Além das mudanças advindas de sua recém-desenvolvida mobilidade, os primeiros 6 meses após completar seu 1º. aninho também foram marcados por expressões cada vez mais evidentes de sua personalidade e emoções. Uma palavra que resume bem essa fase (a respeito do qual os Ezzos também alertam no seu curso "Preparation for the Toddler Years: Parenting your 12 to 18 Month Old") é a IMPREVISIBILIDADE.
A Nicole está sempre a nos surpreender, até no que parece ser mais trivial. Num belo dia mostra-se fã de um único alimento colocado no prato e não quer nem saber de tocar nos outros, devora aquele ali, o escolhido do dia, como se fosse o melhor alimento do mundo. Mas no dia seguinte, ou mesmo na refeição seguinte, age como se nunca o tivesse comido e detém sua atenção em algum outro, que agora torna-se seu novo preferido. Vai entender?! Eu já desisti de tentar, apenas peço que Deus me dê sabedoria em cada situação pois realmente é muito difícil de prever!
Essa imprevisibilidade é de deixar as mamães com os cabelos em pé e é preciso ter tremedo jogo de cintura, além de muita, mas muuuuita paciência mesmo, para lidar com algumas das situações com que nos deparamos. Há certas atitudes (traquinagens, pra ser mais exata) da Nicole que eu pensei que uma criança só pudesse aprender se tivesse um irmãozinho maior para ensiná-la. Que nada, engano meu! Essas travessuras já vêm embutidas nela, bem que a Bíblia avisou, não é mesmo? Provérbios 22:15 diz que "a estultícia (insensatez) está ligada ao coração da criança". E está mesmo, deixe eu dar alguns exemplos que me deixam perplexas.
Como comentei no último post, tenho trabalhado com a questão dos limites fazendo o "rug time" 30 minutos todos os dias (período em que ela deve brincar dentro do limite do tapete da sala). A Nicole sabe exatamente o que é esperado dela para esse momento de atividade, mas vez ou outra quer testar os limites pra ver se é aquilo mesmo e se ela consegue não ter que ficar ali. Primeiro ela põe um pezinho pra fora do tapete e olha pra ver se eu estou olhando e se eu vou falar alguma coisa. Outras vezes joga algum brinquedo pra fora da área permitida e sai para buscá-lo (como quem diz "eu tenho um bom motivo pra sair"). Amigas, acreditem, se eu não ficar esperta ou for firme nessas horas, ela me dá o maior nó facinho!!
Como uma menininha tão doce e fofa poderia sequer cogitar a possibilidade de manipular sua tão dedicada mamãe?!
Haha, eu não sei, mas ela o faz!! E se eu bobear ela faz de mim gato e sapato! A primeira vez que me dei conta disso foi quando estávamos naquela fase difícil de alimentação. Sabe o que ela fazia para conseguir que eu a tirasse do cadeirão quando ela não queria comer? Fazia o sinal de "poo-poo" (comunicando que queria ir ao banheiro) porque ela sabia que eu não questionaria o pedido e agiria bem rápido. Fez isso várias vezes, eu sempre a levava ao banheiro e nada dela fazer! O mesmo quando chegava a hora de dormir, ela tentava de tudo (e ainda faz isso hoje em dia!): fazia o sinal de fome, de sede, de vontade de ir no banheiro... mas era tudo alarme falso, só queria mesmo era ganhar tempo e adiar o horário de ir dormir.
Exemplos dela tentar me manipular não faltam. Se a pegamos no flagra mexendo em algo que não deve (e ela sabe muito bem disso), já vi duas reações distintas: ou 1) ela congela e fica ali de costas (com o rosto escondido) torcendo para eu ir embora e esquecer o que vi ou 2) ela vira pra mim com um daqueles sorrisos amáveis, mostrando os dentes, pra tentar me distrair e fingir que nada aconteceu. Pode?! Como é difícil não dar risada nessas horas! Pode ser bonitinho vê-la fazendo isso hoje, mas daqui alguns meses ou anos certamente não será e corrigir ficará mais difícil também.
Eu ensinei o sinal de "Sorry" (pedido de desculpas) e faço-a a fazê-lo sempre que faz algo de errado, inclusive tentar me enganar, mas às vezes é tão mais fácil deixar aquilo pra lá. Preciso vencer a tentação de fazer vista grossa e lembrar da minha responsabilidade como mãe! Pois é, a Bíblia sempre tem razão! A estultícia está ligada ao coração da criança e, como pais que desejam o melhor para seus filhos e querem que eles sigam pelo caminho do bem, temos que disciplinar e corrigi-los para que tenham sensatez. É o que o final daquele provérbio bíblico diz: "mas a vara da correção (disciplina) a afugentará dela".
Como o objetivo desse post é falar das emoções, não tem como falar delas sem citar as famosas birras! Já reparou como elas são perpetuadas e incentivadas quando há público para elas? O que eu procuro fazer com a Nicole quando ela está contrariada é, em primeiro lugar, MANTER A CALMA (e às vezes isso é tão difícil!) pra então, com voz firme e amorosa, informar o que preciso que ela faça. Por exemplo, se eu a deitei no trocador e ela não quer cooperar, digo algo do tipo: "Nicole, a mamãe precisa que você fique quietinha agora pra eu poder trocá-la". E então, sem ceder aos seus gritos de protesto, começo a cantar alguma música pra ela. Normalmente ela para de chorar logo porque quer prestar atenção (ou cantar junto) e esquece que estava brava. Essa estratégia é boa pois muda o foco de tensão para algo divertido e a intenção é ajudá-la a desenvolver o tão almejado autocontrole (um fruto do Espírito!).
Não uso essa mesma estratégia toda vez, depende do contexto; normalmente não dou atenção ao gesto de manipulação (no caso a birra, ou o choro de manha) e a informo que choramingar é inaceitável. Se ela desobedece e continua, a isolo em algum canto (no berço, no cercadinho) até que ela se acalme, ou se ela estiver no "rug time" simplesmente viro as costas e a deixo lá. Nunca parei pra contar quanto tempo ela permanece brava, mas não deve durar mais que 1 ou 2 min, isso nos piores casos, pois como é assim desde sempre ela se conforma rápido, sabe que não vai ter plateia para sua ceninha de raiva.
No fundo no fundo sei que na maioria das vezes o problema é que ela ainda não sabe dominar suas próprias emoções. Por isso ressaltei no início que MANTER A CALMA é a melhor lição que você ensina para seu filho, pois ele irá imitá-la! Se você se descontrolar toda vez e gritar, ele vai aprender com seu comportamento: esse será o seu padrão de como lidar com as emoções. Então, por mais que eu sinta vontade de lhe dar uns tapas quando ela age assim, fazê-lo porque estou irritada é um péssimo hábito. Tenho que me lembrar o tempo todo que meu objetivo é ajudá-la a desenvolver o autocontrole, preciso compreender que se ela se descontrola e berra porque, por exemplo, eu confisquei algum objeto proibido, é porque ela ficou frustrada com a situação e ainda não sabe lidar com isso. E sou quem preciso ensiná-la como é o jeito aceitável de reagir!
Uma última observação que gostaria de fazer antes de finalizar é a respeito da escolinha. A Nicole começou a ir na escolinha na semana passada (não todos os dias, apenas 3x por semana e em regime de meio-período) e desde então ela ficou muito mais manhosa. Pede as coisas choramingando, não quer fazer as atividades comuns (resiste muito mais ao cercadinho, ao "rug time" e até à hora de dormir) e as coisas ficaram bem mais complicadas porque ela chora por qualquer coisa. Acho que é carência porque ela quer muito mais colo e atenção pra tudo, inclusive brincar. Parece que tudo o que ela não chorou lá na escolinha (na agenda veio que ela passou e se alimentou superbem todos os dias) ela está chorando aqui em casa. Estou esperando e pedindo a Deus que essa mudança brusca de comportamento seja algo temporário!
Um abraço e até mais!
Talita
Bem-vinda!!
Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!
"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5
sábado, 12 de março de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Mudanças no comportamento a partir do 2º. ano de vida - Parte I: MOBILIDADE
Tenho notado mudanças no comportamento da Nicole desde que ela completou seu 1º. aniversário e, sobretudo, de 2 a 3 meses pra cá. Uma série de fatores está associada a essas mudanças, dentre elas sua maior mobilidade, o desenvolvimento de sua personalidade e forma de expressar emoções e, como não poderia deixar de ser, minha segunda gravidez que tem influenciado meu humor e paciência diante das situações comuns do dia-a-dia. Hoje vou me deter apenas no primerio fator.
Com uma maior mobilidade vem também grandes desafios e começo a me perguntar se nossa pequena casinha será suficiente para conter essa criança ávida por espaço e movimento! A gente houve cada história de criança maltratada em creches e escolas que meu marido e eu havíamos decidido que só enviaríamos nossos filhos para a escola quando eles fossem grandes o suficiente para nos contar o que aconteceu por lá, ou seja, entre 2 e 3 aninhos de vida. Mas confesso que tenho seriamente cogitado em breve matricular a Nicole numa escolinha de 1/2 período de duas a três vezes por semana para que ela tenha alguma atividade diferente pra fazer durante a semana. Temos nossa rotina de atividades ao longo do dia - tempo dela brincar independente no cercadinho ou no cercadão, tempo de brincarmos juntas no quintal ou na piscina, tempo de fazer um passeio à casa da bisa que é nossa vizinha ou dar uma volta na pracinha perto de casa e também tempo de assistir a desenhos na televisão - mas chega o fim do dia e vejo que ela já está entendiada por fazer sempre as mesmas coisas, principalmente quando estou com muitoserviço do trabalho e a deixo mais tempo brincando sozinha.
Apesar dos desafios de acompanhar uma criança ativa que não quer parar quieta por muito tempo, estou amando essa fase. Aliás, está cada vez mais gostoso vê-la crescer! E eu sei que é chavão, mas "passa tão rápido"! Tenho me empenhado em ajudá-la a avançar para o próximo nível do seu desenvolvimento físico-motor (sou esposa de professor de educação física, rs!) e me delicio venda-o superar cada etapa - desde bem pequenina de bruço exercitando os músculos das costas (tummy exercise) até todo esforço que foi até ela conseguir sentar, levantar, agachar, engatinhar e finalmente caminhar sozinha com 1 ano e alguns dias. Hoje ela não só anda, como também corre, sobe e desce do sofá, se esconde atrás das cortinas da sala, gira e faz piruetas como bailarina e se joga contra o puff, rs! Claro que toda essa agitação só poderia resultar em tombos... (e vários!).. quando ela tropeça porque não olha por onde pisa, perde o equilíbrio, etc.! Clique nos links acima pra ver vídeos recentes.
Com toda essa mobilidade desenvolvida vem também uma ânsia desenfreada por sair explorando o mundo. A criança desta idade quer caminhar por toda parte, tocar em todos os objetos, normalmente levá-los à boca... e aí é que está o perigo e a importância de de criá-la dentro do funil. Os pais precisam de sabedoria para satisfazer, e até mesmo manter acesa, a chama da curiosidade, canalizando-a para aprendizados direcionados e, ao mesmo tempo, cuidar para não conceder liberdades que a criança ainda não tem maturidade para lidar.
Vou compartilhar rapidamente dois exemplos de limites que impusemos à Nicole desde o início e que somente agora estamos dando espaço para maior liberdade. O primeiro deles é com relação às nossas idas à igreja, onde a Nicole fica sempre de alguma forma "presa", às vezes no colo, mas muito mais frequentemente no carrinho. Por quê? Porque ela ainda não tem o autocontrole ou maturidade necessários para ficar quieta e comportar-se se estiver solta num ambiente tão amplo. Mesmo depois de já saber andar, continuamos levando o carrinho toda vez pra ela ter onde sentar presa todos os cultos. Uma vez, quando me viu entrando para o culto empurrando a Nicole no carrinho, uma mãe que também tem filha pequena (poucos meses mais velha do que a Nicole), me disse: "Ah, se prepara porque daqui a pouco é a sua vez!". Ela estava se referindo a ficar andando atrás da menina pra lá e pra cá porque ela não queria parar quieta. Eu não queria que chegasse a minha vez de jeito nenhum, rs! Achava aquilo horroroso e na mesma semana mandei email pra Tine perguntando se tinha que ser assim mesmo!! Ela me explicou que não, que tinha sim um jeito melhor e eu fiquei aliviada. = )
Pra ser sincera, limitamos até o tempo que ela ficava no colo e também no colo de quem ela ficava porque ficar no colo em si já é uma liberdade e com essa liberdade vem a tentação de querer ir para o chão. Dependendo de quem é o colo a pessoa talvez não seja firme o suficiente para segurá-la o tempo todo e ceda diante da pressão que ela fará pra descer e sair andando pela igreja. Ou pior, a pessoa poderá tirar o foco do culto ao tentar distraí-la com brincadeiras que também atrapalharão as pessoas que estiverem por perto. Por isso restringimos o tempo de colo somente aos momentos de louvor (e não necessariamente ao período inteiro, às vezes durante uma ou duas músicas apenas) e o restante do tempo ela passa sentadinha na carrinho.
Outra decisão que tomamos é que quando ela estivesse no colo (no meu ou no do meu marido), faríamos o possível para não perder o foco do culto a Deus. Continuaríamos cantando, fechando os olhos, levantando a mão (a única que estivesse disponível, rs!) e conversando com Deus, pois o centro da nossa atenção naquele momento não é a nossa filha, é Deus. E ela já aprendeu bem isso, pois normalmente olha pra frente e imita o que a maioria das pessoas ao redor está fazendo. Ela dança ao ritmo da música, bate palmas, aponta pra cima e, por incrível que pareça, às vezes até fecha os olhinhos enquanto libera seu próprio som de louvor a Deus!
Como já disse, o restante do tempo ela passa sentada no carrinho. Temos o cuidado de levar alguns brinquedinhos, livros ou bonecas para ela se entreter (com um de cada vez) se estiver ficando impaciente ou desejando ir para o chão. Também levamos a Nana pra ela se acalmar e tentar pegar no sono se estiver muito cansada. Se ela estisver muito ranheta, o que normalmente acontece nos dias em que o culto demora mais pra acabar), um de nós sai com ela pra comer um lanchinho, trocar a fralda ou simplesmenste caminhar um pouco pra esticar as pernas num local apropriado para isso. Com essas ações delimitamos o que é ou não permitido naquele local e temos treinado-a nesses limites semana após semana. Quinze dias atrás experimentamos subir um pouco o nível de liberdade do funil. Eu queria sentir se ela já tinha maturidade e autocontrole suficientes para ser colocada no chão durante o louvor. Me surpreendi! Nos primeiros 5-10 minutos, ela ficou em pé bonitinha na minha frente fazendo o que sempre fazia no colo: louvando à maneira dela.
O seu autocontrole foi posto à prova quando duas outras crianças a viram e decidiram vir fazer uma visitinha, rs! E a mamãe aqui, querendo agradar, só criou mais problemas em potencial: ofereci alguns brinquedinhos ao grupo de crianças na esperança de que fossem todos ficar quietinhos sentados no chão brincando. Ledo engano! Um deles começou a pegar os brinquedos e sair andando com uma mãe desesperada atrás falando pra ele devolvê-los. Isso se repetiu algumas vezes até que ele decidiu desafiá-la e sair correndo pela igreja em pleno momento de louvor. Até ali a Nicole até que tinha se contido razoavelmente, mas o desejo de imitar o menino foi uma tentação por demais grande... e ela sucumbiu! Começou a fazer coisas erradas: correu descontroladamente, queria tocar nos pertences das pessoas nas outras cadeiras, etc., enfim, como nosso objetivo é trabalhar a obediência imediata (first time obedience) e ao notar que a situação estava pra sair do nosso controle, declaramos encerrado para o dia o tempo dela no chão. Ela voltou para o colo e logo em seguida para o carrinho, não sem resistir e ficar brava. Foi preciso isolá-la, saindo dali para que ela pudesse se recompor/acalmar da frustração que sentiu por ser privada de um recém-conquistado direito: a liberdade de ficar solta no chão.
