições!), é médico ginecologista e obstetra e, conforme seu próprio site informa, já foi presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de SP. Por isso, eu esperava mais conhecimento e coerência na redação dessa proposta!

Mas vamos às minhas considerações do que é (ou não) parto humanizado.

Em primeiro lugar, não concordo que direito à analgesia seja sinônimo de parto humanizado e muito menos que parto de mais de 8 horas seja algo ruim. Ruim é quando hospital e médicos tentam acelerar as coisas para que "a fila ande" (por motivos econômicos)... e isso na REDE PRIVADA! Então eu questiono: oras, por que a candidata quer defender somente os interesses/direitos de pacientes da rede pública? Será que ela não parte, erroneamente, do pressuposto que todos os partos em rede privada, só porque na grande maioria dos casos têm anestesia e normalmente evoluem para cesárias (também por motivos econômicos, devo ressaltar) são humanizados?! Basta pesquisar um pouquinho para saber o quanto esta visão não tem fundamento! Ao meu ver, é um argumento que revela ignorância não somente sobre o verdadeiro conceito de parto humanizado, mas também do trabalho de parto em si (como acontece, quanto tempo dura, etc)!

Outra confusão que a redação acima faz é entre os termos "parto normal" e "parto natural", a começar pela primeira linha onde diz que grávidas de hospital particular têm direito a analgesia em parto natural. Frase totalmente sem lógica. Ora, o próprio conceito de "parto natural" é que ele é feito SEM anestesia! Já "parto normal" refere-se simplesmente ao parto vaginal, normalmente com intervenções médicas (ex: ocitocina, analgesia, forceps, episiotomia).

Eu entendo que "parto humanizado" é o termo que designa uma filosofia de atendimento no parto hospitalar ou domiciliar que respeita o tempo, ritmo e corpo da gestante e do bebê para que o parto evolua naturalmente, com o MÍNIMO de intervenção médica possível - por exemplo, sem a introdução do "maldito sorinho" (ocitocina) para acelerar as contrações - ou seja, não diz respeito a sentir ou não dor (porque partos naturais/com dor podem sim ser humanizados), mas ao amparo, principalmente psicológico, em forma de orientações tranquilizadoras do que fazer, como respirar, quando empurrar, etc, que a paciente recebe antes e durante o trabalho de parto! Em linhas gerais e de forma bem resumida, este é o meu entendimento do que seja parto humanizado.

Convido você a digitar "o que é parto humanizado" no google, fazer algumas leituras e tirar suas próprias conclusões. Depois compartilhe conosco seus achados e comente!

4 comentários:

  1. Creio que podemos adicionar e ir além em mais algumas coisas ao Humanizado do parto. Depois do parto a criança recebe os primeiros cuidados dá uma olhada para a mamãe e vai passar 2 horas sei lá fazendo o que longe da mãe. Enfim, tem bem mais nisso do que "ter direito" à anestesia e cesária.

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  2. Sim, me lembro exatamente disso... essa parte das minhas experiências de parto foi desumanizado, com certeza. Nas duas vezes, mal deixaram eu segurar minha bebê por mais de 1 ou 2 minutos, não pude amamentá-la imediatamente após o nascimento (como todo curso ou livro de orientação para gestantes que eu conheço diz que é para ser feito!) e, pra completar, só fui vê-la novamente cerca de 4 horas depois. Depois de parir, o que a mãe MAIS quer é ficar abraçadinha com a sua criança, ali curtindo a emoção do momento! E imagino que este seja o desejo do bebê também, ficar juntinho da mãe!!

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  3. Ficar com o bebê logo após o nascimento é realmente importante! Meu parto, agora em outubro/12, foi hospitalar humanizado, inclusive fui acompanhada por uma doula (maravilhosa) que trabalha com minha médica (maravilhosa tb!), e tive o prazer de ter minha filhinha nos braços logo que nasceu. Eu e meu marido ficamos curtindo ela um tempão e eu já dei de mamar nesses primeiros instantes de vida. Apliquei os ensinamentos do nana nenê desde esse comecinho e já estou colhendo os frutos (com 7 semanas já dorme a noite inteira!).
    Quanto à questão da anestesia, quis tentar um parto normal sem toma-la, mas na hr eu pedi, pois a dor era absurda! Só que tomei nos últimos momentos mesmo e consegui continuar a ter uma boa evolução no trabalho de parto. Enfim, sou totalmente a favor do parto humanizado e é uma pena que no Brasil isso ainda seja muito pouco conhecido, além de que o parto normal está se tornando cada vez mais "anormal" em nosso país.
    Parabéns pelo blog de vcs, tem sido uma ajuda incrível quando surgem minhas dúvidas quanto à rotina do nana nenê!

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  4. Oi Flávia, você foi duplamente abençoada, né!

    Primeiro pelo parto hospitalar humanizado e por ter encontrado uma obstetra como a sua. Pelo menos aqui em S. Paulo isto é cada vez mais uma raridade já que a maioria dos profissionais é cesarista! Uma amiga da minha igreja ganhou bebê em outubro/12 e no finzinho da gestação ela precisou recorrer de última hora à médica que fez o parto de seus outros filhos e que mora em outra cidade! Ela me explicou que passou de médico em médico durante o pré-natal e não conseguiu encontrar um que passasse segurança de que estava realmente disposto a tentar o parto normal! Já pensou?! Isto pq os outros dois filhos dela nasceram de parto normal, hein! Quando é primeira gestação é ainda mais fácil o obstetra dar um empurrãozinho para a cesária. No fim das contas a obstetra dessa minha amiga não conseguiu vir para realizar o parto dela (porque a evolução foi muito rápida e o bebê nasceu em poucas horas), mas indicou um profissional amigo dela que o fizesse e deu tudo certo!

    E segundo por ter conhecido o Nana Nenê, se empenhado em aplicar os princípios da AOP e de já estar colhendo os frutos da sua bebezinha dormir a noite toda - maravilha!! Há muitas mamães que não têm / tiveram esse privilégio e é por isso que esse blog existe, para ajudar a levar "boas novas" a elas. : )

    Muito obrigada por comentar, isso nos encoraja muitíssimo!

    Um abraço, Talita

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