tag:blogger.com,1999:blog-15170857184280142812024-03-12T20:39:45.409-07:00MaternidadeEnsinando seu bebê desde o primeiro dia!Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.comBlogger149125tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-26744919149630348952016-07-10T14:55:00.000-07:002016-07-10T14:58:15.912-07:00Carta à minha filha Alícia (4 anos – deixando de ser a caçula!)<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;"><br /></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-vIWhKzx81l0/VlY0aTo4YwI/AAAAAAAAAjA/6wH7zOG-5l4/s1600/IMG_3964.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-vIWhKzx81l0/VlY0aTo4YwI/AAAAAAAAAjA/6wH7zOG-5l4/s320/IMG_3964.JPG" width="320" /></a></div>
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;"><br /></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Querida
filhinha,</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Como
você é preciosa! Você ainda não sabe ler, mas muito em breve
aprenderá e o meu desejo é que, daqui alguns anos, você descubra
este blog e se delicie lendo estas palavras que foram carinhosa e
exclusivamente escritas pensando em você.</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Começo
lembrando como foi traumático o parto que marcou a sua chegada ao
mundo. Não por sua culpa, minha querida. Por favor, nunca pense
isso! Você foi planejada, desejada e amada por nós e por Deus desde
o ventre e, embora a gestação tenha sido muito difícil para a
mamãe, o papai se desdobrava para tentar dar atenção a nós e
também à Nicole, sua irmã mais velha que, na época, tinha apenas
1 aninho.</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Ainda
hoje, toda vez que volto às fotos e filmagem do seu nascimento meus
olhos se enchem de lágrimas. Como queria ter pelo menos uma foto com
um sorriso sincero no rosto comemorando o seu nascimento, mas a
verdade é que tudo o que aconteceu naquele dia - o tratamento frio e desrespeitoso que
recebemos num momento tão importante das nossas vidas - me abalou
profundamente e deixou marcas que somente o Senhor Jesus Cristo é
capaz de restaurar e usar para o nosso bem. Sim, porque você sofreu
e se abalou tanto quanto (ou até mais do que) eu, princesa, e isso
foi algo que eu, infelizmente, demorei anos para entender. Você veio
como uma bebezinha frágil e indefesa, precisando de carinho e
paciência dobrados, mas hoje vejo que eu não tive tanta sabedoria
para compreender a fragilidade das suas emoções e inseguranças.</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Nos
quatro anos que se passaram até aqui, você viveu como a caçula.
Como a mais nova da casa, por muitos anos você ficou na sombra da
sua irmã, geniosa, impaciente, se frustrava com facilidade e não gostava muito
de se arriscar ou de encarar novos desafios. De uns tempos para cá,
temos notado que esse padrão começou a mudar: aos poucos você está
desabrochando e lutando para conquistar o seu espaço e a sua
identidade própria. Filhinha, papai e eu estamos orgulhosos em ver o
quanto você amadureceu e se desenvolveu nos últimos meses! Você
está ficando mais tagarela e confiante ao expressar suas ideias,
está saindo cada vez mais da sua zona de conforto e, com isso, sua
personalidade está ganhando forma e começando a aparecer.</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;"><br /></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Você literalmente é uma princesa - toda meiga e delicada - e também vaidosa e pra lá de maternal. Ama usar saias e vestidos, passar batom e usar perfume. Gosta de usar anel e dá preferência para tudo o que é rosa ou cheio de brilho. Quer ficar de sapatinho de lantejoulas até dentro de casa. Quem me conhece sabe que não sou de influenciar, pelo contrário até desincentivo esse tema de princesas, mas na hora da leitura suas histórias preferidas são as que envolvem princesas, casamentos, bailes e reinos encantados. Sua cor preferida é rosa e a brincadeira favorita é "mamãe e querida".</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;"><br /></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Em algumas semanas, você deixará de ser a caçulinha da família porque o
Papai do Céu está enviando mais uma linda flor para o jardim da
nossa família. A Alana está chegando aí e já vemos como você,
doce e carinhosa, se mostra feliz com a notícia. Você abraça a
minha barriga, a beija, canta musiquinhas para a irmãzinha e imagina
(em voz alta) como será a vida em casa quando ela estiver aqui no nosso
meio. Eu me emociono em ver a sua compaixão tão nitidamente –
este, sem dúvida, é um dos dons do Espírito com que Deus a
presenteou! O seu desejo de ajudar e o seu companheirismo são
características que papai e eu temos notado que marcam a sua
personalidade. Como mãe, estou confiante de que a mudança – de
caçula para a irmã do meio – irá contribuir ainda mais
para o seu crescimento emocional.</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Filha,
nos alegramos muito com as suas conquistas até aqui e queremos que saiba o
quanto você é especial para nós. Não sei porque o seu começo de
vida precisou ser tão duro, mas tenho certeza de que Deus já está
transformando-o em algo lindo. Porque, como oramos e profetizamos sobre você
no dia em que você nasceu, com base no texto de Jeremias 29:11, o
Senhor sabe os planos que tem para você. Acredito que até mesmo a escolha do seu nome – Alícia, que significa “a verdadeira”
e “de origem nobre” - não foi por acaso. Nossa oração é que
Ele sempre a tenha em Suas mãos e que você se permita ser moldada
por Ele. Afinal, é dEle que vem toda a verdade e a nobreza, e o que
Ele tem reservado para você são “planos de fazê-la prosperar e não de
lhe causar dano, planos de dar-lhe esperança e um futuro”. </span></span></span></span>
</div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Com
muito amor,</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-style: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">Mamãe
:)</span></span></span></span><br />
<br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #222222;">PS. Este post eu escrevi em novembro de 2015, mas <span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">deixei nos ra<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">scunhos porque queria procurar uma foto. Logo em seguida n<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">ossa fam<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">ília imigrou para o <span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ca<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">nadá e o post foi esquecido! Hoje ao conversar com minha irmã me lembrei dele e resolvi public<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">á-lo!</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-8719716114234673082015-10-04T15:11:00.001-07:002015-10-04T17:09:25.983-07:00Emocionante VBAC humanizado! Relato de parto natural domiciliar com transferência.<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Olá a todas!</span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;">Puxa, quantos meses estou sem publicar. O tempo realmente voa! Os últimos meses foram intensos e desafiantes para a nossa família. Meu marido ficou por 1 ano desempregado (apenas fazendo trabalhos avulsos de casa), eu finalmente concluí os meus estágios e terminei a faculdade - sim, agora sou oficialmente pedagoga! - e, por fim, estou GRÁVIDA de novo. Vem aí mais uma menininha para perfumar o nosso jardim de flores, hehe. Estamos felicíssimos. Esta semana completei 26 semanas e em breve (espero!) pretendemos nos mudar de casa para acomodar melhor a nossa família que cresce e também para ficarmos mais próximos do local de trabalho do marido que é em outra cidade. Muitas novidades, né? Os detalhes de como está a gestação, os planos para o parto, o <i>homeschooling</i>, os novos aprendizados e afins ficarão para uma próxima oportunidade porque hoje eu vim especialmente para publicar o relato de parto VBAC (vaginal birth after caesarean) de uma amiga da época de escola, a Juliana Dawel Laviola.</span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;">Um relato emocionante!! </span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Confiram abaixo. :)</span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;">Um abraço,</span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;">Talita</span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----*</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 29.8582668304443px;">-----*-----</span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Trabalho de Parto –
Ju e David – 19/03/15</span></div>
<div lang="pt-BR" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><u>Introdução</u>: Meu
primeiro parto foi uma cesariana provavelmente desnecessária. Digo
provavelmente porque não há como ter certeza, a desculpa da médica:
desproporção céfalo-pélvica. Essa é uma real indicação de
cesárea, porém, muito rara. Dadas as condições: bolsa rota sem
trabalho de parto às 7:00, internação precoce às 9:00, indução
com ocitocina sintética, puxos dirigidos durante quase todo o
processo, anestesia com somente 4 pra 5 cm de dilatação, muito
cansaço e indicação às 17:30 me levam a crer que realmente houve
falta de paciência para a evolução completa do TP. Isso me
frustrou, e muito. Não sei porque, mas sou uma mulher com vontade
imensa de parir meus filhos, por isso a frustração. Deitar naquela
maca e abrir a janela para os familiares me fez sentir-me exposta, uma
atração de circo, durante um momento de chateação. O meu
problema: eu gosto de pensar nos outros e neste momento, era a última
coisa que devia ter feito. Quis respeitá-los pelas horas de espera e
dá-los o gostinho de verem a Nicole nascer. Todos estavam muito
felizes, recebi sorrisos sinceros naquele momento, amo a todos que
ali estavam mostrando seu amor por mim e pela mais nova integrante da
família, porém, fiz errado, não foi bom pra mim.</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Alguns conceitos do
mundo do "parto com respeito" me foram apresentados pela Talita, que
hoje me convida para escrever em seu blog. Mas não me lembro
exatamente como fui me aprofundando no assunto. Antes de engravidar,
lia muitos relatos de parto, assistia a vídeos de parto e comecei a
estudar e compreender o que havia acontecido comigo e chegar a uma
conclusão: eu queria parir sozinha, em meu lar, no aconchego da
minha casa, sem plateia, sem que ninguém soubesse, inclusive. Queria
o melhor para meu bebê, o menos traumático para ele, mesmo que
exigisse que eu passasse pela maior e mais intensa dor da minha vida.
Mas, como estava aprendendo, seria dor de vida, dor que valia a pena,
dor que traria meu bebê da maneira mais saudável e natural possível.
Era isso o que eu queria, estava decidida!</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Engravidei, fui atrás
da minha equipe. Conheci a Ana Cristina Duarte e me identifiquei com
sua simplicidade e profundo conhecimento do assunto. Me senti segura.
O restante da equipe escolhi por indicações dela: Janie Paula
(doula) e Juliana Sandler (médica obstetra para plano B - caso
precisássemos ir para o hospital numa emergência ou até por opção - e para acompanhamento do pre-natal em conjunto com a Ana Cristina).
Às 38 semanas e 6 dias, entrei em trabalho de parto. Segue meu
relato como foi sentido por mim:</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Era quarta-feira, a
madrugada havia sido estranha… acordei umas 4 vezes com dor forte,
uma cólica, que passava após alguns minutos. Levantei por volta das
10:00 com a Nicole - 2 anos e 11 meses - me chamando: “Quero leite, mamãe”.
Segui com a minha rotina, as contrações vinham fracas, mas não
paravam. Não avisei a Janie, minha doula, afinal, estava em pródromos há 4
dias, o tempo todo em contato com ela, que me dizia: “Viva a vida!
Aproveite os últimos dias de barriga! Coma coisas gostosas! Faça
tudo o que quer e gosta! Pode ser hoje, mas pode não ser! Não fique
parada esperando o TP (trabalho de parto) começar!” OK! Então era
isso… continuei vivendo! A Nicole não iria à escola naquele dia, pois tinha
pediatra. Combinei horário com a minha sogra, que iria me acompanhar
na consulta. Mas doía… estava ficando com medo… deveria mesmo
sair de casa? "Ju! Sem fazer alarde! Não avise ninguém! Viva a vida!" Liguei a TV para Nicole e fui deitar… não conseguia fazer mais
nada.</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Ao meio-dia resolvi
contar contrações. Pensei: "Não é possível que isso seja normal,
estão muito frequentes, não param!". Sim, estavam regulares, a cada 3
minutos. Mandei mensagem pra Janie que me disse: “Não saia de casa
e chame seu marido. Ainda não sabemos se vai engrenar, mas fique
quietinha no seu lugar”.</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Cancelei com a minha
sogra e fui sentar com a Nicole no sofá. E ela, tão sensível, me
surpreendeu: “Mamãe, vai deitar na sua cama, você precisa
descansar”. “Mas, eu quero ficar com você”, respondi. E ela:
“Não mamãe, eu fico aqui sozinha, você vai lá na sua cama
descansar”. Então eu fui! Não sei quanto tempo se passou até que
a Janie me ligou: “Ju, to indo para aí. Vai tomar um banho bem
relaxante”.</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Chamei a Nicole a
fomos as duas para o chuveiro. Sentei num banquinho e a coloquei na
banheira no chão. Era muito bom ficar lá! Enquanto brincava na
água, ela dizia: “Sabia que tem uma Gabi (Não me perguntem porque
esse nome!) na minha barriga? Ela vai sair hoje…” Mesmo eu não
tendo falado nada, ela percebia tudo! Como duvidar da sensibilidade
das crianças?</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Saí do banho e pouco
tempo depois, o Daniel chegou. Me deu um abraço e me confortou: “É
hoje! Vamos conhecer o nosso bebê!” Mas eu não acreditava que
poderia ter chegado a hora e dizia: “Calma, pode regredir, não
sabemos se é hoje”. Eu continuei deitada e ele foi até a cozinha
e voltou com uma cesta cheia de guloseimas deliciosas que ele mesmo
vinha comprando nas últimas semanas especialmente para o TP. Tinha
chocolate, castanha de caju e iogurte. Durante as primeiras horas,
comi quase tudo! Foi muito bom ter essas guloseimas ao meu lado e o
incentivo de todos ao redor para que eu comesse porque, se dependesse
de mim, não teria tomado nem água!</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Logo em seguida (devia
ser umas 14:00) chega a Janie, a minha doula, e a querida Anna Amorim,
que escolhi para fotografar este momento. Ela, tão sensível e
experiente, também me trazia palavras de conforto. Janie me deixou
muito à vontade, fazia cafuné, massagens e até uma trança no
cabelo ganhei! Decidimos chamar a minha sogra para buscar a Nicole,
afinal, ela não queria ficar por perto e insistia que eu
descansasse!</span></span><br />
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XoM8Dxn-kKk/VhGg4ummMhI/AAAAAAAAAh8/ILitajFZihU/s1600/12087524_10153244169266588_1461862359_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-XoM8Dxn-kKk/VhGg4ummMhI/AAAAAAAAAh8/ILitajFZihU/s320/12087524_10153244169266588_1461862359_n.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Após a chegada delas,
perdi totalmente a noção do tempo. As contrações se aproximavam e
eram cada vez mais doloridas (aliás, umas mais fortes e outras
menos). Finalmente me convenci de que estava chegando a hora e me
animei, achava que até as 22:00, o David teria nascido. Imaginei
chamar a família para vir conhecê-lo no mesmo dia, comeríamos uma
pizza e celebraríamos!</span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">A Janie me aconselhou
a levantar, caminhar. Disse que a Letícia (obstetriz auxiliar da Ana
Cris) estava chegando. Fui para a sala e lá fiquei conversando entre
as contrações, curtindo o momento! Sim! É possível curtir um TP!
Meu marido tocava violão para mim, era um som agradável, que me
trazia muita paz.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-pDIoqS28vx8/VgXXaeURKpI/AAAAAAAAAg0/NUkLB70ug0I/s1600/12041689_10153228222446588_442888036_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-pDIoqS28vx8/VgXXaeURKpI/AAAAAAAAAg0/NUkLB70ug0I/s320/12041689_10153228222446588_442888036_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">A Letícia chegou* e
me examinou. Disse que estava tudo ótimo e evoluindo.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Dilatação
acontecendo! </span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Ok! Eu sentia que
estava conquistando cada etapa, e que estava fácil. Apesar das
dores, me sentia ótima! Sentei na bola de pilates e descansava o
corpo na cama entre as contrações. A dor era intensa na região
lombar. Janie fazia massagens e aquecia com uma manta elétrica. O
calor ajudava muito! Eu vocalizava a cada contração, orientada pela
Janie. Emitir um som ajudava, aliviava.</span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-2zxRLsJx1Uo/VgXcBI3tl9I/AAAAAAAAAhw/8u4OJZgNbjg/s1600/12047366_10153228222451588_1557812566_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-2zxRLsJx1Uo/VgXcBI3tl9I/AAAAAAAAAhw/8u4OJZgNbjg/s320/12047366_10153228222451588_1557812566_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Em seguida fui para o
chuveiro. Sentada na bola de pilates deixava a água escorrer, hora
nas costas, hora na barriga. A dor nas costas era definitivamente a
mais intensa. Eu continuava tranquila e, neste momento, entendi o que
era a famosa “partolândia”: para mim, foi um estado de
semi-consciência, onde, em meio à dor, se sente prazer e, os
pensamentos se misturam e pouco se consegue falar. A bolsa amniótica
ainda estava íntegra e eu já estava imaginando meu bebe nascendo
empelicado (quando nasce envolto na bolsa amniótica). Sempre achei
este fenômeno incrível e adoraria presenciá-lo! Daniel sentou num
banquinho à minha frente e segurava a minha mão, me incentivava,
falava poucas palavras, mas a sua presença era tudo que eu precisava.
Me sentia segura.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Enquanto eu estava no
chuveiro, elas enchiam a piscina na sala. Saí do chuveiro direto
para ela. Foi uma sensação deliciosa! O tempo passava e, da
piscina, voltei para o chuveiro, o dia havia escurecido, mas não
tinha ideia do horário e nem me passou pela cabeça de perguntar! A
dor aumentava, durante as contrações, um pensamento: </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><i>Não
aguento mais! Quanto falta?</i></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">
“Ahhhhhhh”, vocalizava e o tempo passava. Eu tinha ânimo, estava
perto, deveria estar, só podia estar!</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-c3sXx32ivYs/VgXYE0BjUhI/AAAAAAAAAg8/_SjCRgnwveI/s1600/12033676_10153228222441588_1911511962_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://1.bp.blogspot.com/-c3sXx32ivYs/VgXYE0BjUhI/AAAAAAAAAg8/_SjCRgnwveI/s320/12033676_10153228222441588_1911511962_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Não sei em que
momento a Ana Cris chegou*. Na partolândia, perdi a noção do tempo
e da sequencia exata de eventos! Em um determinado momento,
dentro da banheira, ela me pediu permissão para fazer um toque. Me informou um colo de 8 cm… Desanimei tudo o que havia
animado… Ela, com um sorriso no rosto, disse que estava tudo ótimo e que estávamos indo bem.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Eu relaxava contra a
parede da piscina em cada intervalo. Fechava os olhos e até
cochilava. Neste momento ganhava força, me recuperava para a próxima
contração. Ficava maravilhada com essa perfeição, um tempo de
descanso, onde tudo passa e os pensamentos invertem: </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><i>Nem
foi tão ruim assim. Estou indo bem, até que é fácil!</i></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">
</span></span>
</div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-nrE2KCqIRcE/VgXYcmInvSI/AAAAAAAAAhE/pSDiUHby4kg/s1600/12053326_10153228222396588_313945635_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-nrE2KCqIRcE/VgXYcmInvSI/AAAAAAAAAhE/pSDiUHby4kg/s320/12053326_10153228222396588_313945635_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Neste momento*,
finalmente veio uma vontade de fazer força (comparando hoje à
força que fiz no expulsivo mesmo percebi que a vontade que tive
neste momento não se comparava à força necessária). Me animei!
Fiz uma, duas, três… não sei quantas mais… mas nada acontecia.
Sentia, agora, que o David ainda estava longe. Tentei chamar por ele:
“Vem, David. Vem, bebê!”.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">A dor, intensa, sim, mais do que eu
imaginei que seria. Em meio aos pensamentos daquela semi-consciência
maluca, eu disse para a Janie, que estava sentada atrás de mim, na
beira da piscina: “Acho melhor...”, “O que é melhor, Ju?”,
“Acho melhor eu tomar uma anestesia”, “Eu não acho, Ju... seu
corpo está trabalhando. Deixe a dor agir. Deixe ela fazer o que ela
precisa fazer.” Eu queria muito saber quanto faltava, mas a cada
contração a única coisa que era possível saber é que era uma a
menos, uma mais próxima de eu conhecer o David.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Ana Cris pediu para me
examinar de novo, desta vez durante uma contração. A bolsa estava
muito firme. Chegava a entrar no canal de parto e voltava. Isso me
fazia sentir vontade de fazer força, mas esta vontade não vinha em
todas as contrações e não era forte também, como eu sempre havia
ouvido que seria. Me sugeriu que eu tentasse estourar a bolsa. Eu não
queria sair da água, mas fui convencida. Isso aceleraria o processo.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-FQun79L_-Wg/VgXZu3MpWTI/AAAAAAAAAhQ/lhukMGe9TXY/s1600/12032406_10153228222406588_624176767_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-FQun79L_-Wg/VgXZu3MpWTI/AAAAAAAAAhQ/lhukMGe9TXY/s320/12032406_10153228222406588_624176767_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Ficar em pé deveria
ajudar, me pendurei no Daniel, as contrações eram alucinantes,
literalmente, não me sentia mais dentro de mim. Sensação única e
inexplicável. Segui as orientações e fiz uma série de puxos
dirigidos (quando se faz força durante a contração, mesmo sem
vontade). E nada... a bolsa não estourava. Depois de um tempo*, Ana
Cris me deu a opção de ir para o hospital para realizar o
procedimento de rompimento artificial da bolsa. Eu queria muito que o
David nascesse em casa. Não aceitei de cara. Quis continuar mais um
tempo. Letícia acompanhava os batimentos do bebê durante as
contrações. Mais tempo passou e nada. Eu não queria mais fazer
força, estava começando a ficar com medo. Os pensamentos invertiam
novamente... Não estava dando certo. Num determinado momento, Ana
Cris se levanta e diz: “Ju, vamos ter de terminar no hospital”.
Ela explicou que estava tudo bem, que houve uma pequena desaceleração
nos batimentos cardíacos do bebê fora de contração. Ainda não
era considerado um padrão anormal mas, por precaução, deveríamos
acelerar as coisas, e tinha de ser no hospital.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Misto de frustração
e alívio, este era o sentimento do momento. E medo, também havia o
medo… como sair do apartamento para a rua com dor? Como seria o
trajeto? Vai dar tudo certo? Voltei a mim, ou seja: racional,
calculista, preocupada, insegura… perdi toda aquela sensação
única causada pelas fortes doses de ocitocina correndo pelo sangue a
cada contração. Perguntei que horas eram para a Ana Amorim: “3:00”.
Não acreditei! Pensei: "Era pra ter nascido há muito tempo! O que há de
errado comigo?!". Comecei a duvidar da minha capacidade de parir meus
filhos.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Descemos de elevador,
entramos no carro, chegamos ao hospital: deu tudo certo até aqui. A
entrada para a sala de parto foi rápida. Ao encontrar com a Dra. Juliana, GO escolhida a dedo para ser o plano B, pedi anestesia. Sua
resposta: “Calma, vou examiná-la”.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Na sala de parto*,
deitada na maca, conheci a Dra. Vânia, pediatra também escolhida com
carinho para cuidar do meu maior bem dentro da frieza daquele
hospital. Lembrei-me de me desculpar por ter faltado em sua consulta naquela tarde. A Dra. Ju então disse: “Vamos para a banqueta, seu
bebê já vai nascer!”</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
“<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Não, mas eu quero
anestesia! Por favor, por favor!” Eu queria desistir: </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><i>Pare essa montanha russa porque eu quero descer</i></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">.
Mas o parto é realmente como uma montanha russa, depois que apertou
o cinto, tem de sentir cada frio na barriga até que ela volte ao
ponto de partida.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
“<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Ju, você não
precisa dela. Seu bebe está pronto, vai nascer já, você aguentou
até aqui, agora está muito perto!”.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
“<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Mas eu não quero
mais. Por favor!”, falei enquanto levantava e me dirigia à
banqueta, apoiada pelo Daniel. Ao sentar, Janie com seriedade falou:
“Só você pode trazê-lo para seus braços! Você quer isso! Você
pode e consegue! Força, falta muito pouco!”.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Dra Ju estourou a
bolsa assim que me sentei. Não me lembro de sentir nada neste momento e
tudo passou muito rápido dali pra frente. Foi mais de uma hora, mas
para mim foram como 5 min!</span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Ao me sentar, me senti
no centro de um estádio, a ponto de alcançar a maior vitória da
minha vida. Todos os rostos ao meu redor radiantes, sorrisos para
todos os lados, e uma grande torcida: “Vamos Ju, você consegue!
Está quase lá! Não desista! Força Ju, força”. A voz do Daniel
em meio às outras se destacava e me dava segurança. Se ele está
dizendo é porque está tudo bem, realmente está perto, eu
realmente consigo.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">O tempo passou rápido
daqui pra frente. Bolsa estourada, eu concentrada ao máximo, não me
lembro da dor, mas sim uma pressão, imensa: </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><i>vou
estourar, vou explodir, como faz isso?!</i></span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
“<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Ele está aqui Ju, olhe!” No espelho eu via os seus cabelinhos: “Que cabeludo Ju, ele vai
nascer! Força!”, era o Daniel, novamente, o melhor incentivo que
eu poderia ter!</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Alguém pegou minha
mão: “Toque nele, faça carinho, Ju!” Ainda dentro de mim senti sua
cabecinha, quente, macia. Olhava no espelho, aquilo era
inacreditável! Que sensação única, que coisa linda! A cada
contração força, muita força, do tipo que não sabia que havia
dentro de mim!</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">E sua cabecinha saiu!
Eu não acreditava!</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Estava cansada, exausta, mas estava acabando. </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><i>Só
mais uma Ju!</i></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">
(Sim, eu acreditava que ele viria em só mais uma contração.) E
assim foi, ele veio e foi amparado pelas mãos do pai. </span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-X-JxBZ6OA64/VgXbBGewDSI/AAAAAAAAAhg/d510GUuGZK0/s1600/12033743_10153228222421588_2028443537_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-X-JxBZ6OA64/VgXbBGewDSI/AAAAAAAAAhg/d510GUuGZK0/s320/12033743_10153228222421588_2028443537_n.jpg" width="213" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Daniel me
entregou ele: “Pegue Ju, pegue seu filho! Ele nasceu, você conseguiu, Ju!” Era muita emoção, eu ouvia seu choro, mas estava sem reação,
como se o tempo tivesse parado, eu congelada. Tudo continuava em
movimento à minha volta, mas eu travei. Tudo isso em frações de
segundo… Peguei meu bebe no colo, o encostei no peito, tão quente,
liso, todo molinho. Ele parou de chorar no mesmo instante que toquei
nele. Que mágico, sobrenatural, incrível, sensação única,
maravilhosa!</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Em minha mente, agradeci a Deus, que criou este sistema,
que criou a relação mãe, filho e parto, que é vivido só pelos
dois, juntos, numa sintonia única, que se completam um pelo outro: o
bebê e sua mãe, eu e o David. </span></span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Daniel chorava ao meu
lado, emocionado, me elogiava: “Como você foi incrível, Ju! Que
mulher! Nunca mais vou olhá-la com os mesmos olhos! Você foi
demais!”. </span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">E elogiava o bebê: “Como ele é lindo, perfeito! Que
incrível!” Deixei que ele proferisse as palavras, pois eu, só
conseguia sentir... e olhar, e cheirar e ouvir, seus grunhidinhos. </span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-indent: 0.79cm;">Curti, curti e curti aquele momento, aquele corpinho contra o meu,
ainda ligado pelo cordão dentro de
mim.</span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-xJolHqYGjKg/VgXbCluaAyI/AAAAAAAAAho/CrA8SHBZF_8/s1600/12026642_10153228222401588_1274258110_n%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-xJolHqYGjKg/VgXbCluaAyI/AAAAAAAAAho/CrA8SHBZF_8/s320/12026642_10153228222401588_1274258110_n%2B%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Me acordaram!
Precisava levantar para deitar de volta na maca. E eu levantei,
apoiada mas sozinha, andando, após o parto. Isso é possível!