No culto seguinte (coincidentemente na manhã seguinte) repetimos o teste e temos desde então concedido a ela alguns minutos de liberdade no chão durante o louvor toda vez. Ela ainda não tem autocontrole pra ficar o tempo todo no chão, pois depois de um tempo perde o foco ou se distrai com outras crianças que querem brincar com ela ou pegá-la no colo. Normal, né? Fazer o quê?! Nem tudo está ao nosso alcance, mas o principal é que temos insistido para ela precisa obedecer de primeira quando damos uma instrução. E se ela não obedece perde imediatamente o privilégio. No culto dessa manhã não resistimos e a filmamos louvando (clique aqui)! Apesar dos contratempos que surgem, estou satisfeita com os resultados até aqui porque tenho visto ela ir ganhando maior autocontrole. Por isso, pretendo seguir por esse caminho e continuar concedendo liberdades com cautela.
O segundo limite imposto e que agora estamos concedendo mais liberdade é em casa. Há muito tempo que a nossa sala de estar tinha virado o "cercadão" da Nicole brincar: juntamos dois sofás em L e o colocamos contra duas paredes de quina, com um tapete bem macio no meio. Acontece que no final de semana passado foi preciso rearranjar os móveis da sala porque iríamos receber um grupo grande de pessoas em nossa casa. Depois que as visitas foram embora, em vez de voltar os móveis à disposição anterior, meu marido e eu decidimos que estava na hora de impor limites invisíveis a Nicole e ensiná-la a respeitá-los. Era o teste para saber se ela estaria pronta pra ficar sem barreiras físicas limitando seu acesso pela casa.
O Nana Nenê adotou o termo "blanket time" para designar esse conceito de delimitar um cercado imaginário e, portanto, portátil para a criança respeitar, e ensina que devemos introduzi-lo à rotina desde bem novinhos. Eu até tentei fazer o "blanket time" algumas vezes no passado, mas confesso... não perseverei. Não tive paciência! A minha casa é muito pequena e eu não conseguia mudar o "blanket time" de lugar satisfatoriamente, como sugere o livro; por isso optei por ir pelo caminho mais fácil (que dava menos trabalho) e assim improvisamos barreiras físicas pra que ela tivesse uma área maior pra brincar com segurança. Porém, hoje "descobri" que as crianças crescem, rs! E aprendem a subir no sofá, a descer dele... chega um momento que aquela "parede" que criamos para contê-las inevitavelmente deixa de cumprir o seu propósito. Além disso, assisti ontem na Supernanny que a diferença da autoridade e do autoritarismo é justamente este: o filho pode obedecer por respeito à autoridade ou pode obedecer por força ou pressão imposta (autoritarismo). O problema é que se ele só obedece por força, talvez chegue o dia em que a força do filho se torne maior que a do pai, e então será que ele obedecerá?
Bem, estou nessa fase agora, tentando implementar o "rug time" (tempo do tapete). Está bem claro para a Nicole que ela não pode sair do tapete, mas às vezes ela escolhe desobedecer e daí é tão difícil colocá-la na linha. Estou tentando trabalhar isso com ela alguns minutos todos os dias e é desgastante ficar falando o tempo todo a mesma coisa, mas dessa vez não pretendo desistir. Irei perseverar porque tenho aprendido que a "educação financiada" é muito mais difícil!
O princípio-chave que quero compartilhar com esse post é que criatividade, concentração e, principalmente, auto-controle são melhor trabalhados num ambiente preparado, ou seja, propício para isso - e não às soltas, sem imposição de limites. Os limites são bons e necessários! Esse princípio é chave para 1] evitar hábitos desgastantes de tempo e paciência gastos perseguindo a criança pela casa (ou outro lugar) dizendo "não" para isso e para aquilo o tempo todo (ênfase na correção) e 2] promover o ambiente de paz, harmonia e estabilidade que seu filho precisa para ter um desenvolvimento emocional equilibrado (ênfase na direção).
E por falar em emoções, este é o tema para o próximo post! Aguarde. = )
Com uma maior mobilidade vem também grandes desafios e começo a me perguntar se nossa pequena casinha será suficiente para conter essa criança ávida por espaço e movimento! A gente houve cada história de criança maltratada em creches e escolas que meu marido e eu havíamos decidido que só enviaríamos nossos filhos para a escola quando eles fossem grandes o suficiente para nos contar o que aconteceu por lá, ou seja, entre 2 e 3 aninhos de vida. Mas confesso que tenho seriamente cogitado em breve matricular a Nicole numa escolinha de 1/2 período de duas a três vezes por semana para que ela tenha alguma atividade diferente pra fazer durante a semana. Temos nossa rotina de atividades ao longo do dia - tempo dela brincar independente no cercadinho ou no cercadão, tempo de brincarmos juntas no quintal ou na piscina, tempo de fazer um passeio à casa da bisa que é nossa vizinha ou dar uma volta na pracinha perto de casa e também tempo de assistir a desenhos na televisão - mas chega o fim do dia e vejo que ela já está entendiada por fazer sempre as mesmas coisas, principalmente quando estou com muitoserviço do trabalho e a deixo mais tempo brincando sozinha.
Apesar dos desafios de acompanhar uma criança ativa que não quer parar quieta por muito tempo, estou amando essa fase. Aliás, está cada vez mais gostoso vê-la crescer! E eu sei que é chavão, mas "passa tão rápido"! Tenho me empenhado em ajudá-la a avançar para o próximo nível do seu desenvolvimento físico-motor (sou esposa de professor de educação física, rs!) e me delicio venda-o superar cada etapa - desde bem pequenina de bruço exercitando os músculos das costas (tummy exercise) até todo esforço que foi até ela conseguir sentar, levantar, agachar, engatinhar e finalmente caminhar sozinha com 1 ano e alguns dias. Hoje ela não só anda, como também corre, sobe e desce do sofá, se esconde atrás das cortinas da sala, gira e faz piruetas como bailarina e se joga contra o puff, rs! Claro que toda essa agitação só poderia resultar em tombos... (e vários!).. quando ela tropeça porque não olha por onde pisa, perde o equilíbrio, etc.! Clique nos links acima pra ver vídeos recentes.
Com toda essa mobilidade desenvolvida vem também uma ânsia desenfreada por sair explorando o mundo. A criança desta idade quer caminhar por toda parte, tocar em todos os objetos, normalmente levá-los à boca... e aí é que está o perigo e a importância de de criá-la dentro do funil. Os pais precisam de sabedoria para satisfazer, e até mesmo manter acesa, a chama da curiosidade, canalizando-a para aprendizados direcionados e, ao mesmo tempo, cuidar para não conceder liberdades que a criança ainda não tem maturidade para lidar.
Vou compartilhar rapidamente dois exemplos de limites que impusemos à Nicole desde o início e que somente agora estamos dando espaço para maior liberdade. O primeiro deles é com relação às nossas idas à igreja, onde a Nicole fica sempre de alguma forma "presa", às vezes no colo, mas muito mais frequentemente no carrinho. Por quê? Porque ela ainda não tem o autocontrole ou maturidade necessários para ficar quieta e comportar-se se estiver solta num ambiente tão amplo. Mesmo depois de já saber andar, continuamos levando o carrinho toda vez pra ela ter onde sentar presa todos os cultos. Uma vez, quando me viu entrando para o culto empurrando a Nicole no carrinho, uma mãe que também tem filha pequena (poucos meses mais velha do que a Nicole), me disse: "Ah, se prepara porque daqui a pouco é a sua vez!". Ela estava se referindo a ficar andando atrás da menina pra lá e pra cá porque ela não queria parar quieta. Eu não queria que chegasse a minha vez de jeito nenhum, rs! Achava aquilo horroroso e na mesma semana mandei email pra Tine perguntando se tinha que ser assim mesmo!! Ela me explicou que não, que tinha sim um jeito melhor e eu fiquei aliviada. = )
Pra ser sincera, limitamos até o tempo que ela ficava no colo e também no colo de quem ela ficava porque ficar no colo em si já é uma liberdade e com essa liberdade vem a tentação de querer ir para o chão. Dependendo de quem é o colo a pessoa talvez não seja firme o suficiente para segurá-la o tempo todo e ceda diante da pressão que ela fará pra descer e sair andando pela igreja. Ou pior, a pessoa poderá tirar o foco do culto ao tentar distraí-la com brincadeiras que também atrapalharão as pessoas que estiverem por perto. Por isso restringimos o tempo de colo somente aos momentos de louvor (e não necessariamente ao período inteiro, às vezes durante uma ou duas músicas apenas) e o restante do tempo ela passa sentadinha na carrinho.
Outra decisão que tomamos é que quando ela estivesse no colo (no meu ou no do meu marido), faríamos o possível para não perder o foco do culto a Deus. Continuaríamos cantando, fechando os olhos, levantando a mão (a única que estivesse disponível, rs!) e conversando com Deus, pois o centro da nossa atenção naquele momento não é a nossa filha, é Deus. E ela já aprendeu bem isso, pois normalmente olha pra frente e imita o que a maioria das pessoas ao redor está fazendo. Ela dança ao ritmo da música, bate palmas, aponta pra cima e, por incrível que pareça, às vezes até fecha os olhinhos enquanto libera seu próprio som de louvor a Deus!
Como já disse, o restante do tempo ela passa sentada no carrinho. Temos o cuidado de levar alguns brinquedinhos, livros ou bonecas para ela se entreter (com um de cada vez) se estiver ficando impaciente ou desejando ir para o chão. Também levamos a Nana pra ela se acalmar e tentar pegar no sono se estiver muito cansada. Se ela estisver muito ranheta, o que normalmente acontece nos dias em que o culto demora mais pra acabar), um de nós sai com ela pra comer um lanchinho, trocar a fralda ou simplesmenste caminhar um pouco pra esticar as pernas num local apropriado para isso. Com essas ações delimitamos o que é ou não permitido naquele local e temos treinado-a nesses limites semana após semana. Quinze dias atrás experimentamos subir um pouco o nível de liberdade do funil. Eu queria sentir se ela já tinha maturidade e autocontrole suficientes para ser colocada no chão durante o louvor. Me surpreendi! Nos primeiros 5-10 minutos, ela ficou em pé bonitinha na minha frente fazendo o que sempre fazia no colo: louvando à maneira dela.
O seu autocontrole foi posto à prova quando duas outras crianças a viram e decidiram vir fazer uma visitinha, rs! E a mamãe aqui, querendo agradar, só criou mais problemas em potencial: ofereci alguns brinquedinhos ao grupo de crianças na esperança de que fossem todos ficar quietinhos sentados no chão brincando. Ledo engano! Um deles começou a pegar os brinquedos e sair andando com uma mãe desesperada atrás falando pra ele devolvê-los. Isso se repetiu algumas vezes até que ele decidiu desafiá-la e sair correndo pela igreja em pleno momento de louvor. Até ali a Nicole até que tinha se contido razoavelmente, mas o desejo de imitar o menino foi uma tentação por demais grande... e ela sucumbiu! Começou a fazer coisas erradas: correu descontroladamente, queria tocar nos pertences das pessoas nas outras cadeiras, etc., enfim, como nosso objetivo é trabalhar a obediência imediata (first time obedience) e ao notar que a situação estava pra sair do nosso controle, declaramos encerrado para o dia o tempo dela no chão. Ela voltou para o colo e logo em seguida para o carrinho, não sem resistir e ficar brava. Foi preciso isolá-la, saindo dali para que ela pudesse se recompor/acalmar da frustração que sentiu por ser privada de um recém-conquistado direito: a liberdade de ficar solta no chão.
No culto seguinte (coincidentemente na manhã seguinte) repetimos o teste e temos desde então concedido a ela alguns minutos de liberdade no chão durante o louvor toda vez. Ela ainda não tem autocontrole pra ficar o tempo todo no chão, pois depois de um tempo perde o foco ou se distrai com outras crianças que querem brincar com ela ou pegá-la no colo. Normal, né? Fazer o quê?! Nem tudo está ao nosso alcance, mas o principal é que temos insistido para ela precisa obedecer de primeira quando damos uma instrução. E se ela não obedece perde imediatamente o privilégio. No culto dessa manhã não resistimos e a filmamos louvando (clique aqui)! Apesar dos contratempos que surgem, estou satisfeita com os resultados até aqui porque tenho visto ela ir ganhando maior autocontrole. Por isso, pretendo seguir por esse caminho e continuar concedendo liberdades com cautela.
O segundo limite imposto e que agora estamos concedendo mais liberdade é em casa. Há muito tempo que a nossa sala de estar tinha virado o "cercadão" da Nicole brincar: juntamos dois sofás em L e o colocamos contra duas paredes de quina, com um tapete bem macio no meio. Acontece que no final de semana passado foi preciso rearranjar os móveis da sala porque iríamos receber um grupo grande de pessoas em nossa casa. Depois que as visitas foram embora, em vez de voltar os móveis à disposição anterior, meu marido e eu decidimos que estava na hora de impor limites invisíveis a Nicole e ensiná-la a respeitá-los. Era o teste para saber se ela estaria pronta pra ficar sem barreiras físicas limitando seu acesso pela casa.
O Nana Nenê adotou o termo "blanket time" para designar esse conceito de delimitar um cercado imaginário e, portanto, portátil para a criança respeitar, e ensina que devemos introduzi-lo à rotina desde bem novinhos. Eu até tentei fazer o "blanket time" algumas vezes no passado, mas confesso... não perseverei. Não tive paciência! A minha casa é muito pequena e eu não conseguia mudar o "blanket time" de lugar satisfatoriamente, como sugere o livro; por isso optei por ir pelo caminho mais fácil (que dava menos trabalho) e assim improvisamos barreiras físicas pra que ela tivesse uma área maior pra brincar com segurança. Porém, hoje "descobri" que as crianças crescem, rs! E aprendem a subir no sofá, a descer dele... chega um momento que aquela "parede" que criamos para contê-las inevitavelmente deixa de cumprir o seu propósito. Além disso, assisti ontem na Supernanny que a diferença da autoridade e do autoritarismo é justamente este: o filho pode obedecer por respeito à autoridade ou pode obedecer por força ou pressão imposta (autoritarismo). O problema é que se ele só obedece por força, talvez chegue o dia em que a força do filho se torne maior que a do pai, e então será que ele obedecerá?
Bem, estou nessa fase agora, tentando implementar o "rug time" (tempo do tapete). Está bem claro para a Nicole que ela não pode sair do tapete, mas às vezes ela escolhe desobedecer e daí é tão difícil colocá-la na linha. Estou tentando trabalhar isso com ela alguns minutos todos os dias e é desgastante ficar falando o tempo todo a mesma coisa, mas dessa vez não pretendo desistir. Irei perseverar porque tenho aprendido que a "educação financiada" é muito mais difícil!
O princípio-chave que quero compartilhar com esse post é que criatividade, concentração e, principalmente, auto-controle são melhor trabalhados num ambiente preparado, ou seja, propício para isso - e não às soltas, sem imposição de limites. Os limites são bons e necessários! Esse princípio é chave para 1] evitar hábitos desgastantes de tempo e paciência gastos perseguindo a criança pela casa (ou outro lugar) dizendo "não" para isso e para aquilo o tempo todo (ênfase na correção) e 2] promover o ambiente de paz, harmonia e estabilidade que seu filho precisa para ter um desenvolvimento emocional equilibrado (ênfase na direção).
