Além de visitas ao pediatra, o primeiro ano do bebê também está repleto de passeios até os postos de vacinação. Inúmeras são as vacinas oferecidas pelo sistema público de saúde, algumas até que nem entram no calendário da Organização Mundial da Saúde. Que bom! Pelo menos nessa área não podemos nos queixar dos políticos.
Todas as vacinas oferecidas na rede pública também são igualmente ministradas em clínicas particulares. Antes de ter minha filha, me perguntava por que, além da comodidade, alguém optaria por pagar por algo que é oferecido gratuitamente.
Fiz essa pergunta aos diversos pediatras que visitei no primeiro mês de vida dela. Alguns diziam que as vacinas de clínicas privadas são melhores, porque os organismos usados para a confecção destas eram mortos ou mais fracos, diminuindo a chance de reações. Coincidência ou não, os favoráveis às vacinas de clínica ofereciam este serviço nos seus consultórios. Todos os demais afirmaram que não havia qualquer diferença, excetuada a praticidade e horários mais flexíveis.
Conclusão: minha filha vai no postinho aqui perto de casa mesmo e nunca deu problema. J
Contudo, há uma vacina recomendada pelo médico que não é oferecida gratuitamente: a meningocócia C conjugada. Aos interessados, no lugar mais barato que encontrei é cobrado R$150,00 a dose.
Há ainda o caso da pneumocócica conjugada que merece um esclarecimento. Essa vacina entrou no sistema público apenas em março deste ano. O dr. Ped, porém, me deu um alerta. Há tipos diferentes de vacinas desse tipo: uma para adultos, duas “sete-valente” (sendo uma delas boa, que é a Prevenar) e uma “dez-valente”. O número se refere à quantidade de “tipos” de pneumonia que são protegidas. No início da campanha, o governo comprou uma sete-valente que não é tão boa, porque não protege contra os organismos mais comuns que causam pneumonia no Brasil (a Prevenar, embora “sete-valente”, é boa). Apenas depois é que foram compradas vacinas melhores de dez-valente. Basicamente, o alerta é para conferir, ao vacinar, qual delas tem no posto de saúde.
Outro dica: pelo menos aqui no posto perto de casa, essa vacina somente é dada após os seis meses, enquanto a recomendação é para que a primeira dose seja ministrada aos 2,3 meses. Eu optei por pagar a primeira dose na clínica (R$235,00) e vou dar a segunda no postinho. Foi uma escolha minha. Acho que não tem muito problema aos que quiserem esperar os seis meses para dar a primeira dose.
Dito isso, coloco abaixo um “calendário de vacinação” para os que quiserem consultar. Seja vacina paga, seja gratuita, o importante é imunizar. Afinal, é melhor prevenir do que remediar!
Idade | Vacinas |
Ao nascer | BCG (Tuberculose), Hepatite B |
1 mês | Hepatite B |
2 meses 1ª dose | Poliomelite (Sabin/Salk) Tríplice Bacteriana (DTP) Haemophilus tipo b/Rotavirus Pneumocócica conjugada* |
3 meses – 1ª dose | Meningocócica C conjugada** |
4 meses 2ª dose | Poliomelite (Sabin/Salk) Tríplice Bacteriana (DTP) Haemophilus tipo b/Rotavirus Pneumocócica conjugada* |
5 meses – 2ª dose | Meningocócica C conjugada** |
6 meses 3ª dose | Poliomelite (Sabin/Salk) Tríplice Bacteriana (DTP) Haemophilus tipo b/Rotavirus Pneumocócica conjugada* |
12 meses | Tríplice viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola) Hepatite A |
15 meses Reforços | Poliomelite (Sabin/Salk) Tríplice Bacteriana (DTP) Haemophilus tipo b/Rotavirus Pneumocócica conjugada* Meningocócica C conjugada** |
18 meses | Hepatite A |
4 a 6 anos reforços | Poliomelite (Sabin/Salk) Tríplice Bacteriana (DTP) Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!