Deitei na maca com ajuda, pois o segurava como se fosse um cristal,
caro e delicadíssimo. Olhei no relógio: 4:50! Mais uma contração,
fraca, quase sem dor, e nasceu a placenta. O órgão que manteve vivo
meu filho por 9 meses me foi apresentado. Apertei o cordão ainda
ligado ao bebê, todos aguardaram para que ele recebesse todo sangue,
tão rico, presente no cordão enquanto pulsava. E ele foi cortado
pelo Daniel quando parou de pulsar.</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.79cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Deitado sobre mim
estava meu presente, minha vitória, tão pequeno. Quis então passar
a mão, conferir! Perninhas, mãozinhas, as costas, enrugada e macia,
cabeça cheia de cabelo, olhos apertadinhos, mas abertos, bem
abertos, olhavam para mim. Coloquei-o no seio e ele mamou,
lindamente! Sim, nasce sabendo! E era meu, só meu. </span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">Estava dentro de
mim e eu o trouxe para meus braços, sozinha (porque sim, era aquele
o meu papel), mas acompanhada, por pessoas que me ajudaram, demais e
sem as quais nada teria sido como foi: Daniel, Janie, Ana Cris,
Letícia, Dra Ju, Dra Vania e Ana Amorim. Meu eterno obrigada!</span></span></div>
</div>
<div lang="pt-BR" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">*LEGENDA de horários aproximados:</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-align: justify;">12:00 - comecei a contar as contrações</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-align: justify;">14:00 - a doula chegou</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 115%; text-align: justify;">17:30 - a parteira Letícia chegou </span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">21:00 - a parteira Ana Cris chegou</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">00:00 - senti a primeira vontade de fazer força</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">2:00 - Ana Cris sugeriu irmos para o hospital para romper a bolsa</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">3:30 - cheguei no hospital e fui examinada pela médica na sala de parto</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">4:50 - David nasceu!</span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Times; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18.3999996185303px; margin-bottom: 0cm; orphans: auto; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
</div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Times; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18.3999996185303px; margin-bottom: 0cm; orphans: auto; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px; text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR">No total foram </span></span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px;">17h de TP calculadas a partir do momento em que comecei a contar as contrações.</span></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif;"><span lang="pt-BR"><br /></span></span></div>
<u style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: left; text-indent: 29.8582668304443px;">Palavra final</u><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: left; text-indent: 29.8582668304443px;">: Já ouvi falar de muitos partos mais demorados do que o meu e à</span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px;">s vezes me pego pensando que fui fraca, que deveria ter insistido em ficar em casa, que deveria ter aguentado mais. Mas também ouço muito nas conversas sobre parto humanizado que o parto ideal não existe. Existe o parto possível. </span><span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: left;">E este foi o MEU parto, o que eu consegui dar conta e foi o melhor que poderia ser!</span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Calibri, serif; line-height: 18.3999996185303px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-G0OOj6ITotk/VhGiFQj7dVI/AAAAAAAAAiE/NO-e2brJzNw/s1600/12092287_10153244169191588_764852869_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-G0OOj6ITotk/VhGiFQj7dVI/AAAAAAAAAiE/NO-e2brJzNw/s320/12092287_10153244169191588_764852869_n.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-62848308138798894142014-12-02T17:41:00.004-08:002014-12-02T18:10:37.228-08:00Por que nossa família ama fazer HOMESCHOOLING?Faz pouco mais de 2,5 anos que eu iniciei a minha jornada de aprendizado sobre <i>homeschooling </i>e quase dois que eu comecei a intencionalmente praticá-lo com as minhas filhas. A caçula tinha acabado de completar 1 ano quando eu pedi demissão da empresa, em julho de 2012, e seis meses depois, ao fim do ano letivo, depois de orar a respeito e conversar com o marido, decidimos tirar a mais velha (na época com quase 3 anos e meio) da escola que ela frequentava em regime de meio-período para <b>experimentar a educação domiciliar</b>.<br />
<br />
O que a princípio seria uma experiência de um ano já viraram dois e nós seguimos animados diante das possibilidades que o <i>homeschooling</i> nos traz como família. No post de hoje elegi o que, para nós, representam os 5 pontos mais altos dessa prática na intenção de inspirar mamães, papais e educadores curiosos que estão pesquisando sobre o assunto!<br />
<br />
1. POR UMA MAIOR FLEXIBILIDADE NA ROTINA<br />
Nesses dois anos de prática e aprendizado, devido às circunstâncias em que nos encontrávamos, meu marido e eu dividimos a responsabilidade, alternando quem ficava incumbido de conduzir as atividades de ensino em casa. E este é justamente um dos grandes benefícios inerentes à prática da educação domiciliar: a possibilidade de flexibilidade na rotina familiar. Não estamos presos a um calendário escolar, tampouco a uma localização geográfica. As nossas férias não precisam ser na época mais cara do ano para se viajar. O <i>homeschooling</i> nos traz a possibilidade de viver com mais liberdade, de aproveitar oportunidades e de efetivamente perseguir os nossos sonhos.<br />
<br />
Vejam como foi o nosso caso nesse período de dois anos:<br />
Nos primeiros <b>8 meses</b>, eu ficava em casa o dia todo com as meninas e ia para a faculdade à noite enquanto meu marido trabalhava fora. Nos <b>5 meses</b> seguintes, nos mudamos para o Canadá e, como eu precisava estudar em período integral, ele ficou em casa ensinando as meninas. Durante os <b>3 meses</b> seguintes tivemos uma fase um pouco diferente já que elas frequentaram uma creche de Montreal em meio-período; o motivo é que meu marido havia conseguido um emprego e as minhas aulas na universidade ainda não tinham acabado. Em seguida, passamos os últimos <b>3 meses </b>lá curtindo o verão canadense - eu em casa com as meninas enquanto meu marido estava trabalhando fora. Extremamente feliz porque era o que eu queria fazer, pude novamente me dedicar a ensiná-las - nessa época, inclusive, aproveitei para comprar o kit de Pre-Kindergarten do <a href="https://www.sonlight.com/pre-kindergarten.html" target="_blank">Sonlight</a>.<br />
<br />
Quando voltamos para o Brasil, há exatos <b>três meses</b>, retomei meus estudos e estágios para terminar a licenciatura em Pedagogia e, por isso, meu marido novamente assumiu as funções de <i>homeschool</i>. No momento finalizei meu estágio (pelo menos o deste semestre, no próximo tem mais!) e estou em casa boa parte do tempo, indo para as aulas somente 1x por semana. Assim, pretendo aproveitar para colocar em dia algumas leituras e atividades com as meninas, me envolver mais com a comunidade de <i>homeschoolers</i> da minha região e, quem sabe também, eu consiga escrever mais no blog!<br />
<br />
2. POR UM ESTILO DE VIDA MENOS COMPLICADO<br />
Para nós fazer <i>homeschooling</i> é mais do que praticar uma modalidade alternativa de ensino que opta pelo lar em vez da escola. Vemos-a também como a opção por um estilo de vida mais simples, um jeito diferente de encarar a vida e de ser feliz com menos, sem os excessos que nos dão uma falsa sensação de preenchimento. E isso porque um dos benefícios que essa opção nos traz é que ela expõe menos a nossa família (principalmente as crianças) a pressões externas de como se vestir, o que comprar, que lugares frequentar, o que assistir... enfim, a padrões pré-estabelecidos de consumo, das últimas tendências da moda, do mundo do entretenimento, etc. Claro que essa pressão ainda existe em outros círculos de amizades, mas tende a ser menor se a frequência de contato não for diária. Se, por um lado, fazer <i>homeschooling</i> para muitas famílias exige um padrão de vida mais humilde porque a renda familiar cai (já que um dos cônjuges precisa parar de trabalhar ou diminuir consideravelmente sua carga horária de trabalho), há de se pensar que, por outro também, economiza-se nas altas mensalidades e outros custos com taxas escolares, materiais, uniformes e alimentação fora de casa. :)<br />
<br />
Além disso, a educação domiciliar também propicia um estilo de vida que nos impulsiona para fora da caixa e dos limites que muitas vezes poluem nossa imaginação e cegam nossa perspectiva para o futuro, um estilo de vida que prioriza um viver mais fluido, menos rígido e compartimentalizado por compromissos diários que sobrecarregam a nossa alma e nos fazem desejar ardentemente que o final de semana (ou do ano!) chegue logo. Para a nossa família hoje<i> </i>não existe essencialmente nada que diferencie uma quarta-feira de um sábado, ou um mês de outro. Os ciclos e dias nunca são iguais. Por mais que tenhamos um currículo como referencial e uma estrutura idealizada que gostaríamos de cumprir, não estamos numa <i>corrida de ratos</i> que nos obriga a acordar todo dia no mesmo horário, sair de casa às pressas (muitas vezes enfrentando um trânsito lascado!) para nos conformar a uma agenda fixa, que serve ao coletivo maior. Aqui em casa nós fazemos a nossa agenda, nós delimitamos as nossas prioridades e nós escolhemos o que queremos estudar a cada dia, mês e ano. Não somos reféns do "não tenho tempo" porque em casa temos todo o tempo que quisermos para usar como quisermos. E nós procuramos usá-lo com sabedoria. Se porventura as crianças tiverem alguma idéia brilhante de passeio, experimento ou atividade, ou mesmo certa curiosidade em pesquisarem sobre algo que surgiu do nada, podemos "parar tudo" e dar atenção àquilo, sem crise. Mudanças são permitidas e não acarretam grandes prejuízos como, por exemplo, se um sábado e domingo tiverem sido particularmente puxados, podemos tirar a segunda-feira para descansar e ter um dia menos acelerado. Passeios ao museu, casa da vovó, biblioteca ou praças não precisam ser planejados com muita antecedência. Podem até ser de um dia para o outro!<br />
<br />
<br />
3. POR UM RELACIONAMENTO FAMILIAR MAIS SADIO<br />
Estou convencida de que eu e meu marido somos as pessoas com quem nossos filhos mais precisam ter contato durante a infância. O convívio dos avós é importante e ter boas amizades também, mas eu acredito que nenhum deles deveria tomar o lugar dos pais na vida de uma criança. Também acho saudável que irmãos amem estar juntos, se ajudem, se defendam e valorizem a companhia um do outro mais do que a de amigos da mesma idade. Com a compartimentalização escolar da vida moderna fica cada vez mais desafiador os pais serem a primeira influência na vida dos filhos e os irmãos, que passam tantas horas do dia em salas diferentes, terem afinidade afetiva e apreço uns pelos outros. Sei que algumas brigas e desentendimentos fazem parte de todo relacionamento (aqui eles também acontecem!), mas acredito que devam ser exceção, não ocorrências constantes.<br />
<br />
Para nós um dos benefícios de <i>homeschool</i> é que ele tem nos permitido construir memórias maravilhosas em família. Passamos muitas horas do nosso dia juntos e para mim como mãe é um privilégio imensurável estar disponível para ouvir minha filha quando uma dúvida ou pensamento sobre a vida passa pela sua cabecinha no meio do dia - às vezes durante uma refeição, quando estamos juntas arrumando a cama, guardando brinquedos, recolhendo roupa do varal, ou indo ao banheiro fazer xixi. Uma dúvida talvez que, se ela tivesse na escola, ela não dirigiria a mim, ou mesmo se lembrasse de me contar depois! Esses momentos preciosos ficarão para sempre guardados na minha lembrança, e sei que terão um impacto importante na vida dela também.<br />
<br />
Outro aspecto é que diante do tamanho das mudanças pelas quais passamos nos últimos dois anos, o impacto de mudar de país não foi traumático para elas. E eu atribuo isso justamente ao fato de a base de segurança emocional delas ser o LAR, os relacionamentos dentro da família, que não mudaram daqui pra lá e nem de lá pra cá. Por isso, tanto faz se é Brasil ou Canadá, elas estão bem.<br />
<br />
4. PELO ENTUSIASMO EM EXPLORAR E CONHECER O MUNDO<br />
Eu acredito que toda criança nasce curiosa e desejosa de aprender, explorar e conhecer o mundo. O problema é que muitas vezes o sistema escolar mata esse desejo! Eu tenho plena consciência de que o mesmo pode acontecer em casa, com uma família que pratica a educação domiciliar, porque não é uma questão de local, mas de imposições e rigidez de expectativas sobre o aprendizado. Nesse sentido, eu sou fã do <i>unschooling</i>, da ideia de um ensino mais livre e que busca explorar a curiosidade natural da criança, que ouve suas perguntas, procura em conjunto respostas para elas e segue um ritmo que respeite sua personalidade. Por essa forma de enxergar, <i>unschooling</i> não tem nada a ver com deixar as crianças completamente soltas e esperar que elas determinem o currículo de estudos. Não é o caso. Meu papel é de instigar sua imaginação por meio de bons livros e de uma rica oralidade: contação de histórias, brincadeiras de advinhas, rimas, encenação, jogos e outras atividades educativas que sejam divertidas. Crianças amam uma boa história e minha casa está cheia de livros! Nós lemos em voz alta para as meninas todos os dias. Pelo menos nesta fase pré-escolar, eu tenho muita preocupação em não pecar pelo excesso, de forçar conteúdos escolares de uma forma maçante. Não tenho, por exemplo, pressa de que elas aprendam a ler. Eu alfabetizo de forma lúdica, mas não forço. Deixo sempre com gostinho de "quero mais" para que elas peçam para a gente fazer mais lição. Não quero privar minhas filhas de ter tempo para brincar e de inventar mil coisas!<br />
<br />
E, por falar, em inventar... isso elas fazem de montão e, o melhor, espontaneamente... como deveria ser. Esse final de semana mesmo, voltamos de um casamento com duas pulseiras de neon (daquelas que brilham no escuro para usar em pista de dança) e que fizeram a minha filha de 5 anos pensar em uma armação de óculos. Ela perguntou ao pai como é que poderia fazer um par de óculos de brinquedo e o pai incentivou-a a encontrar uma solução sozinha. Foi um verdadeiro e autêntico projeto de ciências que ela desenvolveu num domingo ensolarado após voltarmos da igreja enquanto eu esfregava roupa no tanque e meu marido preparava o almoço.<br />
<br />
Está aqui o resultado: Ela usou três chuquinhas de cabelo e uma tiara para executar sua invenção!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-wh1k0SbNcc8/VH5kN5T4A1I/AAAAAAAAAeE/2OGTKwasRsE/s1600/IMG_3888.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-wh1k0SbNcc8/VH5kN5T4A1I/AAAAAAAAAeE/2OGTKwasRsE/s1600/IMG_3888.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
5. PELA LIBERDADE DE EXPERIMENTAR E SE DESENVOLVER EM ARTES VARIADAS<br />
Outro benefício maravilhoso do <i>homeschooling</i> é a possibilidade de experimentar de tudo um pouco. Quando estávamos no Canadá, as meninas fizeram, em momentos diferentes ao longo do ano, aulas de cerâmica, aulas de balé, aulas de artes, aulas de dança, aulas de natação e aulas de piano. Agora, aqui no Brasil, elas estão fazendo ginástica olímpica e eu estou cogitando aulas de pintura em tela (se não derem certo as aulas, eu pretendo comprar o material pra fazer em casa). A Nicole também já me pediu para continuar aprendendo piano. Não pretendo ficar escrava de um número excessivo de aulas durante a semana, mas a idéia é aos poucos irmos descobrindo suas aptidões e talentos - algo que, se estivéssemos presos a uma agenda escolar, sem dúvidas seria muito mais difícil, principalmente numa cidade grande e agitada como a que vivemos em que conciliar horários é sempre um desafio.<br />
<br />
Por fim, esses são os cinco principais motivos que nos fazem amar o <i>homeschooling</i>. Há outros que eu não citei aqui, esses são os mais importantes. Para muitos a educação domiciliar ainda é uma prática desconhecida e bastante estranha, mas para nós que estamos experimentando-a há algum tempo é algo que cada vez nos fascina mais! Sei que existem escolas excelentes (embora é evidente que não sejam a maioria e que custem muito dinheiro) e propiciam resultados ótimos também. Eu mesmo estudei numa escola assim, fui privilegiada!! Meu sonho sempre foi colocar meus filhos um dia para estudarem lá, mas parece que os planos do Senhor para nós eram outros.<br />
<br />
Como sempre, os planos dEle são superiores aos nossos, como está escrito em 1 Coríntios 2:9 (o versículo que colocamos no nosso convite de casamento quase 12 anos atrás) que diz:<br />
"<b>Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem penetrou em coração humano o que Deus preparou para aqueles que O amam</b>".Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-82371221390283817592014-06-09T18:37:00.000-07:002014-06-13T17:34:34.815-07:00A nossa vida no Québec - Os últimos 8 meses (Parte 2)Os pontos abaixo são um resumo das minhas impressões sobre a vida no Québec até o momento. Vou dar mais detalhes sobre como eram as creches com as quais eu tive contato, descrever como foi o nosso 1o inverno aqui, falar sobre outras diferenças culturais / estruturais que tenho percebido, dentre outros.<br />
<br />
Confira a <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.ca/2014/05/a-nossa-vida-no-quebec-os-ultimos-6.html" target="_blank">parte 1</a> aqui.<br />
<br />
<b>Bilinguismo e Multiculturalismo</b><br />
Em outros posts, já falei sobre como fizemos para garantir que, desde o Brasil, as meninas fossem expostas aos dois idiomas (inglês e português) para que pudessem ficar fluentes em ambos. Como a habilidade de se expressar num idioma está fortemente vinculada ao emocional e ao relacionamento que temos com as pessoas, viemos para o Canadá e, sem pensar muito sobre o assunto, continuamos o hábito de falar somente em inglês em casa com elas (apesar de sempre falarmos em português um com o outro). No fim do nosso terceiro mês aqui, mais ou menos, comecei a perceber e a me incomodar com o fato de que a Nicole resistia em falar português com os avós nas conversas pelo Skype. Ou seja, apenas ouvir o pai e a mãe conversarem em português um com o outro em casa não estava sendo suficiente para garantir a fluência dela. No Brasil dava certo porque praticamente toda a comunicação fora de casa (exceto igreja) era em português também. Óbvio, né?! Pois é, mas nós não nos atentamos para isso e não planejamos como seria a questão dos idiomas neste um ano fora.<br />
<br />
Percebido o "problema", eu me esforcei para falar em português em casa com as duas (principalmente com a Nicole). Também comecei a colocar vídeos no Youtube para elas verem de vez em quando (basicamente Crianças Diante do Trono e Galinha Pintadinha) na intenção de que elas começassem a cantar as musiquinhas em português. É claro que elas entendiam tudo em português, mas na parte da comunicação, a Nicole resistiu durante algum tempo (acho que 2 ou 3 semanas) para me responder em português já que o inglês havia se tornado tão predominante na vida dela. Até a pronúncia dela no começo ficou engraçadinha e algumas conjugações saiam totalmente erradas mas, como disse, conseguimos reverter a situação em pouco tempo. Acho que a Nicole, de certa forma, sempre teve facilidade com idiomas e comunicação. Hoje ela fala novamente os dois idiomas sem dificuldade (claro que ela inventa palavras vez ou outra, mas quem nunca?! Eu também faço!) e, com a irmã, percebo que o idioma de preferência continua sendo o inglês, o que para mim não é problema algum.<br />
<br />
Mas e a Alícia?! Bem, a Alícia está há um mês de completar 3 anos e, não sei se já comentei antes, mas fonética e comunicação nunca foram o forte dela. Para "ajudar", como ela é a segunda filha, eu sou muito menos disciplinada para falar um idioma só com ela e não me policio tanto para corrigi-la quando ela fala algo errado ou mistura os dois na mesma frase. Com a Nicole nesta idade, eu exigia que ela repetisse a frase toda de novo na forma certa antes de atender ao seu pedido. Apesar disso, eu percebo que a Alícia tem preferência por falar inglês (acho que porque estamos aqui), mas é muito comum ainda ela começar com "Eu" e falar todo o resto em inglês. Resultado: nem sempre as pessoas a entendem. Mas ela ainda é nova e eu já passei da fase de me preocupar. No começo eu mentalmente a comparava com a irmã e o que ela já sabia falar com x idade, e me "estressava"... até pensei em levá-la numa fono (quando estávamos no Brasil ainda) pra ver se ela tinha algum problema de dicção. Mas agora que vejo o quanto ela já progrediu e o quanto ainda está progredindo, fico em paz e sei que ela vai desabrochar no tempo dela! Tem uma historinha no material de <i>homeschool</i> das meninas - chamada <i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ThHvR1_5ZB0" target="_blank">Leo, The Late Bloomer</a></i> (clique no link para ver crianças lendo a história) - que fala justamente disso. De tanto ler e ler a história para elas, acho que acabei internalizando a mensagem. :-)<br />
<br />
Na Parte 1 deste post, eu mencionei que as meninas frequentaram uma creche francófona aqui no Québec. Elas não ficaram fluentes em francês porque foram apenas 3 meses em meio-período (e elas nunca iam todos os dias da semana), mas foi interessante vê-las incorporando o francês em algumas brincadeiras e atividades da casa. Até hoje, por exemplo, quando terminam de usar o banheiro, é comum elas nos avisarem dizendo <i>J'ai fini</i> (=terminei). Eu também já peguei a Nicole brincando de telefone em inglês e francês - ela perguntava algo em francês e fingia que a pessoa do outro lado não entendia, para então traduzir para o inglês. Apesar disso, nenhum de nós aqui precisa falar francês no dia-a-dia!! Praticamente nada. Meu marido é do tipo cara-de-pau e gosta de se arriscar pra aprender (certo ele, né?!), mas como Montreal é uma cidade bem bilíngue, eu raramente me aventuro a responder em francês para as pessoas na rua (medo de errar e também porque não sei mesmo). Os atendentes no comércio dizem "Bonjour" e "Hi" e é a resposta do cliente que determina em que idioma será o atendimento - então eu geralmente digo "Hi", rsrs.<br />
<br />
É por este motivo que, apesar de estarmos numa província francófona e as placas, propagandas, embalagens dos produtos, cardápios e afins serem em francês, isto não é suficiente para deixar ninguém fluente (muito menos criança que ainda nem sabe ler!), ainda mais porque nós frequentamos uma igreja anglófona e temos muitos amigos que falam inglês (ou português). A única exceção, eu diria, é uma amiguinha das meninas, nossa vizinha, que também se chama Nicole. A família é da Ucrânia e imigrou para o Canadá havia um ano quando os conhecemos no parque (isso quando havíamos acabado de chegar também). Nem ela nem os pais falam inglês muito bem, mas como na época eu não sabia absolutamente nada de francês, eles foram super simpáticos e se esforçaram muito para se comunicar comigo em inglês. Imagine a cena bizarra: a cada duas palavras eles procurando alguma palavra em inglês no <i>google</i>, hehe.<br />
<br />
O multiculturalismo e multilinguismo daqui de Montreal são gritantes. São tantas nacionalidades diferentes que fico boba! Vir pra cá mudou completamente a minha visão sobre o ser humano, abriu a minha mente. E a maioria das pessoas fala, no mínimo, 2 a 3 idiomas fluentemente. Tem noção?! Uma amiga brasileira que mora aqui há 12 anos, por exemplo, é casada com um egípcio. O casal conversa em inglês um com o outro, mas com o filho ela fala português e e ele árabe. O menino vai para uma <i>garderie</i> bilíngue onde está aprendendo a se comunicar em inglês e francês. Outro vizinho é canadense-francês (o típico gringo que imaginamos quando pensamos na América do Norte, que é uma raridade encontrar aqui, haha) e fala em inglês com a filha, mas a mãe da criança é espanhola (eles não moram juntos) e, pra completar, ela frequenta <i>garderie</i> francófona. Ou seja, mais um exemplo de criança sendo exposta a pelo menos 3 idiomas ao mesmo tempo. E por aí vai... as famílias aqui são um emaranhado de povos e línguas - é interessante pensar no que isso vai dar! E pensar que no Brasil tem especialista que teima que não é bom para a criança aprender inglês (uma 2a língua) muito nova... pura baboseira!<br />
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Outra curiosidade é que, diferente do que percebo entre nós, brasileiros que também somos uma mistura de muitas culturas, as pessoas daqui parecem se importar muito mais com as suas raízes. Pode ser que seja algo recente, não sei, mas é nítido que elas fazem questão de manter vivos não só a língua materna como também costumes do seu país de origem. Ao meu ver, isso não aconteceu quando o Brasil foi populado por imigrantes. Por exemplo, eu sou descendente de italianos e meus avós, que nasceram no Brasil (ambos filhos de italianos/franceses), sequer aprenderam a falar o idioma dos pais de origem. Tanto que eu sei muito pouco ou nada sobre o que é ser italiana, e me considero 100% brasileira. Mas aqui não, as pessoas aprendem o idioma local (no caso, o francês, que é uma obrigatoriedade para poder imigrar, só não sei se também no caso de refugiados), mas em casa continuam falando o idioma materno, e o ensinam a seus filhos. Na rua, nos ônibus, em restaurantes é muito comum ouvir uma mistura louca de idiomas. A cultura árabe/muçulmana é facilmente identificada por aquele pano que as mulheres colocam sobre a cabeça (desculpem-me a ignorância, mas não lembro o nome!), e isso mesmo na 2a geração de imigrantes (aquelas que nasceram e viveram aqui a vida toda e ainda assim se esforçam para manter suas tradições familiares do país de origem). Isto também se reflete nos tipos de restaurantes que você encontra pela cidade, tem para todos os gostos - comida indiana, árabe, tailandesa, chinesa, japonesa, libanesa, etc. - a variedade é imensa. E por isso quando chegamos foi tão difícil descobrir quais eram os costumes ou comidas quebequenses (ou canadenses).<br />
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Por falar em cultura canadense, em três ocasiões diferentes tivemos o privilégio de ser convidados para comer na casa de famílias canadenses (que moraram aqui a vida toda). E em todas elas eu reparei que o educado é o anfitrião servir cada convidado ao redor da mesa para só então todos comerem juntos (até as crianças esperam). Ele(a) pergunta o que você quer comer e faz o seu prato. Diferente, né?! Achei formal demais e me senti constrangida de ter de retribuir um jantar assim para esses amigos, rs. Se o fizesse, com certeza faria à moda brasileira mesmo: coloca-se toda a comida na mesa e cada um se serve com o que quer, bem à vontade!! Sei lá, acho estranho eu colocar comida no prato para outras pessoas que mal conheço - não parece que eu estou "decidindo" o quanto ela tem de comer?! Sem contar que culturalmente para nós brasileiros o bom quando se come na casa de alguém é "limpar o prato" para não fazer desfeita, né! E também pra não desperdiçar comida. Mas aqui acho que não tem isso não.<br />
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Para fechar este ponto, quero dizer que sinto de não falarmos francês com fluência ainda! Queria dar essa oportunidade para as meninas (de serem poliglotas desde pequenas), mas ao mesmo tempo sinto que poder <i>homeschool</i> é uma bênção e privilégio ainda maiores do que elas falarem 3 línguas perfeitamente. Ainda assim, faço o que dá para expô-las ao idioma: de vez em quando vamos à biblioteca pegar livrinhos em francês (para eu ler pra elas, <i>yikes</i>!), uma vez por semana coloco filminhos para elas assistirem em francês (Calliou, Peppa Pig, Mickey Mouse ou às vezes outros educativos que encontro no Youtube), a Nicole faz aula de piano com uma professora francófona (que fala pouco inglês) e na aula de balé e outras atividades no centro comunitário, a professora/educadora dá as explicações nos dois idiomas (em francês, depois em inglês). Também entrei em contato com uma família francófona (mãe canadense, pai francês) que <i>homeschool</i> os três filhos (de 3, 5 e 7 anos) e que acabou de se mudar para a ilha. Uma vez por semana a gente tenta se encontrar no parque para as crianças interagirem (os filhos só sabem francês) e, quem sabe, se soltarem mais no francês. São estratégias, vamos ver no que vai dar.<br />
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<b>As creches</b><br />
Em São Paulo eu já tinha reparado que a classe média foge do termo "creche" para se referir ao lugar onde coloca o filho para passar o dia e prefere dizer que ele frequenta uma "escolinha". Pedagogos fazem o mesmo - na intenção de enobrecer o termo e fugir de uma associação com assistência social, eles a denominam como "educação infantil". Não sei como é esta questão de nomenclatura no resto do mundo, mas no Canadá o termo é <i>daycare</i> ou, em francês no Québec, <i>garderie</i>,<i> </i>e remete justamente a um lugar de cuidado, um local onde as crianças pequenas passam o dia recebendo cuidados para que os pais possam trabalhar ou estudar. Como as CPEs (creches do governo) são bem conceituadas e bastante concorridas (principalmente por causa do preço!), as <i>garderies</i> privadas costumam fazer propaganda de que oferecem "programa educativo" para atrair a clientela. Existem também as creches<i> </i>residenciais, o que eles chamam de <i>garde en milieu familial</i>, para quem prefere um tipo de atendimento alternativo (não seria o meu caso, presenciei cenas de crianças de <i>garde em milieu familial</i> no parque com a cuidadora que me deixaram com uma péssima impressão).<br />