E por falar em emoções, este é o tema para o próximo post! Aguarde. = )
sábado, 29 de janeiro de 2011
Nicole com 1 ano e 5 meses: desenvolvimento cognitivo e aquisição de vocabulário!
No último sábado a Nicole completou 1 ano e 5 meses! Alguns meses atrás, quando ela estava prestes a fazer 1 aninho, eu escrevi um post falando das coisas que ela já era capaz de fazer e compreender naquela época (leia aqui). Hoje fico maravilhada de ver o quanto mais ela aprendeu! Hoje pretendo falar novamente sobre os avanços no seu desenvolvimento cognitivo (no que se refere à fala e compreensão) e também um pouco sobre as mudanças no seu comportamento.
O vocabulário da Nicole está se desenvolvendo a todo vapor, e o mais incrível é que o desenvolvimento tem se dado simultaneamente nos três idiomas com que ela tem contato: português, inglês e linguagem de sinais. Em casa me dirijo a ela 80% do tempo em inglês, mas falo com meu marido em português, então ela tem aprendido os dois porque nos ouve conversando e também porque interage com outras pessoas que falam português. Além disso, desde os seus 7 meses de idade, aproximadamente, por uma necessidade de comunicação, tenho ensinado-a a se expressar por meio de sinais. No começo levava semanas e até mesmo meses para que ela pudesse reproduzir um sinal e conseguisse usá-lo de forma adequada, hoje ela aprende num instante os sinais novos que ensino a ela, é impressionante!
LINGUAGEM DE SINAIS
Os sinais que ela conhece, compreende e usa são:
- Por favor / Please
- Obrigada / Thanks
- Banheiro / Bathroom
- Terminei / All done
- Com Fome / Hungry
- Com Sede / Thirsty
- Vem cá / Come here
- Desculpe / Sorry >> esse último comecei ensinar recentemente!
O segredo para se ensinar os sinais é você usá-los nas situações comuns do dia-a-dia. São nessas situações reais que os bebês aprendem melhor. Por exemplo, no começo se a Nicole apontava para alguma coisa querendo que eu pegasse determinado objeto pra ela ou mesmo se ela quisesse comer algo que estivesse nas minhas mãos, eu segurava a sua mãozinha, fazia o sinal de "por favor" e então dizia: "Mamãe, pegue pra mim, por favor". Como para qualquer outro aprendizado, a repetição / reincidência é essencial para a assimilação, então fiz assim várias e várias vezes até que chegou um momento em que, em vez de pegar na mão dela e repetir o processo, eu comecei a perguntar "Como é que pede?" e ela fazia o sinal. Se ela não fizesse, eu aplicava a consequência natural: não dava a ela o que ela queria. Ou então novamente pegava na mão dela pra mostrar como é que tinha que ser feito. Óbvio que não existe uma fórmula milagrosa e nem um tempo pré-estabelecido para que o bebê aprenda, tudo vai depender de sua persistência e paciência pra ensinar. E também no quanto você crê que isso é realmente benéfico e saudável pra você, seu bebê e sua família. No meu caso, eu achei que essa técnica era uma ferramenta brilhante não somente para ensinar minha filha a se comunicar como também pra ajudá-la a desenvolver uma das habilidades que eu julgo ser das mais importantes para essa idade: o auto-controle.
Como já expliquei acima, estamos usando inglês e português com ela simultaneamente, então normalmente tanto faz qual idioma eu uso pra pedir que ela faça um ou outro sinal. Por exemplo, eu posso dizer a ela "Baby, send kisses" ou "Nicky, jogue beijos", ela responde aos dois. E por falar em beijo, estou ensinando-a "blow kisses", então é pra ela beijar a mãozinha e soprar o beijo em seguida... e é tão engraçadinho como ela faz, ela beija e assopra a mão ao mesmo tempo, rs!
O curioso desse processo todo (e não sou nenhuma especialista em linguística pra bebês e crianças, minha experiência lecionando inglês sempre foi voltada para adultos) é que ela tem adquirido hábitos, e eu diria até uma linguagem própria, que eu NÃO ensinei - bem, pelo menos não conscientemente. Por exemplo, se eu digo em inglês "Say bye-bye to ___", ela dá tchau com a mão e ao mesmo tempo diz "Tau". Ou então, quando eu quero que ela peça por favor e digo "How do you ask?", ela responde com o sinal correto e acrescenta: "Dá". Daí eu fico me perguntando como ela foi aprender o "dá"!! E também penso que por mais que eu me esforce pra me comunicar com ela só em inglês (o que não consigo fazer 100% do tempo), hoje ela já articula muito mais palavras em português do que em inglês.
ARTICULAÇÃO DE PALAVRAS
As palavras que a Nicole usa atualmente são (bem, pelo menos as palavras inteligíveis porque ela gosta MUITO de falar... ela tem a mania de puxar o meu rosto pra que eu olhe nos olhos dela e então ela fala, fala, fala... o problema é que eu não consigo entender o que ela está dizendo!):
Palavras em inglês:
- Búl (ball)
- Poo-poo (cocô)
- Tetâchi (don't touch... no começo entendíamos "não pode" porque sempre que ela usa essa palavra ela nos imita fazendo com o dedinho que não pode pegar algo)
Palavras em português:
- Nana (banana, sua fruta favorita mas confesso que serve pra qualquer outra fruta que ela vir na frente, e também é o nome da sua boneca de nanar)
- Au-au (cachorro ou, na essência, qualquer outro animal é 'au-au' pra ela!)
- Tau (tchau)
- Cabô! ou Bô! (acabou)
- Uco (suco)
- Duda (é o nome de sua priminha de Campinas, mas ainda não sabemos o que a palavra significa pra ela, pois ela a repete com certa frequência!)
- Dê? ou Dedê? (cadê?)
- Aiô! (achou!)
- Tatetchi (tá quente)
- Mainho (moranguinho, uma das bonecas dela)
- Uiuiuiui (esse ela fala pra mostrar urgência, ex. quando quer que a peguemos no colo)
- Papa (sapato)
- Ado ou Dado (obrigado)
- Ati (aqui)
Palavras que dispensam tradução pois ela articula direitinho:
- Não (por muitos meses essa foi a sua "resposta padrão" para todas as perguntas!)
- Ôpa
- Ixi, caiu
- Pai / Papai
- Mãe / Mamãe
Aqui abro um parêntesis... minha filha falou "papai" primeiro! Antes de "mamãe", acreditam?! E como passamos a insistir que ela falasse mamãe também, ela não falava de birra, dava pra ver que ela ficava com graça pra não falar, pode?! Já estou superando o trauma, rsrs... mas não podia deixar de compartilhar que o motivo deve ser minha eficiência em repetir esse nome pra ela o tempo todo, hahahah! Se bem que normalmente eu dizia "Daddy's home, baby!" ou "Let's say hello to Daddy". Hoje é só ela ouvir o barulho de carro na frente de casa, ou principalmente do portão abrindo, que ela faz aquela cara de feliz e grita "Papai!" ou "Pai!". É uma graça. No fundo me sinto realizada e fico emocionada em ver esse amor todo que ela tem por ele. Um dia li sobre a missão que a mãe tem de aproximar os filhos do pai assim como a Igreja tem de aproximar os filhos de Deus Pai através de Cristo. Uma analogia linda da nossa missão como cristãos!
COMPREENSÃO DE VOCABULÁRIOS
A Nicole já entende muitas coisas, pra ser sincera eu não sei brincar com ela sem aproveitar e dar um jeitinho de ensinar algo novo. Deve ser algum gene de professora que eu tenho, rs! E me espanto como ela realmente aprende rápido, são verdadeiras "esponjinhas" nesta idade. Esses dias eu casualmente comecei a ensinar as partes do corpo pra ela e não é que ela aprendeu fácil?! Eu comecei perguntando "Where's Nicky's mouth?" (Cadê a boca da Nicole?), "Where's Nicky's nose?" (Cadê o nariz da Nicole?) e assim por diante. Hoje ela já sabe apontar para a boca, o nariz, os olhos, as bochechas, o cabelo e as orelhas! Acompanhamos um casal de americanos na semana passada e quando o pr. Steve Harbin foi brincar com ela, eu disse pra ele perguntar onde estava a boca dela, ele fez e ela respondeu direitinho. Daí não parou mais, né!
Curiosa pra testar o quanto ela conhecia, uma vez brinquei de espalhar os brinquedos dela pelo chão da sala e fui perguntando onde estava um e outro. Eu costumo dar nome pra todos os brinquedos, bonecas e bichinhos dela. À medida que eu pedia o brinquedo (livro, tartagura, bola, boneca tal, etc.) ela ia procurando e trazendo-o pra mim!
Além desses vocabulários, a Nicole também responde a comandos simples. Exemplo: quando sirvo a comida e está quente eu digo pra ela "blow the food" (assoprar a comida), e ela faz! Outro exemplo, ela tem uma bonequinha cheirosa e quando a pegamos eu digo pra ela "Look, Nicky, the baby! Smell the baby doll" e ela sabe cafungar a boneca direitinho, rs! Por fim, um último exemplo, estou grávida e frequentemente mostro pra ela minha barriga que está crescendo e digo pra ela "kiss the baby in mommy's belly", ela faz direitinho... e ainda faz carinho depois!
Também poderia dar exemplos de como ela entende o que é "jump" (pular) e "sing" (cantar) e também muitas situações engraçadas em que a pego imitando algo que ela viu alguém fazer, mas acho que já está bom, né! Com os exemplos que dei, já deu pra ter uma noção de como está a todo vapor o desenvolvimento cognitivo de crianças dessa idade!
Dado o tamanho desse post, vou deixar pra falar das mudanças no seu comportamento numa outra oportunidade, tá? Um abraço e até lá, Talita
O vocabulário da Nicole está se desenvolvendo a todo vapor, e o mais incrível é que o desenvolvimento tem se dado simultaneamente nos três idiomas com que ela tem contato: português, inglês e linguagem de sinais. Em casa me dirijo a ela 80% do tempo em inglês, mas falo com meu marido em português, então ela tem aprendido os dois porque nos ouve conversando e também porque interage com outras pessoas que falam português. Além disso, desde os seus 7 meses de idade, aproximadamente, por uma necessidade de comunicação, tenho ensinado-a a se expressar por meio de sinais. No começo levava semanas e até mesmo meses para que ela pudesse reproduzir um sinal e conseguisse usá-lo de forma adequada, hoje ela aprende num instante os sinais novos que ensino a ela, é impressionante!
LINGUAGEM DE SINAIS
Os sinais que ela conhece, compreende e usa são:
- Por favor / Please
- Obrigada / Thanks
- Banheiro / Bathroom
- Terminei / All done
- Com Fome / Hungry
- Com Sede / Thirsty
- Vem cá / Come here
- Desculpe / Sorry >> esse último comecei ensinar recentemente!
O segredo para se ensinar os sinais é você usá-los nas situações comuns do dia-a-dia. São nessas situações reais que os bebês aprendem melhor. Por exemplo, no começo se a Nicole apontava para alguma coisa querendo que eu pegasse determinado objeto pra ela ou mesmo se ela quisesse comer algo que estivesse nas minhas mãos, eu segurava a sua mãozinha, fazia o sinal de "por favor" e então dizia: "Mamãe, pegue pra mim, por favor". Como para qualquer outro aprendizado, a repetição / reincidência é essencial para a assimilação, então fiz assim várias e várias vezes até que chegou um momento em que, em vez de pegar na mão dela e repetir o processo, eu comecei a perguntar "Como é que pede?" e ela fazia o sinal. Se ela não fizesse, eu aplicava a consequência natural: não dava a ela o que ela queria. Ou então novamente pegava na mão dela pra mostrar como é que tinha que ser feito. Óbvio que não existe uma fórmula milagrosa e nem um tempo pré-estabelecido para que o bebê aprenda, tudo vai depender de sua persistência e paciência pra ensinar. E também no quanto você crê que isso é realmente benéfico e saudável pra você, seu bebê e sua família. No meu caso, eu achei que essa técnica era uma ferramenta brilhante não somente para ensinar minha filha a se comunicar como também pra ajudá-la a desenvolver uma das habilidades que eu julgo ser das mais importantes para essa idade: o auto-controle.
Como já expliquei acima, estamos usando inglês e português com ela simultaneamente, então normalmente tanto faz qual idioma eu uso pra pedir que ela faça um ou outro sinal. Por exemplo, eu posso dizer a ela "Baby, send kisses" ou "Nicky, jogue beijos", ela responde aos dois. E por falar em beijo, estou ensinando-a "blow kisses", então é pra ela beijar a mãozinha e soprar o beijo em seguida... e é tão engraçadinho como ela faz, ela beija e assopra a mão ao mesmo tempo, rs!
O curioso desse processo todo (e não sou nenhuma especialista em linguística pra bebês e crianças, minha experiência lecionando inglês sempre foi voltada para adultos) é que ela tem adquirido hábitos, e eu diria até uma linguagem própria, que eu NÃO ensinei - bem, pelo menos não conscientemente. Por exemplo, se eu digo em inglês "Say bye-bye to ___", ela dá tchau com a mão e ao mesmo tempo diz "Tau". Ou então, quando eu quero que ela peça por favor e digo "How do you ask?", ela responde com o sinal correto e acrescenta: "Dá". Daí eu fico me perguntando como ela foi aprender o "dá"!! E também penso que por mais que eu me esforce pra me comunicar com ela só em inglês (o que não consigo fazer 100% do tempo), hoje ela já articula muito mais palavras em português do que em inglês.
ARTICULAÇÃO DE PALAVRAS
As palavras que a Nicole usa atualmente são (bem, pelo menos as palavras inteligíveis porque ela gosta MUITO de falar... ela tem a mania de puxar o meu rosto pra que eu olhe nos olhos dela e então ela fala, fala, fala... o problema é que eu não consigo entender o que ela está dizendo!):
Palavras em inglês:
- Búl (ball)
- Poo-poo (cocô)
- Tetâchi (don't touch... no começo entendíamos "não pode" porque sempre que ela usa essa palavra ela nos imita fazendo com o dedinho que não pode pegar algo)
Palavras em português:
- Nana (banana, sua fruta favorita mas confesso que serve pra qualquer outra fruta que ela vir na frente, e também é o nome da sua boneca de nanar)
- Au-au (cachorro ou, na essência, qualquer outro animal é 'au-au' pra ela!)
- Tau (tchau)
- Cabô! ou Bô! (acabou)
- Uco (suco)
- Duda (é o nome de sua priminha de Campinas, mas ainda não sabemos o que a palavra significa pra ela, pois ela a repete com certa frequência!)
- Dê? ou Dedê? (cadê?)
- Aiô! (achou!)
- Tatetchi (tá quente)
- Mainho (moranguinho, uma das bonecas dela)
- Uiuiuiui (esse ela fala pra mostrar urgência, ex. quando quer que a peguemos no colo)
- Papa (sapato)
- Ado ou Dado (obrigado)
- Ati (aqui)
Palavras que dispensam tradução pois ela articula direitinho:
- Não (por muitos meses essa foi a sua "resposta padrão" para todas as perguntas!)
- Ôpa
- Ixi, caiu
- Pai / Papai
- Mãe / Mamãe
Aqui abro um parêntesis... minha filha falou "papai" primeiro! Antes de "mamãe", acreditam?! E como passamos a insistir que ela falasse mamãe também, ela não falava de birra, dava pra ver que ela ficava com graça pra não falar, pode?! Já estou superando o trauma, rsrs... mas não podia deixar de compartilhar que o motivo deve ser minha eficiência em repetir esse nome pra ela o tempo todo, hahahah! Se bem que normalmente eu dizia "Daddy's home, baby!" ou "Let's say hello to Daddy". Hoje é só ela ouvir o barulho de carro na frente de casa, ou principalmente do portão abrindo, que ela faz aquela cara de feliz e grita "Papai!" ou "Pai!". É uma graça. No fundo me sinto realizada e fico emocionada em ver esse amor todo que ela tem por ele. Um dia li sobre a missão que a mãe tem de aproximar os filhos do pai assim como a Igreja tem de aproximar os filhos de Deus Pai através de Cristo. Uma analogia linda da nossa missão como cristãos!
COMPREENSÃO DE VOCABULÁRIOS
A Nicole já entende muitas coisas, pra ser sincera eu não sei brincar com ela sem aproveitar e dar um jeitinho de ensinar algo novo. Deve ser algum gene de professora que eu tenho, rs! E me espanto como ela realmente aprende rápido, são verdadeiras "esponjinhas" nesta idade. Esses dias eu casualmente comecei a ensinar as partes do corpo pra ela e não é que ela aprendeu fácil?! Eu comecei perguntando "Where's Nicky's mouth?" (Cadê a boca da Nicole?), "Where's Nicky's nose?" (Cadê o nariz da Nicole?) e assim por diante. Hoje ela já sabe apontar para a boca, o nariz, os olhos, as bochechas, o cabelo e as orelhas! Acompanhamos um casal de americanos na semana passada e quando o pr. Steve Harbin foi brincar com ela, eu disse pra ele perguntar onde estava a boca dela, ele fez e ela respondeu direitinho. Daí não parou mais, né!
Curiosa pra testar o quanto ela conhecia, uma vez brinquei de espalhar os brinquedos dela pelo chão da sala e fui perguntando onde estava um e outro. Eu costumo dar nome pra todos os brinquedos, bonecas e bichinhos dela. À medida que eu pedia o brinquedo (livro, tartagura, bola, boneca tal, etc.) ela ia procurando e trazendo-o pra mim!
Além desses vocabulários, a Nicole também responde a comandos simples. Exemplo: quando sirvo a comida e está quente eu digo pra ela "blow the food" (assoprar a comida), e ela faz! Outro exemplo, ela tem uma bonequinha cheirosa e quando a pegamos eu digo pra ela "Look, Nicky, the baby! Smell the baby doll" e ela sabe cafungar a boneca direitinho, rs! Por fim, um último exemplo, estou grávida e frequentemente mostro pra ela minha barriga que está crescendo e digo pra ela "kiss the baby in mommy's belly", ela faz direitinho... e ainda faz carinho depois!
Também poderia dar exemplos de como ela entende o que é "jump" (pular) e "sing" (cantar) e também muitas situações engraçadas em que a pego imitando algo que ela viu alguém fazer, mas acho que já está bom, né! Com os exemplos que dei, já deu pra ter uma noção de como está a todo vapor o desenvolvimento cognitivo de crianças dessa idade!
Dado o tamanho desse post, vou deixar pra falar das mudanças no seu comportamento numa outra oportunidade, tá? Um abraço e até lá, Talita
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Transições parte 1: Da mamadeira para o copo!
Já faz mais de mês que estou "ensaiando" escrever sobre as transições que eu me propús a alcançar com a Nicole (que daqui poucos dias completa 1 ano e 5 meses) antes da chegada do 2º. bebê.
São elas:
1- Transição da mamadeira para o copo
2- Transição da fralda para o uso do vaso sanitário
3- Transição do berço para a cama
Desde que tracei esses objetivos, demos alguns passos importantes para a concretização deles! Para que o post não fique longo demais, hoje me deterei a falar somente sobre o primeiro que, inclusive, foi muito mais fácil de alcançar do que eu imaginava!
A Nicole já estava acostumada a beber líquidos no copinho, pois nunca demos água ou suco, por exemplo, na mamadeira para ela, apenas o leite. Mesmo quando ela ainda mamava no peito, uma vez a cada uma ou duas semanas, oferecíamos leite materno na mamadeira - isso desde recém-nascida, a partir da 4a ou 5a semana de vida, o que também explica o fato de aos 9 meses ter sido bem tranquilo fazer o desmame (transição do seio à mamadeira).
Até aprox. duas semanas antes de completar seu 6º. mês de vida, a Nicole era exclusivamente alimentada com leite materno e não tomava outros líquidos, como chá, suco ou mesmo água. Ao começar a comer alimentos sólidos, introduzimos também os outros líquidos... mas dispensamos a mamadeira e passamos direto para o uso do copinho (exceto para o leite)!
Veja nesse vídeo ela aos 6 meses aprendendo/ praticando beber no copinho!
Link: http://www.youtube.com/watch?v=0PlO05l1cis
Bem, a transição definitiva da mamadeira para o copinho (com leite) começou pouco depois dela completar seu 1º. aniversário. Eu já tinha lido que essa era a idade ideal para fazer a transição definitiva uma vez que é nessa fase que as crianças começam a ficar mais apegadas emocionalmente à mamadeira - que no nosso caso não sei se chegou ou chegaria a acontecer porque não dávamos a mamadeira na mão da Nicole para ela tomar o leite sozinha. O padrão era eu ou meu marido sentarmos na poltrona de amamentação e lhe darmos o leite com ela sentada no nosso colo, um ritualzinho todo especial que criamos e que com certeza nos deixará com boas lembranças!
O problema no início foi que na época eu quis comprar um copo antivazamento daqueles diferentes e bonitos, com canudo e tudo mais, porque me empolguei vendo tantas opções nas prateleiras da loja. Não foi uma decisão muito inteligente. Para a Nicole era muito trabalhoso sugar os 240 ml de leite de cada mamada, sendo que estava acostumada a simplesmente virar a mamadeira e com pouco esforço o leite escorria pra dentro de sua boca. Por causa disso, com esse copo de canudo ela bebia um pouco, mas logo se desinteressava e parava de beber. Após poucas tentativas e sem pensar muito sobre o assunto, voltei para a mamadeira.
Dois a três meses depois, após uma releitura do livro fui convencida novamente da importância de tirar a mamadeira o quanto antes, antes que a Nicole crescesse mais e se acostumasse a ela, tornando a transição mais difícil. Foi então que analisei a situação e me "caiu a ficha" sobre o porquê do insucesso na tentativa anterior. Fui à loja comprar um copinho mais simples para ela tomar o leite, comprei-o no mesmo modelo do copo que ela já tinha, só que maior. Deu certo!
Ela aceitou a mudança de primeira, praticamente sem resistência, adaptando-se "numa boa". Aliás, me surpreendeu pois eu não sabia que seria tão simples fazer a troca. É claro também que eu não dificultei as coisas pra ela deixando a mamadeira à vista. Como diz o provérbio que o curso dos Ezzos ensina, com crianças "what is out of sight is also out of mind" (o que os olhos não veem, a menta não lembra - adaptação minha)!
Desde então a Nicole não usa mais a mamadeira, toma o leite e outros líquidos no copinho infantil. Se precisar também toma em copos de adulto ou utilizando o canudo, fica tudo mais simples assim! Alvo nº.1 alcançado!! Yeah!
São elas:
1- Transição da mamadeira para o copo
2- Transição da fralda para o uso do vaso sanitário
3- Transição do berço para a cama
Desde que tracei esses objetivos, demos alguns passos importantes para a concretização deles! Para que o post não fique longo demais, hoje me deterei a falar somente sobre o primeiro que, inclusive, foi muito mais fácil de alcançar do que eu imaginava!
A Nicole já estava acostumada a beber líquidos no copinho, pois nunca demos água ou suco, por exemplo, na mamadeira para ela, apenas o leite. Mesmo quando ela ainda mamava no peito, uma vez a cada uma ou duas semanas, oferecíamos leite materno na mamadeira - isso desde recém-nascida, a partir da 4a ou 5a semana de vida, o que também explica o fato de aos 9 meses ter sido bem tranquilo fazer o desmame (transição do seio à mamadeira).
Até aprox. duas semanas antes de completar seu 6º. mês de vida, a Nicole era exclusivamente alimentada com leite materno e não tomava outros líquidos, como chá, suco ou mesmo água. Ao começar a comer alimentos sólidos, introduzimos também os outros líquidos... mas dispensamos a mamadeira e passamos direto para o uso do copinho (exceto para o leite)!
Veja nesse vídeo ela aos 6 meses aprendendo/ praticando beber no copinho!
Link: http://www.youtube.com/watch?v=0PlO05l1cis
Bem, a transição definitiva da mamadeira para o copinho (com leite) começou pouco depois dela completar seu 1º. aniversário. Eu já tinha lido que essa era a idade ideal para fazer a transição definitiva uma vez que é nessa fase que as crianças começam a ficar mais apegadas emocionalmente à mamadeira - que no nosso caso não sei se chegou ou chegaria a acontecer porque não dávamos a mamadeira na mão da Nicole para ela tomar o leite sozinha. O padrão era eu ou meu marido sentarmos na poltrona de amamentação e lhe darmos o leite com ela sentada no nosso colo, um ritualzinho todo especial que criamos e que com certeza nos deixará com boas lembranças!
O problema no início foi que na época eu quis comprar um copo antivazamento daqueles diferentes e bonitos, com canudo e tudo mais, porque me empolguei vendo tantas opções nas prateleiras da loja. Não foi uma decisão muito inteligente. Para a Nicole era muito trabalhoso sugar os 240 ml de leite de cada mamada, sendo que estava acostumada a simplesmente virar a mamadeira e com pouco esforço o leite escorria pra dentro de sua boca. Por causa disso, com esse copo de canudo ela bebia um pouco, mas logo se desinteressava e parava de beber. Após poucas tentativas e sem pensar muito sobre o assunto, voltei para a mamadeira.
Dois a três meses depois, após uma releitura do livro fui convencida novamente da importância de tirar a mamadeira o quanto antes, antes que a Nicole crescesse mais e se acostumasse a ela, tornando a transição mais difícil. Foi então que analisei a situação e me "caiu a ficha" sobre o porquê do insucesso na tentativa anterior. Fui à loja comprar um copinho mais simples para ela tomar o leite, comprei-o no mesmo modelo do copo que ela já tinha, só que maior. Deu certo!
Ela aceitou a mudança de primeira, praticamente sem resistência, adaptando-se "numa boa". Aliás, me surpreendeu pois eu não sabia que seria tão simples fazer a troca. É claro também que eu não dificultei as coisas pra ela deixando a mamadeira à vista. Como diz o provérbio que o curso dos Ezzos ensina, com crianças "what is out of sight is also out of mind" (o que os olhos não veem, a menta não lembra - adaptação minha)!
Desde então a Nicole não usa mais a mamadeira, toma o leite e outros líquidos no copinho infantil. Se precisar também toma em copos de adulto ou utilizando o canudo, fica tudo mais simples assim! Alvo nº.1 alcançado!! Yeah!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
A Vida Sem Gary Ezzo ou Tracy Hogg
Olá a todos! Acho que a maioria das leitoras nem deve saber quem é “Fabi”, já que há diversos meses não escrevo. É verdade que a “desculpa” que eu vinha usando para deixar de preparar as mensagens era a famigerada falta de tempo. Não que seja mentira, mas sempre arrumamos tempo para fazer algo que precisamos. O verdadeiro motivo da minha ausência foi um só: cansei de livros sobre bebês. Rsrsrs
Que coisa mais estranha, né? Eu li praticamente tudo que podia enquanto estava grávida e reli desesperada todos depois que a Gi nasceu. Um dia eu acordei e disse, “basta”! A mãe sou eu e não o Gary Ezzo ou a Tracy Hogg. Então coloquei todos os livros dentro de uma caixa e escondi no fundo do guarda-roupas. Parei de ler blogs e sites que falavam sobre “o que fazer” ou “o que não fazer”. Nem mesmo nosso blog eu li mais! Não pedi mais conselhos e fiz o possível para evitar dar palpites a alguém (é que as vezes isso é incontrolável, principalmente para uma tagarela como eu :)). Naquela mesma noite eu me ajoelhei e orei pedindo a Deus para que ele me instruísse e me desse sabedoria.
Calma, todo esse histórico não é um incentivo para você fechar esse site agora. Eu fiz isso por uns três ou quatro meses, o tempo que foi necessário para me desintoxicar do medo de ter um bebê problema se não seguir o princípio “a”. Os seis primeiros meses da minha filha eu atravessei com medo de errar, com a angústia de “ter que pagar mais caro” no futuro por algo que eu deixasse de fazer no presente. Esse período de abstinência de informação foi necessário para que eu aprendesse que não vou encontrar o certo ou o errado dentro de um livro. Hoje meus livros (a Gi já vai fazer quase um ano!) estão de volta à estante...só que a importância que dou a eles é bem diferente.
E o que eu aprendi nesses últimos seis meses? Como é a vida sem seguir a risca os livros que usamos como base no nosso site (sem seguir quase nada, para falar a verdade). Curiosa?
Padrões de Sono: A Giovanna sempre dormiu a noite toda quase sem esforço da minha parte e isso continuou mesmo depois que eu parei de “deixá-la chorar” custe o que custar. Nas poucas vezes em que ela acordava chorando eu ia até o quarto dela, a pegava no colo e confortava. Tão logo ficasse calma ela voltava para o berço e dormia. O inverso aconteceu para as sonecas. Perdi a conta do número de vezes em que eu tive que embalá-la e deixá-la tirar a soneca toda no colo. Sabe aquela cena clássica em que a criança dorme no colo e você vai com todo o cuidado colocá-la de volta no berço? Pois é. Giovanna tinha um sensor que disparava quando ela chegava a uns dois centímetros do colchão. Ela já desatava a chorar...e lá toca a mãe voltar a ninar. Claro que não era assim todos os dias, do contrário acho que não aguentaria. Misteriosamente tinha dias em que eu nem tinha terminado o ritual do sono e ela já estava se esticando pedindo para ir ao berço. Mas ouso dizer que a porcentagem de dias bons e dias ruins era 50% para cada lado. Ela dormiu três sonecas até uns oito, começinho dos nove meses. Depois passou para duas sonecas diárias.
Alimentação: Não usei mais o EASY. Fixei os horários de alimentação e não parei de seguir a sequência. Ela tomava leite por volta das 6:00 ou 6:30. Suquinho e um pedaçinho de fruta umas 9:00. 12:00/12:30 o almoço. Um leitinho antes da soneca. Papinha de frutas as 15:30/16:00 e jantar as 18:00 ou 18:30. Leite antes de ir para cama as 19:00/19:30. Ela sempre belisca o que comemos, mas nunca perdeu o apetite. Acho que se percebesse uma diminuição nas refeições pararia de dar besteira para ela.
Atividades: Não organizei horários específicos (como hora de brincar sozinha, hora de brincar com alguém por perto, etc.). Quando está mais focada, coloco ela no cercadinho. Em geral, dá para fazer isso uma vez por dia. Pelo menos uma vez por dia me esforço para levá-la até a área de lazer do prédio onde brincamos juntas na salinha das crianças. Todos os dias tem um período em que ela brinca sozinha comigo por perto.
Educação: No cadeirão, não ensinei as “boas maneiras”. Geralmente dou uma colher para ela brincar enquanto eu a alimento. Ela fica tentando “me imitar” colocando a colher dela na boca. Faz um pouco de sujeira, mas nada extraordinário e fica no espaço da bandeja do cadeirão. O que eu achei legal é que ela pegou a noção de que a colher vai na boca e eu a aplaudo quando ela consegue. Ela fica felicíssima.