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O bairro onde eu moro é bem privilegiado (economicamente falando) e diferente da cidade de Montreal em si (pelo menos a parte que pude conhecer até o momento). Aqui há casas lindas, verdadeiras mansões e, no centro comunitário que frequentamos, é comum as crianças irem acompanhadas pelas babás ou pelas próprias mães. As vizinhas que moram no mesmo tipo de apartamento que o meu (os mais pobres do bairro!!) não têm o mesmo privilégio porque elas precisam trabalhar fora e colocam a criança em creche. Mesmo entre as mães com uma condição social melhor (as que podem ficar com os filhos em casa durante a 1a infância), me surpreendi com a pouca confiança que elas têm na própria capacidade. Talvez seja uma particularidade do Québec, pois vim pensando que encontraria mulheres mais confiantes e autônomas no que se refere ao cuidado e instrução dos filhos. Não esperava que fossem se surpreender ao ouvir que eu pretendo <i>homeschool</i>. Como no Brasil, algumas sequer haviam ouvido falar sobre a prática e acabam sendo dependentes do serviços de terceiros (creche, atividades no centro comunitário, ou outros). Não analisei o suficiente para concluir se elas também são imigrantes recentes, mas é uma hipótese! No geral, a sensação que eu tive é que o pensamento coletivo aqui é bem próximo ao que encontramos no Brasil: existem poucos <i>homeschoolers</i> e uma grande ansiedade por parte das mães (e pais) de colocarem logo seus filhos em <i>daycare</i> educativa, para que eles ganhem independência e estejam "melhor preparados" social e intelectualmente para entrarem na escola aos 5 ou 6 anos. Apesar disso, existem sim pequenas comunidades de <i>homeschoolers</i> (<a href="http://montrealhomelearners.ca/communidee/" target="_blank">como esta</a>), com estrutura, recursos e até mapa virtual para ajudar os praticantes e aspirantes a achar uns aos outros. Foi assim que conheci essa minha vizinha que ensina os filhos em casa. Acho que no Brasil ainda não existem iniciativas com essa.<br />
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Mas voltando ao tema, a principal diferença que eu senti na creche daqui é a liberdade que os pais têm de ir e vir dentro da instituição e saber tudo o que está acontecendo com a criança. Achei fenomenal, principalmente por causa da experiência ruim que tive na "escolinha" bilíngue em que a Nicole estudou em São Paulo. Lá a comunicação via agenda era desastrosa e os pais sequer eram autorizados para entrar com a criança ou ficar lá dentro com ela, por alguns minutinhos que fosse (só era permitido no período de adaptação e olhe lá). Nós tínhamos de entregá-la e buscá-la na porta e confiar cegamente. Inclusive, já recebi bronca desaforada por telefone da própria dona depois de enviar um bilhete na agenda pedindo para acompanhar um dia de aula com a minha filha - ela perguntou: "Você gostaria que outros pais assistissem aula com sua filha?", como se fosse uma aberração crianças terem contato com outros adultos!<br />
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Aqui é totalmente diferente: nas duas instituições em que a Nicole frequentou tanto eu quanto o meu marido tínhamos a nossa própria chave de acesso ao local e podíamos entrar e sair quando quiséssemos. E também podíamos falar livremente com as educadoras lá dentro (nenhuma coordenadora ficava barrando o acesso dos pais a elas, como também é costume no Brasil, principalmente em escolas particulares). Aliás, na minha experiência aqui não teve esse esquema de agenda individual dizendo se a criança se alimentou, dormiu, quantas vezes foi ao banheiro, etc. Quando você busca a criança a educadora já está ali ao vivo e a cores e conta o que aconteceu (ou então você mesmo pergunta). Assim é muito mais prático. A primeira creche ficava aberta o dia todo (das 7:00 às 18:00) e os pais é quem decidiam o horário de deixar e buscar a criança (respeitando o número máximo de horas que a legislação canadense permite que criança fique em creche, sob pena de pagamento de multa caso ultrapasse o tempo). Na segunda creche, como não era em tempo integral mas em dois turnos (manhã e tarde), a nossa chave de acesso para o turno da tarde funcionava a partir das 13:00 em ponto (nem um minuto antes!) e nós, obrigatoriamente, tínhamos de buscar as meninas antes das 17:00 já que este era o horário de fechamento (quem se atrasasse pagava multa também!). O interessante é que, além de não gastarem dinheiro com funcionário para receber as crianças na entrada (mão-de-obra aqui é cara), a creche ainda obriga os pais a se envolverem e a vivenciarem a área em comum da creche já que ela é, digamos assim, a 2a casa das crianças. O pai (ou mãe) põe a mão na massa: entra com o filho, guarda seus pertences no armário/cabides (no inverno, tem todo o trabalho de tirar botas de neve, o macacão, a jaqueta, luvas e gorro), o leva para fazer xixi e lavar as mãos (nesta já cumprimenta as educadoras) para só então se despedir da criança e ir embora. O mesmo na hora de buscar.<br />
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Notei outras diferenças também. Na primeira creche, além de uma troca de roupas que a coordenadora havia pedido, eu enviei uma bolsinha com toalha, pasta e escova de dentes - afinal, minha filha iria passar o dia lá, almoçar, etc. Mas eles não levam as crianças para escovar os dentes durante o dia! Culturalmente para eles simplesmente não faz parte das atividades de creche ensinar o hábito da higiene bucal após as refeições como fazemos no Brasil. Já lavar as mãos é algo que eles fazem o tempo todo. Ao entrar, mesmo que a criança não precise usar o banheiro, ela obrigatoriamente tem de lavar as mãos antes de pegar algum brinquedo. Bem, demoramos uns três dias para perceber que ela não estava usando a escova e, quando meu marido perguntou porque a Nicole não estava escovando os dentes, a educadora fez uma cara de espanto e disse que poderíamos levar a escova de volta pra casa. :-)<br />
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Outra curiosidade é a neura que eles têm com alergias alimentares. Nas duas creches foi muito reforçado que era proibido entrar com qualquer tipo de alimento industrializado - ao ponto de na hora do lanche oferecerem leite em vez de suco por causa dos corantes artificiais! Imagino que essa regra e preocupação tenham razão de ser. Num lugar com pessoas de origem tão distintas, é melhor se precaver mesmo.<br />
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<b>O inverno</b><br />
Gente, o inverno aqui é <i>punk</i>! Muito longo e muito frio. Acho que nada poderia me preparar para o frio que pegamos aqui neste inverno. Disseram que há muitos anos o inverno não era tão rigoroso assim, mas sei não se eu acredito, rs. E essa história de que abaixo dos -15 graus é tudo a mesma coisa pra mim é papo furado. Abaixo de -15 é frio pra caramba e, acreditem, pode piorar muito. É um frio tão agressivo que deixa a pele ressecada (ela fica vermelha, como se estivesse queimada) e faz congelar até os pelos do nariz (eles ficam duros e depois o gelo derrete e começa a escorrer). Ou seja, tem de cobrir quase todo o rosto pra não se machucar! Eu que nunca fui de usar creme nas mãos porque não gosto da sensação delas melecadas, precisei usá-lo várias vezes ao dia para não ficar com as mãos descascando e feridas. O ar dentro de casa era tão seco que ao acordar meu nariz chegava a sangrar - com catota dura! Aliás, o ar seco secava tudo rapidamente (roupas, toalhas e até sapatos dentro de casa), o que não acontecia em nossa casa no Brasil. A pior coisa da época de inverno no Brasil é que as toalhas de banho não secam nunca e as roupas emboloram dentro dos armários por causa da umidade. Aqui o perigo é outro: por causa dessa secura toda, há muito risco de incêndios (acontece com certa frequência, um prédio do nosso bairro pegou fogo!) e, com isso, torna-se prudente ter seguro de residência.<br />
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A primeira neve caiu no início de dezembro. Me lembro bem porque foi no meu último dia de aula e eu voltei pra casa de ônibus aquela noite toda feliz sentindo e vendo os flocos de neve caírem. Uau, tudo ficou branquinho, exatamente como nos filmes. Quanta alegria! Queríamos muito aproveitar tudo o que podíamos do inverno, mas ele é tão absurdamente longo que chegou um ponto em que eu não aguentava mais ver tanto branco. Não tinha mais onde colocar tanta neve que se acumulava nas calçadas! Era meados de abril, supostamente em plena primavera, e a paisagem continuava branca! Apesar de tudo, preciso afirmar: aqui ninguém passa frio não. A cidade é toda preparada para esta época do ano, os prédios sempre bem aquecidos, as estações de metrô fervendo de calor, e até dentro do ônibus é quentinho. No centro, são tantas passagens subterrâneas ligando um prédio ao outro que você nem precisa enfrentar as baixas temperaturas lá fora. Em nosso apartamento, por exemplo, nós regulávamos a temperatura e, como o aquecimento está incluso no aluguel, nem de cobertor precisávamos à noite. Ou seja, inverno aqui NÃO é sinônimo de sofrer pra tomar banho ou mesmo de dormir com duas calças, duas blusas, meias, cobertor e ainda um edredom por cima!<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-U6-LgXpz4-8/U5ZgCq-hHaI/AAAAAAAAAZw/anKrF69OeS4/s1600/IMG_1084.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-U6-LgXpz4-8/U5ZgCq-hHaI/AAAAAAAAAZw/anKrF69OeS4/s1600/IMG_1084.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vista da janela do nosso apartamento no inverno.</td></tr>
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Talvez a nossa família sentiu ainda mais o impacto do inverno porque estávamos a pé. Quisemos bancar os corajosos e resistimos em comprar um automóvel já que o transporte público daqui é bom e não queríamos ficar procurando vaga na rua ou gastando com estacionamento toda vez que saíssemos de casa. No começo foi "só alegria", mesmo com todo o perrengue que era caminhar até o mercado e carregar sacolas no braço ao voltar, ou então ir de ônibus e metrô para a igreja ou outros lugares com as crianças no colo. Como elas ficavam pesadas com toda aquela parafernália de inverno! Além do peso, as botas sujavam os nossos casacos (porque neve bonita é aquela que acabou de cair, depois ela fica "barrenta"). A alternativa então era carregar as meninas nos ombros, mas mesmo assim sair de casa exigia um tremendo esforço físico (de mim, principalmente). Eu já estava pedindo arrego e me arrependendo amargamente de não termos comprado um carro. Até que em meados de fevereiro demos o braço a torcer e compramos um carro bem velhinho. Óooo, que alegria foi novamente, rsrs. :-)<br />
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Hoje, depois de um inverno que pareceu não ter fim e de uma primavera que começou a dar o ar da graça um mês após a data oficial no calendário, os dias estão finalmente esquentando e ficando do jeito que eu gosto!! Com uma ressalva: está escurecendo tarde da noite e é complicado colocar as meninas pra dormir às 19:30 ou 20:00 quando o sol ainda está brilhando lá fora (no inverno era o contrário, escurecia cedo pra caramba, entre 16:00 e 16:30!). Dizem que no verão o calor daqui é insuportável também - por que será que aqui as temperaturas oscilam tanto, frequentemente nos extremos do termômetro? - mas depois ter de usar, por 8-9 meses, calça e manga longa toda vez que ia pra rua, ainda estou no estágio do "ver para crer", haha. Se for tudo isso de ruim que estão dizendo, eu acho que não vou ligar tanto... afinal, tenho certeza de que vai durar muito pouco (uns 2 meses?) e, pra mim, poder usar chinelo, shorts e regata vai ser uma alegria sem tamanho!!<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-jAoSDmxmK7M/U5ZeB0OUSdI/AAAAAAAAAZk/O2j6UQ6ZXeA/s1600/IMG_2848.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jAoSDmxmK7M/U5ZeB0OUSdI/AAAAAAAAAZk/O2j6UQ6ZXeA/s1600/IMG_2848.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O lugar onde moramos é um paraíso!<br />
Não me canso de admirar tamanha beleza da natureza.</td></tr>
</tbody></table>
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<b>Vida em apartamento</b><br />
Aproveitando o assunto da secura do inverno, eu ficava boba com a quantidade de pó visível que se formava dentro de casa nas superfícies, mesmo com tudo fechado (e muito bem selado para manter a casa termicamente isolada). Eu não dava conta de limpar! Talvez por causa do aquecimento? Não sei, mas o fato é que, diferente do que estamos acostumados no Brasil, limpeza se resume a passar um pano úmido. Não existe "lavar o banheiro" ou "lavar a cozinha" porque não pode jogar água no chão! As casas são feitas de madeira e não têm ralo no chão. Isso foi algo que eu estranhei bastante porque passar pano não tem o mesmo efeito, na minha opinião! Aliás, eles vendem os "panos prontos" (<i>cleaning wipes</i>, como os lenços umedecidos para bebês) para você não precisar de pano de chão já que pano é pano e pode pegar fogo no inverno. E eu reparei que até pano de prato aqui é diferente: ele não é de algodão, mas de algum tecido que não absorve direito a água, provavelmente é anti-inflamável. Como a cultura aqui é ter lava-louças quase como um item obrigatório (a lógica do Brasil é oposta: mão-de-obra barata e eletrodomésticos caros), pano de prato que não seca louça não é um problema para eles.<br />
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Se morar em apartamento já é restritivo para quem tem criança pequena, morar num apartamento com paredes ocas é pior ainda, hehe. Pois é, eu achei muito chato ficar o tempo todo pedindo para minhas filhas pararem de pular, correr, etc. para não incomodar os vizinhos debaixo. E não é nem porque eles reclamavam (meus vizinhos são muito tranquilos), mas é porque eles têm bebê de colo e seria muito chato acordá-lo de uma soneca, por exemplo. Também não gostei de morar em apartamento com paredes ocas por causa da falta de privacidade. Numa noite em que a Alícia teve febre e acordou aos berros perto da meia-noite (eu já falei que ela é escandalosa?), logo quando chegamos, eu a peguei no colo e fomos para o banheiro porque eu não queria acordar o resto da casa. O problema é que a planta do nosso apartamento é estranha e o único banheiro fica bem do lado da porta de entrada. Acredita que uma vizinha do apartamento que fica do outro lado do corredor (não direitamente em frente à minha porta) veio bater em casa pra perguntar se estava tudo bem? Eu imagino que ela teve toda boa intenção do mundo (afinal, ela tem um filho da mesma idade que a minha caçula), mas eu achei muito chato. Me senti invadida, sabe? Não estou acostumada com falta de liberdade dentro da minha própria casa. Sei lá... em pensar que o que eu falo, alguém na casa do lado pode estar ouvindo.<br />
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Outro medo é a sacada... estamos no 2o andar e não deixo as meninas brincarem na pequena área porque elas podem inventar de subir na grade, passar pelo meio... enfim, melhor prevenir acidentes. Por esses motivos, no fim de junho vamos nos mudar para um apartamento no térreo. Continuaremos no mesmo bairro e no mesmo tipo de prédio, mas na rua de trás de onde moramos agora. Eu vou sentir falta da imensa árvore que fica bem em frente da nossa janela, de onde posso ver esquilos subindo pelo tronco e ver/ouvir os passarinhos cantando. Mas espero que os prós de ir para o térreo compensem os contras, a começar pelo tipo de planta do apartamento que é mais parecida com os modelos que encontramos no Brasil e também pela possibilidade de termos um espaço útil maior do lado de fora (de frente com a janela), onde esperamos fazer um jardinzinho.<br />
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<b>Desfraldamento</b><br />
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Apenas para não passar batido, vou resumir rapidamente como foi o processo de desfraldamento com a Alícia: um pesadelo!! Hahaha, é rir pra não chorar porque, olha, foi dureza! Eram tantas calças e calcinhas sujas e molhadas que nós não dávamos conta de lavar!! A banheira vivia cheia delas e, inclusive, tive de sair pra comprar uma dúzia de calcinhas novas só pra ter de reserva. Ainda hoje acontecem acidentes (são infrequentes), mas o pior nós definitivamente já superamos. UFA, respiro aliviada!! Rsrs. Desde que as minhas aulas terminaram e eu comecei a ficar em casa de novo, as coisas começaram a entrar nos eixos. O tempo todo eu sabia que "a culpa" era minha (se é que existe um culpado), pois a Alícia raramente fazia xixi na calça enquanto estava na <i>garderie</i>, por exemplo. Lá ela fazia direitinho no vaso, mas era só estar em casa (ou na rua!) comigo ou com o pai que o negócio desandava. Era como se ela descuidasse de propósito, para se fazer de bebê e chamar a nossa atenção. Entendo que era a forma dela de lidar com todas as mudanças e estou FELIZ que esta fase tumultuada passou.</div>
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Bem, é isso. Comecei este post tem quase um mês, está mais do que na hora de publicá-lo!!Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-53280271469156719642014-05-23T11:34:00.000-07:002014-06-13T17:34:17.201-07:00A nossa vida no Québec - Os últimos 8 meses (Parte 1)Eba, voltei ao blog! Entreguei meu último trabalho na universidade em meados de abril e ainda estou me recuperando da maratona que foram os últimos oito meses aqui no Canadá. Que alívio e que alegria; agora posso finalmente me dedicar ao <i>homeschooling</i>!<br />
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E cá entre nós, ficar em casa é tudo de bom. :)<br />
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Meu nível de cansaço mental e físico nos últimos meses estava tão profundo que eu tinha a nítida visão e sensação de estar envelhecendo. Um ano e meio atrás eu disse que o trabalho de ficar em casa com os filhos cansava mais do que trabalhar fora o dia todo, não disse? E é verdade, cansa mais mesmo, mas agora descobri algo que para mim desgasta ainda mais: tentar conciliar as duas coisas - vida dentro e fora de casa, estudando em período integral, levando criança pra escola, tentando conciliar tudo. Eu sei que existem muitas mães capazes de lidar numa boa com a pressão de tantos afazeres e preocupações, trabalham fora o dia todo e ainda estudam à noite, mas eu sinceramente não consigo... eu fico à beira de um ataque de nervos!<br />
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Simplesmente não consigo educar à distância e ficar feliz com o resultado, sabe? As muitas horas fora e a constante preocupação de textos para ler ou trabalhos para fazer não me deixavam fazer em casa um trabalho que eu considero decente. Pior, viver esgotada também me impedia de curtir a maternidade, o casamento, meu relacionamento com Deus... enfim, no meu caso tudo vira obrigação e torna-se um fardo pesado demais para carregar (e admito que o problema também é porque eu não me contento em não dar o meu melhor nos estudos). Quando estou cansada dia após dia, fico irritada com facilidade e sem paciência para brincar com minhas filhas ou mesmo corrigi-las de forma amorosa. Acabo virando uma mãe brava e autoritária, e reajo a situações inesperadas como não gostaria de reagir. Agora que estou em casa, tomo precauções para não debandar para o outro lado: ficar bitolada com as preocupações da casa e não respirar ar puro (figurativamente) periodicamente para renovar as energias. Nada como o bom e velho equilíbrio para garantir que não "endoidemos", hehe.<br />
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Bem, há seis meses, em 20 de outubro, eu escrevi um relato (<a href="http://maternidadeproativa.blogspot.ca/2013/10/mudanca-de-pais-e-adaptacoes.html" target="_blank">leia aqui</a>) sobre nossa mudança para o Canadá e como estava sendo nossa adaptação ao novo país. De lá pra cá muitas novidades aconteceram, mas eu vou tentar resumir os pontos mais importantes.<br />
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<b>Em retrospectiva - Um milagre após outro...</b><br />
Vim para o Canadá com bolsa de estudos e, portanto, decidimos que o meu marido ficaria em casa nos primeiros meses de adaptação. Assim, ele poderia pessoalmente cuidar das meninas (para amenizar o choque da mudança) enquanto eu estudava. No fim de setembro (no mesmo mês em que chegamos), ele solicitou o <i>work permit </i>pela internet e, três meses depois, recebeu o visto pelo correio. Ainda no fim do ano, ele já começou a procurar emprego pela internet, enviou currículos e chegou até a fazer algumas entrevistas e foi chamado para treinamento numa empresa. Apesar disso, a contratação na empresa onde ele está hoje só foi acontecer mesmo dois meses depois (reparamos que as coisas aqui andam mais devagar), em meados de fevereiro. Este foi o primeiro milagre! Chegamos no Québec, a única província francófona do Canadá, sem falar praticamente NADA de francês, e sabíamos que conseguir emprego aqui sem falar francês era algo muito difícil. A nossa oração sempre foi que ele pudesse trabalhar em algo em que falar bem o inglês e o português fosse o diferencial. E Deus nos ouviu! Ele não só conseguiu o "emprego ideal" (com um salário acima da média para quem está chegando no país), mas também foi contratado justamente no mês em que eu parei de receber a bolsa de estudos (que durou seis meses). Ou seja, não tivemos falta de nada! O tempo de Deus foi, como sempre, perfeito.<br />
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O segundo milagre foi a creche para as meninas. Serviço de creche no Canadá custa caro. O valor para <i>apenas uma filh</i>a custaria praticamente o mesmo (ou mais) de um mês de aluguel no nosso apartamento de 2 dormitórios. Imagine então ter de pagar creche para duas filhas?! Para quem é residente temporário, as chances de conseguir pagar menos (por causa do reembolso do governo para residentes permanentes) diminuem. A nossa única chance de conseguir pagar menos seria por meio de matrícula em <i>garderie</i> administrada pelo governo, a chamada CPE (<i>Centre de La Petite Enfance</i>), algo que, o que mais se ouve por aqui, é praticamente impossível. Coloca-se o nome da criança numa lista de espera online ou direto na CPE e espera-se, por tempo indeterminado, por uma vaga. Ouvi relatos de mulheres que inscreveram o bebê assim que souberam estar grávidas e esperaram por anos, sem nunca serem chamadas. No fim de dezembro, consegui vaga para a Nicole começar numa CPE perto da universidade no início de janeiro. Era bilíngue e em período integral. No primeiro dia ela gostou muito, estava felicíssima de ser a <i>new butterfly</i> do grupo de crianças, mas foi só perceber que teria de ir todos os dias e passar muitas horas lá que começou a se desesperar. Ela precisava chegar antes das 9:30 da manhã para o início das atividades e tinha de ficar por pelo menos 5 horas direto, sob pena de perder o direito à vaga. Era inverno e quando a buscávamos já estava praticamente escuro (aqui o dia escurece às 4 da tarde no inverno!!), então ela voltava pra casa arrasada porque o dia já tinha acabado. Implorava para não ir mais e poder ficar em casa fazendo <i>homeschool</i>, principalmente porque ela sabia que a Alícia ficava o dia todo comigo (obs. Estávamos aguardando abrir uma vaga para a Alícia na mesma CPE já que agora a irmã estava lá e ela teria prioridade). Nesta época, o Douglas ainda procurava emprego e eu, sem botar fé que conseguiríamos vaga em alguma <i>garderie</i> pagável, no fim do semestre anterior tinha decidido passar o máximo de aulas para o período da noite. O resultado não poderia ser pior: quando a Nicole chegava em casa, eu já tinha saído para as minhas aulas!<br />
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O fato é que ela durou nesta CPE por apenas 2 semanas e 2 dias! Toda manhã era um escândalo e na creche ela ficava inconsolável, se negando a participar das atividades. Tanto que em alguns dias as educadoras precisaram nos ligar para buscá-la mais cedo. Quem conhece a Nicole sabe que ela não tem a menor dificuldade de interação e independência. Acontece que ela realmente estava com o coração partido, queria de todo jeito ficar em casa. Todo dia me perguntava porque precisava ir... eu explicava, mas ela continuava inconformada. Eu também não estava gostando de vê-la tão pouco todos os dias, então um certo dia eu propus a ela o desafio de orarmos e pedirmos a Deus uma solução para o problema. Pois a resposta de Deus chegou em menos de dois dias! Ela saiu dessa CPE e foi direto para outra muito melhor - desta vez totalmente francófona, em 1/2 período (apenas 4 horas por dia) e com vaga para as minhas duas filhas! A localização desta também era melhor já que, diferente da primeira, bastava sair do metrô e já estava quase na porta da <i>garderie</i>. E o melhor, por causa da carga horária reduzida, eu pagava para as duas o mesmo valor cobrado somente para uma na CPE anterior. Para completar, o esquema desta <i>garderie</i> era diferente: crianças de 18 meses em diante ficavam juntas o tempo todo, o que achei ótimo. Além das minhas filhas poderem ficar juntas (justamente o que eu queria), essa forma de trabalhar permite uma socialização muito mais saudável já que a criança aprende a lidar com faixas etárias diferentes. Ou seja, não podia ser mais perfeito, foi presente de Deus!<br />
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Resumindo, elas frequentaram esta CPE por um total de apenas 3 meses (do fim de janeiro até o fim de abril), mas foi um tempo muito memorável! Não iam todos os dias (a coordenadora não se importava desde que continuássemos pagando, rs), usávamos a creche somente quando eu precisava de verdade (por causa das minhas aulas e porque era cansativo demais ir com as duas de ônibus e metrô). Mas neste tempo, elas puderam aprender muitas palavras e musiquinhas em francês, se divertiram com os coleguinhas e, principalmente, sei que elas foram muito bem cuidadas pela equipe que tinha muito carinho por elas.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-UVqtc6AgszQ/U3wIC_Ny_sI/AAAAAAAAAY8/pQF293_Imxk/s1600/IMG_2670.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-UVqtc6AgszQ/U3wIC_Ny_sI/AAAAAAAAAY8/pQF293_Imxk/s1600/IMG_2670.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: start;">Esta foto foi tirada com a educadora preferida delas no dia da despedida.</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Ah... antes de encerrar esta parte, preciso contar mais um detalhe do milagre do emprego do Douglas! Uma grande preocupação que tínhamos era com relação ao horário de trabalho dele. De cara, na entrevista, ele já foi avisado da possibilidade de ter de trabalhar no período noturno, até meia-noite, caso fosse aprovado no treinamento. Aceitamos a condição mesmo sabendo que eu estudava à noite 3 noites por semana e isso colocaria um peso terrível nos meus ombros. Significava que ou eu levava as meninas para a aula comigo ou corria o risco de perder o semestre! Pedimos a Deus por uma solução e descansamos nEle. O treinamento teórico, que estava previsto para durar 5 semanas, iniciou em 17 de fevereiro e, durante este período, o horário das 8:00 às 16:00 seria perfeito para ele buscar as meninas na CPE assim que saísse do trabalho. Pela manhã eu ficava com as meninas em casa, dava almoço e depois as levava para a <i>garderie</i> antes de ir para a universidade estudar. Passaram-se as primeiras cinco semanas e, na sequência, avisaram que eles teriam mais 2 semanas de incubação para treinamento prático, cumprindo o mesmo horário de trabalho. Como se já não bastasse tanta graça, a empresa iria receber gente importante na semana seguinte e todos os gerentes estariam ocupados para dar suporte. Sabem o que isso significou? Que o período de incubação foi estendido, calhando perfeitamente com a semana em que eu entreguei meu último trabalho da faculdade! Foi somente em 21 de abril, quando eu já estava de férias, que ele começou no novo horário de trabalho, das 16:00 à meia-noite.<br />
<br />
<b>A nossa vida de um mês pra cá - Praticando <i>homeschooling</i>!</b><br />
Desde que minhas aulas terminaram, estou num ritmo de vida totalmente novo!! Está uma delícia fazer <i>homeschool</i> com as meninas. E com a nova rotina, estou até conseguindo fazer exercício físico! A primeira providência foi me matricular numa academia para fazer Pilates e outras aulas. Estava precisando muito me exercitar! Agora tenho tempo livre para ler por prazer (comecei dois livros - um é sobre educação, chama-se <i>Dumbing Us Down - The Hidden Curriculum of Compulsory Schooling</i> e outro sobre saúde reprodutiva, chama-se <i>Taking Charge of Your Fertility - The Definitive Guide to Natural Birth Control, Pregnancy Achievement, and Reproductive Health</i>), algo que era impossível de fazer quando eu estudava <i>full time</i>.<br />
<br />
Haha, já deu pra perceber que eu estou bem feliz com as mudanças, né! :)<br />
<br />