Não ensinei linguagem de sinais, mas ela desenvolveu uma própria. Quando está satisfeita, por exemplo, balança a cabeça fazendo um “não” como eu faço para ela quando está perto de algo proibido. rsrsrs.
Também não a ensinei a ficar dentro de um espaço delimitado. Significa dizer que quando vamos a um restaurante ela come no cadeirão disponibilizado pelo local ou no nosso colo (quando não tem cadeirão). Ao terminar, colocamos ela no chão. Ela vai se arrastando pelo local inteiro cumprimentando a todos, mas já sabe que quando chamamos é para ela voltar. Quando ela encontra algo que gosta não obedece e precisamos ir buscá-la, mas no geral ela é bem obediente.
O que eu ensinei? O “não”. Na verdade eu faço justamente o oposto do funil. Tudo é permitido até eu dizer “a Gigi não pode brincar com isso” ou “não pode brincar assim”. Ela tem livre acesso pela casa inteira, mas já sabe que tem alguns lugares que não pode mexer. Em outros, ela sabe que pode mexer, mas que não pode pegar (como na árvore de natal – pode encostar nas luzes, nas bolinhas e nas folhas, mas não pode arrancar de lá). Aqui em casa não tirei nada do lugar (exceto as coisas realmente perigosas) e quando vamos a casa de alguém, não me preocupo, pois sei que posso deixá-la passear a vontade. Se digo “não”, ela obedece (as vezes na terceira vez, mas obedece. rsrs). É impressionante como esses pequenos são inteligentes! Na primeira vez que a Gi pegou uma folha de papel ela imediatamente começou a rasgar. Disse que não podia e dei outra. Na terceira folha que eu dei ela aprendeu. Hoje, ela tira meus livros da estante, pega revistas, encartes e vai “folheando” como se estivesse lendo! Nunca ela rasgou um desses! A única coisa que ela rasga é papel mais fino (como guardanapo ou papel higiênico).
Minha conclusão: Para a Giovanna, não compensou seguir fielmente o Ezzo ou a Hogg. Temos uma rotina e poucas regras (escovar os dois dentes depois das refeições, sempre ir na cadeirinha do carro, o “não”, etc). Ela é tranqüila e dá muito pouco trabalho. Mesmo com algumas sonecas complicadas ou jantares não-tão-perfeitos quando saímos, acho que o esforço para “enquadrá-la” para ser um bebê modelo não compensou. A verdade é que a-do-ro sentir o corpo dela relaxado no meu colo e também rio demais com meu marido quando precisamos sair correndo para pegá-la na mesa do lado porque está colocando migalhas encontradas na boca. Claro, tem dias que a paciência não é mesma, mas pesando na minha balança, eu fui muito mais feliz nos últimos seis meses do que fui nos primeiros, quando as sonecas eram perfeitas, quando sabia quanto tempo de peito tinha dado e quantas fraldas tinham sido descartadas. Acabamos de voltar de viajem esses dias (passamos dez dias fora) e foram simplesmente as melhores férias da minha vida. Eu e meu marido voltamos com o coração grande de tão gratos que ficamos a Deus pela forma como as coisas transcorreram (aguardem o post “aventuras de um bebê de onze meses em bariloche”, rsrs).
Isso não quer dizer que o mesmo aconteceria para um segundo filho, por exemplo. Há crianças com personalidades mais fortes, mais sensíveis e que precisam de um pouco mais de firmeza. Nesse caso, passar sem os princípios do Nana Nenê a vida pode ser difícil.
O importante é saber que a maternidade é uma alegria. Temos sim a responsabilidade de criar uma mulher ou um homem íntegro e saudável em todos os aspectos (físico e emocional). A responsabilidade não é um fardo. Ser pai ou ser mãe é uma bênção de Deus e eu creio que Ele dá sabedoria para criar filhos aos que pedem com sinceridade. As vezes, o discernimento mostra que deve-se usar um ou outro (ou todos) os métodos e conselhos de especialistas. Outras vezes, que o melhor conselho vem de onde menos esperamos (da sogra :), brincadeira). O importante é não descredenciarmos ninguém por mais inexperiente que seja ou dar muito crédito a alguém que seja um “perito”. Cada criança é um ser único e diferente, de modo que não existe pessoa no mundo que possa dizer o que é melhor para todos. Que os nossos ouvidos e olhos estejam abertos para receber todos os conselhos, mas que o filtro confeccionado por Deus esteja ligado para que possamos escolher o que é melhor para cada filho específico.
Ser mãe foi um dos presentes mais maravilhosos que recebi e vou continuar a escrever, mesmo virando mãe “alternativa” porque simplesmente não agüento mais conter tudo que aprendo todos os dias com a Gigi. Um grande abraço a todas as mamães e papais.
Que coisa mais estranha, né? Eu li praticamente tudo que podia enquanto estava grávida e reli desesperada todos depois que a Gi nasceu. Um dia eu acordei e disse, “basta”! A mãe sou eu e não o Gary Ezzo ou a Tracy Hogg. Então coloquei todos os livros dentro de uma caixa e escondi no fundo do guarda-roupas. Parei de ler blogs e sites que falavam sobre “o que fazer” ou “o que não fazer”. Nem mesmo nosso blog eu li mais! Não pedi mais conselhos e fiz o possível para evitar dar palpites a alguém (é que as vezes isso é incontrolável, principalmente para uma tagarela como eu :)). Naquela mesma noite eu me ajoelhei e orei pedindo a Deus para que ele me instruísse e me desse sabedoria.
Calma, todo esse histórico não é um incentivo para você fechar esse site agora. Eu fiz isso por uns três ou quatro meses, o tempo que foi necessário para me desintoxicar do medo de ter um bebê problema se não seguir o princípio “a”. Os seis primeiros meses da minha filha eu atravessei com medo de errar, com a angústia de “ter que pagar mais caro” no futuro por algo que eu deixasse de fazer no presente. Esse período de abstinência de informação foi necessário para que eu aprendesse que não vou encontrar o certo ou o errado dentro de um livro. Hoje meus livros (a Gi já vai fazer quase um ano!) estão de volta à estante...só que a importância que dou a eles é bem diferente.
E o que eu aprendi nesses últimos seis meses? Como é a vida sem seguir a risca os livros que usamos como base no nosso site (sem seguir quase nada, para falar a verdade). Curiosa?
Padrões de Sono: A Giovanna sempre dormiu a noite toda quase sem esforço da minha parte e isso continuou mesmo depois que eu parei de “deixá-la chorar” custe o que custar. Nas poucas vezes em que ela acordava chorando eu ia até o quarto dela, a pegava no colo e confortava. Tão logo ficasse calma ela voltava para o berço e dormia. O inverso aconteceu para as sonecas. Perdi a conta do número de vezes em que eu tive que embalá-la e deixá-la tirar a soneca toda no colo. Sabe aquela cena clássica em que a criança dorme no colo e você vai com todo o cuidado colocá-la de volta no berço? Pois é. Giovanna tinha um sensor que disparava quando ela chegava a uns dois centímetros do colchão. Ela já desatava a chorar...e lá toca a mãe voltar a ninar. Claro que não era assim todos os dias, do contrário acho que não aguentaria. Misteriosamente tinha dias em que eu nem tinha terminado o ritual do sono e ela já estava se esticando pedindo para ir ao berço. Mas ouso dizer que a porcentagem de dias bons e dias ruins era 50% para cada lado. Ela dormiu três sonecas até uns oito, começinho dos nove meses. Depois passou para duas sonecas diárias.
Alimentação: Não usei mais o EASY. Fixei os horários de alimentação e não parei de seguir a sequência. Ela tomava leite por volta das 6:00 ou 6:30. Suquinho e um pedaçinho de fruta umas 9:00. 12:00/12:30 o almoço. Um leitinho antes da soneca. Papinha de frutas as 15:30/16:00 e jantar as 18:00 ou 18:30. Leite antes de ir para cama as 19:00/19:30. Ela sempre belisca o que comemos, mas nunca perdeu o apetite. Acho que se percebesse uma diminuição nas refeições pararia de dar besteira para ela.
Atividades: Não organizei horários específicos (como hora de brincar sozinha, hora de brincar com alguém por perto, etc.). Quando está mais focada, coloco ela no cercadinho. Em geral, dá para fazer isso uma vez por dia. Pelo menos uma vez por dia me esforço para levá-la até a área de lazer do prédio onde brincamos juntas na salinha das crianças. Todos os dias tem um período em que ela brinca sozinha comigo por perto.
Educação: No cadeirão, não ensinei as “boas maneiras”. Geralmente dou uma colher para ela brincar enquanto eu a alimento. Ela fica tentando “me imitar” colocando a colher dela na boca. Faz um pouco de sujeira, mas nada extraordinário e fica no espaço da bandeja do cadeirão. O que eu achei legal é que ela pegou a noção de que a colher vai na boca e eu a aplaudo quando ela consegue. Ela fica felicíssima.
Não ensinei linguagem de sinais, mas ela desenvolveu uma própria. Quando está satisfeita, por exemplo, balança a cabeça fazendo um “não” como eu faço para ela quando está perto de algo proibido. rsrsrs.
Também não a ensinei a ficar dentro de um espaço delimitado. Significa dizer que quando vamos a um restaurante ela come no cadeirão disponibilizado pelo local ou no nosso colo (quando não tem cadeirão). Ao terminar, colocamos ela no chão. Ela vai se arrastando pelo local inteiro cumprimentando a todos, mas já sabe que quando chamamos é para ela voltar. Quando ela encontra algo que gosta não obedece e precisamos ir buscá-la, mas no geral ela é bem obediente.
O que eu ensinei? O “não”. Na verdade eu faço justamente o oposto do funil. Tudo é permitido até eu dizer “a Gigi não pode brincar com isso” ou “não pode brincar assim”. Ela tem livre acesso pela casa inteira, mas já sabe que tem alguns lugares que não pode mexer. Em outros, ela sabe que pode mexer, mas que não pode pegar (como na árvore de natal – pode encostar nas luzes, nas bolinhas e nas folhas, mas não pode arrancar de lá). Aqui em casa não tirei nada do lugar (exceto as coisas realmente perigosas) e quando vamos a casa de alguém, não me preocupo, pois sei que posso deixá-la passear a vontade. Se digo “não”, ela obedece (as vezes na terceira vez, mas obedece. rsrs). É impressionante como esses pequenos são inteligentes! Na primeira vez que a Gi pegou uma folha de papel ela imediatamente começou a rasgar. Disse que não podia e dei outra. Na terceira folha que eu dei ela aprendeu. Hoje, ela tira meus livros da estante, pega revistas, encartes e vai “folheando” como se estivesse lendo! Nunca ela rasgou um desses! A única coisa que ela rasga é papel mais fino (como guardanapo ou papel higiênico).
Minha conclusão: Para a Giovanna, não compensou seguir fielmente o Ezzo ou a Hogg. Temos uma rotina e poucas regras (escovar os dois dentes depois das refeições, sempre ir na cadeirinha do carro, o “não”, etc). Ela é tranqüila e dá muito pouco trabalho. Mesmo com algumas sonecas complicadas ou jantares não-tão-perfeitos quando saímos, acho que o esforço para “enquadrá-la” para ser um bebê modelo não compensou. A verdade é que a-do-ro sentir o corpo dela relaxado no meu colo e também rio demais com meu marido quando precisamos sair correndo para pegá-la na mesa do lado porque está colocando migalhas encontradas na boca. Claro, tem dias que a paciência não é mesma, mas pesando na minha balança, eu fui muito mais feliz nos últimos seis meses do que fui nos primeiros, quando as sonecas eram perfeitas, quando sabia quanto tempo de peito tinha dado e quantas fraldas tinham sido descartadas. Acabamos de voltar de viajem esses dias (passamos dez dias fora) e foram simplesmente as melhores férias da minha vida. Eu e meu marido voltamos com o coração grande de tão gratos que ficamos a Deus pela forma como as coisas transcorreram (aguardem o post “aventuras de um bebê de onze meses em bariloche”, rsrs).
Isso não quer dizer que o mesmo aconteceria para um segundo filho, por exemplo. Há crianças com personalidades mais fortes, mais sensíveis e que precisam de um pouco mais de firmeza. Nesse caso, passar sem os princípios do Nana Nenê a vida pode ser difícil.
O importante é saber que a maternidade é uma alegria. Temos sim a responsabilidade de criar uma mulher ou um homem íntegro e saudável em todos os aspectos (físico e emocional). A responsabilidade não é um fardo. Ser pai ou ser mãe é uma bênção de Deus e eu creio que Ele dá sabedoria para criar filhos aos que pedem com sinceridade. As vezes, o discernimento mostra que deve-se usar um ou outro (ou todos) os métodos e conselhos de especialistas. Outras vezes, que o melhor conselho vem de onde menos esperamos (da sogra :), brincadeira). O importante é não descredenciarmos ninguém por mais inexperiente que seja ou dar muito crédito a alguém que seja um “perito”. Cada criança é um ser único e diferente, de modo que não existe pessoa no mundo que possa dizer o que é melhor para todos. Que os nossos ouvidos e olhos estejam abertos para receber todos os conselhos, mas que o filtro confeccionado por Deus esteja ligado para que possamos escolher o que é melhor para cada filho específico.
Ser mãe foi um dos presentes mais maravilhosos que recebi e vou continuar a escrever, mesmo virando mãe “alternativa” porque simplesmente não agüento mais conter tudo que aprendo todos os dias com a Gigi. Um grande abraço a todas as mamães e papais.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Alimentação a partir dos 12 meses - Aprendendo com os erros!
Até aproximadamente seu 1º. aniversário e apesar de nunca ter sido um bebê gorducho, a Nicole sempre se alimentou superbem. Até seus 5,5 meses alimentou-se exclusivamente de leite materno. E mesmo depois que começou a comer alimentos sólidos, mamou no peito até completar 9 meses. Ela sempre comeu de tudo, nunca recusou nenhum alimento que eu oferecia, inclusive variadas frutas e legumes. Ela só parou de mamar no peito porque eu optei por substitui-lo por leite industrializado uma vez que desejava ter outro bebê em breve.
Nas primeiras 6 visitas à pediatra (de set/2009 a mar/2010), a Nicole ganhou o total 3.850 kg. Como disse, ela nunca foi um bebê grande (aliás, sempre foi pequena e delicadinha), mas para um bebê que nasceu com 2.475 kg e 46 cm e que saiu da maternidade pesando 2.300 kg, chegar aos 6 meses com 6.150 kg e 62,5 cm estava de bom tamanho! Ela tinha mais do que dobrado o peso que tinha ao nascer, exatamente como os livros e especialistas dizem que deve ser.
Bem, a primeira pediatra precisou sair de licença-maternidade e nós fomos à procura de um outro médico para continuar o acompanhamento da Nicole. Foi aí que começaram os nossos problemas, pois esse novo doutor nunca ficava satisfeito com o ganho de peso dela!
Ele comparava-a comigo e com meu esposo e dizia que a Nicole estava muito pequena para sua idade, que deveria estar ganhando bem mais peso para alcançar os outros bebês que tinham nascido com 3 kg ou mais. Ele me perguntava se ela estava comendo duas papinhas salgadas por dia, eu dizia que sim e explicava pra ele que ela comia um pratão de comida. E comia mesmo! Ela era motivo de orgulho das avós que se gabavam que a netinha era "boa de garfo". Mas no fundo sempre tinha a sensação de que ele não acreditava em mim.