Para o <i>homeschool</i> optei por usar dois programas ao mesmo tempo. Os dois são cristãos. Um é gratuito (<b>Easy Peasy All-In-One-Homeschool</b>) e o material está todo na internet. Comecei do <a href="http://allinonehomeschool.com/grades/getting-ready-1/" target="_blank">Getting Started 1</a> (bem do início) para que a Alícia consiga acompanhar com a Nicole. Fizemos o <i>Day 25</i> hoje (ainda tem chão, são 222 dias essa primeira parte!). A proposta do <i>Getting Started 1</i> e <i>Getting Started 2</i> é que a criança aprenda a ler cedo para que possa trabalhar sozinha quando começar o <i>Level 1</i>. Eu não tenho intenção nenhuma de acelerar as coisas... quero ir no tempo delas. Porém, vejo que elas estão ávidas por aprender. A Nicole me pede para estudar! As lições são bem gostosas e curtas o suficiente para que a Alícia, que ainda nem completou 3 anos, consiga acompanhar - ela está aprendendo a clicar com o mouse, rs. Eu prevejo que no futuro, quando ela crescer e ganhar mais maturidade, eu tenha de refazer muitas lições com ela, mas pode ser que eu esteja enganada. Só a experiência dirá. Quase todo dia tem alguma sugestão de <i>craft</i> para fazer, e quase sempre inclui pintar, recortar e colar. Pra mim se tornou terapia! Como não temos impressora, eu já fui algumas vezes à faculdade e imprimi com antecedência uma quantidade razoável de lições de que vamos precisar.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-5G_pTQ_pmZo/U3-KSTVOeCI/AAAAAAAAAZM/tlaTez9MwqQ/s1600/Homeschool.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-5G_pTQ_pmZo/U3-KSTVOeCI/AAAAAAAAAZM/tlaTez9MwqQ/s1600/Homeschool.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hoje excepcionalmente usamos canetinhas para fazer o <i>craft</i>, <br />
mas normalmente usamos lápis de cor (Nicole) e giz de cera (Alícia).</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O outro currículo que usamos é da mesma empresa de quem compramos livros no ano passado (<b>Sonlight Christian Homeschool Curriculum</b>). Desta vez, comprei o <a href="http://www.sonlight.com/pre-kindergarten.html" target="_blank">Pre-Kindergarten Program</a> para crianças de 4-5 anos. O pacote anterior, <a href="http://www.sonlight.com/preschool.html" target="_blank">Preschool Program</a>, para crianças de 3-4 anos, nós já tínhamos e o trouxemos na mala para cá. Simplesmente amamos o tempo de leitura no sofá! Terminamos hoje a <i>Week 4</i> com elas (cada ano tem 36 semanas). O tempo diário previsto para as atividades desse programa é 20-40 minutos e dá para fazer a qualquer hora do dia. Os <i>Read-Alouds</i> (as leituras em voz alta) têm bastante poesia, rimas, contos e curiosidades em geral. Às vezes lemos e encenamos a história para recontá-la ao papai depois. Uma novidade no programa deste ano é um livro sem imagens, só de texto. No começo foi difícil para a Nicole e exigiu um tipo de concentração diferente já que o seu hábito era ficar do lado "lendo" as ilustrações enquanto eu lia em voz alta. Mas agora percebo que já estamos engrenando melhor e aos poucos ela está se acostumando a usar a própria imaginação.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-SJMWB14Yrog/U3-NwDTN9GI/AAAAAAAAAZU/UUfetQfA2ZM/s1600/Patternables.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-SJMWB14Yrog/U3-NwDTN9GI/AAAAAAAAAZU/UUfetQfA2ZM/s1600/Patternables.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
Como gostei muito do <i>Mighty Mind</i> que veio no kit do ano passado, acrescentei ao pacote deste ano, por um valor à parte, um material de matemática chamado <i>Patternables</i>. São figuras geométricas que acompanham folhas com desenhos para as crianças encaixarem. Elas gostam muito de montar com as pecinhas. Além disso, usamos muito o <i>ipad</i> tanto para exercícios de matemática quanto de alfabetização. Tem cada aplicativo maravilhoso! Como devem ter percebido, não sou contra tecnologia para crianças. Acho que devemos usá-la, com sabedoria, a favor da nossa educação. É uma ferramenta muito útil. Esclareço ainda que, curiosamente, matemática e alfabetização são as únicas duas matérias de metodologia de ensino que ainda não cursei na faculdade (sou estudante de Pedagogia). Por isso, quando voltarmos para o Brasil, agora no próximo semestre, estou ansiosa para saber o que os teóricos da educação têm a dizer sobre essas duas áreas. Vai ser interessante! Terei a oportunidade de estudar a teoria de algo que eu já estou adquirindo um certo "saber fazer" (e, claro, formulando minhas próprias concepções teóricas) e isso, com certeza, vai potencializar minha capacidade de crítica durante o curso.</div>
<br />
Finalmente, às vezes ouço mães que gostariam de <i>homeschool</i> dizer que acham excelente, mas que não se consideram suficientemente organizadas ou disciplinadas para fazê-lo. Pode ser ilusão minha de principiante, mas estou usando dois programas diferentes e posso garantir que não toma tanto tempo assim - no máximo 2 horas por dia, mas pra falar a verdade raramente chega a tanto! As meninas ainda têm tempo de sobra pra brincar, assistir desenho, e fazer outras atividades livres. No momento, a Nicole também está fazendo aulas de piano e de balé durante a semana. Como eu sou muito simpatizante do <i>unschooling, </i>prezo mais o raciocínio e lógica do que conteúdo em si. Minha filosofia tem sido me permitir toda autonomia e liberdade de que preciso para fazer ajustes conforme a vida pede pois, é tanto impossível como indesejável seguir uma rotina rígida. Por exemplo, o <i>meu</i> horário ideal de fazer as atividades é pela manhã, logo após o café (digo meu porque é quando meu cérebro está mais ativo), mas neste um mês de experiência, houve dias em que não foi possível fazer toda manhã, então fizemos de tarde ou de noite. Outros dias, pra ser sincera, nós nem fizemos!! Mesmo assim, estamos "em dia com a matéria", ou seja, cumprimos com o programa sugerido para a semana. Pelo menos neste estágio, o programa é bem simples... o principal, ao meu ver, é o que elas aprendam com a vida e que sejam instigadas pela curiosidade natural à medida que fazem perguntas. A curiosidade infantil é aguçada! Como muitas coisas que eu não sei explicar ou não lembro direito, pesquisamos juntas no <i>google </i>e no <i>Youtube</i>. Olha só os temas que já exploramos (sem esgotá-los, é evidente) nas últimas duas semanas que nada tiveram a ver com o programa oficial de estudos:
<br />
<br />
- Porque o céu fica laranja no pôr-do-sol;<br />
- Que "bicho" é a joaninha é antes de virar joaninha;<br />
- O que é um furacão;
- O que as cobras comem;<br />
- Como as aves constroem seus ninhos (assistimos a alguns vídeos sobre o joão-de-barro):<br />
- Porque a gente tem febre.<br />
<br />
Eu tenho outros assuntos relevantes sobre os quais ainda gostaria de escrever, mas o post está ficando longo demais. Vou deixar para começar um novo em breve. Espero conseguir me organizar para voltar a escrever no blog com mais frequência...<br />
<br />
Confira a <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.ca/2014/06/a-nossa-vida-no-quebec-os-ultimos-6.html" target="_blank">parte 2</a> aqui.<br />
<br />
Um grande abraço a todos e todas que me leem!Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-30021538539638678052014-01-14T16:20:00.000-08:002014-01-24T19:10:24.134-08:00Relato de parto natural domiciliar... e super rápido! Você encararia um assim?<div>
<div style="text-align: left;">
O relato de parto que venho publicar hoje é de uma amiga muito querida no Brasil que pediu para eu não divulgar o nome das pessoas da sua família. Nos conhecemos há mais de 2 anos e ficamos amigas porque éramos da mesma igreja e nossas filhas têm a mesma idade (com diferença de poucos meses). Como ela também se sente chamada a praticar o <i>homeschooling</i>, no 1o semestre de 2013 fizemos encontros quinzenais (play dates) com as nossas filhas que deixaram muitas recordações!</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: left;">
Quando deixei o Brasil, em 01/09/2013, ela havia acabado de completar 40 semanas de gestação de sua 3a filha. A bebê nasceu no dia seguinte! Foi um parto natural EM CASA como ela havia sonhado e orado a Deus. Seus dois primeiros partos foram normais também, porém hospitalares e cheios de intervenções, e ela queria muito viver uma experiência natural desta vez. Lembro de várias conversas que tivemos sobre este assunto durante a gravidez (já que é um assunto de que eu gosto muito, rs), sei que ela pegou dicas com outra amiga que também teve partos domiciliares (dois!), frequentou um grupo de apoio à maternidade, conversou bastante com o marido e, principalmente, pediu direção de Deus até se sentir em paz com a decisão. Enfim, ela pesquisou e se informou o máximo que pôde sobre o assunto para tirar dúvidas em relação ao que era melhor: parir em hospital, em casa de parto, ou em casa? Com ou sem doula? Com obstetra ou obstetriz (parteira)?</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: left;">
Abaixo segue o relato que ela me enviou (escrito dois dias após o nascimento da bebê e que eu editei para preservar a privacidade das pessoas envolvidas).</div>
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<div>
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<br /></div>
</div>
<div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
Relato de Parto – escrito em 04/09/2013</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
DUM 24/11/2012</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
Que alegria, estava
grávida de mais um bebê. Queria muito essa gestação apesar dos
temores. Fiquei feliz. Já fazia um tempo que havia desmamado a
minha segunda filha, estava menstruando desde de julho e só fui engravidar mesmo
em dezembro.</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
A gestação foi
normal, perfeita, cheguei aos 75kg como nas outras duas, strepto B
negativo, que bom, tudo perfeito. US de 38 semanas disse que ela era
pequena com 2700g, mas na verdade ela não era pequena, nasceu bem
com 3450g.</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
Durante a gestação
fui aprendendo sobre o parto, as intervenções, conheci o GAMA e
passei a ir nas reuniões de 5a feira. Foi muito bom. Tomei coragem, nos
conscientizamos e decidimos pelo parto domiciliar. Passei com a parteira de uma amiga, mas não gostei. Passei com outra parteira e resolvi
ficar com ela porque ia ser um pouco mais barato. No final, com 38
semanas resolvi mudar de parteira novamente porque achava esta menos intervencionista, mais preparada para intercorrências, mais moderna e mais profissional. A anterior tinha certos métodos
(aminioscopia, estourar bolsa, massagem, etc.) que eu não queria.
</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
Dia 31 de agosto,
sábado, completei 40 semanas. O tampão saindo aos pedacinhos e pedações
durante a semana inteira, sentia a barriga pesada e uma pressão
maior no períneo. Passei no médico na 3a feira, dia 27, e ele disse que
estava com 4-5 cm de dilatação. Achamos que o parto poderia ser a
qualquer momento. Na 4a feira eu queria ir ao mercado, mas estava com medo
de entrar em trabalho de parto e liguei para a parteira para ela me
examinar. Ela disse que o colo estava posterior e que essa dilatação
era residual por ser a 3a gestação, que eu poderia ir ao mercado porque ainda não era a hora. Dia 31, sábado, foi o picnic da igreja, queria
muito ir, mas não estava em paz. Acabei entendendo no meu
coração que tem tempo pra tudo e que naquele momento eu deveria me
submeter às minhas circunstâncias. Era tempo de ficar quieta e
aguardar. Tive poucas cólicas que vinham e iam. Domingo também, algumas
coliquinhas pela manhã, à tarde passou, voltou a noite. Mandei uma
mensagem pra parteira no domingo à noite. Tínhamos ido ao Habib's com
as meninas para
elas brincarem um pouco (pois passamos o final de semana de molho em casa), mas eu estava tendo as coliquinhas lá no
restaurante. De lá mesmo mandei mensagem pra parteira, que ficou de
sobreaviso. </div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
Na hora de dormir, domingo, eu estava cansada. Pensei
comigo mesma: "Eu não vou entrar em trabalho de parto essa noite, eu
vou dormir. Quero estar descansada". Dormi mesmo, dormi bem, não
senti NADA. Acordei tranquila. Quando fiz xixi pela manhã, percebi uma
gotinha de sangue no papel. Lembrei do que a minha mãe havia dito,
que isso foi um sinal pra ela de que o parto estava chegando, mas
pensei: “De pequenos sinais estou cheia. Pode ser agora ou não". Não estava sentindo nada. Mandei uma mensagem pro meu pai pela
manhã:</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="text-align: left; width: 884px;">
<colgroup><col width="884"></col>
</colgroup><tbody>
<tr>
<td valign="TOP" width="884"><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Oi Pai,<br />
Dormi
bem, não tive cólicas durante a noite.<br />
Hoje de manha, saiu um
pontinho de sangue, menos que uma gota.<br />
Esta progredindo, mas
neste momento não estou sentindo nada.<br />
Fiquem tranquilos porque eu
vou perceber quando começar.<br />
Bjs.</div>
<br /></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: left;">
Tomei banho, desci, dei café para as meninas e tomei café. Quando ia começar a arrumar a cozinha, tive uma contração forte. Era 8:30.
Pensei: “Essa foi forte. Não vou poder ficar aqui sozinha com
as meninas se continuar assim. Vamos ver se vai engatar…”. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Dez minutos depois, outra contração igual. Nem terminou a contração, já liguei para o meu marido. Falei pra ele que tive duas cólicas fortes e que
não poderia ficar em casa sozinha, falei pra ele vir pra casa pra
ficar comigo e me ajudar a cuidar das meninas. Ele disse que só
poderia vir mesmo se fosse para a neném nascer, mas que ele iria
falar com o chefe e ver se poderia vir, e que me ligaria de
volta. Liguei para minha mãe e disse pra ela o que estava
acontecendo, que ele viria logo e que ela poderia vir pegar
as meninas pelo meio-dia (nem imaginava que tudo seria tão
rápido!).</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Dez minutos depois meu marido liga de volta, diz que está vindo. Eu confirmei dizendo que se não fosse um parto domiciliar, ele teria que me levar para o hospital naquele momento. Isso o tranquilizou
de que realmente era hora de vir pra casa. Ele me mandou ligar para a
parteira e pedir pra ela vir me ver. Eu resolvi terminar de
arrumar a cozinha pra ligar pra ela depois, pois sabia que ela
chegaria rapidamente, já que ela morava perto. Tentei terminar de
arrumar a cozinha, mas tive uma outra daquelas contrações que me
interrompeu e me assustou... resolvi ligar pra ela naquela hora! Ela perguntou de quanto em quanto tempo, falei que achava que de 10
em 10 minutos. Ela estava cansada pois tinha passado a noite em
claro com outro parto, pediu para que eu contasse quantas
contrações na próxima meia hora e então retornasse pra ela. (Sério?!
OK). </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Meu marido chegou em casa às 9:30, eu estava andando pela sala.
A minha filha mais velha, que fofa, segurava na minha mão e ia andando comigo
enquanto eu vocalizava. Foi muito especial ter o suporte dela nessa
hora. Muito, muito especial mesmo. Eu perguntei pra ela se ela
estava com medo, ela disse que não e ela me perguntava se a bebê
estava chegando. Eu não tinha certeza ainda (rsrs!), mas dizia pra
ela que achava que sim. Quando o meu marido chegou, passei a lista pra ele
do que precisava ser feito: 1) cronometrar as contrações para a parteira, 2) arrumar as meninas, 3) encher a banheira e 4) ligar para a minha mãe
pra pegar as meninas AGORA.<br />
<br />
Eu precisava de quietude, a dor era
intensa e estava tudo muito agitado. A parteira liga e pergunta como
está, meu marido diz que de 3 em 3 minutos, ela diz: “Opa, estou
indo!”. Acabei indo para o quarto e fechei a porta. Fiquei lá e
via o meu marido arrumando as meninas, enchendo a banheira, eu não
tinha a menor condição de ajudá-lo. A dor era tanta, me
ajoelhei no chão, apoiei minha cabeça na cama e fiquei ali. Vinha e voltava, mas entre as contrações ficava ainda uma
dorzinha. Era tão rápido e já vinha outra. Eu queria água, ele ocupado, pensei: "Não tenho a menor condição de descer para
pegar água". Fiquei ali mesmo, queria trocar de roupa, ir para o banheiro, para o chuveiro, precisava me acomodar de alguma forma, porque a dor estava forte. Eu pensava: "São 9:30 da manhã, acho que não
vou aguentar até 12:00 com essas dores. Meu Deus, me ajude!". <span lang="en-US">O
versículo que Deus havia me dado para este parto era Salmos 28:6-7a: "Bendito seja o Senhor, pois ouviu as minhas súplicas. O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda". Dele recebo ajuda. Dele recebo ajuda. Soava no meu coração. Pedia graça, forças. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span lang="en-US"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span lang="en-US">Decidi que tinha de me trocar, juntei </span>forças e
levantei, me troquei e fui para o banheiro. Meu marido tinha deixado
um treco embaixo da banheira, estava super desconfortável para
pisar ou entrar na água. Fiquei tentando levantar a banheira (que
já estava meio cheia) pra tirar aquele treco, consegui! Me
acocorei lá dentro com a água batendo nas minhas costas e fiquei
lá. Nesse tempo chega minha mãe, e a parteira. E eu lá fazendo
os meus barulhos, com as minhas cólicas, acocorada dentro da
banheira. Não sei muito bem como foi, só lembro da parteira chegando com um sorriso, me chamando de querida, e perguntando se
eu ia botar um ovo hoje. Eu ri e disse que sim, um ovo bem
grande! Rsrs.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-E8M4maxZ74o/UuMqhfLMnhI/AAAAAAAAAYQ/b2R7nKevRos/s1600/Parto+Lu+Bolland.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-E8M4maxZ74o/UuMqhfLMnhI/AAAAAAAAAYQ/b2R7nKevRos/s1600/Parto+Lu+Bolland.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Acho que eu cumprimentei minha mãe também, mas não
tenho certeza. De repente aparece o meu marido, pedi pra ele tirar foto.
Eram cólicas muito fortes, fiquei ali de quatro com a água batendo nas
minhas costas. Quando apoiava a cabeça na banheira, conseguia
relaxar mais as costas, os ombros e a dor era melhor. O meu marido queria falar comigo, mas eu pedia pra ele não falar porque eu não
tinha como me concentrar no que ele estava falando, eu precisava
ficar bem fechada em mim mesma. Orava, queria chorar, queria
fraquejar, mas falava pra mim mesma: "Tenho de ser forte, não
posso fraquejar". Fraquejava e me erguia, foi uma luta interior
naquele momento. Orava. De repente, vontade de fazer força,
vontade de fazer cocô, falei para a parteira: "Quero fazer cocô!".
Ela disse: “É a neném, querida! Não é cocô, é a neném,
pode vir, deixa vir".</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
E assim a força veio, sozinha, eu só me
rendi, e a cabecinha começou a sair. UAU! Eu não acreditava que
já estava nascendo, doía, mas era muita emoção, uma mistura de
medo, alegria e dor, muita dor, tudo tão rápido. Pus a mão lá
embaixo e senti a cabeça dela. UAU! Foi saindo. Pedi para o meu marido pôr
a mão ali e sentir a cabeça dela, meio pra dentro, meio pra
fora. Que loucura! Que emocionante! Foram 4 contrações para ela
sair. Entre as contrações do expulsivo, eu estava maravilhada! Conseguia esquecer da dor, porque estava muito maravilhada! Durante muita dor, mas já estava no final. Senti arranhar por dentro, mas era
menos dolorido do que a contração porque a contração durava 1 minuto
ou um pouco mais e o arranhão eram 2 segundos. Ela nasceu! Eu
estava chocada, como havia sido rápido!</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Eram 10:25, e a minha bebê nasceu. Eu perguntava se ela estava bem, pois esse era o meu medo.
E a parteira dizia: "Ela está ótima querida, ótima"! UAU! Eu
peguei ela no colo, estava em choque, como foi rápido, que
sensação impressionante, ela tinha saído de dentro de mim,
passado pelo canal vaginal e estava chorando em meus braços. Que
especial! Minha bebê. Que linda! Que perfeita! Obrigada, Deus!
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-4e9OIKyOjv0/UuMqhETyCdI/AAAAAAAAAYU/RCzpIYZguk0/s1600/Parto+Lu+Bolland+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-4e9OIKyOjv0/UuMqhETyCdI/AAAAAAAAAYU/RCzpIYZguk0/s1600/Parto+Lu+Bolland+2.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Uau, já tinha terminado. Ficamos ali uma meia hora. Minha mãe
apareceu com as meninas. Tiramos fotos. Foi demais! Saí da banheira e fui pra cama.
Fiquei com a bebê no colo, ela chorava, mas pouco, ficava a maior
parte do tempo quietinha, respirando e mexendo os bracinhos, as
mãozinhas e os dedinhos. Que fofinha. Logo saiu a placenta, com
mais umas contraçõezinhas. Mas tranquilo. Carimbamos a placenta.
Ela mamou, sugava tão bem. Forte. Sugou por 1h. Depois cortamos o
cordão.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A parteira desceu e me deixou sozinha com o meu marido e a
neném. Ficamos ali, que lindo! Contemplando, digerindo todo aquele
momento. Coloquei a minha roupa novamente e ligamos rapidamente no Skype para passar a noticia para os pais do meu marido. Nem havíamos
pesado a bebê ainda. Falamos rapidamente com eles, voltamos pra
cima, pesamos a bebê, estava tudo bem. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A parteira foi embora, minha
mãe levou as meninas pra almoçar na casa dela e passar a tarde
com as primas. Meu marido comprou duas
marmitas no bar da esquina e nós almoçamos juntos, com a neném do nosso lado. Que momento especial. Que fome! Foi lindo,
perfeito, abençoado, demais! Melhor parto, falei que se tiver
outros, não quero hospital de jeito nenhum! E dessa vez, se eu
deixasse pra ir pro hospital às 8:30, na hora em que começaram as
contrações, provavelmente a neném teria nascido no carro. Deus
tem sido muito bom conosco! Obrigada, Senhor! Tu és fiel!!</div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-88518253215761596382013-12-27T19:24:00.000-08:002013-12-27T19:26:22.936-08:00Os primeiros mil dias da criança e a importância dos pais!Um assunto que sempre chama a minha atenção é a importância dos laços afetivos para a formação emocional saudável de uma criança. Há menos de um ano tive o privilégio de ler um livro que fala justamente sobre isto. Escrito por uma psicanalista e psicoterapeuta de Oxford chamada <a href="http://www.whylovematters.com/aboutauthor.asp" target="_blank">Sue Gerhardt</a>, ele demonstra através da ciência como as primeiras interações psíquicas e sociais de um bebê afetam a constituição fisiológica do seu cérebro em desenvolvimento. Não é um livro de cunho cristão e acredito que ele ainda não tenha sido traduzido para o português - em inglês o título é <a href="http://www.whylovematters.com/" target="_blank">Why Love Matters - How Affection Shapes a Baby's Brain</a> - mas se você lê em inglês eu fortemente recomendo a leitura. Ele apresenta evidências científicas interessantíssimas confirmando o que fica cada vez mais claro para mim: a diferença que faz para a educação dos filhos a presença amorosa e diretiva dos pais no dia-a-dia.<br />
<br />
Sem querer julgar ninguém por suas escolhas pessoais, até porque vejo que é antes de tudo um problema de políticas públicas, eu admito que tenho dificuldade de engolir o argumento de que o único fator que importa é a qualidade de tempo que se dedica aos filhos. Sim, claro que a qualidade é essencial, mas ela é intimamente ligada ao fator 'tempo'. Como é possível ter qualidade de tempo sem quantidade?? Eu acho bem difícil, ainda mais nos primeiros anos, quando o cérebro da criança ainda está em formação e sendo literalmente marcado para a vida toda, como mostra a autora.<br />
<br />
Por isso, hoje venho compartilhar as sábias palavras do pediatra e ex-reitor da UNICAMP, José Martins Filho, que "discute a atual licença-maternidade no Brasil e defende uma mudança na legislação que permita à mãe ficar mais próxima de seu filho nos primeiros anos de vida, sem que tenha que abrir mão do trabalho" (conforme a descrição publicada pelo Instituto Alana no Youtube).<br />
<br />
São menos de 4 minutos de entrevista que espero que a ajudem a refletir sobre o seu papel como mãe. Desejo que você seja inspirada ao vislumbrar a diferença que a sua presença faz na vida dos seus pequenos, hoje e amanhã, e o impacto que isto fará na construção de um mundo melhor! E, finalmente, que encontre forças em Deus para não desistir de ficar mais perto deles hoje, apesar das inúmeras dificuldades e resistência que talvez você encontre pelo caminho.<br />
<br />
<object height="315" width="560"><param name="movie" value="//www.youtube.com/v/90D56DzIz1Q?version=3&hl=en_US"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true"></param>
<param name="allowscriptaccess" value="always"></param>
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<br />
<br />
Antes de terminar e seguindo esta mesma linha da importância dos vínculos familiares para a vida social bem sucedida do ser humano, existe um outro livro, escrito pelo psicólogo canadense Gordon Neufeld e o médico húngaro Gabor Maté, que eu também estou muito interessada em ler. O título é <a href="http://neufeldinstitute.com/book" target="_blank">Hold On to Your Kids: Why Parents Need to Matter More Than Peers</a>. Na verdade, eu assisti a uma <a href="http://www.youtube.com/watch?v=TwjDSPUX6zc" target="_blank">entrevista</a> de 2004 em que o Dr. Gordon Neufeld denuncia a falsa suposição de que quanto mais cedo a criança entrar na escola melhor. Ele mostra que o contrário é verdadeiro e aponta para o perigo da formação precoce de vínculos com os pares (crianças da mesma idade), em vez de com os pais, numa idade em que o que a criança precisa é de amor incondicional e de direção de um adulto. Afinal, salvo minorias exceções de pais abusivos, quem melhor do que mãe e pai para suprir esta necessidade da criança?! Veja a entrevista toda, se souber inglês, e compartilhe com seus amigos. Garanto que serão 26 minutos muito bem investidos!<br />
<br />
Aproveito o assunto de hoje para também direcioná-los à leitura de outros posts em que já falei sobre o assunto de maternidade, família, creche e políticas públicas.<br />
<br />
Basta clicar nos links abaixo para lê-los.<br />
<br />
<a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.ca/2012/09/creche-noturna-e-bom-para-sociedade.html" target="_blank">Creche noturna beneficia a sociedade?</a><br />
<a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.ca/2012/10/voce-concorda-com-o-aumento-da-jornada.html" target="_blank">Você concorda com o aumento da jornada escolar?</a><br />
<a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.ca/2012/12/eu-largar-o-emprego-e-depender.html" target="_blank">Eu largar o emprego e depender financeiramente do meu marido? Você só pode estar louca!</a><br />
<a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.ca/2012/12/meu-bebe-nasceu-e-logo-termina-minha.html" target="_blank">Meu bebê nasceu e logo termina minha licença. O que eu faço agora?</a><br />
<br />
Um grande abraço,<br />
TalitaTalitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-45594724216638823742013-12-15T19:13:00.000-08:002013-12-15T19:16:50.784-08:00Uma mulher e três experiências: uma cesariana, um parto normal hospitalar e um parto domiciliar - PARTE 2<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><b>(Este post é continuação do de ontem. Para lê-lo clique <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.ca/2013/12/uma-mulher-e-tres-experiencias-uma.html" target="_blank">aqui</a>!).</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><b>Relato
do Parto da Giulia</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><u>O
positivo</u></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>A
Giulia veio inesperadamente. Parei com o anticoncepcional por causa
das dores pós-parto do Lorenzo. A solução da médica para acabar
com meu problema era aumentar os níveis de estrogênio. Ou eu parava
a pílula e via se meu organismo reagia sozinho ou eu tomava uma
pílula tradicional e corria o risco com a amamentação. Como eu já
tinha tentado de tudo para acabar com o problema, resolvi tentar
parar com o anticoncepcional já que correr risco com a amamentação
estava fora de cogitação.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Em
outubro, já tinha passado da data da minha menstruação vir e
resolvi fazer um teste. Negativo. Passou mais uma semana e nada da
minha menstruação, fiz outro teste e a segunda linha apareceu bem
fraquinha. Comprei um terceiro teste, mais confiável, e repeti dois
dias depois. A lista estava lá, bem nítida. Eu estava grávida, de
novo... Feliz por um lado, mas em pânico por outro.</i></span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><u>A
gravidez</u></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Eu
liguei em todas as clínicas da minha cidade e não consegui nenhuma
vaga para fazer pré-natal. Grávida de umas 6 ou 7 semanas e ninguém
tinha vaga?? Começou meu desespero. Também liguei nas duas casas de
parto possíveis e me inscrevi na fila de espera sem nenhuma
esperança. Em uma última tentativa consegui um médico para o
início de dezembro. O problema é que eu verifiquei as referências
sobre o tal médico na internet e era terrível. Ele tinha usado
fórceps e deixado um bebê com sequelas. Decidi que não iria nele de
jeito nenhum. Era melhor encarar uma gravidez sem pré-natal.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Decidi
então que iria parir em casa com uma parteira tradicional. O problema
é que eu precisava de um médico de qualquer maneira. Como ela não
era “legal”, não tinha como solicitar exames e em uma
emergência, era melhor ter um prontuário aberto em algum hospital.
Consegui uma médica na cidade vizinha por indicação de uma
conhecida. Ela me sugeriu outra cesárea logo de cara e eu disse que
gostaria de tentar de novo. Ela disse que me ajudaria. Sai de lá
confiante. Pelo menos, se eu precisasse de médico, ela parecia ser
uma opção razoável.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Novas
consultas e novas emoções. Meu exame de urina acusou presença de
strepto B. A médica, muito calma, disse que eu tomaria antibiótico
durante o TP e pronto. E como eu faria com o antibiótico em um PD? Além
disso, ela me disse que provavelmente começaríamos uma indução às
37 semanas para evitar que o bebê nascesse muito grande. Começou
meu desespero de novo. Somado a tudo isso, horas de espera por uma
consulta de 5 minutos.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Com
20 semanas eu decidi que não iria mais para as consultas. O prontuário
já estava aberto e eu decidi que ir ao médico era tortura
desnecessária. Toda vez que eu tinha consulta eu me sentia mal
antes, durante e depois. Na mesma semana que eu tomei este decisão,
a casa de parto me ligou e tinham uma vaga para mim!</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>O
pré-natal na casa de parto foi excelente. Consultas de 1h, muito
carinho, tiravam todas as minhas dúvidas, me davam informações e
nada foi imposto. Todos os procedimentos foram discutidos comigo e
cabia a mim decidir se eu queria ou não (inclusive o antibiótico para o strepto
B). E eu poderia parir em casa se eu quisesse! Tirando a questão do
strepto que me atormentou a gravidez toda, a partir deste momento eu
me senti em paz.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Eu
não vi a gravidez passar até que comecei a sentir contrações
demais (por volta de umas 32 semanas) e a parteira me pediu para
“repousar” o máximo que eu conseguisse para não nascer
prematuro, se não, eu teria de ir para o hospital.</i></span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><u>O
parto</u></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>De
domingo para segunda-feira (17/06 – com quase 38 semanas), os
meninos quiseram dormir com a gente. Por volta das 6h da manhã,
Lorenzo acordou querendo mamar. Eu estava amamentando-o quando veio
uma contração e eu senti um pouco de líquido escorrer. Levantei-me
e vi que realmente tinha vazado líquido, além do tampão também
ter saído.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Arrumei
os meninos para a escola, avisei minha amiga e ela veio ficar comigo.
Saímos para a casa de parto já era quase hora do almoço e nada de
contrações ou pelo menos nada diferente do que eu já vinha
sentindo. O mais estranho é que o líquido parou de vazar. A
parteira me examinou, fez dois testes e disse que provavelmente não
era líquido, só lubrificação comum do final da gravidez.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Voltei
para casa, o marido foi para o trabalho de bicicleta e eu fiquei de
buscar as crianças. Passamos uma tarde agradável. Eu fiquei na
bola, forramos a cama e resolvi deixar as roupas dos meninos
separadas para uma emergência. Minha amiga ainda ficou tirando um
barato do meu alarme falso. No final da tarde, eu comecei a sentir as
contrações mais fortes, mas ainda sem ritmo e não me preocupei.
Fui ao supermercado, preparei as coisas para a minha reunião e busquei
os meninos na escola. Eu estava meio indisposta, mas atribui ao
cansaço já que tinha dormido mal. Falei com a minha mãe no skype e
ela me perguntou o que estava acontecendo porque minha cara estava
estranha. Eu disse que não era nada, só cansaço mesmo e como
estava calor, eu estava um pouco indisposta. Engraçado como eu não
percebi que as contrações tinham mudado e minha mãe, do outro lado
do mundo, era capaz de perceber que algo estava diferente. Eu cheguei
a me esconder na cozinha em uma das contrações para minha mãe não
me ver!</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Fui
para a reunião por volta das 19h e comecei a cronometrar as
contrações. Elas duravam no mínimo uns 45 segundos e vinham a cada
15 minutos. Tentei me distrair o máximo que eu pude, mas eu
simplesmente não conseguia disfarçar, nem me mexer na hora da
contração. Mandei uma mensagem para meu marido perguntando se não
era melhor eu ligar pra parteira de novo, mas ele achou que ainda não
precisava, que era cedo. Por volta das 22h, esperei passar uma
contração, peguei o carro e vim pra casa. Deu tempo certinho de eu
estacionar e veio outra.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Chegando
em casa, pedi para o meu marido colocar as crianças para dormir e ele
acabou dormindo também. Fui para o banho com a bola. Enquanto eu
tomava banho eu quis desistir. Fiquei pensando onde eu estava com a
cabeça quando resolvi ter esse bebê. Eu devia ter decidido por
outra cesárea porque passar 3 dias com estas dores e ainda aguentar
o TP (trabalho de parto) todo não ia ser moleza (eu estava me baseando no TP do
Lorenzo). O bom é que esse desânimo passou rápido. Conversei com
meu bebê e disse que se ele quisesse vir, eu estava esperando e
pronto, que a gente ia conseguir. Por incrível que pareça saí do
chuveiro mais calma. Era um pouco antes das 23h. Tentei acordar meu
marido, mas ele disse que ia descansar porque eu podia precisar dele
no outro dia e ele estava muito cansado.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Fiquei
na sala sozinha com minha bola e eu tentava arrumar uma posição
cada vez que vinha a contração, mas todas as posições eram
péssimas e eu comecei a sentir muito sono. Deitei no sofá e tentei
dormir. Eu dormia exatos 10 minutos e lá vinha a contração. Eu
tinha que levantar porque deitada era tortura demais. Fiquei assim um
pouco mais de uma hora quando comecei a sentir frio também. Vesti
meu pijama e minhas meias de inverno porque me deu até tremedeira e
fui deitar na minha cama. Eu tive umas duas ou três contrações na
cama com um intervalo de uns 7-8 minutos. De repente, outra contração
e eu resolvi ficar de quatro. A bolsa estourou, mas estourou mesmo.
Fez barulho e saiu muita água. Molhou a cama, o chão, tudo. Meu
marido me ajudou a ir para o chuveiro e do banheiro mesmo ligamos
para a parteira e para a doula. Era um pouco mais de 12h30.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Elas
falaram que já estavam vindo, mas eu já não conseguia nem falar
nesta hora. As contrações vinham a cada 2 minutos e duravam mais de
1 minuto cada. Mal dava tempo de eu respirar entre elas. A casa
estava uma zona. Imaginem que meu marido tinha ficado sozinho com as
crianças por 3h. Tinha brinquedo espalhado por tudo, a pia cheia de
louça, um caos. Ele me deixou no banheiro e foi arrumar um pouco a
bagunça. Ah, e ainda pediu pra eu passar uma água nas minhas roupas
pra tirar a meleca...</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Eu
fiquei no chuveiro com a bola até a primeira parteira chegar. Ela
tentou ouvir o coração do bebê umas 3x entre as contrações, mas
não conseguiu e pediu pra eu sair só um pouco para ela ouvi-lo e eu
poderia voltar. Eu nem sei como cheguei até a minha cama. Ela ouviu
o coração e perguntou se poderia me examinar. Eu deixei morrendo de
medo de não estar dilatada com toda aquela dor (traumas do Lorenzo
ainda), mas eu estava com 9 cm!</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Eu
fiquei tão feliz, pelo menos faltava pouco e eu não ia ficar com
aquela dor 3 dias como eu estava imaginando. Logo em seguida a outra
parteira e a doula chegaram e eu já comecei a sentir os puxos. Foi
muito rápido. Eu não tive nem coragem de mexer e fiquei deitada de
lado na cama, do jeito que eu estava. </i></span><i>Veio
aquela vontade de fazer força e eu me segurei. Eu confesso que
fiquei morrendo de medo de rasgar tudo de novo. A doula me deu a mão
e me lembrou que eu não precisava ter medo, que se eu quisesse podia
colocar a mão pra ajudar, assim, eu sentiria o bebê nascendo. Foi
ótimo, me deu o maior ânimo colocar a mão e sentir o bebê
coroando. A contração veio e eu não fiz muita força, fiz força o
suficiente só para a cabeça não voltar pra dentro. Senti queimar e
depois a cabecinha saindo.</i><i> Me deu um alívio tão grande! Ninguém
puxou minha bebê e nem me apressou para ela terminar de sair. A
parteira viu se não tinha circular de cordão e esperou. Quando a
contração veio de novo, eu empurrei o corpinho e senti ela saindo
inteirinha. Peguei ela e a abracei. Tão linda! Toda cheia de vernix
e sem sangue!!!!</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><br /></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Ninguém
viu o sexo. Puseram um paninho sobre ela para aquecer e fui eu que vi
que era uma menina! Peguei no cordão também, senti ele pulsar, a
textura. O marido que cortou o cordão e decidimos guardar a placenta
para plantarmos mais pra frente.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>A
primeira parteira chegou em casa por volta da 1h30 e a Giulia nasceu
à 1h48 da manhã do dia 18/06/2013, com 51cm e 3125g. </i></span><i>Ela
não sofreu nenhuma intervenção. Não teve colírio, vitamina K,
antibiótico, nada. Nasceu na hora e da maneira que ela quis e eu não
tive nenhuma laceração (oba!).</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><br /></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i>Realmente
cada parto e cada bebê é único. Foi tudo muito diferente do que eu imaginei e não podia ser mais perfeito. Foi um caminho longo, onde
pude contar com pessoas especiais (obrigada!!!) e que curou muitas
das minhas feridas. Espero que a minha história sirva de inspiração
para outras mulheres e que elas se sintam realizadas assim como eu!</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-IFTjald7jdY/Uq5s40hO1-I/AAAAAAAAAXk/dO6181Flwkg/s1600/Nascimento+Pietro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-IFTjald7jdY/Uq5s40hO1-I/AAAAAAAAAXk/dO6181Flwkg/s320/Nascimento+Pietro.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nascimento do Pietro - Cesariana eletiva no Brasil.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-aG3MAPfkSFQ/Uq5s58A--fI/AAAAAAAAAXs/VDtX1OkglZs/s1600/Nascimento+Lorenzo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-aG3MAPfkSFQ/Uq5s58A--fI/AAAAAAAAAXs/VDtX1OkglZs/s320/Nascimento+Lorenzo.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nascimento do Lorenzo - Parto normal hospitalar no Canadá.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-bEIABC1EyIg/Uq5s7erwt2I/AAAAAAAAAX0/U7YweplQhqM/s1600/Nascimento+Giulia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-bEIABC1EyIg/Uq5s7erwt2I/AAAAAAAAAX0/U7YweplQhqM/s320/Nascimento+Giulia.jpg" width="297" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nascimento da Giulia - Parto natural domiciliar no Canadá.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span></div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-10578274791353958092013-12-15T18:35:00.000-08:002013-12-15T19:51:53.010-08:00Uma mulher e três experiências: uma cesariana, um parto normal hospitalar e um parto domiciliar - PARTE 1<div>
Amanda Naldi tem 32 anos, é casada com Daniel e mãe de Pietro (5 anos), Lorenzo (2 anos) e Giulia (5 meses). Natural de São Paulo, ela imigrou para o Canadá há pouco mais de 3 anos. Eu a conheci num grupo de brasileiros pelo Facebook quando li seu comentário de que havia ganhado bebê em casa, aqui no Canadá. Fiquei curiosa para saber mais e pedi que ela contasse como foram suas experiências de parto para eu compartilhar aqui com vocês.<br />
<br />
Foram três experiências de parto completamente diferentes! Primeiro, uma cesariana eletiva tranquila em São Paulo, depois um parto normal hospitalar traumático seguido de um parto domiciliar dos sonhos, ambos aqui no Canadá. Uma história que vale a pena ler!<br />
<br />
<b>Relato
de parto – VBAC no Canadá</b></div>
<div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i><b>História</b></i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Eu
cresci ouvindo minha mãe falar barbaridades de parto normal. Ela
sofreu muito no meu parto, tentaram de tudo, inclusive fórceps e eu
acabei nascendo através de uma cesárea, toda machucada (quase
fiquei cega e uso óculos até hoje por causa disso). O diagnóstico:
DCP (desproporção cefalo-pélvica). Minha mãe ficou traumatizada e influenciou toda a família. Meu
irmão mais novo nasceu através de uma cesárea eletiva, assim como
todas as minhas primas e os filhos das minhas primas também. Logo,
depois das minhas avós, todas na minha família tiveram os filhos
através de cesáreas.</i></span><br />
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span><span lang="pt-BR"><i>Meu
primeiro filho nasceu no Brasil, através de uma cesárea eletiva sem
nenhuma indicação. Ele nasceu no dia que completamos 40 semanas. Eu
não fui amarrada, todos foram muito gentis comigo e o amamentei assim que terminaram de me costurar e examiná-lo (ele sofreu todas as
intervenções de rotina). Pra mim aquilo era o normal e eu estava
dando o melhor para o meu filho. Na época, eu inclusive achei a
recuperação excelente. Tive dor por alguns dias, mas eu conseguia
cuidar do meu filho sozinha e estava encantada com a
maternidade.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>No
entanto, amamentar doía e eu vivia com meu seio machucado. Minha
família começou a pressionar para eu dar mamadeira porque era o
“normal”. Minha mãe me dizia que logo eu voltaria a trabalhar e
seria melhor assim. Nesta época eu ficava bastante tempo na internet
e decidi pesquisar sobre amamentação e descobri outro mundo. Eu
decidi tomar as rédeas da situação e fazer as coisas do meu jeito.
O grupo GVA (Grupo Virtual de Amamentação) no Orkut me salvou. Eu não apenas amamentei
exclusivamente meu filho até os 6 meses, como ele foi amamentado por
quase 3 anos mesmo eu trabalhando em tempo integral. Não foi fácil,
mas toda vez que eu penso nisso fico orgulhosa de nós dois. Junto
com a pesquisa sobre amamentação acabei lendo muito sobre educação
de crianças, parto, etc. A maternidade em geral. Isso me tornou
outra pessoa. Acho que neste momento eu sai da “matrix”.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Decidi
que quando eu tivesse outro filho tudo seria diferente. O tempo foi
passando, minha vida deu uma reviravolta e decidimos imigrar para o
Canadá. Largamos emprego, família, casa e viemos para o Canadá sem
nada. Meu filho estava com 2 anos e 4 meses na época. Uns 4 meses
depois, época de Natal eu me senti mal, desmaiei e fui parar no
hospital com um sangramento que eu pensava ser minha menstruação
querendo voltar (eu ainda não tinha ficado menstruada depois do
nascimento do meu filho). Como a data da minha última menstruação
era de 2007 decidiram fazer um ultrassom. Eu descobri então que eu estava
grávida de 8 semanas!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Foi
um período muito difícil. Estávamos sem emprego, num país novo e
tendo que se comunicar em uma língua que não dominávamos
(francês). Desespero total!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Passado
o susto inicial, marquei consulta pra fazer o pré-natal e comecei a
procurar uma doula. Meu marido concordou comigo que seria um
investimento válido mesmo a situação financeira sendo complicada.
Procurei na internet e, no fim, alguém me indicou uma doula
brasileira.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Entrei
em contato com a doula. Na época eu estava com 13 semanas mais ou
menos. Ela se mostrou interessada e logo depois marcamos um encontro.
Ela foi em casa e conversamos bastante. Neste encontro conversamos um
pouco sobre a cesárea eletiva do Pietro, sobre não ter tido nenhum
tipo de intercorrência na gravidez, sobre a recuperação "perfeita"
que eu tive mesmo sendo uma cirurgia, sobre os meus medos
(episiotomia e fórceps), a história da minha mãe e do meu
nascimento, minha vontade de tentar um parto natural desta vez, entre
outras coisas.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Ela
me explicou que ela fez um curso de doula e que ela ainda era
"estagiária". Por esta razão ela poderia me acompanhar se
eu quisesse e não haveria custo nenhum. Além disso, ela buscaria
respostas com suas professoras caso fosse necessário. O único porém
era que não teria uma substituta caso ela não pudesse comparecer no
parto. Confesso que eu fiquei muito feliz depois desse encontro. Eu
acreditava ter tirado a sorte grande! Era tudo de que eu
precisava!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Com
uns 7 meses de gravidez, as coisas começaram a complicar. O médico
que me acompanhava no pré-natal começou a me dar fortes indícios de que ele queria fazer outra cesárea. Solicitou um exame que mediria a
altura da cicatriz uterina para ver se eu poderia tentar um VBAC (Vaginal Birth After Cesarean). Disse
que não seria seguro porque minha cesárea foi costurada em apenas
um plano (conforme o papel que minha médica do Brasil forneceu,
explicando como foi feita minha cesárea e atestando que era seguro
um VBAC), enquanto que o padrão dos EUA e no Canadá (mais seguro)
seria de costurar em dois planos. Cada consulta que eu tinha com ele
era uma aflição. Menos de 5 minutos de consulta e ele conseguia me
deixar insegura!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Obs:
Aqui não é fácil trocar de médico, nem escolher o hospital em que
você vai ser atendida. O sistema de saúde é bem diferente do Brasil. Além
disso, eu não conhecia muita coisa e tinha dificuldades com o
idioma, o que tornou as coisas ainda mais complicadas.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Alguns
pontos que eu gostaria de registrar porque eram coisas muito
importantes para mim ou eventos que me marcaram nesta época:<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>1)
O exame. Eu fiquei 2 meses esperando o hospital me ligar para eu ir
fazer o tal exame e eles nunca me ligaram! Fiquei 2 meses tensa por
nada!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>2)
O médico do pré-natal. Na última consulta que eu tive com o médico
que fez meu pré-natal, ele simplesmente passou uma
requisição para o hospital solicitando uma segunda opinião sobre
meu VBAC (já que eu não fiz o exame) e me informou que ele sairia
de férias por 4 semanas (eu estaria entre 37 e 41 semanas de
gravidez neste período). Se ele voltasse de férias e o bebê não
tivesse nascido, ele faria outra cesárea porque seria perigoso
demais uma indução no meu caso. Ele não quis nem olhar meu plano
de parto! Ele disse para mim, você mostre isso no hospital quando
ele for nascer, eu não vou olhar porque não sou eu quem vai fazer
seu parto! Se for eu, será uma cesárea e pronto. Saí da consulta
atordoada. Conversei com a doula e ela me disse que eu poderia ter
tido sorte dele sair de férias, afinal ele estava com todo jeito de
querer fazer outra cesárea.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>3)
A anestesia. Eu não queria tomar anestesia de jeito nenhum. Eu fiz
meu marido prometer que se eu ficasse com muita dor e começasse a
pedir anestesia, não era pra deixar me darem. Ele ficou inseguro,
mas aceitou meu pedido: ele não deixaria me darem anestesia. Até
que este assunto surgiu em um dos encontros com a doula... Ela foi
veementemente contra! Ela nos disse que só eu saberia o limite da
minha dor e que ele não poderia tomar esta decisão por mim, afinal
o corpo e a percepção da dor eram meus. Ele estaria lá pra me
apoiar, mas que a decisão no momento deveria ser apenas minha.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>4)
A posição para parir. Eu não queria parir deitada de jeito nenhum.
Deixei isso bem claro em todos os momentos. Eu odeio deitar de
barriga pra cima em qualquer momento, imagine na hora do parto, com
dor e ainda por cima depois de ler tanta evidência científica
dizendo que essa posição é péssima, só é fácil para o médico
mesmo.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>5)
Episio e fórceps. Eu tinha muito medo de episio e fórceps. Cresci
ouvindo minha mãe me contar do pesadelo do meu nascimento. Eu
conversei sobre isso com a doula e com meu marido. Aqui não fazem
episio de rotina e, portanto, mesmo que acontecesse uma laceração,
ela não seria muito “grande”. Era fazer exercícios e preparar o
períneo. Assim com 34 semanas eu comecei a massagem e os exercícios
regularmente.</i></span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><i><b>Pródromos
e Parto</b></i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Tudo
começou no sábado pela manhã ((39+3sem). Todos saíram e eu fiquei
sozinha em casa. Do nada fiquei apertada para ir no banheiro fazer
xixi. Quando me limpei tinha uma borra com sangue. Achei que era o
tampão. Passei o dia todo com essa borrinha com sangue e sem dor
nenhuma. De noite percebi que estava com contrações. Fiquei me
remexendo, levantei, andei... Resolvi marcar e as contrações
estavam de 15 em 15 minutos, às vezes de 10 em 10 minutos.
Finalmente a manhã chegou e com a claridade elas se foram
completamente! Como em um passe de mágica elas desapareceram.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Domingo
acabei passando o dia bastante ansiosa, com muito poucas contrações
e muito irregulares. O dia foi embora e eu fiquei com medo do que me
esperava a noite... Dito e feito, bastou eu dormir para as contrações
começarem de novo. Passei a noite toda me remexendo na cama e
anotando as contrações que vinham a cada exatos 15 minutos. Fiz
isso das 12h as 4h e adivinha? Passaram completamente depois disso.
Resolvi desencanar de marcar os intervalos.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Na
segunda-feira pela manhã eu falei com a doula de novo e combinamos
que se acontecesse de novo na próxima noite que ao invés de ficar
parada eu iria me movimentar.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Quando
escureceu eu comecei a sentir algumas contrações novamente. Eu
resolvi tomar um banho e jantar (comi um pão o dia todo e no fim não
consegui jantar). Enquanto eu mexia na geladeira veio uma contração
e eu senti escorrer um pouco de líquido. Resolvi me abaixar e na
primeira acocorada eu senti escorrer um monte de líquido. Eu tive
certeza que a bolsa tinha estourado!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Liguei
pra doula e contei o que tinha acontecido. Ela pediu pra eu tomar um
banho e aguardar um pouco porque como eu não estava com contrações
era melhor tentar fazer o trabalho de parto engrenar um pouco antes
de ir pro hospital. Como não podia induzir, se eu fosse pro hospital
sem contrações a chance de ter que fazer cesárea seria maior.
Fiquei de ligar pra ela dentro de 2h pra dizer como iam as
coisas.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Tomei
um banho e as contrações começaram com força total. Sentei no
computador pra usar o contador de contrações porque contar a
duração com dor era impossível. Marquei por uns 30 min e resolvi
ligar pra doula porque elas estavam de 5 em 5 minutos, às vezes de 4
em 4. Ela falou pra gente ir pro hospital que ela nos encontraria
lá.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Vesti
minha roupa e terminei de arrumar as coisas pra maternidade. Eu já
estava com tanta contração que pra descer as escadas e chegar na
rua eu devo ter demorado uns 15 minutos. Cada dois passos eu tinha
que parar e esperar a contração passar. Chegamos no hospital e eu
ainda consegui rir porque eu não conseguia chegar até o
elevador!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>A
entrada na maternidade foi bem fácil e sem nenhuma burocracia.
Entreguei a carteirinha e o plano de parto e já me levaram pra sala
de parto. Em menos de 5 minutos eu já estava na sala de parto, que
mais parecia um quarto mesmo, com a enfermeira instalando o monitor
fetal e fazendo o acesso no meu braço. Na hora fiquei feliz porque
não iam me amarrar em lugar nenhum, eu ia ficar sem soro e poderia
andar se eu quisesse. Logo depois disso a enfermeira me examinou e a
primeira decepção. Só tinha 3cm de dilatação! Tudo aquilo de dor
e 3cm??? Fiquei apavorada. Ela saiu e deixou nós três
sozinhos.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Isso
eram umas 22h (eu acho). Ficamos nós três na sala, a doula me
fazendo massagem e me ajudando com as contrações. Apagamos a luz,
ficamos bem confortáveis. Eu não conseguia nem ficar em pé de
tanta dor, quanto mais andar. A melhor posição era sentada na
beirada da cama mesmo. Eu tentava fazer as respirações que aprendi
na yoga, me acalmar, mas nada funcionava. Eu imaginei que ia sentir
dor, mas nunca imaginei que as contrações ficavam tão próximas
umas das outras tão rápido e faltando tanto pra chegar no final.
Quando eram umas 2h eu não aguentava mais de dor. As contrações
vinham de 2 em 2 minutos e duravam mais de 1 minuto cada uma. Eu
queria vomitar de tanta dor, tentei tudo quanto é posição e nada
me ajudava. Não dava tempo nem de respirar e já vinha outra
contração. Eu já estava num mundo à parte mesmo. Eu gritava,
ficava de 4, esperneava, não estava nem aí pra nada. A enfermeira
veio me examinar de novo e a dilatação ainda estava em 5 cm. Nesta
hora eu entrei em desespero mesmo, ainda faltava metade e eu já
estava com muita dor desde as 20h quando a bolsa rompeu! 6 horas de
dor e apenas 5 com de dilatação... A enfermeira sugeriu a banheira
e eu aceitei, mas não cheguei a ir até a banheira. Comecei a pedir
a anestesia. Meu marido me perguntou se era isso mesmo que eu queria,
se eu não preferia ir pra banheira primeiro e eu disse que não, que
queria a anestesia. A doula não abriu a boca. Segundo meu marido,
ele olhou para ela e ela o apoiou, como quem diz: ela que decide,
você não pode fazer nada.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Fui
no banheiro, tirei minha roupa e coloquei a camisolinha do hospital.
Nesta hora, eu quis chorar, de dor, de medo, de ter fracassado tão
rápido. Respirei fundo e pensei que talvez não tivesse outro jeito
mesmo, pelo menos eu estava tentando o máximo que podia.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>O
anestesista chegou um pouco depois e eu tomei a epidural. Ele falou
que demorava uns 10 minutos para fazer efeito, mas acho que foi mais
rápido que isso, porque eu senti mais algumas contrações e passou.
Nossa, como eu agradeci a quem inventou a anestesia. Me deu um alívio
tão grande na hora. Pena que o alívio durou tão pouco tempo. Em
segundos eu senti alguém me deitando e me colocando a máscara de
oxigênio. Eu não via nada direito, só sei que tinha um monte de
gente na sala. Não estava conseguindo entender nada. Só vi a médica
falando pra mim que os batimentos cardíacos do bebê tinham caído
muito (estavam menores que 80) e que se não voltassem em menos de 10
minutos ela teria que fazer uma cesárea de emergência.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Os
batimentos estabilizaram. A médica me explicou que isso podia ter
acontecido porque o bebê pressionou o cordão umbilical, mas que não
dava para garantir e que ele podia estar ficando cansado. Graças a
isso, foi instalado um monitor fetal na cabeça do bebê e eu não
podia mais me mexer... A médica disse que não podia arriscar perder
os batimentos cardíacos depois do que aconteceu e que se baixasse de
novo, era cesárea na certa. Assim que tudo se acalmou e ficamos
sozinhos de novo, a primeira coisa que a doula me disse foi: "Você
sabe que agora você vai ter que parir deitada né?" Eu nem
questionei o porquê, eu me odeio por causa disso. Na minha cabeça
ela sabia mais do que eu. E pior, nem foi o médico ou a enfermeira
que me disse isso, foi minha doula!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Depois
disso, a doula e meu marido foram descansar e eu fiquei lá imóvel,
respirando fundo e observando o monitor de batimentos cardíacos.
Fiquei neurótica, não conseguia relaxar. A enfermeira vinha de
tempos em tempos conversar comigo, me dizer que estava tudo bem e que
eu poderia tentar descansar que ela estava verificando o monitor pra
mim, mas eu simplesmente não consegui!<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Sei
que ficamos muitas horas assim. Pela manhã a enfermeira veio ver a
dilatação de novo e ainda estava em 7cm... Ela e a doula ficaram
impressionadas com a quantidade de contrações que eu tinha e por
tanto tempo pra dilatação ainda estar em 7cm. Pouco tempo depois eu
comecei a sentir uma vontade de empurrar o monitor fetal pra fora de
mim. Falei isso com a doula e ela disse que provavelmente eu já
estava quase dilatando tudo e a hora do expulsivo chegando. Ela
chamou a enfermeira e a dilatação estava em 9 cm. Faltava uma tal
rebarba de um lado. A vontade de empurrar só piorava e agora eu já
estava com muita dor de novo. Uma dor diferente das contrações, que
vinha junto com uma vontade louca de empurrar.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Dilatação
completa! Cada vez que vinha uma contração eu tinha que segurar nos
meus joelhos e fazer força. O meu pesadelo vinha se concretizando.