Lembro-me de uma das consultas, quando ela estava com 10 pra 11 meses, em que a balança finalmente apontou um ganho de 500 g, ele disse: "Tá vendo, é só aumentar a ingestão calórica que ela ganha peso". E assim eu sempre saía das consultas cabisbaixa e chateada, como se fosse um fracasso de mãe, sentindo que de alguma forma o fato da minha filha não estar ganhando o peso que o pediatra achava adequado significava que eu havia falhado em alguma coisa. Nessa neura de que minha filha ganhasse mais peso fui, inconscientemente, diminuindo o leite que dava pra ela e aumentando a quantidade de sólidos. Esse foi o meu primeiro erro.
Foi um erro porque até o 1º. ano de vida o que realmente faz com que os bebês ganhem peso é o leite, nessa fase o leite é essencial e a introdução de sólidos deve ser lenta e gradativa. O resultado foi que os exames de sangue de 1 aninho da Nicole constataram fosfatase alcalina alterada, que pelo que entendi é uma alteração que aconteceu como reflexo da falta de fixação de cálcio. Para reverter o quadro, o médico disse que eu precisava aumentar a ingestão de leite e de vitamina D (principal responsável por fixar o cálcio), além de diariamente expô-la ao sol de manhãzinha ou final de tarde e acrescentar um ovo cozido à alimentação dela todos os dias. Fizemos e deu certo, nos exames seguintes a fosfatase estava normalizada.
Mas voltando a falar do ganho de peso, a Nicole realmente não ganhava tantos gramas assim MAS, apesar de dois episódios de gripe fortes com febre (com 7 e 8 meses) - em que ela ganhou apenas 150 g e 100 g de uma consulta pra outra - ela nunca chegou a perder peso. Ou seja, ela estava sempre numa crescente e o comum, em meses sem intercorrências de saúde em que perdia o apetite e literalmente não queria comer nada por uma semana inteira, era o ganho de 300-500 g por mês. Com 1 aninho ela tinha mais do que triplicado o peso que tinha ao nascer. Estava com 7.650 kg e 70 cm. Mas o pediatra continuava insatisfeito.
Acho que o que o incomodava era o fato do peso e altura da Nicole a colocarem sempre próximo aos mínimos na tabela de crescimento (como no percentil 5, por exemplo). Mas pra mim isso não era problema, pois apenas significava que para cada 100 crianças de sua idade, a Nicole estaria entre as 5 menores (considerando tamanho e peso). Qual o problema em ser magro?? Se houvesse outros sintomas preocupantes que indicassem doença, tudo bem. Mas não! A Nicole era uma criança ativa, esperta, estava se desenvolvendo de forma adequada e não tinha a aparência de criança doente - ela era apenas pequena.
Mas o médico reforçava que não, que ela tinha que estar dentro da média, próximo ao percentil 50, o que não fazia o menor sentido pra mim! Eu sempre procurei ser informada e havia lido em vários sites que "a média" simplesmente significava que 50% dos bebês estavam acima daquele número enquanto os outros 50% estariam abaixo, somente isso. Um dia questionei isso e o doutor rispidamente respondeu que não podemos confiar em tudo que lemos na internet. Acho que ele se zangou.
Bem, você deve estar se perguntando porque eu não procurei logo outro médico, pelo menos pra ter uma segunda opinião. Foi o que eu fiz. E dessa vez fiz questão de ir em um indicado em vez de simplesmente abrir o livrinho do convênio e procurar pelo consultório mais próximo da minha casa. Três mamães de bebês pequenos me indicaram um outro pediatra e precisei aguardar 3 meses para conseguir uma consulta com ele!! Mas valeu a pena, pois acho que acertamos. Além de pediatra, ele é também endocrinologista pediátrico e é bem calmo. Leva jeito para lidar com crianças pequenas e pra tranquilizar pais estressados porque eu realmente estava precisando, rs! Nem bronca ele me deu porque a Nicole, pela primeira vez, aos 15 meses perdeu peso (180 g) em vez de ganhar e também só cresceu 0,5 cm!!
Nem eu acreditei e fiquei me perguntando como isso foi acontecer. Depois de mais algumas semanas, muitas leituras sobre o assunto, conversas com pessoas e algumas experiências em casa finalmente compreendi. E é o principal aprendizado que quero compartilhar hoje com vocês.
Para conseguir explicar, preciso voltar um pouco e contar o que aconteceu antes da consulta com o novo pediatra e depois da Nicole completar seu primeiro aniversário. Nesse meio tempo (que duraram 3 meses) continuei visitando o pediatra anterior e ele pediu diversos exames pra tentar investigar o que poderia estar impedindo minha filha de ganhar mais peso, foram vários sofridos exames de sangue (porque ela berrou muito) e um 2º de urina pra saber se ela não estava com alguma infecção ou deficiência de cálcio, fósforo, etc. Os resultados vieram todos normais e indicavam que ela estava saudável. Então ele insistiu para que eu desse Pediasure pra ela como complemento alimentar. Na verdade ele já tinha indicado esse leite desde seus 9 meses, mas eu me recusei a dar porque a própria embalagem diz que esse leite é para crianças de 1 a 10 anos que não comem bem. Como ela não tinha 1 ano e também comia bem, achei totalmente desnecessário (além do que uma lata grande custava mais que 70 reais).
Bem, depois que a Nicole completou 1 aninho algumas coisas estranhas começaram a acontecer com ela, rs. Primeiro notei que ela parou de comer a quantidade habitual. Eu cozinhava os legumes, preparava suas papinhas e as congelava no freezer em potinhos de plástico. Até 1 ano ela comia o conteúdo de um potinho inteiro no almoço e outro na janta. De repente comecei a notar que ela só comia metade de um potinho e ainda sobrava pra janta. E mesmo depois de jantar, ainda sobrava comida que eu tinha que jogar fora! Preocupada com o ganho de peso, cedi e comprei o tal do Pediasure, pois afinal ela já tinha 1 ano e realmente não estava mais comendo bem. Passei a dar uma mamadeira por dia pela manhã.
Considero que foi outro erro. O apetite dela nas refeições só foi piorando. Chegou ao ponto de só dar uma beliscadinha ou mal experimentar as refeições em alguns dias, estava comendo como um passarinho! Os alimentos básicos que ela sempre amou (como cenoura e batata) de repente ela começou a agir como se nunca os tivesse comido. Eu não tinha certeza se devia atribuir esse novo comportamento ao fato dos dentes terem finalmente começado a sair e preocupada fui fazer minhas pesquisas na internet pra tentar entender e saber o que especialistas falavam sobre o assunto. Achei um site excelente da Editora Abril que hoje consulto pra muita coisa.
Chama-se www.bebê.com.br e tem artigos interessantíssimos (divididos por faixa etária e temas variados). As leituras, especificamente sobre alimentação, que mais me ajudaram nessa fase complicada foram:
Vinte sugestões para o seu filho amar comidas saudáveis
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/sugestoes-para-filho-amar-comidas-saudaveis.php (obs. todas as dicas aqui são excelentes, mas faço um destaque especial para as de nº. 8, 11 e 15)
Mitos e verdades sobre o ganho de peso da criança
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/mitos-verdades-ganho-de-peso-crianca.php
(obs. todas essas dicas pra mim foram maravilhosas, vale a pena conferir!!)
A alimentação nos primeiros dois anos de vida
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/conteudo_265988.php
Também foi nessa fase que começamos a liberar outras guloseimas pra ela, como biscoitos, rosquinhas, panetone, danoninho, ou seja, uma infinidade de sabores novos e cheios de açúcar! Aliás, acabei entrando no esquema da minha família de oferecer a ela qualquer coisa que estivéssemos comendo (como sorvete) independente se fosse ou não seu horário de se alimentar.
Não preciso nem dizer que os resultados foram catastróficos, não é mesmo? Apesar de eu não estar percebendo, estava criando um novo hábito em minha filha. E ela como não é boba nem nada, começou a ficar "hooked on preferrence", como explica o curso "Preparation for the Toddler Years - Parenting Your Twelve to Eighteen Month Old", escrito pelo casal Ezzo. Aliás, esse livro salvou a minha vida, rs!!
Peguei-o emprestado na sexta passada com minha amiga e só de ler algumas partes já "matei a charada" de qual estava sendo o nosso problema. Então só foi eu começar a aplicar os princípios que o comportamento da Nicole mudou também!
A primeira grande constatação foi o que está escrito na página 49 (do capítulo "Food Challenges"). Os autores escrevem: "Exceto por condições médicas, crianças que comem mal são criadas, não nascem assim" (tradução minha). Eu usei a expressão 'comem mal' pra traduzir o que em inglês é "picky eaters", literalmente crianças que são chatas pra comer. Em seguida, o livro sugere quatro ações / princípios para serem observados: 1) o tamanho da porção, 2) o horário das refeições, 3) a quantidade de líquidos e 4) o monitoramento dos lanches.
Foi nos itens 3 e 4 que eu estava pecando. Já tinha virado rotina eu dar um copão de suco de laranja pra Nicole antes de cada refeição, ela ia bebendo enquanto eu preparava o prato. E os lanches?! Ah, os lanches eram sem dúvida um dos principais vilões!!
Na página seguinte, eles falam sobre a diferença entre apetite e fome, que eu achei excelente. Normalmente fazemos confusão e damos um sentido único a essas duas palavras que, por serem processos biológicos diferentes, têm significados totalmente diferentes também! Apetite é uma resposta ao desejo e fome uma resposta à necessidade. O que compreendi foi que errei ao permitir que o apetite da Nicole, e não o que ela realmente necessitava comer nutricionalmente falando, determinasse e controlasse os alimentos que eu oferecia a ela.
Foram dois erros, na verdade, e eles só fizeram as coisas piorarem. Primeiro o consumo do Pediasure pela manhã a deixava estufada e sem fome o suficiente para comer os alimentos que não eram seus preferidos para o almoço (segundo o pediatra novo, eu deveria suspender o uso desse leite pois arroz, feijão, carne e salada eram o que minha filha precisava) e à tarde, me sentindo culpada por ela mal ter tocado no almoço e só comido a sobremesa, eu aproveitava que ela parecia com fome novamente e exagerava na porção do lanche. Eu dava leite, fruta e ainda a deixava comer bolacha ou chocotone, se ela pedisse - enfim, o que ela quisesse. O resultado disso é que ela ficava sem fome para o jantar também. Virou um ciclo vicioso!!
Bem, então suspendi o Pediasure como disse e o que foi que aconteceu? Minha filha passou a ter fome no almoço sim, mas como havia tornado-se adepta de alimentos de sabor doce, não queria mais saber de experimentar os salgados (por isso a expressão "hooked on preferrence"). Literalmente, ela não queria experimentar nada que eu colocasse no prato, cuspia tudo!! Ela sabia que se esperasse o suficiente eu daria alguma outra coisa mais gostosa no lugar (por exemplo, a sobremesa). Aliás, ela fazia sinal de que estava com sede e enchia a barriga de líquido em vez de comer, em seguida falava "nana" apontando pra alguma fruta que estivesse em cima da mesa e, se eu desse, ela comia tudo! Mas comida salgada mesmo que é bom, nada! Se eu fosse firme o bastante, ela comia arroz e feijão... mas só, não tocava no resto, nem pra saber que gosto tinha. Desesperador pra uma mãe de primeira viagem, eu garanto!
E se eu insistisse um pouco mais tentando colocar a colher de comida na boca dela, ela abria o maior berreiro. Enfim, seu comportamento na hora da refeição regrediu consideravalmente e a hora da refeição começou a ficar traumatizante, pra nós duas.
Graças a Deus eu descobri a raiz do problema a tempo. Da mesma forma que eu a acostumei de um jeito nesses meses, posso acostumá-la de outro daqui pra frente. Já ouvi alguém dizer que nossos filhos são o que fazemos dele. E acho que é verdade mesmo!
Então de alguns dias pra cá, com essas dicas todas que eu aprendi, revolucionamos o horário das refeições e ela "miraculosamente" voltou a comer. Claro, que a quantidade ainda é menor do que a de antes de 1 aninho e ela também ainda está com frescura para aceitar/experimentar alguns alimentos, mas ela voltou a comer bem! Até repete!
O que eu fiz? 1.) Suspendi o Pediasure. 2.) Cortei o suco antes do almoço e tirei da sua visão todos os outros alimentos de que ela gosta mais do que a comida salgada (ex. tirei a fruteira de cima da mesa). Agora ela só bebe líquido depois que sinalizar que está satisfeita com o almoço. 3.) Diminuí consideravelmente a porção do lanche da tarde. Agora é só um lanchinho pra tapear o estômago e ela aguentar até o jantar. Também parei de dar guloseimas não nutritivas todos os dias; elas ficarão limitadas a serem "lanchinhos especiais" (como o danoninho ou a bolacha que ela ama), apenas 1 ou 2 vezes por semana.
Com relação a ela voltar a comer de tudo, ainda estou trabalhando nisso. Estou usando aquele truque de disfarçar o alimento no prato, amassá-lo ou misturá-lo a alguma coisa que ela goste mais. E também continuarei oferecendo muitas vezes antes de chegar a qualquer conclusão precipitada de que ela não gosta desse ou daquele alimento. Ela sempre gostou de tudo e tenho certeza de que essa "frescura" é uma fase e foi resultado de maus hábitos que eu mesmo criei nela.
Nas primeiras 6 visitas à pediatra (de set/2009 a mar/2010), a Nicole ganhou o total 3.850 kg. Como disse, ela nunca foi um bebê grande (aliás, sempre foi pequena e delicadinha), mas para um bebê que nasceu com 2.475 kg e 46 cm e que saiu da maternidade pesando 2.300 kg, chegar aos 6 meses com 6.150 kg e 62,5 cm estava de bom tamanho! Ela tinha mais do que dobrado o peso que tinha ao nascer, exatamente como os livros e especialistas dizem que deve ser.
Bem, a primeira pediatra precisou sair de licença-maternidade e nós fomos à procura de um outro médico para continuar o acompanhamento da Nicole. Foi aí que começaram os nossos problemas, pois esse novo doutor nunca ficava satisfeito com o ganho de peso dela!
Ele comparava-a comigo e com meu esposo e dizia que a Nicole estava muito pequena para sua idade, que deveria estar ganhando bem mais peso para alcançar os outros bebês que tinham nascido com 3 kg ou mais. Ele me perguntava se ela estava comendo duas papinhas salgadas por dia, eu dizia que sim e explicava pra ele que ela comia um pratão de comida. E comia mesmo! Ela era motivo de orgulho das avós que se gabavam que a netinha era "boa de garfo". Mas no fundo sempre tinha a sensação de que ele não acreditava em mim.
Lembro-me de uma das consultas, quando ela estava com 10 pra 11 meses, em que a balança finalmente apontou um ganho de 500 g, ele disse: "Tá vendo, é só aumentar a ingestão calórica que ela ganha peso". E assim eu sempre saía das consultas cabisbaixa e chateada, como se fosse um fracasso de mãe, sentindo que de alguma forma o fato da minha filha não estar ganhando o peso que o pediatra achava adequado significava que eu havia falhado em alguma coisa. Nessa neura de que minha filha ganhasse mais peso fui, inconscientemente, diminuindo o leite que dava pra ela e aumentando a quantidade de sólidos. Esse foi o meu primeiro erro.