Eu não queria parir em posição de frango assado nem nos meus
piores pesadelos e lá eu estava, nesta posição e segurando meus
joelhos. Cada contração eu conseguia fazer 3 forças. Pegaram um
espelho pra eu olhar e eu via a cabecinha do meu filho vindo. Isso
era muito legal, me dava forças pra respirar fundo, aguentar a
próxima e empurrar. Enquanto eu descansava entre as contrações, o
médico fazia massagem no períneo, meu marido e a doula conversavam
comigo. Eu tinha certeza de que ia conseguir, já estava quase
acabando.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Mais
de duas horas depois e nada do bebê nascer. A médica me diz que o
bebê não estava conseguindo se recuperar entre as contrações. Que
eu estava fazendo tudo certinho, que a força estava correta, tudo
ótimo, mas que ele estava entrando em sofrimento fetal. A médica me
disse que ele teria de sair na próxima contração de qualquer jeito e
que ela ajudaria com o fórceps. Me disse que eu precisava fazer a
maior força que eu conseguisse. A contração veio e eu fiz muita
força. Eu senti o bebê saindo, escorregando inteirinho, mas senti
tudo rasgando também. Ele saiu inteirinho e de uma vez só.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Assim
que ele saiu já o colocaram em cima de mim, doía tanto que eu nem
conseguia segurá-lo, fiquei com medo dele cair até. Logo em
seguida, meu marido cortou o cordão umbilical e eu fiquei tentando
colocá-lo no seio pra mamar. Ele gritava tanto, mas tanto que nunca
vi coisa igual. Acho que ele gritou sem parar por quase uma hora! Ele
nasceu com 3,5kg, 54cm, apgar 10/10/10.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>A
placenta saiu rapidinho em seguida. A médica me mostrou a placenta e
o saco onde ele ficava, me disse que eu tive uma laceração de
quarto grau, deu anestesia local (estava doendo muito) e costurou. Eu
fiquei com meu bebê o tempo todo. Meu marido sentou na poltrona e
abaixou a cabeça nas mãos. Eu me sentia atortoada, perdi muito
sangue. Ninguém me explicou nada. Assim que fomos para o quarto, a
doula foi embora. Foi a última vez que a vi.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Essa
parte foi muito doída, doída no psicológico, no emocional mesmo. A
última coisa que eu queria era parir que nem frango assado e
precisar de fórceps. Fora a laceração grave! Além da dor, eu
ainda comecei a sofrer com medo das conseqüências dela
(incontinência principalmente). Minha mãe fez campanha a favor da
cesárea minha vida toda justamente por causa do fórceps e meu parto
dos sonhos terminou com o uso dele. Muito frustrante, não dá pra
negar. Meu bebê nasceu um pouco machucadinho por causa do fórceps e
com uma bossa gigante que sumiu quase um mês depois.<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>A
doula me ligou uns 2 dias depois do parto para saber como nós
estávamos. Uma conversa de uns 10 minutos na qual eu chorei bastante
e disse que estava com muita dor. Ela me orientou a fazer compressas
geladas. Ficou de nos visitar no final de semana, no máximo no
outro. Esta visita nunca aconteceu. Pior ainda, ela desapareceu. Eu
mandei diversos e-mails, tentei ligar diversas vezes, deixei recados
e nada. Quatro meses depois do parto, eu decidi fazer um teste e liguei
para ela de um número desconhecido. Ela atendeu o celular na
primeira tentativa que eu fiz. Eu desliguei sem falar nada. Eu não
tive forças pra pronunciar nenhuma palavra. Logo em seguida recebi
um e-mail dela dizendo que ela estava muito ocupada e que poderíamos
nos encontrar no início do próximo ano. Eu ainda estou
esperando...<br /> </i></span><span lang="pt-BR"><br /></span><span lang="pt-BR"><i>Eu
confesso que me senti realmente abandonada depois do parto. Nunca fui
examinada pra saber se estava tudo bem (na minha consulta pós-parto,
o médico, aquele que queria fazer cesárea por causa da cicatriz, me
disse que se não estivesse saindo fezes pela minha vagina era porque
estava tudo certo). Chamou meu marido em outra sala e disse que eu
estava com DPP (depressão pós-parto). Receitou antidepressivo por um ano sem acompanhamento
(eu nunca os comprei). Os pontos demoraram 2 meses pra cicatrizar e
eu senti dor durante mais de 6 meses. Eu não tive apoio nenhum.
Depois de ir atrás de informações na internet, decidi procurar uma
fisioterapeuta e uma psicóloga. Elas foram essenciais para a minha
melhora física e emocional. Não tenho mais seqüelas físicas do
parto, nem meu bebê, mas até hoje eu ainda não consegui aceitar as
coisas direito.</i></span><br />
<span lang="pt-BR"><i><br /></i></span>
<span lang="pt-BR"><i><b>Para ler a continuação deste post, clique <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.ca/2013/12/uma-mulher-e-tres-experiencias-uma_15.html" target="_blank">aqui</a>.</b></i></span></div>
</div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-21754837015445686302013-11-07T14:12:00.001-08:002013-11-08T18:25:16.182-08:00Homeschooling e tarefas domésticas: relato de um pai que fica em casa!<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
Como comentei no <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.ca/2013/10/mudanca-de-pais-e-adaptacoes.html" target="_blank">último post</a>, meu marido é quem está ficando em casa com as meninas neste semestre. Por isso, pedi para ele escrever sua experiência de fazer as tarefas domésticas enquanto cuida/ensina as crianças ao mesmo tempo. E eis abaixo o resultado!<br />
<b style="line-height: 1.15;"><br /></b>
<b style="line-height: 1.15;"><span style="font-size: large;">Hora de lavar a roupa!</span></b><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Neste período aqui no Canadá estou tendo a oportunidade de desempenhar meu papel de pai em tempo integral. Eu assumi parte das tarefas da casa e do cuidado e ensino das nossas filhas, principalmente nos horários em que minha esposa está estudando.</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O que temos entendido sobre homeschooling é que não basta apenas trazer a escola para dentro de casa, é preciso trazer as crianças para dentro das tarefas da casa. Uma coisa que fascina as crianças é ver um adulto fazendo uma tarefa. O mais comum é a criança pedir para ajudar. Mas o que temos a tendência de fazer é "enxotar" a criança para que ela não nos atrapalhe. É difícil (e por vezes perigoso) cozinhar com uma criança por perto. É complicado limpar a casa com elas no meio do caminho. Então, como trazer as crianças para perto? Como envolver seus filhos nas atividades cotidianas da casa? Isso é parte de sociabilizar uma pessoa, é ensinar a viver.</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A tarefa que deu mais trabalho para eu aprender, pois eu também nunca tinha ficado com essa responsabilidade, foi lavar a roupa suja. A parte fácil é que no prédio já tem máquina de lavar e secar. A parte difícil é que o tanque é muito ruim e a lavanderia fica 2 andares abaixo do meu.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span><span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Então, como envolver as crianças na tarefa, uma vez que não dá para deixá-las sozinhas em casa e descer para lavar roupa? A primeira vez eu peguei os dois cestos de roupa suja, o cartão e desci com elas. Subi novamente, pois tinha esquecido o sabão, amaciante e o tira-manchas. São 28 degraus com duas crianças. Mas vamos lá. Começamos colocando a roupa na máquina e eu separei as que tinha que esfregar para tirar as manchas. Fiquei uns 20 minutos fazendo isso. Imagina como já estava a paciência das meninas? E eu também já estava ficando louco. Finalmente conseguimos colocar toda a roupa na máquina, passamos o cartão, escolhemos o modo de lavagem e apertamos o botão verder de ligar. Já tinham nos dado a dica de deixar a roupa lavando e voltar 30 minutos depois e foi exatamente isso que fiz. Coloquei um alarme para tocar e na hora certa descemos novamente. Tiramos a roupa da lavadora e a colocamos na secadora. Mesmo procedimento e 60 minutos depois estávamos de volta para tirar a roupa da secadora, dobrar e trazer de volta para casa. O duro é tirar a roupa da secadora e já dobrar com duas crianças desfazendo todo o seu trabalho (pois com a roupa quente não precisa nem passar, se dobrar direito). Foi bem sofrido das primeiras vezes até eu conseguir uma forma de envolver de verdade as meninas.</span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;">Veja o passo a passo depois das mudanças que fiz para elas poderem realmente ajudar.
</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">1. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Eu primeiro esfrego as roupas com manchas (na banheira) para já descer e só colocar tudo na máquina.</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">2. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;">Pegamos o cartão, os cestos de roupa suja, os produtos químicos de lavagem e descemos.</span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;">3. Coloco as duas em cima da máquina e um cesto atrás de cada uma e elas vão colocando toda a roupa dentro da máquina enquanto eu vou arrumando.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-O0JHPXTks9o/Unk4MYNwNlI/AAAAAAAAAXE/ki-3XJJe_90/s1600/IMG_0300.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-O0JHPXTks9o/Unk4MYNwNlI/AAAAAAAAAXE/ki-3XJJe_90/s320/IMG_0300.JPG" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;">4. A Nicole (4 anos) coloca o cartão na máquina, eu escolho o programa e a Alícia (2 anos) aperta o botão para ligar.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">5. Subimos todos para casa e fazemos alguma atividade nos 30 minutos. Eu geralmente lavo a louça do café da manhã.</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">6. Eu tiro a roupa da lavadora e coloco dentro do nosso cesto que está na frente da entrada da máquina de secar. As meninas rapidamente pegam a roupa e a jogam para dentro da secadora. Depois de colocar toda a roupa, seguimos o mesmo procedimento para ligar a secadora.
</span><br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-BuvjxYjR56M/Unk4I7yqEAI/AAAAAAAAAXA/fvGhtDyfCYI/s1600/IMG_0082.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://1.bp.blogspot.com/-BuvjxYjR56M/Unk4I7yqEAI/AAAAAAAAAXA/fvGhtDyfCYI/s320/IMG_0082.JPG" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">7. Uma hora depois é hora de tirar a roupa da secadora. O desafio de envolvê-las aqui foi vencido fazendo com que elas separassem a roupa que estão tirando de dentro da secadora. Eu coloco dois cestos, um para panos, toalhas, cuecas, meias, sutiãns e calcinhas e outro para eu dobrar a roupa. Elas têm a responsabilidade de separar onde vai cada peça que tiram da máquina. Assim funcionou pois me dá tempo de dobrar a roupa razoavelmente bem e sem ninguém desfazendo o que eu faço.</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="line-height: 1.15;">
Minha mãe é ótima com as tarefas da casa e me ensinou muitas coisas, mas antes de casar, o cesto de roupa sempre foi algo mágico para mim. Era só colocar a roupa nojenta lá dentro e alguns dias depois ela estava de volta limpinha dentro do armário. De mágico passa para trágico quando você vê que não sabe fazer algo tão básico como cuidar da própria roupa. Isso serve para todas as áreas da nossa vida. Passamos tanto tempo na escola aprendendo as ciências, as letras e números, depois vamos para a faculdade e aprendemos uma profissão, depois nos aperfeiçoamos com cursos, línguas etc. Mas para as coisas mais básicas da existência humana, como cuidar de si mesmo, ter um relacionamento amoroso sadio, aprender a lidar com a ansiedade, ira e outros sentimentos, cuidar das suas próprias finanças, entre outras coisas, dedicamos pouquíssimo tempo pensando ou estudando sobre isso. </span>
</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;">Homeschooling pode ser mais do que trazer a escola para dentro de casa. Pode ser encarado como uma proposta de formar o indivíduo como um todo, em todas as áreas da sua vida.</span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; line-height: 1.15; white-space: pre-wrap;">Douglas Marsola</span></div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-62443992916929306982013-10-20T19:21:00.000-07:002014-06-13T17:32:47.768-07:00Mudança de país e adaptações!<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Olá a todos e a todas!</div>
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Eu amo escrever no blog. Amo mesmo, tudo o que leio de interessante e que me faz refletir ou o que aprendo no dia-a-dia fico com muita vontade de vir correndo aqui compartilhar. Se eu pudesse faria de "blogueira" a minha profissão, hehe. Mas esta não é a minha realidade no momento, então eu preciso fazer um esforço imenso para arrumar tempo pra escrever. Principalmente com as mudanças na minha vida nos últimos tempos, minha vontade de escrever o que vivo e aprendo com a maternidade precisou ficar em segundo plano. E explico o porquê: nós mudamos de país!! Estamos morando no Canadá. </div>
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Chegamos, eu e a Nicole, há exatos 1 mês e 17 dias. O Douglas e a Alícia, infelizmente, chegaram somente uma semana depois por causa da demora para a liberação dos vistos. Tínhamos nos preparado e sonhado tanto com essa viagem em família e, no fim, viemos separados. Ah, antes disso, passamos duas semanas morando na casa dos meus pais (o Douglas e a Alícia uma semana a mais!) porque a nossa casa já estava alugada. Eu viajei primeiro porque minhas aulas na universidade começariam no dia seguinte e eu não podia mais esperar. Vim com uma das filhas (em vez de sozinha) por causa da bagagem - seria muito complicado para um só viajar com duas crianças pequenas e ainda tantas malas. Obs: Me arrependi amargamente de ter trazido malas tão pesadas, passei altos apuros por causa disso!</div>
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Agora imaginem vocês que era fim de tarde de uma segunda-feira de feriado quando eu cheguei no nosso apartamento vazio, após passar a noite anterior toda dentro de um avião e boa parte do dia dentro de um trem. Detalhe: com uma criança de 4 anos! Foi física e emocionalmente cansativo, pra dizer o mínimo, principalmente porque a Nicole estava muito teimosa e isso deixa qualquer pai à beira dos nervos. Os mercados estavam todos fechados e na primeira noite comemos comida congelada comprada numa farmácia 24 horas. Começar a vida quase do zero é muito difícil! E percebi que o que dizem é verdade: a gente tende a não dar valor a certas coisas até que não as temos - no nosso caso, eram desde coisas bem básicas do dia-a-dia, como panelas, pratos e, sim, um abridor de latas (tive de fazer macarrão alho e óleo um dia porque comprei o molho de tomate, mas não é que me esqueci do abridor?) até as maiores, como mesa, cadeiras, sofá e cama!! </div>
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Isso sem falar do choque cultural de não saber o idioma (francês) quando alguém lhe dirige a palavra ou então do exercício mental que é ficar freneticamente tentando entender o significado de palavras novas (praticamente todas!). No outro dia de manhã e em todos os dias que seguiram até o meu marido chegar pra ficar com as meninas, eu levei a Nicole comigo para as aulas e também para resolver as inúmeras pendências de alguém que acaba de chegar numa cidade nova - linha telefônica e internet para o celular, seguro de saúde-viagem, carteirinha de estudante, bilhete de ônibus/metrô, livros obrigatórios, mercado, etc. Na universidade, a minha estratégia foi colocar desenhos no <i>netflix</i> para ela assistir (com fones de ouvido, claro) e, felizmente, deu muito certo. Até recebi elogios sobre o quão bem ela havia se comportado... ufa. De todos os desafios, este nós tiramos de letra. :)</div>
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Mas o sufoco dos dias/semanas iniciais passou! E hoje já estamos bem melhor adaptados - fazendo amizades, conhecendo as redondezas, aprendendo sobre a cultura, o idioma, nos ajustando à nova rotina, ao clima... enfim, são muitas as mudanças e quero compartilhar um pouquinho disso tudo com vocês, na esperança de que vocês sejam edificados com as reflexões que faço daquilo que tenho vivido.</div>
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Mas antes, conheçam o nosso novo carro vermelho!</div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-E1uR4Xg9nfQ/UmLBbdNGfuI/AAAAAAAAAWs/xqEUCYe7XXk/s1600/photo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-E1uR4Xg9nfQ/UmLBbdNGfuI/AAAAAAAAAWs/xqEUCYe7XXk/s320/photo.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
Acho que a nossa família tem uma atração especial pela cor vermelha. Engraçado pensar isso. A pintura externa da nossa casa no Brasil é vermelha e todos os carros que nós já compramos até hoje (se bem que só foram dois) eram vermelhos. Bem, é uma cor forte e chamativa e acho que combina bem com a nossa família. Este "wagon" não é diferente - nós o compramos há apenas 10 dias e ele já fez muito sucesso aqui no bairro! Decidimos comprá-lo porque estava ficando difícil e complicado carregar as meninas no colo quando saíamos. Criança é assim, anda um pouquinho e já cansa e quer colo (só para brincar é que não cansam!). E como aqui nós não temos um automóvel, fazemos muitas coisas a pé. Andamos até o ponto de ônibus, até o mercado, até o parquinho, até o centro comunitário, etc. Então este "wagon" está sendo extremamente útil. Quero ver como vamos nos virar com ele na neve!<br />
<br />
Agora vamos às mudanças e adaptações.<br />
<br />
<b>Nossa Casa</b><br />
Amamos o bairro em que moramos. O nosso apartamento fica numa pequena ilha, perto o suficiente do centro de Montreal e ideal para famílias que estão chegando na cidade. É um lugar especial, tem lago, muitas árvores, gramado e esquilos. No outono agora a paisagem estava espetacular! Me apaixonei pelos diferentes tons de vermelho, laranja e amarelo das folhas. É igualzinho a gente vê nos filmes. Agora o frio está aumentando e as árvores já estão ficando peladas. O inverno está se aproximando (ai que medo!). Aqui é muito tranquilo e gostoso para morar, com diversas opções de parques para as crianças brincarem e se divertirem. É um bairro onde vivem muitos imigrantes (acredite quando eu digo muitos!) e eu me senti bem acolhida, as pessoas que eu conheci foram receptivas e dispostas a ajudar. Fiz amizades muito rápido e com pessoas de lugares do mundo que eu mal saberia apontar no mapa!<br />
<br />
Moramos num apartamento que fica no último andar de um prédio de três andares e que não tem elevador. São apenas quatro lances de escada porque o primeiro andar é o térreo, mesmo assim para nós já é uma mudança: subir ou descer os 28 degraus de escadas toda vez que saímos ou chegamos. Os apartamentos do prédio não têm área de serviço privativo, então a novidade para nós é usar uma lavanderia em comum (com um tanque bem esquisito e ruim de usar). Na lavanderia, a gente tem de pagar para usar a máquina de lavar e a máquina de secar roupas. Não é como no Brasil onde a gente estende as roupas para secar no varal. O ponto ruim é que não temos ferro de passar e nem cabides o suficiente para pendurar todas as roupas da família, então mesmo dobrando as roupas ainda quentes, a maioria fica bem amassada. Mas como as pessoas aqui parecem não ligar pra isso, tudo bem, rsrs.<br />
<br />
Uma vantagem é que os apartamentos de aluguel já vêm com fogão, geladeira, armários (nos quartos, na cozinha e no banheiro) e também água quente (inclusos no aluguel, que não é barato, mas o "menos caro" que conseguimos encontrar por aqui). Pagaremos somente a conta de luz que vem de 2 em 2 meses (algo que eu achei curioso). A cozinha do nosso apartamento é bem pequena. Bem mesmo. Primeiro eu achei que seria ruim ter uma cozinha tão minúscula desse jeito (um terço do tamanho da nossa casa no Brasil), mas agora já estou gostando! Antes, quando a cozinha estava "de pernas para o ar" depois de uma refeição, eu tinha a sensação de que a casa toda bagunçada e não ficava feliz enquanto ela não estava arrumadinha de novo. Agora a louça por lavar não me incomoda tanto!! E também acho super prático colocar a mesa ou guardar as coisas porque está tudo ali tão pertinho.<br />
<br />
Uma desvantagem é que, com exceção do banheiro, da cozinha e da copa, não há lâmpadas no teto, A iluminação é feita via luminárias e/ou abajures e não é a mesma coisa. A casa fica escura, o que me incomoda, principalmente quando preciso ler alguma coisa. Gosto da claridade e quero ver como vamos nos adaptar no inverno já que nos disseram que o dia escurece às 16:30.<br />
<br />
O banheiro também é um pouco diferente do que estávamos acostumados. Primeiro, porque ele é um só (e para uma família de quatro pessoas, eu acho pouco!) e porque ele também é pequeno. O banheiro tem um exaustor barulhento (que liga quando você acende as luzes) e lâmpadas bem quentes. Eu não gosto porque fica muito calor, eu sento no vaso e tenho a sensação de estar tomando sol (porque o teto, ainda por cima, é mais baixo). Mas talvez seja uma daquelas coisas que eu vou dar graças a Deus de ter quando estiver um frio de menos 30 graus, não é mesmo?! O lado bom é que temos uma banheira!! Para o tamanho do meu marido ela é pequena e apertada, mas para mim e para as meninas ela é ótima! Eu apenas gostaria de ter uma mangueira com chuveirinho porque acho que facilitaria muito pra dar banho nelas.<br />
<br />
Outra mudança é que aqui as meninas dormem numa cama de casal que foi deixada no apartamento pelos moradores anteriores. Tivemos alguns episódios delas caírem da cama no começo (opps!), mas agora que empurramos a cama contra a quina da parede o problema foi solucionado! Colocamos um cobertor no meio pra dividir o espaço e não tivemos grandes problemas delas dividirem a cama. Se bem que às vezes um de nós precisa sim ficar voltando lá pra mandar a Alícia colocar a cabeça de volta no travesseiro dela (ela gosta de mexer com a irmã). Mas isso não é novidade, acontecia em SP também.<br />
<br />
<b>Nossa Rotina</b><br />
Minha rotina mudou muito e ainda não sei dizer se para melhor ou pior. Eu vim com "permissão para estudo" porque vamos ficar por 1 ano, mas o visto do meu marido e o das meninas é de turista. Faz um mês que o Douglas fez o requerimento para obter a "permissão para o trabalho" e enquanto ela não chega, ele fica em casa e passa a maior parte do tempo com as meninas enquanto eu saio para estudar. No Brasil eu também estudava, mas o que mudou mesmo foram os horários. Antes eu ia para a universidade à noite e passava o dia com as meninas <i>homeschooling</i> (e, claro, limpando, cozinhando, lavando, ha!) enquanto o Douglas trabalhava fora. Agora invertemos as tarefas e eu ainda estou me acostumando com a ideia. E as meninas também, principalmente a Alícia que é quem percebo que está mais sentindo essa troca. Eu chego em casa e ela fica louca tentando chamar a minha atenção, pede para eu fazer as coisas no lugar do pai (colocar comida no prato dela, levá-la pra fazer xixi, etc.).<br />
<br />
Como os meus horários de aula são variados e eu sou o que a universidade chama de "estudante em tempo integral" (significa que eu faço 4 disciplinas e, em tese, preciso dedicar nove horas semanais de estudo extra-classe por disciplina), nos dias em que tenho aula normalmente passo muitas horas fora. A parte boa é que meu marido é quem ficou com a parte realmente difícil - cuidar da casa, da roupa, da comida e das meninas. Eu não lavei roupa nenhuma vez ainda, rs. Ele está fazendo tudo!<br />
<br />
Perto de casa tem um centro comunitário, com biblioteca e inúmeras atividades legais para adultos e crianças. A maioria são pagas, mas é um suporte bem legal que eles dão para os pais do bairro. Nos inscrevemos em algumas aulas. Na 2a feira à tarde as meninas estão fazendo dança (hip hop) e esta é a única atividade que elas fazem sozinhas. Nas demais a mãe, pai ou responsável pela criança tem de participar junto (é uma aula em conjunto). Na 3a feira, por exemplo, eu e a meninas participamos do "Quack-Quack". É um grupo de aprox. 20-25 mães e filhos que brincam juntos por duas horas. A educadora responsável monta uma brinquedoteca, com mesas de atividades diferentes (como massa de modelar, pintura e artesanato), e toda vez faz um curto momento dirigido de leitura e músicas, para bebês e crianças até 5 anos. E, na 6a feira de manhã, a gente faz música e depois aula de cerâmica.<br />
<br />
Aqui cabem duas observações. Uma delas é a tentação do "hiperscheduling". Quase caí nessa armadilha, mas consegui perceber a tempo e parei pra analisar no que eu estava me metendo. Mãe tem dessas às vezes, né? A gente quer ver o(s) filho(s) desenvolvendo o máximo do seu potencial o mais cedo possível e sem perceber comete excessos, reduzindo demais o tempo da criança em casa que é tão bom e deve ser curtido e valorizado!! Não é porque a criança está fora de casa o tempo todo, fazendo mil e uma atividades "pedagógicas", que ela está realmente aprendendo e desenvolvendo alguma coisa. Ela pode estar vendo um monte de gente em diversos lugares, mas nem por isso está se sociabilizando adequadamente ou tirando proveito desses momentos fora. A lição que fica aqui é o célebre "menos é mais". E a outra observação que quero fazer segue uma linha bem próxima, o engano de que a gente precisa logo "passar a bola" para outro (o "especialista") que sabe ensinar nosso(s) filho(s) porque não temos capacidade de fazê-lo. Está aí uma mentira deslavada! Quem é que conhece o filho melhor do que mãe e pai? Com criatividade e disposição para aprender, é lógico que eles podem sim estimular pedagogicamente os filhos, fazendo um trabalho de excelência e, se quiserem, com certeza bem melhor do que o de um(a) educador(a) infantil pago para isso. Mas é muito mais fácil acreditar no contrário e, pasmem, me deu bobeira aqui e eu estava quase indo por esse caminho. Vou contar como foi.<br />
<br />
Uma das preocupações quando cheguei aqui era saber se quando o Douglas conseguisse um emprego nós teríamos o benefício que o governo dá de subsídio em "garderie" (palavra francesa para creche). Não que eu fizesse questão de que as meninas fossem pra creche (claro que não!!), mas pensei que seria uma oportunidade boa para elas aprenderem o francês. Afinal, não é sempre que a gente passa um ano em outro país. Eu nem pretendia enviá-las todos os dias, mas queria organizar minhas aulas na universidade para coincidir com elas irem algumas vezes por semana, em meio-período, por exemplo. Nessa de eu tentar me informar e perguntar para as pessoas daqui como é que funciona o reembolso do governo, descobri que as "garderies" têm uma lista de espera absurdamente longa. As mães colocam o nome do filho quando ainda estão grávidas e chegam a esperar 3 ou 4 anos por uma vaga (e a gente que pensou que esse problema só existia no Brasil, hein??). Daí as pessoas foram me indicando "garderies priveé" (as particulares), mas os preços são altos demais e não teríamos condições de pagar. Até que fiquei sabendo de um "pre-school program" de dois dias por semana (3 horas por dia, ou seja, bem mais puxado do que as atividades que fazemos hoje), que estava com um preço bom e me empolguei. Detalhes importantes que eu deixei passar: 1) ele era em outro bairro (eu precisaria pegar ônibus, metrô e ainda andar um quarteirão inteiro com as meninas, já pensou fazer isso nos meses de neve?), 2) o foco era preparar crianças de 2 a 5 anos para entrar na escola (hein? eu não preciso disso, estou pensando em "homeschool" minhas filhas!), e 3) o programa era todo em inglês (peraí, o objetivo não era aprender francês?). Ou seja, já tinha saído totalmente do meu propósito e eu nem percebi. Haha! Engraçado como uma coisa puxa a outra. Se o seu objetivo não estiver muito claro, são dois palitos para perder o foco. Foi o que aconteceu. Cheguei a ir até lá pra conhecer, paguei a inscrição e estava "tudo certo" para começarem na semana seguinte. Mas daí percebi a tempo a besteira que eu estava prestes a fazer, voltei atrás e optei pelas atividades mais curtas aqui no centro comunitário perto da minha casa mesmo.<br />
<br />
Pensando agora, talvez o que mais tenha me chamado a atenção nesse "pre-school program"(e o que me fez ficar tão empolgada) foi o fato de eu perceber que este era um programa claramente educativo. Sim, porque uma coisa que me chamou a atenção (negativamente) foi ter visto dois grupinhos de "garderie en milieu familial" (creche em ambiente familiar) fazendo passeio num parque aqui perto de casa. Achei muito estranho e jamais teria coragem de colocar as meninas numa "garderie" dessas! Para resumir, a postura da "garderienne" era de cuidadora (e olhe lá) e uma delas ficou o tempo todo no celular. O semblante das crianças era de tristeza e apatia, me deixou com a pulga atrás da orelha! Compartilhei o que vi num grupo de facebook de mães/pais brasileiros que moram no Canadá e o assunto rendeu. A minha conclusão é: Se o "ambiente familiar" é assim ao ar livre, que dirá dentro de quatro paredes onde nenhum outro adulto vê? Eu, hein... Tô fora!<br />
<br />
Mas o meu ponto inicial era dizer como é importante e gostoso ficar em casa! Não só para as crianças, mas para mim também. O lar é um lugar propício para ensinar as crianças, fazer atividades divertidas e educativas, ficar à vontade na companhia de quem a gente ama, se alimentar bem, enfim... é o lugar ideal para as crianças pequenas, principalmente, crescerem e se desenvolverem. Elas não precisam ir para escola todo dia para isso, não sei porque às vezes temos a mania de pensar o contrário e achar que, porque estamos em casa, não estamos fazendo nada de bom ou de importante.<br />
<br />
<b>Nossa Alimentação</b><br />
Para o meu paladar, a comida daqui é ruim: acho-a picante e gordurosa.<br />
<br />
Na verdade, ainda não sei exatamente qual é a culinária canadense, só sei que quando estamos na rua é difícil achar um lugar para comer bem. E por "bem", claro que me refiro à comida saudável e gostosa, sabe? Tipo um arroz, feijão, mistura e salada, rsrs. Ah, e sim, um suco natural para acompanhar. :)<br />
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Outra observação é que a diversidade cultural é tamanha que há restaurantes de comidas típicas de vários lugares, principalmente comidas asiáticas e árabes. Para nós é muito esquisito ainda e não sei se/quando vou me acostumar. Vou pra universidade e, quando não consigo levar o meu próprio lanche, passo o dia à base de Tim Hortons ou Pizza Bella, pois além de CARA, a comida aqui não me apetece.<br />