Foi um erro porque até o 1º. ano de vida o que realmente faz com que os bebês ganhem peso é o leite, nessa fase o leite é essencial e a introdução de sólidos deve ser lenta e gradativa. O resultado foi que os exames de sangue de 1 aninho da Nicole constataram fosfatase alcalina alterada, que pelo que entendi é uma alteração que aconteceu como reflexo da falta de fixação de cálcio. Para reverter o quadro, o médico disse que eu precisava aumentar a ingestão de leite e de vitamina D (principal responsável por fixar o cálcio), além de diariamente expô-la ao sol de manhãzinha ou final de tarde e acrescentar um ovo cozido à alimentação dela todos os dias. Fizemos e deu certo, nos exames seguintes a fosfatase estava normalizada.
Mas voltando a falar do ganho de peso, a Nicole realmente não ganhava tantos gramas assim MAS, apesar de dois episódios de gripe fortes com febre (com 7 e 8 meses) - em que ela ganhou apenas 150 g e 100 g de uma consulta pra outra - ela nunca chegou a perder peso. Ou seja, ela estava sempre numa crescente e o comum, em meses sem intercorrências de saúde em que perdia o apetite e literalmente não queria comer nada por uma semana inteira, era o ganho de 300-500 g por mês. Com 1 aninho ela tinha mais do que triplicado o peso que tinha ao nascer. Estava com 7.650 kg e 70 cm. Mas o pediatra continuava insatisfeito.
Acho que o que o incomodava era o fato do peso e altura da Nicole a colocarem sempre próximo aos mínimos na tabela de crescimento (como no percentil 5, por exemplo). Mas pra mim isso não era problema, pois apenas significava que para cada 100 crianças de sua idade, a Nicole estaria entre as 5 menores (considerando tamanho e peso). Qual o problema em ser magro?? Se houvesse outros sintomas preocupantes que indicassem doença, tudo bem. Mas não! A Nicole era uma criança ativa, esperta, estava se desenvolvendo de forma adequada e não tinha a aparência de criança doente - ela era apenas pequena.
Mas o médico reforçava que não, que ela tinha que estar dentro da média, próximo ao percentil 50, o que não fazia o menor sentido pra mim! Eu sempre procurei ser informada e havia lido em vários sites que "a média" simplesmente significava que 50% dos bebês estavam acima daquele número enquanto os outros 50% estariam abaixo, somente isso. Um dia questionei isso e o doutor rispidamente respondeu que não podemos confiar em tudo que lemos na internet. Acho que ele se zangou.
Bem, você deve estar se perguntando porque eu não procurei logo outro médico, pelo menos pra ter uma segunda opinião. Foi o que eu fiz. E dessa vez fiz questão de ir em um indicado em vez de simplesmente abrir o livrinho do convênio e procurar pelo consultório mais próximo da minha casa. Três mamães de bebês pequenos me indicaram um outro pediatra e precisei aguardar 3 meses para conseguir uma consulta com ele!! Mas valeu a pena, pois acho que acertamos. Além de pediatra, ele é também endocrinologista pediátrico e é bem calmo. Leva jeito para lidar com crianças pequenas e pra tranquilizar pais estressados porque eu realmente estava precisando, rs! Nem bronca ele me deu porque a Nicole, pela primeira vez, aos 15 meses perdeu peso (180 g) em vez de ganhar e também só cresceu 0,5 cm!!
Nem eu acreditei e fiquei me perguntando como isso foi acontecer. Depois de mais algumas semanas, muitas leituras sobre o assunto, conversas com pessoas e algumas experiências em casa finalmente compreendi. E é o principal aprendizado que quero compartilhar hoje com vocês.
Para conseguir explicar, preciso voltar um pouco e contar o que aconteceu antes da consulta com o novo pediatra e depois da Nicole completar seu primeiro aniversário. Nesse meio tempo (que duraram 3 meses) continuei visitando o pediatra anterior e ele pediu diversos exames pra tentar investigar o que poderia estar impedindo minha filha de ganhar mais peso, foram vários sofridos exames de sangue (porque ela berrou muito) e um 2º de urina pra saber se ela não estava com alguma infecção ou deficiência de cálcio, fósforo, etc. Os resultados vieram todos normais e indicavam que ela estava saudável. Então ele insistiu para que eu desse Pediasure pra ela como complemento alimentar. Na verdade ele já tinha indicado esse leite desde seus 9 meses, mas eu me recusei a dar porque a própria embalagem diz que esse leite é para crianças de 1 a 10 anos que não comem bem. Como ela não tinha 1 ano e também comia bem, achei totalmente desnecessário (além do que uma lata grande custava mais que 70 reais).
Bem, depois que a Nicole completou 1 aninho algumas coisas estranhas começaram a acontecer com ela, rs. Primeiro notei que ela parou de comer a quantidade habitual. Eu cozinhava os legumes, preparava suas papinhas e as congelava no freezer em potinhos de plástico. Até 1 ano ela comia o conteúdo de um potinho inteiro no almoço e outro na janta. De repente comecei a notar que ela só comia metade de um potinho e ainda sobrava pra janta. E mesmo depois de jantar, ainda sobrava comida que eu tinha que jogar fora! Preocupada com o ganho de peso, cedi e comprei o tal do Pediasure, pois afinal ela já tinha 1 ano e realmente não estava mais comendo bem. Passei a dar uma mamadeira por dia pela manhã.
Considero que foi outro erro. O apetite dela nas refeições só foi piorando. Chegou ao ponto de só dar uma beliscadinha ou mal experimentar as refeições em alguns dias, estava comendo como um passarinho! Os alimentos básicos que ela sempre amou (como cenoura e batata) de repente ela começou a agir como se nunca os tivesse comido. Eu não tinha certeza se devia atribuir esse novo comportamento ao fato dos dentes terem finalmente começado a sair e preocupada fui fazer minhas pesquisas na internet pra tentar entender e saber o que especialistas falavam sobre o assunto. Achei um site excelente da Editora Abril que hoje consulto pra muita coisa.
Chama-se www.bebê.com.br e tem artigos interessantíssimos (divididos por faixa etária e temas variados). As leituras, especificamente sobre alimentação, que mais me ajudaram nessa fase complicada foram:
Vinte sugestões para o seu filho amar comidas saudáveis
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/sugestoes-para-filho-amar-comidas-saudaveis.php (obs. todas as dicas aqui são excelentes, mas faço um destaque especial para as de nº. 8, 11 e 15)
Mitos e verdades sobre o ganho de peso da criança
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/mitos-verdades-ganho-de-peso-crianca.php
(obs. todas essas dicas pra mim foram maravilhosas, vale a pena conferir!!)
A alimentação nos primeiros dois anos de vida
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/conteudo_265988.php
Também foi nessa fase que começamos a liberar outras guloseimas pra ela, como biscoitos, rosquinhas, panetone, danoninho, ou seja, uma infinidade de sabores novos e cheios de açúcar! Aliás, acabei entrando no esquema da minha família de oferecer a ela qualquer coisa que estivéssemos comendo (como sorvete) independente se fosse ou não seu horário de se alimentar.
Não preciso nem dizer que os resultados foram catastróficos, não é mesmo? Apesar de eu não estar percebendo, estava criando um novo hábito em minha filha. E ela como não é boba nem nada, começou a ficar "hooked on preferrence", como explica o curso "Preparation for the Toddler Years - Parenting Your Twelve to Eighteen Month Old", escrito pelo casal Ezzo. Aliás, esse livro salvou a minha vida, rs!!
Peguei-o emprestado na sexta passada com minha amiga e só de ler algumas partes já "matei a charada" de qual estava sendo o nosso problema. Então só foi eu começar a aplicar os princípios que o comportamento da Nicole mudou também!
A primeira grande constatação foi o que está escrito na página 49 (do capítulo "Food Challenges"). Os autores escrevem: "Exceto por condições médicas, crianças que comem mal são criadas, não nascem assim" (tradução minha). Eu usei a expressão 'comem mal' pra traduzir o que em inglês é "picky eaters", literalmente crianças que são chatas pra comer. Em seguida, o livro sugere quatro ações / princípios para serem observados: 1) o tamanho da porção, 2) o horário das refeições, 3) a quantidade de líquidos e 4) o monitoramento dos lanches.
Foi nos itens 3 e 4 que eu estava pecando. Já tinha virado rotina eu dar um copão de suco de laranja pra Nicole antes de cada refeição, ela ia bebendo enquanto eu preparava o prato. E os lanches?! Ah, os lanches eram sem dúvida um dos principais vilões!!
Na página seguinte, eles falam sobre a diferença entre apetite e fome, que eu achei excelente. Normalmente fazemos confusão e damos um sentido único a essas duas palavras que, por serem processos biológicos diferentes, têm significados totalmente diferentes também! Apetite é uma resposta ao desejo e fome uma resposta à necessidade. O que compreendi foi que errei ao permitir que o apetite da Nicole, e não o que ela realmente necessitava comer nutricionalmente falando, determinasse e controlasse os alimentos que eu oferecia a ela.
Foram dois erros, na verdade, e eles só fizeram as coisas piorarem. Primeiro o consumo do Pediasure pela manhã a deixava estufada e sem fome o suficiente para comer os alimentos que não eram seus preferidos para o almoço (segundo o pediatra novo, eu deveria suspender o uso desse leite pois arroz, feijão, carne e salada eram o que minha filha precisava) e à tarde, me sentindo culpada por ela mal ter tocado no almoço e só comido a sobremesa, eu aproveitava que ela parecia com fome novamente e exagerava na porção do lanche. Eu dava leite, fruta e ainda a deixava comer bolacha ou chocotone, se ela pedisse - enfim, o que ela quisesse. O resultado disso é que ela ficava sem fome para o jantar também. Virou um ciclo vicioso!!
Bem, então suspendi o Pediasure como disse e o que foi que aconteceu? Minha filha passou a ter fome no almoço sim, mas como havia tornado-se adepta de alimentos de sabor doce, não queria mais saber de experimentar os salgados (por isso a expressão "hooked on preferrence"). Literalmente, ela não queria experimentar nada que eu colocasse no prato, cuspia tudo!! Ela sabia que se esperasse o suficiente eu daria alguma outra coisa mais gostosa no lugar (por exemplo, a sobremesa). Aliás, ela fazia sinal de que estava com sede e enchia a barriga de líquido em vez de comer, em seguida falava "nana" apontando pra alguma fruta que estivesse em cima da mesa e, se eu desse, ela comia tudo! Mas comida salgada mesmo que é bom, nada! Se eu fosse firme o bastante, ela comia arroz e feijão... mas só, não tocava no resto, nem pra saber que gosto tinha. Desesperador pra uma mãe de primeira viagem, eu garanto!
E se eu insistisse um pouco mais tentando colocar a colher de comida na boca dela, ela abria o maior berreiro. Enfim, seu comportamento na hora da refeição regrediu consideravalmente e a hora da refeição começou a ficar traumatizante, pra nós duas.
Graças a Deus eu descobri a raiz do problema a tempo. Da mesma forma que eu a acostumei de um jeito nesses meses, posso acostumá-la de outro daqui pra frente. Já ouvi alguém dizer que nossos filhos são o que fazemos dele. E acho que é verdade mesmo!
Então de alguns dias pra cá, com essas dicas todas que eu aprendi, revolucionamos o horário das refeições e ela "miraculosamente" voltou a comer. Claro, que a quantidade ainda é menor do que a de antes de 1 aninho e ela também ainda está com frescura para aceitar/experimentar alguns alimentos, mas ela voltou a comer bem! Até repete!
O que eu fiz? 1.) Suspendi o Pediasure. 2.) Cortei o suco antes do almoço e tirei da sua visão todos os outros alimentos de que ela gosta mais do que a comida salgada (ex. tirei a fruteira de cima da mesa). Agora ela só bebe líquido depois que sinalizar que está satisfeita com o almoço. 3.) Diminuí consideravelmente a porção do lanche da tarde. Agora é só um lanchinho pra tapear o estômago e ela aguentar até o jantar. Também parei de dar guloseimas não nutritivas todos os dias; elas ficarão limitadas a serem "lanchinhos especiais" (como o danoninho ou a bolacha que ela ama), apenas 1 ou 2 vezes por semana.
Com relação a ela voltar a comer de tudo, ainda estou trabalhando nisso. Estou usando aquele truque de disfarçar o alimento no prato, amassá-lo ou misturá-lo a alguma coisa que ela goste mais. E também continuarei oferecendo muitas vezes antes de chegar a qualquer conclusão precipitada de que ela não gosta desse ou daquele alimento. Ela sempre gostou de tudo e tenho certeza de que essa "frescura" é uma fase e foi resultado de maus hábitos que eu mesmo criei nela.
E agora para descontrair, dois vídeos recentes que fizemos com ela comendo.
Comendo macarrão e espirrando: http://www.youtube.com/watch?v=Y-gKT0uUiuw
Jantando no shopping: http://www.youtube.com/watch?v=8qoYfGJ_t28
Provas da minha vitória!!! Yay! = )
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Gestação e enjôos!
Como contei no último post, estou grávida do meu 2º. filho! E exatamente hoje completo 11 semanas de gestação. Aqui faço uma observação de como as semanas de gestação são contadas. Da primeira vez, quando descobri que estava grávida da Nicole e as pessoas me perguntavam de quantas semanas eu estava, eu fazia a conta a partir da semana em que supunha que tinha acontecido a concepção. E a resposta comum era: "Puxa, ainda apenas 3 semanas?". Só depois aprendi que a contagem da DPP (data provável do parto) era feita com base na DUM (data da última menstruação), ou seja, o parto normalmente acontece após aproximadamente 37 a 40 semanas após a data da última menstruação. Se a mãe desejar ter parto normal, alguns médicos (como a minha, por exemplo) aceitam esperar até a 42a semana, mas não mais que isso.
Dessa vez descobri que estava grávida um pouco tarde, já estava com 7 semanas e meia quando comecei a passar mal. Meu marido estava numa viagem a trabalho e por dois dias consecutivos em casa eu amanheci enjoada e com tontura. No 3º. dia fui à farmácia comprar um teste de gravidez apesar de quinze dias antes, ainda na viagem ao nordeste, eu ter feito o teste e o resultado ter dado negativo.
Pra ser sincera, a culpa do suposto falso-negativo do 1º. teste foi não termos esperado os 5 minutos necessários para interpretar os resultados, fomos logo tirando conclusões precipitadas e erradas! Um dos motivos foi que na minha 1a gestação um sinal marcante foram as mamas ficarem inchadas e doloridas. Dessa vez não, sim elas aumentaram, mas não tive dor. Porém, na ocasião do teste, tudo parecia "normal" com meu corpo. Quer dizer, nem tudo... tinha notado algo "estranho" com a minha cintura quando pús o biquini (ela parecia se esconder apesar de eu estar magra) e até comentei com o meu marido meio triste, quase me conformando que após as mudanças que transformaram o meu corpo durante a gestação, ele ficaria assim daqui pra frente. Bem, mas não foi o caso pois eu estava sim grávida, então ainda há uma esperança, rs!
Mas não é sobre isso que quero falar hoje, quero falar sobre enjôos. As últimas 3 semanas e meia foram bem difíceis pra mim. O enjôo estava duro de aguentar. Não sei como é com outras mulheres que também passaram por isso na gestação, mas acho que o meu enjôo é um tipo diferente. Por exemplo, eu não tenho enjôo por causa de comida (nem pelo cheiro) e sim pela falta dela! É verdade, se fico sem comer tenho enjôo e vomito. É realmente muito ruim. Normalmente acontece assim: eu começo a sentir muito, mas muito calor mesmo, em seguida começo a tossir e tossir sem parar, até que vem o vômito. Mas não sai nada, apenas bile (um líquido amarelo) ou então uma aguinha com espuma. Fico com os olhos cheios de lágrimas e meu nariz entope e começa a escorrer ou a incomodar (mesmo sem espirrar). A sensação seguinte é que é curiosa, além de um tremendo cansaço físico (dói toda a extensão das minhas costas e ombros), tenho frio!! Fico até arrepiada nos braços por alguns instantes.
Na gestação da Nicole também foi assim... os 9 meses! Acordava todas as manhãs e já deixava um balde do lado da cama, pois era eu acordar e vomitar. E até no parto eu vomitei (tinha tomado anestesia e estava com o estômago vazio havia horas, então não deu outra!). Nojento, né? É, eu sei, por isso eu tenho a esperança de que seja diferente dessa vez, afinal uma gestação não é igual à outra, né?
Curiosamente durante as duas gestações o que reparei foi a minha falta de interesse por café. Gosto muito de café, mas quando estou grávida não sinto a menor vontade de tomá-lo, nem o cheirinho que eu normalmente achava delicioso me anima!
Além de ser horrível vomitar, sou forçada a comer o tempo todo, de 2 em 2 horas praticamente. Às vezes até à noite. Eu acordo pelo menos 1x toda noite passando mal. Engordei 17 kg em 9 meses na gravidez da Nicole (mas graças a Deus perdi tudo em 6 meses depois que ela nasceu!) e vou tentar me controlar, mas não é tão simples assim porque não como por fome, como para não vomitar. Normalmente deixo um pacote de biscoito no criado mudo do lado da cama. Melhor um pacote de biscoitos do que um balde pra vomitar, não é mesmo?! rsrs!
Bem, a dica dada por minha médica é assim que acordar comer o biscoito (ou qualquer outra coisa seca, por exemplo pão ou torrada) bem devagarinho pra não irritar o estômago, quando estiver se sentindo melhor tome o remédio com um tequinho de nada de água e continue comendo os biscoitos (sempre devagar). Esse processo todo leva uns 20 min ou mais. Só então, o remédio começará a fazer efeito e você poderá levantar pra começar o dia. Comigo essa técnica às vezes funciona bem, outros dias não. Vomito bolacha, remédio e o que mais tiver colocado pra dentro. Acho que tem a ver com o horário que fui comer na noite anterior, pra mim quanto mais tarde e perto do horário de ir dormir, melhor. Isso só agora que estou grávida, é claro.
É, o jeito é levar essa fase com bom humor. Ou pelo menos tentar. "É uma fase, é temporário", fico tentando me lembrar disso quando estou mal. Sei que vou esquecer todo o mal-estar de hoje depois que o bebê nascer e que vai valer a pena. A gente sempre esquece! Eu já tinha esquecido do que passei quando estava grávida da Nicole e olha só... quis engravidar de novo!
Confesso que tenho me sentido melhor de 1 semana pra cá. Não bem, apenas melhor. Continuo acordando de madrugada e continuo acordando mal, ainda vomito algumas vezes também. Mas no geral a intensidade dos enjôos diminuiu. Durante o dia principalmente está mais tolerável. Talvez seja porque mudei de remédio. Eu tomava Dramim a cada 4 horas e acho que estava me intoxicando com ele pois ele é muito forte, além de sentir que ele abaixava minha pressão. Era um sono e mal-estar terríveis, não conseguia ficar em pé ou comer, um dia até pedi para o Douglas me levar ao pronto-socorro porque não sabia mais o que fazer (naquela manhã em particular tudo o que eu comia eu vomitava). Agora estou tomando Meclin a cada 6 horas e parece que tem melhorado. O Dramim, apesar de ser mais forte, não parecia resolver o meu problema. Vai entender!
Um detalhe é que na última gestação me lembro muito bem de ter tentado todos os remédios que os médicos normalmente receitam pra grávidas... Dramim, Plazil e Meclin, e nenhum funcionou, tanto que desisti deles! Vi que só estava gastando dinheiro e que tomar ou não tomar dava na mesma, eu continuava com enjôo e vomitando.
Fora a vontade louca de fazer xixi o tempo todo (sim, mesmo agora no início), também tenho e tive muita azia. Como não suporto o cheiro de Mylanta Plus líquido (acho que me lembra o leite de magnésio que minha mãe me dava quando era criança), comprava pastilhas da mesma marca. Elas ajudavam bastante pois aliviavam a azia, eu as chupava praticamente o dia todo. Gastei uma grana com elas, acho que comprei umas 30 ou mais, rsrs! Por enquanto nessa 2a gestação ainda não precisei, mas sei que logo logo será preciso. Percebo que a azia tem piorado a cada dia.
Não podia encerrar essa postagem sem falar da importância do meu marido nisso tudo. Ele me apoia tanto e não sei como suportaria "aqueles dias" sem a ajuda dele, principalmente no cuidado com a Nicole (que hoje está com 1 ano e 3 meses). Ando tão sem paciência, me irrito por qualquer coisa e fico a maior parte do tempo amuada em algum canto. De manhã, que é quando normalmente estou pior, ele prepara e dá o leite da Nicole, leva ela pra ir no banheiro, troca a fralda, enfim, faz o que for necessário pra eu não ter que me preocupar. Na primeira gestação ele também fez o que pôde. Eu tinha mais atenção, confesso, pois era apenas nós dois. Era só eu acordar e gemer de mal-estar que ele levantava correndo pra preparar o meu pão na chapa!
Já disse antes para minhas amigas que não consigo imaginar como algumas mulheres conseguem ser mães solteiras, deve ser muuuuuito difícil. Cada dia que passa tenho tenho mais convicção de que quando Deus fez o homem e a mulher e planejou o casamento entre eles, não foi por acaso. Ele sabia a importância de unir homem e mulher como uma só carne - fisica, emocional e espiritualmente - para formar famílias. Sem unidade, amor, compreensão e cumplicidade entre o casal a tarefa de criar filhos é bem mais estressante. E não precisa esperar os filhos crescerem pra ver como o relacionamento e compromisso do casal é crucial, começa quando a mulher ainda está grávida (e até antes disso). É fácil o homem pensar que certos problemas são dela e se omitir de qualquer responsabilidade. Eu estou tremendamente grata pelo meu marido que suporta comigo os dias difíceis e comemora os dias felizes. Não importa o desafio, ele está ali ao meu lado o tempo todo. Esses dias comentei com a minha manicure algo que ele havia feito por mim e ela disse rindo: "Ai, Talita, esse seu marido não existe"! Existe sim; não sou melhor do que ninguém, mas eu genuinamente creio que é possível vivermos plenitude no casamento, nas finanças, na família e em tantas outras áreas de nossas vidas se simplesmente fizermos a nossa parte, buscando conhecimento e aprendendo a confiar e obedecer a Deus!
Se você tem ou teve problema com enjôo na sua gestação, conte-nos como foi a experiência e o que fez pra aliviar os sintomas! A sua dica pode ajudar uma mamãe desesperada como eu. = )
Dessa vez descobri que estava grávida um pouco tarde, já estava com 7 semanas e meia quando comecei a passar mal. Meu marido estava numa viagem a trabalho e por dois dias consecutivos em casa eu amanheci enjoada e com tontura. No 3º. dia fui à farmácia comprar um teste de gravidez apesar de quinze dias antes, ainda na viagem ao nordeste, eu ter feito o teste e o resultado ter dado negativo.
Pra ser sincera, a culpa do suposto falso-negativo do 1º. teste foi não termos esperado os 5 minutos necessários para interpretar os resultados, fomos logo tirando conclusões precipitadas e erradas! Um dos motivos foi que na minha 1a gestação um sinal marcante foram as mamas ficarem inchadas e doloridas. Dessa vez não, sim elas aumentaram, mas não tive dor. Porém, na ocasião do teste, tudo parecia "normal" com meu corpo. Quer dizer, nem tudo... tinha notado algo "estranho" com a minha cintura quando pús o biquini (ela parecia se esconder apesar de eu estar magra) e até comentei com o meu marido meio triste, quase me conformando que após as mudanças que transformaram o meu corpo durante a gestação, ele ficaria assim daqui pra frente. Bem, mas não foi o caso pois eu estava sim grávida, então ainda há uma esperança, rs!
Mas não é sobre isso que quero falar hoje, quero falar sobre enjôos. As últimas 3 semanas e meia foram bem difíceis pra mim. O enjôo estava duro de aguentar. Não sei como é com outras mulheres que também passaram por isso na gestação, mas acho que o meu enjôo é um tipo diferente. Por exemplo, eu não tenho enjôo por causa de comida (nem pelo cheiro) e sim pela falta dela! É verdade, se fico sem comer tenho enjôo e vomito. É realmente muito ruim. Normalmente acontece assim: eu começo a sentir muito, mas muito calor mesmo, em seguida começo a tossir e tossir sem parar, até que vem o vômito. Mas não sai nada, apenas bile (um líquido amarelo) ou então uma aguinha com espuma. Fico com os olhos cheios de lágrimas e meu nariz entope e começa a escorrer ou a incomodar (mesmo sem espirrar). A sensação seguinte é que é curiosa, além de um tremendo cansaço físico (dói toda a extensão das minhas costas e ombros), tenho frio!! Fico até arrepiada nos braços por alguns instantes.
Na gestação da Nicole também foi assim... os 9 meses! Acordava todas as manhãs e já deixava um balde do lado da cama, pois era eu acordar e vomitar. E até no parto eu vomitei (tinha tomado anestesia e estava com o estômago vazio havia horas, então não deu outra!). Nojento, né? É, eu sei, por isso eu tenho a esperança de que seja diferente dessa vez, afinal uma gestação não é igual à outra, né?
Curiosamente durante as duas gestações o que reparei foi a minha falta de interesse por café. Gosto muito de café, mas quando estou grávida não sinto a menor vontade de tomá-lo, nem o cheirinho que eu normalmente achava delicioso me anima!
Além de ser horrível vomitar, sou forçada a comer o tempo todo, de 2 em 2 horas praticamente. Às vezes até à noite. Eu acordo pelo menos 1x toda noite passando mal. Engordei 17 kg em 9 meses na gravidez da Nicole (mas graças a Deus perdi tudo em 6 meses depois que ela nasceu!) e vou tentar me controlar, mas não é tão simples assim porque não como por fome, como para não vomitar. Normalmente deixo um pacote de biscoito no criado mudo do lado da cama. Melhor um pacote de biscoitos do que um balde pra vomitar, não é mesmo?! rsrs!
Bem, a dica dada por minha médica é assim que acordar comer o biscoito (ou qualquer outra coisa seca, por exemplo pão ou torrada) bem devagarinho pra não irritar o estômago, quando estiver se sentindo melhor tome o remédio com um tequinho de nada de água e continue comendo os biscoitos (sempre devagar). Esse processo todo leva uns 20 min ou mais. Só então, o remédio começará a fazer efeito e você poderá levantar pra começar o dia. Comigo essa técnica às vezes funciona bem, outros dias não. Vomito bolacha, remédio e o que mais tiver colocado pra dentro. Acho que tem a ver com o horário que fui comer na noite anterior, pra mim quanto mais tarde e perto do horário de ir dormir, melhor. Isso só agora que estou grávida, é claro.
É, o jeito é levar essa fase com bom humor. Ou pelo menos tentar. "É uma fase, é temporário", fico tentando me lembrar disso quando estou mal. Sei que vou esquecer todo o mal-estar de hoje depois que o bebê nascer e que vai valer a pena. A gente sempre esquece! Eu já tinha esquecido do que passei quando estava grávida da Nicole e olha só... quis engravidar de novo!
Confesso que tenho me sentido melhor de 1 semana pra cá. Não bem, apenas melhor. Continuo acordando de madrugada e continuo acordando mal, ainda vomito algumas vezes também. Mas no geral a intensidade dos enjôos diminuiu. Durante o dia principalmente está mais tolerável. Talvez seja porque mudei de remédio. Eu tomava Dramim a cada 4 horas e acho que estava me intoxicando com ele pois ele é muito forte, além de sentir que ele abaixava minha pressão. Era um sono e mal-estar terríveis, não conseguia ficar em pé ou comer, um dia até pedi para o Douglas me levar ao pronto-socorro porque não sabia mais o que fazer (naquela manhã em particular tudo o que eu comia eu vomitava). Agora estou tomando Meclin a cada 6 horas e parece que tem melhorado. O Dramim, apesar de ser mais forte, não parecia resolver o meu problema. Vai entender!
Um detalhe é que na última gestação me lembro muito bem de ter tentado todos os remédios que os médicos normalmente receitam pra grávidas... Dramim, Plazil e Meclin, e nenhum funcionou, tanto que desisti deles! Vi que só estava gastando dinheiro e que tomar ou não tomar dava na mesma, eu continuava com enjôo e vomitando.
Fora a vontade louca de fazer xixi o tempo todo (sim, mesmo agora no início), também tenho e tive muita azia. Como não suporto o cheiro de Mylanta Plus líquido (acho que me lembra o leite de magnésio que minha mãe me dava quando era criança), comprava pastilhas da mesma marca. Elas ajudavam bastante pois aliviavam a azia, eu as chupava praticamente o dia todo. Gastei uma grana com elas, acho que comprei umas 30 ou mais, rsrs! Por enquanto nessa 2a gestação ainda não precisei, mas sei que logo logo será preciso. Percebo que a azia tem piorado a cada dia.
Não podia encerrar essa postagem sem falar da importância do meu marido nisso tudo. Ele me apoia tanto e não sei como suportaria "aqueles dias" sem a ajuda dele, principalmente no cuidado com a Nicole (que hoje está com 1 ano e 3 meses). Ando tão sem paciência, me irrito por qualquer coisa e fico a maior parte do tempo amuada em algum canto. De manhã, que é quando normalmente estou pior, ele prepara e dá o leite da Nicole, leva ela pra ir no banheiro, troca a fralda, enfim, faz o que for necessário pra eu não ter que me preocupar. Na primeira gestação ele também fez o que pôde. Eu tinha mais atenção, confesso, pois era apenas nós dois. Era só eu acordar e gemer de mal-estar que ele levantava correndo pra preparar o meu pão na chapa!
Já disse antes para minhas amigas que não consigo imaginar como algumas mulheres conseguem ser mães solteiras, deve ser muuuuuito difícil. Cada dia que passa tenho tenho mais convicção de que quando Deus fez o homem e a mulher e planejou o casamento entre eles, não foi por acaso. Ele sabia a importância de unir homem e mulher como uma só carne - fisica, emocional e espiritualmente - para formar famílias. Sem unidade, amor, compreensão e cumplicidade entre o casal a tarefa de criar filhos é bem mais estressante. E não precisa esperar os filhos crescerem pra ver como o relacionamento e compromisso do casal é crucial, começa quando a mulher ainda está grávida (e até antes disso). É fácil o homem pensar que certos problemas são dela e se omitir de qualquer responsabilidade. Eu estou tremendamente grata pelo meu marido que suporta comigo os dias difíceis e comemora os dias felizes. Não importa o desafio, ele está ali ao meu lado o tempo todo. Esses dias comentei com a minha manicure algo que ele havia feito por mim e ela disse rindo: "Ai, Talita, esse seu marido não existe"! Existe sim; não sou melhor do que ninguém, mas eu genuinamente creio que é possível vivermos plenitude no casamento, nas finanças, na família e em tantas outras áreas de nossas vidas se simplesmente fizermos a nossa parte, buscando conhecimento e aprendendo a confiar e obedecer a Deus!
Se você tem ou teve problema com enjôo na sua gestação, conte-nos como foi a experiência e o que fez pra aliviar os sintomas! A sua dica pode ajudar uma mamãe desesperada como eu. = )
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