<br />
Em casa, é claro, estamos tentando fazer a nossa comidinha de sempre. A única coisa que ainda não conseguimos fazer com regularidade são os sucos naturais, mas como faço muita questão (porque não sou fã de sucos industrializados!) já estamos dando um jeito, hehe.<br />
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Bem, pessoal, escrever esse post foi quase como ter um parto.... demorou, mas saiu!<br />
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Beijos e até uma próxima.Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-3238719006744951292013-09-05T14:30:00.000-07:002013-09-05T14:02:25.028-07:00Relato de Gravidez e Parto Natural - parte 2Após uma gravidez tranquila com um pré-natal um pouco diferente do que tive com meus primeiros dois filhos no Brasil, estava mais do que pronta para ter a Natalia! Parece que a minha paciência com a barriga gigante foi diminuindo com cada gestaçao. No final desta, eu já não estava mais aguentando ter que cuidar de 2 filhos (um de 5 e uma de 3 anos) com um barrigão!<br />
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Já que o parto da Larissa, minha segunda, foi tão rápido e 1 semana antes do esperado, fiquei imaginando que o parto da Natalia também seria parecido. Veja o relato dos outros dois partos <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com/2011/09/relatos-de-parto.html" target="_blank">aqui</a>. Com a Larissa, na consulta de 38 semanas eu já estava com 2 para 3 cm de dilatação, e na consulta de 38 semanas da Natalia eu também estava com 3 cm. Estava sentindo contrações fracas alguns dias e sabia que estava dilatando aos poucos. Fiquei animada e confiante que o parto seria rápido como da Larissa, e, conversando com minha médica, decidimos que seria melhor eu ir para a maternidade quando estivesse tendo contrações cada 10 minutos (já que com a Larissa minhas contrações vinham a cada 8 e já estava com 9cm de dilatação).<br />
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Na consulta de 39 semanas eu estava com quase 4cm de dilatação e minha médica perguntou se eu queria que ela descolasse minha bolsa (algo que as médicas fizeram também nas outras duas gravidez, do Tiago com 40 semanas e 1 dia, e na da Larissa com 39 semanas). Lembrei que com os outros dois havia dado certo esse método de estimular as contrações, mas não sei o que deu em mim que, apesar da vontade de ter logo a Natalia, acabei falando "não, vou esperar." Na verdade, não mudou nada...porque na mesma madrugada comecei a sentir contrações.<br />
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As 2 da manhã comecei a sentir contrações leves. Com um aplicativo do meu celular, comecei a monitorar o intervalo entre cada e vi que estavam vindo cada 10 minutos. Apesar de ter combinado com a médica que iria para a maternidade com intervalos de 10 minutos, senti que as contrações não eram fortes o suficiente para ir. Continuei monitorando e tirando cochilos entre cada contração. As 5 da manhã levantei e tomei banho, as contrações ainda vinham cada 10 minutos. Mandei mensagem para o meu pai avisando que estava em trabalho de parto! Ele já ficou super preocupado que eu deveria ir para a maternidade, mas eu sentia que não. Esperei mais um pouco e acordei o Marcos com a notícia. Ele ficou animado! Desci e fiz café e logo meus pais chegaram para ficar com meus outros dois filhos que ainda estavam dormindo. Decidimos ir para a maternidade!<br />
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Quando cheguei fiquei preocupada porque minhas contrações pareciam não estar vindo tão intensas e nem tão perto uma da outra. Passei pela recepção onde se faz internações e falei que estava em trabalho de parto. Um enfermeira me levou para a sala de parto, onde me troquei e colocaram o aparelho para monitorar o batimento cardíaco do bebê e minhas contrações.<br />
Só porque estava lá, prontinha e animada, minhas contrações começaram a diminuir. A enfermeira veio e achou que eu não estava em trabalho de parto, mas por causa do meu histórico de parto rápido e com contrações espaçadas, ela falou que iria esperar 1 hora, monitorando, para vermos. Quando ela me examinou não conseguia "achar" o cervix (não entendi essa!) e forçando muito para achar (doeu!) achou estranho minha médica ter falado no dia anterior que eu estava com quase 4! Falou que eu estava com 2 ou 3! Fiquei completamente desapontada e com medo de mandarem eu voltar pra casa! Orei e pedi para Deus fazer o trabalho de parto ir adiante!<br />
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Esperamos mais uma hora e ela voltou. Viu a frequencia das minhas contrações e achou que talvez eu teria que voltar pra casa mesmo. Ela era muito legal, mas realmente estava achando que não estava na hora ainda...mas não queria ter que me mandar pra casa. Eu então perguntei se a obstetra de plantão não poderia descolar minha bolsa para ver se a coisa ia pra frente. Ela falou que iria conversar com ela. Orei novamente!<br />
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Depois de um tempo a enfermeira voltou, junto com a médica que resolveu me examinar mais uma vez. Desta vez, ela mal começou o exame já sentiu o cervix e falou que eu estva com 5cm! A enfermeira ficou espantada e feliz em não ter que me mandar pra casa, e ficou confusa em relação ao exame de toque dela! Achei muito estranho também! Como que ela teve tanta dificuldade em achar meu cervix e sentiu apenas 2 ou 3 cm de dilatação? Algo deu errado!<br />
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A médica ficou animada e falou que voltaria em breve para estourar minha bolsa e que então ela nasceria rapidinho. A enfermeira correu para deixar tudo pronto e perguntou se eu ia querer anestesia. Falei que por causa do parto da Larissa, achava que este seria rápido e tranquilo também e que achava que não precisaria de nada mas fiquei pronta para receber anestesia caso mudasse ideia.<br />
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No parto da Larissa eu cheguei na maternidade já com 9cm, e tendo contrações cada 8 minutos. Me deram um pouco de anestesia (apesar de eu falar que estava super bem e achava que não precisava), empurrei umas 3 vezes e ela nasceu! Foi fácil demais! Desta vez, porém, eu dilatei um pouco mais devagar. Mas cada vez que a enfermeira vinha me ver, eu estava super contente, super bem, e ela ficava chocada! Até chamou uma outra para vir me ver! Quando eu tinha contrações o quadro mudava, mas estavam completamente suportáveis e eu estava até rindo, com a ajuda do meu marido e do meu pai, que estavam no quarto comigo e me faziam rir toda hora. As risadas aliviavam as contrações!<br />
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Logo as contrações começaram a ficar mais fortes e eu comecei e ficar com medo! Apesar de ter falado pra enfermeira que ia tentar fazer tudo natural, eu não havia me preparado muito bem para tal. Fiquei imaginando que se fosse fácil como da Larissa, não ia precisar de preparo nenhum. Mas não estava sendo tão fácil quanto da Larissa, as contrações estavam ficando mais fortes e mais frequentes e eu comecei a imaginar como seria para empurrar sem ter anestesia. Comentei com meu marido e meu pai que estava ficando com medo. Mesmo assim, quando a enfermeira veio me ver acabei não falando que queria um pouco de anestesia. Fiquei pensando "se já cheguei até aqui, vou até o final". Queria poder ter a experiência de um parto natural, mas hoje vejo que deveria ter me preparado melhor e, ja que não me preparei, deveria ter pedido anestesia.<br />
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Uns 20 minutos antes dela nascer comecei a ficar desesperada. As contrações eram insuportáveis e minha sensação de que não fosse aguentar mais um segundo daquilo começou a me dar pânico. Queria que ela saisse imediatamente! Queria tanto empurrar, não conseguia entender porque não podia empurrar mesmo sem estar sentindo vontade! Elas me falavam que eu ia saber quando fosse hora de empurrar, porque não ia conseguir "não empurrar". Mas com a Larissa não cheguei a sentir essa vontade incontrolável de empurrar. Simplesmente dilatei tudo e me falaram que eu podia empurrar, empurrei e ela nasceu! Eu queria que a Natalia saisse e ponto final! Meu pai, nessas horas estava do outro lado da cortina, sentado no sofá escutando tudo. E eu sentia dó dele estar me ouvindo sofrer tanto. Estava sentindo um calor absurdo e estava em pânico com aquela dor. Pedia para o Marcos assoprar em mim e vi que a enfermeira uma hora perguntou se ele estava bem. De tanto assoprar em mim e ver minha dor ele estava sentindo que pudesse desmaiar. Mas passou.<br />
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De repente a coisa apertou e eu fiquei desesperada, a enfermeira olhou e viu que a Natalia ia nascer e chamou a médica com bastante urgência em sua voz. Quase não deu tempo da médica fazer o parto!<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-kSkrosGseXE/UijtXiu6CQI/AAAAAAAAAbY/fWo0UXG5Kyo/s1600/IMG_7744.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-kSkrosGseXE/UijtXiu6CQI/AAAAAAAAAbY/fWo0UXG5Kyo/s320/IMG_7744.jpg" width="240" /></a>Senti a tal vontade incontrolável de empurrar e comecei a empurrar e a gritar do fundo da alma. Nessas horas, perdi controle do meu corpo e no desespero para que ela saísse fiquei empurrando mesmo sem a contração. Depois descobri que isso deve ter causado as dilacerações que tive (por isso devia ter me preparado melhor para um parto natural!). Enquanto eu gritava (não tinha controle sobre isso) pensava que deveria estar traumatizando meu pai para sempre! rsrs. Não lembro quantas vezes empurrei, mas não foram muitas, talvez umas 3 ou 4 vezes. Só sei que foram os momentos mais intensos da minha vida, onde a dor superou minha capacidade de suportar, e eu perdi controle de mim mesma. Escutava a médica falando sobre a Natalia, pedido para eu ver como a mãozinha dela estava saindo junto com a cabeça e que ela estava fazendo tchauzinho, e só conseguia pensar "tira logo ela de mim!!" Hehe. E enfim, as 14:18 (7 horas depois de chegar na maternidade)... o alívio. Alívio maravilhoso seguido de um rostinho lindo de um pequeno ser no meu colo. Uma menininha tão pequeninha, minha filha. Quanta emoção e quanto alívio. Já disse que estava aliviada? rsrs.<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0UJYmcZYSvI/UijtYabl8jI/AAAAAAAAAbg/qiuE4VokmyA/s1600/IMG_7743.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-0UJYmcZYSvI/UijtYabl8jI/AAAAAAAAAbg/qiuE4VokmyA/s320/IMG_7743.jpg" width="240" /></a><br />
Depois de um tempinho no me colo, limparam ela, pesaram, etc... 2.950 kilos e 49.5cm (meu maior bebê até então!) e dei mamar. :)<br />
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Acho lindo como um parto pode ter as emoções mais intensas de uma vida. A emoção de uma dor incontrolável que milagrosamente em questão de segundos se torna a emoção indescritível de olhar pela primeira vez para o rosto de uma nova vida que você já ama absurdamente. Penso que a vida as vezes é assim. As vezes sentimos dor e sofremos aqui neste mundo, mas quando chegarmos no colo do Pai, tudo isso será esquecido e sentiremos alegria indescritível. :)<br />
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Desculpa se deixei alguém com medo de parto! Os meus sentimentos mais sinceros em relação a este parto são de que (1) - Para ter um parto natural, deveria ter me preparado melhor (para lidar com a dor e como empurrar, etc), (2) - já que não me preparei, deveria ter pedido sim um pouco de anestesia (o parto da Larissa foi tão emocionante quanto mas sem eu ter precisado passar pela dor insuportável). (3) - Eu não faço questão de ter um parto natural. Normal, sim, mas natural, não vejo por que. Pra mim é como se me dessem a opção de fazer uma cirurgia com ou sem anestesia. Vamos combinar que anestesia, neste caso, é uma bençao de Deus? Graça divina por permitir que o ser humano inventasse/descobrisse tal intervenção? A dor do parto não foi uma maldição dada por Deus após o pecado de Eva e Adão? Então a anestesia é pura graça de Deus! rsrs. Eu sei que muita gente discorda e pensa diferente, mas como disse antes, essa é minha opinião sincera. Gostei muito do parto da Larissa que foi todo natural mas com um pouco de anestesia no final (na parte mais difícil), senti as mesmas emoções (a não ser o alívio absurdo!).<br />
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Concluindo, meus conselhors para as grávidas (depois de 3 partos):<br />
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<li>Parto normal é lindo, emocionante, saudável, benéfico para mamãe e bebê e não deve ser tão assustador aos olhos das mulheres.</li>
<li>Cesária é uma benção de Deus, quando existem complicações!</li>
<li>Geralmente não é necessário ajuda de ocitocina! Isso é mais para o médico poder ir pra casa logo. Então, a não ser que esteja demorando MUITO e o parto não está progredindo, não é necessário! E por muito, não quero dizer poucas horinhas. Com o Tiago já logo me colocaram na ocitocina para a coisa ir rápido e a cada hora que a médica me examinava aumentava a ocitocina, e eu pensava que ia morrer. A dor das contrações fica muito pior. Aqui nos EUA muitas mulheres ficam 15, 20 horas em trabalho de parto (as vezes mais!)...como conseguem? Não estão sendo apressadas com ocitocina! O trabalho de parto em si, sem ajuda da ocitocina, é suportável. No parto das duas meninas não tive ocitocina e o trabalho de parto foi supoertável...apenas os últimos 45 minutos do parto da Natalia que foram insuportáveis. Já o trabalho de parto do Tiago foi todo insuportável...e só o final foi tranquilo porque recebi anestesia epidural.</li>
<li>O desconforto das 3 dilaceraões de segundo grau que tive foi MENOR do que da episio que tive nos partos do Tiago e da Larissa.</li>
<li>É MUITO importante ter apoio junto com você! Infelizmente, muitas das enfermeiras nas maternidades do Brasil não tem muita experiência em ajudar uma mulher passando por um trabalho de parto (pelo menos me parece assim). Aqui, elas tem muita! Foi muito importante para mim ouvir a enfermeira me falar "pode gritar, Cristine, pode fazer o que você quiser!":)</li>
</ul>
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O mais engraçado foi ouvir do meu pai nos dias seguintes que enquanto ele orava por mim, aflito em ouvir minha dor, teve a idéia de gravar com o iphone o som do primeiro chorinho da Natalia quando ela saísse. Só que com isso acabou gravando meus gritos! Será que tenho coragem de ouvir?<br />
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De acordo com ele...será uma ferramente útil no futuro, quando ela for adolescente e duvidar do meu amor por ela (espero que não! rsrs). Aí poderei mostrar o quando sofri por ela! Hehe.<br />
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<br />Cristinehttp://www.blogger.com/profile/10857715682626610474noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-8587639692470303162013-09-05T13:49:00.003-07:002013-09-05T13:56:08.311-07:00Relato de Gravidez e Parto Natural - parte 1Aqui é a Cristine! Depois de muito tempo ausente aqui do blog vim contar sobre a gravidez e o parto da Natália, minha terceira filha que nasce quatro meses atrás!<br />
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Desde a última vez que postei aqui muita coisa mudou na minha vida, e uma delas foi que mudamos para os Estados Unidos! Depois de quase 1 ano morando aqui, meu marido começou a falar em um terceiro! Não imaginei que teria mais um bebê, já que depois do nascimento da Larissa passei por um período muito difícil por causa de um transtorno de ansiedade (leia mais <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com/2013/01/depressao-na-gravidez.html" target="_blank">aqui</a>). Naquela época minha vontade de ter mais filhos tinha ido embora, acho que a ansiedade e o medo me deixaram com vontade de simplesmente viver a vida com menos riscos, e amar sempre é um risco! Queria viver a vida de forma segura e previsível (como se isso existisse). Por causa da vontade do meu marido comecei a orar e pedir que Deus trabalhasse no meu coração. Afinal, não queria deixar de viver uma benção por causa de medo. Alguns meses depois acabamos sendo mais relaxados com a prevenção e um belo dia me deparo com duas linhas num teste de gravidez!<br />
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Tive uma gravidez tranquila a não ser pelo comecinho...meus primeiros 3 meses sempre são de MUITO, mas MUITO cansaço, sono, fadiga absurda. Me sentia doente, não conseguia levantar do sofá ou ter vontade de fazer qualquer coisa! O pior de tudo é que tudo isso aconteceu bem quando meus sogros e cunhada vieram passar um mês conosco aqui nos EUA...acabei não tendo tanta energia ou disposição para aproveitar tanto eles e também para passear mais. Mas eles ajudaram bastante e, claro, ficaram muito felizes com a notícia de mais um neto ou neta.<br />
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O acompanhamento do parto aqui foi bem diferente! Primeiro porque eu pude escolher uma médica para fazer o pre-natal, mas o parto em si seria com o médico da clínica que tivesse de plantão no hospital no momento do parto. Então dentro da clínica que escolhi tive o acompanhamento do pré-natal com uma médica da minha escolha, mas na hora do parto, poderia não ser ela a médica de plantão no hospital onde todos os médicos desta clínica fazem partos. Não fiquei muito chateada com isso porque acho que com o terceiro filho já não temos mais tanta ansiedade em relação ao parto, médico, etc. Pelo menos eu não!<br />
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Outra diferença foi a quantidade de ultrasonografias! No Brasil fiz muitas, e aqui apenas fiz com 7 semanas, 12 (este ultrasom e a medição da TN e tudo mais é opcional aqui), 16 e depois só com 35 semanas (porque pedi!!). Achei muito estranho essa falta de ultrasonografias, principalmente no final da gestação. Mas, como também estava super tranquila e já havia descoberto o sexo do bebê no ultrasom de 12 semanas, não senti urgência em fazer ultras. Só pedi o ultrasom com 35 porque queria ver com que tamanho ela estava. No fim, o ultrasom que fizeram foi na sala da consulta mesmo, com um aparelho super simples e uma imagem péssima..não dava pra ver nada!<br />
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As consultas a cada mês foram bem simples, pegavam meu peso, mediam minha barriga, conversava um pouco com a médica e pronto. Os exames também pareceram ser os mesmos que no Brasil. Gostei bastante da minha médica mas era bem estranho pensar que talvez nem seria ela a que faria meu parto. Mas tudo bem!<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-yGaR053IqUA/UijvYCtGa9I/AAAAAAAAAbs/T4mxwIpgkUw/s1600/IMG_7723.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-yGaR053IqUA/UijvYCtGa9I/AAAAAAAAAbs/T4mxwIpgkUw/s320/IMG_7723.jpg" width="157" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">39 semanas e 1 dia (um dia antes do nascimento)</td></tr>
</tbody></table>
A postura do médico em relação ao parto é bem diferente. Ninguém pergunta se você vai querer parto normal ou cesária, nem se fala em cesária! O parto é normal e ponto final...a não ser que você tenha alguma complicação séria. Pelo que vi, a única situação que exige já logo cedo uma decisão por cesária é quando a mãe já precisou ter uma cesária anteriormente. Aí não se discute, aqui eles fazem outra cesária. No Brasil já tive amigas que tiveram cesária e depois conseguiram ter parto normal!<br />
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Meu primeiro filho, o Tiago, e a minha segunda, a Larissa, ambos nasceram de parto normal. Veja o relato do parto deles <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com/2011/09/relatos-de-parto.html" target="_blank">aqui</a>. Com a Natalia, a terceira, não fiquei ansiosa em relação ao parto e sabia que se tudo fosse bem, seria normal também, ainda mais num país onde se faz de tudo para ser normal! Então quase não conversei com minha médica a respeito do parto.<br />
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Veja, no próximo post, o relato de como foi!<br />
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<br />Cristinehttp://www.blogger.com/profile/10857715682626610474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-53789847923710866562013-08-22T18:52:00.000-07:002013-08-23T17:08:08.790-07:00Devo exigir que o meu filho peça perdão? - Por Jen WilkinTexto extraído do blog "The Beginning of Wisdom" e originalmente publicado em 21/05/2013. Traduzido por mim com permissão da autora.<br />
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<b><span style="font-size: large;">FAQ: Should I make my child apologize? - By Jen Wilkin</span></b><br />
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Pais frequentemente me perguntam se é errado exigir que seus filhos peçam desculpas quando agem com falta de respeito ou desobedecem. Geralmente, a preocupação é que, ao fazê-lo, eles estejam ensinando o filho a mentir. Não seria muito melhor esperar a criança pedir perdão quando ela está realmente arrependida em vez de forçá-la a repetir um pedido de perdão que você a ensinou?<br />
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É louvável que você queira que o seu filho fale e aja sempre pelos motivos certos. E sim, obediência segundo o padrão de Deus vai além do que simplesmente dizer as palavras certas - a obediência segundo o padrão de Deus diz respeito a palavras certas com as motivações certas, é fazer o que é correto pelos motivos corretos. É esse tipo de obediência que pais cristãos desejam que seus filhos aprendam.<br />
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Mas como esse tipo de obediência é aprendido? Como a obediência segundo o padrão de Deus é assimilada? A resposta pode surpreendê-lo(a). Diferente dos adultos que aprendem pela razão, as crianças pequenas aprendem pela ação. Os adultos precisam ser convencidos de que uma determinada ação é a correta antes de desejarem adotá-la. As crianças, por outro lado, aprendem a fazer o que é certo antes de serem intelectualmente capazes de compreender as razões por trás da ação. Para elas, agir da maneira certa precede o entendimento do porquê é a atitude certa.<br />
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Os pais intuitivamente compreendem e aplicam esta "verdade educativa" com crianças pequenas em muitas áreas:<br />
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- Ensinando a linguagem dos <b>bons modos</b> antes que elas desejem ser corteses ("por favor" e "com licença").<br />
- Ensinando a linguagem da <b>gratidão </b>antes que elas se sintam gratas ("obrigado(a)").<br />
- Ensinando a linguagem do <b>respeito </b>antes que elas queiram ser respeitosas ("senhor" e "senhora").<br />
- Ensinando a linguagem da <b>oração </b>antes que elas tenham desejo de orar (Deus é bom, o Pai Nosso, etc.).<br />
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Em suma, ensinamos para elas as linguagens que elas devem dominar para interagir com as pessoas antes mesmo que compreendam o valor ou o conceito do porquê essas linguagens são necessárias e boas.<br />
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Por isso, minha resposta para a pergunta "Devo exigir que o meu filho peça perdão?" é um enfático "Sim". Se nós fielmente já ensinamos as linguagens dos bons modos, da gratidão, do respeito e da oração, então por que não ensinar a linguagem do perdão? Não é uma linguagem igualmente importante que eles saibam? Por que ensiná-los a pedir perdão os encorajaria a mentir, mas a dizer "obrigado(a)" sem estar com o coração grato não? Não seria cruel deixar nossos filhos de mãos vazias numa situação em que o perdão precisa ser buscado?<br />
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<b>A criança litúrgica</b><br />
Crianças são criaturas extremamente litúrgicas: elas amam a repetição. Isso explica a capacidade que elas têm para ouvir a mesma história ou ver o mesmo filme muitas e muitas vezes, o apego que têm a um ritual na hora de dormir ou a um ursinho de pelúcia, a tendência de gritar "De novo, de novo!" quando andam num carrossel. As crianças são programadas para a repetição porque a repetição as ajuda a aprender.<br />
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Assim como o pastor de uma igreja que usa liturgia toda semana não presumiria que sua congregação tem fé genuína só porque ela repete o Credo Apostólico, nós pais não presumimos que os nossos filhos estão realmente arrependidos só porque aprenderam a pedir desculpas. Mas nós damos a eles as palavras certas confiando que a motivação correta irá acompanhá-las à medida que eles amadurecem.<br />
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Assim como a congregação precisa ver o pastor viver na prática a liturgia que ele usa na ministração, os nossos filhos precisam ver em nossas vidas a verdade das linguagens que lhes ensinamos. Uma criança que vê seus pais, genuinamente arrependidos, pedir perdão quando erram com eles irá rapidamente aprender a fazer o mesmo. Toda vez que pedimos perdão aos nossos filhos, nós damos a eles uma ideia de como é um genuíno e maduro pedido de perdão: "<i>Me desculpe por tê-lo(a) machucado com as minhas palavras. No seu lugar eu ficaria assustado(a) e triste porque a Mamãe gritou com você. Não é certo eu falar assim com você. Você é precioso(a) para mim. Eu o(a) amo muito e não quero fazer isso novamente. Eu não honrei a Deus e eu não honrei você. Eu oro que Deus me ajude a mudar. Você me perdoa?</i>".<br />
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<b>Crianças mais velhas e pedidos de perdão</b><br />
Devemos exigir que crianças mais velhas peçam perdão? À medida que crescem, elas se tornam intelectualmente capazes de associar a motivação correta à ação correta. Elas se tornam aptas a pedir perdão sem serem mandadas e sem palavras decoradas. Uma criança mais velha que já demonstrou genuíno arrependimento (e tem o exemplo dos pais), provavelmente está pronta para uma abordagem diferente quando um pedido de desculpas se faz necessário.<br />
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- "<i>Essa foi uma reação exagerada. O que você acha que precisa acontecer agora?" (Eu preciso pedir desculpas). "Sim. Você está pronto(a) para fazer isso agora ou precisa de alguns minutos para pensar no que quer dizer?</i>".<br />
- "<i>Eu acho que você já sabe qual a coisa certa para se fazer agora. Eu oro para que o Espírito Santo lhe mostre que você precisa de perdão. Estaremos prontos para conversar quando você estiver</i>".<br />
- "<i>Você precisa pedir perdão para a sua mãe. Use alguns minutinhos para pensar sobre o que você quer dizer e, quando estiver pronto(a), venha dizer a ela como você se sente sobre o que aconteceu</i>".<br />
<br />
E então sim, espere o arrependimento genuíno se manifestar. Se demorar muito a aparecer, talvez sejam necessárias mais conversas sobre como a falta de perdão prejudica os relacionamentos e também estabelecer consequências que deem conta do recado. Mas a criança que está acostumada com um pai que rapidamente se arrepende e perdoa irá tipicamente fazer o mesmo.<br />
<br />
Então, sim, exija um pedido de perdão do(a) seu(sua) filho(a) pequeno(a). Não permita que o medo de ensiná-lo(a) a mentir impeça você de educar seus filhos na liturgia do arrependimento. Seja exemplo para eles do que significa arrepender-se segundo o padrão de Deus, eduque-os fielmente na linguagem do perdão e ore para que o Senhor use as suas palavras e o seu exemplo para trazer genuíno arrependimento aos seus pequenos corações.<br />
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<i>Jen Wilkin é esposa, mãe de quatro incríveis crianças e defensora de que as mulheres amem a Deus com suas mentes através do fiel estudo da Sua Palavra. Ela escreve, ministra e ensina mulheres sobre a Bíblia. Ela mora em Flower Mound, no Texas, e sua família chama "The Village Church" seu lar. Você pode encontrá-la em <a href="http://www.jenwilkin.blogspot.com/">www.jenwilkin.blogspot.com</a>.</i>Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-19476165837418191282013-08-10T16:36:00.000-07:002013-08-10T17:00:53.858-07:00Carta à minha filha Nicole (quase 4 anos)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-uMlB95PqD1o/UgbRrfp5sTI/AAAAAAAAAWc/XVT3uWi67nE/s1600/IMG_1540.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-uMlB95PqD1o/UgbRrfp5sTI/AAAAAAAAAWc/XVT3uWi67nE/s320/IMG_1540.JPG" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Querida filha Nicole,</div>
</div>
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Há um bom tempo - desde que você era bebê - eu venho a este blog escrever coisas a seu respeito. Eu falo do que você está aprendendo, de como são os seus dias e também um pouco da minha experiência em aprender a ser mãe. Agora que você está mais crescidinha, eu vim falar diretamente a você, ao seu coração!<br />
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Eu sei que um dia, quando você já souber ler e for uma moçona, você vai se interessar em ler as minhas palavras. Não sei quanto tempo de vida Deus nos dará aqui na terra, mas seu pai e eu queremos aproveitar todas as oportunidades que Ele nos der para ajudar a apontar a direção que você irá seguir quando for adulta e tiver de tomar suas próprias decisões. Sabemos que o seu tempo conosco em casa é um período crucial de preparação para a sua maturidade, portanto todo o tempo que temos juntas é precioso!<br />
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Você ainda nem completou 4 anos, mas já tivemos muitas conversas profundas sobre Deus, vida e morte. Geralmente elas acontecem durante o almoço. Tão novinha ainda e você vem cheia de perguntas sobre o passado e o futuro. São perguntas inteligentes, de quem quer entender a vida e o mundo em que vivemos. Você quer saber porque você come para crescer, porque as pessoas ficam velhas e um dia morrem (como a Vovó Romilda), porque você foi à escola quando tinha 2 anos e agora não vai mais, porque algumas pessoas pedem dinheiro no farol, porque picham a parede das ruas, porque os médicos cortam a barriga das mulheres para tirar o neném... e muitas outras perguntas engraçadas e bem difíceis de responder.<br />
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Eu faço questão de lhe contar a verdade - de uma forma que você vá entender, é claro, mas meu compromisso é de falar tudo o que eu conheço da verdade. Não quero oferecer substitutos para a verdade na tentativa de amenizar as coisas para você. Você é uma criança, eu sei, mas merece o meu respeito. E eu quero merecer a sua confiança, quero que você sinta-se sempre à vontade para me procurar para fazer as perguntas difíceis da vida. Não tenho todas as respostas, mas o que eu souber lhe falarei com sinceridade porque acredito, do fundo do meu coração, que a verdade liberta. E é fundada na verdade, na Bíblia, na Palavra de Deus, que seu pai e eu queremos educá-la: ensiná-la a andar nos caminhos do Senhor.<br />
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Conforme você for crescendo, você vai perceber que não temos as respostas para todas as suas perguntas. Aliás, isso já acontece hoje em dia: você me pergunta algo, eu digo que não sei e você insiste, perguntando: "Mãe, mas por que você não sabe tudo?".<br />
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Boa pergunta!! Eu também queria saber, rsrs.<br />
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Muitas de suas dúvidas, querida, nós poderemos estudar e pesquisar, para juntas aprendermos. Outras você precisará perguntar diretamente a Deus, o Criador do Universo. Eu não tenho todas as respostas, mas Ele tem, filha. Pode confiar! Busque-o com toda a sua força e Ele irá sussurrar em seu coração nos seus momentos de oração. E quanto àquelas outras perguntas (as mais complexas), você - como eu - precisará guardar no coração para um dia, na Eternidade, poder perguntar diretamente ao Rei dos reis.<br />
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Filhinha, eu não vou viver para sempre nesta Terra. Espero viver longos anos, mas o fato é que um dia eu vou morar com Jesus. Hoje estou com 31 anos e sei que parece cedo para falar em partida, mas o que quero é reforçar que, quando eu for, desejo que você continue se sentindo amada. Eu vou mas as minhas palavras ficam! As palavras faladas eu espero que você carregue na memória e as palavras escritas ficarão aqui para um dia você recordar e se sentir encorajada que Deus cuidou de você desde o 1o. momento da sua vida.<br />
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Nicole, você é uma garota única, uma pérola preciosa. Nunca se esqueça disso. Você é especial.<br />
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Eu olho em seus olhos e eu consigo ver a mulher formosa que você já é, mesmo aos 3 anos de idade. Para a glória de Deus, você crescerá saudável e será uma grande mulher, uma mulher importante e cheia de vigor. Vejo isto nos seus olhos, no seu sorriso, no seu jeito de falar, na sua espontaneidade, carisma e inteligência. Você nasceu para brilhar a luz de Cristo, minha filha, para anunciar a vitória que Jesus conquistou para nós na Cruz. A missão casa bem com o significado do seu nome: "vitória do povo" ou "povo vitorioso".<br />
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Tenho convicção de que Deus tem uma missão especial para você cumprir, que irá abençoar muitas vidas. E isso não será algo para um futuro distante, começa desde já na sua infância. Eu sei o quanto você é preciosa, o quanto é amada por Deus e, saiba, tenho muito orgulho de ser sua mãe!! Que privilégio poder caminhar com você nestes dias da sua formação e participar da sua vida!<br />
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Querida, para finalizar quero dizer que não importa o que acontecer, você será sempre a nossa princesa. Papai e eu a amamos muito, viu?! É tanto amor que não cabe no peito!<br />
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E minha oração de mãe é que você descubra em Deus o propósito da sua vida. Que você seja sensível, focada e ousada no Espírito! Que você experimente mergulhar nos braços do Pai. Que você nunca deixe de confiar nEle e que aprenda a discernir a Sua doce voz. Essa voz, meu amor, é que irá guiá-la pelo caminho seguro até o dia da Sua vinda!!<br />
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Guarde essas palavras no seu coração.<br />
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Com muito amor,<br />
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TalitaTalitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-77493399391612271062013-07-24T18:46:00.000-07:002014-05-03T16:47:38.644-07:00Pensando em ter parto em casa? Inspire-se com esses vídeos!Seis meses atrás eu postei alguns vídeos inspiradores sobre parto natural humanizado (<a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/02/parto-humanizado-videos-que-inspiram.html" target="_blank">acesse aqui</a>), vocês se lembram? Hoje eu vim compartilhar outros dois vídeos que encheram meus olhos de lágrimas. Sério, não tem como assistir e não chorar de emoção. Aliás, toda vez que eu assisto eu choro de novo, rs.<br />
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Sou manteiga derretida mesmo, eu sei... mas vocês vão ver como não estou exagerando!!</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/67928527?title=0&byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="400"></iframe>
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O que eu mais gostei desse parto foi a liberdade e a autonomia da parturiente como protagonista do parto. A parteira estava lá, o marido estava lá e até as crianças e outra pessoa estavam lá... mas eram pessoas em quem ela confiava, não eram estranhos. Ela estava à vontade, em seu próprio ambiente e não parecia acanhada de gemer quando sentia dor porque ela literalmente estava em casa e podia ser ela mesma!<br />
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Ela se movimentava livremente, sentava no chão, se apoiava no marido, subia na bola... fazia o que queria. Tinha liberdade para ouvir o próprio corpo e deixar o parto acontecer no seu próprio ritmo, naturalmente.<br />
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Ah, e vocês repararam na técnica da vocalização que ela usou para ajudar o canal se abrir sem lacerar o períneo? Eu achei o máximo aquilo porque foi justamente o que a Dra. Melania Amorim ensinou naquele documentário sobre parto humanizado que eu amei e publiquei aqui no blog um tempo atrás (<a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.com.br/2012/12/parto-no-brasil-caminho-da-humanizacao_15.html" target="_blank">acesse aqui</a>). Ela explica que durante o parto é preciso relaxar o períneo (e não contrai-lo). Fantástico.<br />
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Porém, a parte mais linda mesmo foi a reação dela quando a bebê nasceu. Foi ela mesma quem pegou a criança no colo e trouxe-a para perto do peito. Que diferença de um parto natural no hospital!!<br />
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Nos meus partos (ambos 'normais' hospitalares), eu precisei ficar o tempo todo "quietinha" na cama, com as pernas erguidas (presas) e sem poder encostar as mãos no pano azul pra não contaminar o campo estéril. Eu não fui a primeira pessoa a pegar as minhas filhas quando elas nasceram - elas foram direto para a mão de pediatra e enfermeiras que fizeram malabarismo com elas enquanto eu tentava assistir de longe. Depois a limparam, colocaram um lacinho na sua cabeça e a trouxeram para eu ver. Acho que a examinei por uns 30 segundos e daí já a levaram embora de novo. Meu marido teve de sair da sala, a médica terminou o serviço de sutura lá embaixo (por causa da episio) e então eu fiquei sozinha em recuperação (por causa da anestesia). Só fui ver minhas filhas de novo (e pegá-las de verdade) horas depois. E só então pude amamentá-las.<br />
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Agora veja que diferença para este parto filmado. A bebê nasce e a mãe tem uma reação tão linda, tão espontânea, tão natural de um momento como esse. Parece que ela delira! Ela agradece a Jesus pelo nascimento da filha e da boca dela começam sair palavras de bênção sobre a vida dela... puxa, que especial! É de arrepiar os pelinhos do braço, rs! Sem falar do privilégio de ter ali sua família perto neste momento, as outras filhas reagindo natural e espontaneamente também, o marido já podendo pegar a bebê no colo, esquentá-la com a toalha, colocar sua primeira roupinha... e sim, cortar o cordão umbilical.<br />
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Simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO, não é mesmo?!<br />
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Agora o próximo vídeo de parto domiciliar...<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/pSyCal8fqig?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Se com o primeiro vídeo pude me assegurar que parir é uma experiência de grandes emoções, este me transmite aquela deliciosa sensação de paz após a agonia. Dava para sentir a tensão da dor que a parturiente, que desabou a chorar provavelmente porque estava muito difícil, estava sentindo... e o marido ali o tempo todo encorajando-a, dentro da água junto, apoiando, dando força.<br />
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Quando a bebê finalmente nasce vocês repararam no semblante de serenidade e alívio dela? E o sorriso de orgulho do pai? Que casal apaixonado curtindo juntos a vitória. Como se tivessem escalado o Everest e agora podiam comemorar contemplando a linda paisagem lá do alto.<br />
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Há muitas semelhanças deste vídeo para o outro. Ambos foram partos na água, em ambos os partos o marido participou do processo mais do que a doula/parteira (o que eu achei lindo de ver!) e em ambos a mãe que deu à luz ficou perfeitamente bem e em paz de espírito tão logo a bebê nasceu. E, sim, ambas estavam perfeitamente à vontade, no conforto do lar, indo e vindo conforme desejavam... aparentemente sem interferências desnecessárias. O vídeo mostrou as parteiras e assistentes apenas observando.<br />
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Também pude perceber que nos dois casos elas usaram a técnica da "open glottis" durante as contrações, ou seja, é evidente que se prepararam para este momento. O parto em casa foi algo planejado pelo casal. Elas não caíram ali de pára-quedas e estavam sem saber qual era o próximo passo. Elas estavam cientes de que deveriam deixar o processo acontecer naturalmente. Certamente devem ter estudado a fisiologia do parto e se prepararam física e psicologicamente para enfrentar a dor porque sabiam que ela era necessária para o processo todo.<br />
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Bem, os vídeos são lindos e inspiradores, mas eu sei bem que não é todo mundo que encara um parto natural em casa (principalmente na nossa cultura e nesta época da história em que vivemos). Eu sei que o cenário está mudando e que o movimento do "renascimento do parto" (aproveitando o nome do filme que será lançado mês que vem aqui no Brasil!) está ganhando força, o que me deixa bem empolgada. Talvez daqui uma ou duas décadas as mulheres adotem uma nova mentalidade e as estatísticas cesariana x parto normal x parto domiciliar sejam outras completamente. Eu torço para que aconteça!<br />
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Até muito recentemente a ideia de parir em casa era algo que eu jamais cogitaria, mas confesso que venho sonhando com isso ultimamente. No mês passado cheguei a comentar com a obstetra que fez os meus dois partos normais (sim, foi ela... e não eu, sniff sniff... meu papel foi ficar passiva e obedecer comandos) e ela quase teve um TRECO! Apenas pra constar, na opinião dela partos domiciliares na cidade de São Paulo são um absurdo e um capricho sem cabimento. :-(<br />
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Mas voltando... Não é toda mulher que encara um parto em casa hoje em dia. Se este é o seu caso, eu vou aproveitar o post de hoje para divulgar um outro vídeo, desta vez um documentário bem curtinho (17 min) publicado há 3 anos, sobre parto natural humanizado. Chama-se <a href="http://vimeo.com/8526305" target="_blank">Parto Natural - Natural Birth</a>. Quem não se sente ousada o suficiente para parir em casa mas também não gostaria de ter em hospital por causa dos procedimentos rotineiros que tolhem a liberdade da mulher, é legal saber que também existem as casas de parto. Eu ainda não sei muito sobre elas, mas sem dúvida é uma opção a ser considerada.<br />
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O documentário é rápido e objetivo e os profissionais que participaram deles esclarecem pontos cruciais. Eu recomendo que você assista e divulgue-o para todas as suas amigas grávidas (e mesmo as não grávidas). Quanto mais informações a mulher tiver sobre como acontece o parto, tanto melhor para todos nós! </div>
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Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-86443167821901626172013-07-23T11:21:00.000-07:002013-07-24T16:57:33.568-07:002 anos de Alícia!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4WRXBbNP2aQ/UfBiwKbdKRI/AAAAAAAAAVo/uKwSAFmBF64/s1600/IMG_1525.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-4WRXBbNP2aQ/UfBiwKbdKRI/AAAAAAAAAVo/uKwSAFmBF64/s1600/IMG_1525.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
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Atrasadíssima, mas aqui estou para contar um pouco das novidades dos últimos 2-3 meses. Sim, porque já se passaram 34 dias do 2º. aniversário dela. Ou seja, ela já está com 2 anos e 1 mês!<br />
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<b>Rotina, Sono, Dentição e Alimentação</b><br />
A rotina da Alícia continua a mesma. Ela dorme bem à noite (no mínimo 11 horas seguidas) e tira sonecas de 3 horas à tarde (geralmente das 12:00 às 15:00). Aliás, eu tenho a impressão de que ela dorme melhor do que a irmã nesta idade. Raras vezes a Nicole passou das 7:00 da manhã (era um reloginho), a Alícia já algumas vezes. Um dia me surpreendeu acordando às 8:15!<br />
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Os dentes dela demoraram a começar a nascer, mas agora ela já está com o sorriso praticamente completo. Depois de publicar o último post (<a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/04/1-ano-e-10-meses-de-alicia.html" target="_blank">leia aqui</a>) contei e ela já estava com 12 dentes! Faltavam 8 pra completar os 20 dentes de leite. Preciso contar de novo pra saber quantos ela já tem agora, rs. O que me impressionou é que do 1º dente até o 12º se passaram menos de 8 meses. Pouco tempo, né?<br />
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Quanto à diarreia, ela tomou o vermífugo daquele vez e não fiquei convencida de que o problema era esse. Eu acho que era de engolir pasta de dente! Agora ela está usando um creme dental específico pra crianças bem pequenas (sem flúor) e a diarreia parou de vez (embora ela continue fazendo cocô muitas vezes por dia, pelo menos duas, que eu entendo que seja sinal de boa alimentação e saúde). Eu explico que ela precisa cuspir e não pode engolir, ela faz que 'sim' e tenta, mas não adianta. No fim das contas, ela engole muita água com pasta ainda assim!<br />
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Uma observação é que aos poucos percebo que a Alícia está diminuindo a ingestão de alimentos. Mas ela continua comendo com muita pressa (igual à mamãe e diferente da irmã e do papai que comem devagar). Hoje, por exemplo, parti uma pera em 4 partes para dar de lanche da tarde. Enquanto a Nicole comia 1/4 da pera, a Alícia comeu as outras três partes!! Muito veloz essa menina, eu preciso ensinar para ela que é preciso mastigar melhor, com calma, e não engolir a comida toda de uma vez.<br />
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<b>Desenvolvimento, Temperamento e Relacionamento com a irmã</b><br />
Preciso confessar: tenho uma dificuldade imensa de não compará-la com a minha outra filha. Eu tento, prometo que tento, mas a Nicole acaba sendo a minha referência. O problema é que a minha memória NÃO é confiável. Não mesmo porque eu fico achando que a Nicole sabia muito mais coisas nesta idade, tinha uma pronúncia muito melhor, etc. E vai ver até sabia mesmo (porque ainda não consegui ensinar as cores pra Alícia!!), mas o fato é que um dia desses o Douglas me mostrou um vídeo da Nicole com 2 aninhos (aprox.) brincando com a Alícia recém-nascida e a pronúncia dela estava horrível também, kkkk!<br />
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Eu me admirei e achei engraçado porque naquela época a minha percepção do "bom" e "ruim" era outra completamente. Para os meus ouvidos a Nicole falava super bem, eu entendia tudo direitinho... rsrs. E agora eu fico com essa cisma com a Alícia, tadinho do segundo filho, né? A mãe o compara injustamente com o filho mais velho. Eu sei que faço isso inconscientemente e tento me policiar para incentivá-la e elogiá-la de igual modo. Ainda bem que existe a tecnologia para nos mostrar o que REALMENTE aconteceu. :-)<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-BtbTlvJcKlQ/UfBlBjUGjSI/AAAAAAAAAWE/JdAovf2yf5k/s1600/IMG_1375.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-BtbTlvJcKlQ/UfBlBjUGjSI/AAAAAAAAAWE/JdAovf2yf5k/s1600/IMG_1375.JPG" height="200" width="150" /></a><br />
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Tudo isso para dizer que estou me esforçando para deixar a Alícia se desenvolver no seu próprio tempo e acho que ela está indo muito bem. Ela repete as palavras espontaneamente, forma frases com 3-4 palavras (inglês e português misturado, quero só ver quando começarmos a aprender francês no Canadá!), enfim está se esforçando para se comunicar e interagir. E aprendendo a ser tagarela e insistente como a irmã (socorro!). Está cada vez mais parecendo mocinha crescida. Aprendeu a pular de verdade recentemente (antes ela mexia o tronco como se estivesse pulando, só que sem tirar os pés do chão). Aprendeu a beijar também - antes fazia só o barulhinho "uá" (a Nicole fazia "bi", rs).<br />
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Quanto ao temperamento, noto que a Alícia está aos poucos deixando de ser tão insegura e agarrada em mim. Ela é do tipo criança agarrada nas pernas da mãe, sabe? Aquela que fica seguindo-a pela casa o dia todo. Cheguei a me perguntar algumas vezes o que eu tinha feito para ela ser assim, rs. É difícil aceitar que esta é a personalidade dela, eu fico achando que é a minha culpa! Esse apego todo me frustra às vezes. Eu sinto que ela não está tão confiante e independente quanto a Nicole (que começou a ir para a escolinha aos 18 meses) estava nesta idade. Desde bebê a Alícia aceitava bem ficar no berçário da igreja (nunca ou raramente chorava), mas agora ela não está mais querendo ficar e eu fico sem entender o porquê. Depois que aconteceu um acidente lá dentro há alguns meses, em que ela caiu e machucou a boca, eu estou com receio de ficar insistindo. Por causa da diferença de idade, as meninas ficam em salas diferentes e percebo também que isto deixa a Alícia chateada. Ela aponta para a sala da irmã e diz que quer entrar lá com ela.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-90sKwCwt7PY/UfBlbU9rFwI/AAAAAAAAAWM/gwQtN0IUnP8/s1600/IMG_1461.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-90sKwCwt7PY/UfBlbU9rFwI/AAAAAAAAAWM/gwQtN0IUnP8/s1600/IMG_1461.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
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Parando para refletir agora, uma vez por mês durante a semana eu as levo comigo para uma reunião de mamães que tem na igreja. E nesse dia as tias juntam as salas e elas brincam juntas. Foi em um dia da semana que ela caiu e se machucou. Mas aos domingos é separado e a Alícia não se conforma que um dia ela pode brincar com a irmã e outro dia não, então ela chora e esperneia muito quando a deixamos na porta.<br />
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Como acho que já deu pra notar, ela é muito apegada à irmã e se espelha muito nela (imita tudo, rs). Se algum dia ela acorda mais tarde e não vê a irmã na cama, a primeira coisa que ela pergunta é "Dê Kicky?" (ela não consegue dizer Nicky ainda, rs). Uma das expressões que ela mais tem usado ultimamente é "___ Kicky too", sempre incluindo a irmã em tudo o que faz ou quer/pede pra fazer. É bem fofo de ver. Esses dias ela me pediu pra ir na casa da vovó, eu respondi que a gente iria tal dia e daí ela perguntou: "Vovó house Kicky too?" Ou o contrário, a Nicole pede algo e no mesmo instante ela vem para mim e diz "Me too." ou "Isha too." (Isha é o jeito que ela pronuncia o próprio nome, mas às vezes ela diz Ily também).<br />
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No geral, ela é muito simpática e amável com as pessoas (as pessoas comentam), exceto com o pediatra - até hoje ela chora muito quando ele vai examiná-la. E eu percebo também o coração materno dela, é uma graça observar como ela ama cuidar de suas bonecas, cobri-las com o paninho, alimentá-las, etc. Ela é bem carinhosa e espirituosa. E olha que não tem nenhum bebê na família para poder dizer que ela está imitando o comportamento adulto de alguém (como a Nicole quando a irmãzinha chegou da maternidade), mas quando ela encontra bebês em festas ou outros lugares públicos, ela fica extasiada de alegria e voluntariamente se aproxima do carrinho ou do colo da mãe pra conversar e fazer carinho nele(a).<br />
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<b>Peripécias</b><br />
Algumas semanas atrás ela se machucou feio em casa - cortou o lábio e precisou levar três pontos! Ela não estava fazendo nada de perigoso. Meu marido tinha saído com as meninas pra eu poder dar uma geral na casa e lavar a roupa. Quando elas voltaram, umas 3 da tarde, eu estava na sala passando roupa. A Alícia havia pulado a soneca e estava cambaleando de sono, deveria ter ido direto tirar uma soneca. Mas a Nicole estava firme e forte, toda agitada, e chamou-a pra brincar de "barquinho" com os meus cestos de roupa pra passar (que têm formato parecido com barco mesmo). São três, um de cada tamanho, e já estavam vazios. A Nicole entrou no maior e a Alícia no menor. Na hora de levantar, ela se desequilibrou e caiu pra trás contra a parede. O cesto virou junto e bateu com tudo na boca dela. Quando vi o sangue pensei que ela tivesse quebrado um dente! Eu sou muito mole para essas coisas (era meu marido sempre que as segurava para tomar vacina no posto!) e comecei a passar mal de ver (e imaginar) o corte aberto. Eu falei para o meu marido que eu dirigiria, mas ela só queria o meu colo e ficou chorando no caminho. Então tive de enfrentar minha própria fraqueza pra segurá-la no colo no banco de trás enquanto íamos para o pronto socorro!<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-vwXLrLQyY9A/UfBj0EdF6sI/AAAAAAAAAV0/cA2LnASH_Kk/s1600/IMG_0151.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-vwXLrLQyY9A/UfBj0EdF6sI/AAAAAAAAAV0/cA2LnASH_Kk/s1600/IMG_0151.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Esta foto é de fev/13, mas dá para ver como são os cestos.</td></tr>
</tbody></table>
<b>Comportamento e Disciplina</b><br />
No momento estou ensinando a Alícia a não falar "não" para a mamãe (é a resposta padrão dela para qualquer comando - a fase conhecida como "terrible twos"). Estou insistindo na frase "Yes, Mommy" para ensinar a submissão. E quando ela desobedece e eu a disciplino também insisto para que ela use o "Sorry, Mommy" para ensinar a humildade. No relacionamento entre irmãos, o meu foco em casa é ensinar a generosidade. Quem tem filhos nesta idade sabe muito bem como é complicado administrar conflitos. Uma criança sempre quer o brinquedo que está nas mãos da outra. E, geralmente, é o filho mais velho que precisa ceder. Aqui em casa eu faço diferente. As duas recebem tratamento igual (na medida do possível) porque meu objetivo é que as duas aprendam a dividir e a ser amáveis.<br />
<br />
Então quando uma quer o brinquedo que está nas mãos da outra (acredite, isso acontece várias vezes por dia), primeiro eu me certifico que de que ela está pedindo de forma apropriada - com calma e usando "por favor". Digo isso porque, principalmente com os menores, o desafio é ensiná-los que não pode-se arrancar as coisas das mãos dos outros (o famoso 'domínio próprio', tão importante de ser ensinado desde bebês). Em segundo lugar, eu reforço o pedido feito, dizendo algo do tipo: "Alícia, Nicole wants to play with that toy too. Can you share it with your sister, please?" (traduzindo: Alícia, a Nicole quer brincar com este brinquedo também. Você pode dividi-lo com ela, por favor?). Se a criança se recusa e diz que não, daí eu digo: "If you can't share your toys, then you can't have them. Give it to me, please" (Se você não consegue compartilhar seus brinquedos, então você não pode brincar com eles. Me dê ele aqui, por favor). Daí claro ela entrega o brinquedo para a irmã rapidinho, rs. Só que daí advinhe o que acontece? Isso mesmo, alguns minutinhos e a irmã que emprestou pede o brinquedo de volta (do jeitinho certo, com o "please") e daí o processo se repete, com a outra irmã tendo a oportunidade de aprender a ser generosa e a preferir o outro a si mesma (cedendo a sua vez, o seu brinquedo, etc.). No meu entender, isso é pastorear o coração da criança!<br />
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Outra grande dificuldade da Alícia no momento é aprender a lidar com o "não". Pasmem: a Alícia é do tipo de criança que se joga no chão, chuta e bate quando é contrariada! Ah, ela também faz desaforo e joga as coisas no chão quando está com raiva. Eu fico perplexa às vezes com o temperamento forte dela, mas daí meu marido vem e me lembra que com a Nicole foi a mesma coisa (pior que eu não lembro direito, de novo minha memória me iludindo com um falso "mar de rosas", rsrs!!). Quando ela faz essa cena de frustração, minha reação é ser firme. Normalmente eu a tiro de cena no mesmo instante para eu poder orientá-la no particular - mesmo em casa, para ela ser disciplinada com dignidade, sem a presença da irmã.<br />
<br />
Uma mania que ela tem que me deixa maluca é tirar as meias e sapatos. Ela gosta de ficar descalça, inclusive na hora de dormir. Eu não consigo entender isso. Meus pés congelam nesse frio. Eu posso entrar no quarto delas para colocar as meias de volta nela, mas pode ter certeza: pela manhã ela estará sem meias de novo. E lembro que com a Nicole foi diferente, mas hoje graças a Deus ela não faz mais isso, rs.<br />
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<b>Desfraldamento</b><br />
Pra encerrar o post, preciso falar do desfraldamento. Depois que voltamos da viagem em abril, me empenhei em desfraldá-la pra valer (durante o dia). Ela estava progredindo bem, dentro do esperado (com muitas calças molhadas por dia). Um dia ficamos o dia todo fora (buscar os passaportes no shopping, ir ao sacolão, dentre outras paradas) e ela só deixou vazar xixi uma vez. Eu fiquei tão orgulhosa dela! Mas tem dias que parece que a criança regride (com a Nicole também foi assim, então eu sabia que fazia parte), mas eu estava ficando estressada com o fim do semestre da faculdade (normal também) e, sem ajuda doméstica, eu não estava conseguindo dar conta de tudo, principalmente de lavar a roupa com a frequência necessária... Então achei mais prudente levantar a bandeira branca e dar um tempo. Era coisa demais para eu administrar e desfraldamento é algo demanda atenção, paciência e TEMPO, coisa que eu não tinha.<br />
<br />
Enfim, agora estou de férias ainda me recuperando do semestre difícil e ainda por cima planejando nossa viagem no mês que vem (vamos passar 1 ano no Canadá), por isso não estou muito animada ainda para voltar no propósito de desfraldá-la com força total. Vamos ter muitas mudanças daqui pra frente e a minha mente já está tão cheia de preocupações (como sempre - ai, Senhor, me ajude!), estou orando para o melhor momento... confesso que tem dias que acordo revigorada e disposta para encarar o desafio, mas daí ao primeiro acidente eu já me desanimo de novo, rs. Eu sei que a constância é importante e estou falhando muito nisso. Mas o meu consolo é que a Alícia está amadurecendo e às vezes ela me surpreende. Hoje mesmo coloquei-a pra tirar a soneca da tarde e, minutos depois, quando entrei no quarto a encontrei totalmente sem roupa e fralda (nesse frio!!) pedindo pra fazer xixi. Senti que a fralda estava quente porque ela já tinha feito, mas levei-a para o banheiro mesmo assim. Não é que ela terminou de fazer no vaso?<br />
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Não sei quando volto para fazer o próximo update. Acho que a partir de agora vai ser a cada 3 ou 4 meses. Tenho tantas coisas que gostaria de escrever e publicar aqui no blog, mas não consigo. :-(<br />
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Meu próximo desafio é fazer um resumo (com fotos) do nosso semestre de <i>homeschooling</i>, aguardem!!Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-78549825118989061332013-07-18T19:06:00.001-07:002013-07-23T10:08:44.593-07:00Ter filhos ou ser mãe?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Hoje recebi por e-mail a indicação de um vídeo em que a jornalista e também mãe de duas filhas, Maristela Tesseroli, co-autora do livro "Quero mesmo ser mãe?" (lançamento de 2010), fala sobre maternidade e ressalta a diferença entre querer TER FILHOS e querer SER MÃE.</div>
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Embora eu não tenha lido o livro e nem sei se concordo ou não com os valores que ele prega, eu me identifiquei com muitas das partes da sua fala no vídeo e achei que seria proveitoso compartilhá-lo com vocês e aproveitar para comentar alguns pontos sobre ele aqui no blog.</div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/7ni0NwhNhD8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
O relato da experiência da Maristela me fez novamente pensar sobre como nossa sociedade está estruturada atualmente. Acho tão importante refletirmos sobre isso!<br />
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Em primeiro lugar, parece que a grande maioria das mulheres de nossa geração (e eu me incluo nesta lista!) não teve uma criação focada em nos ensinar a ser mães. Brincamos de bonecas, é evidente, e muito provavelmente também sonhamos em algum dia ter filhos (porque parece que é algo que toda mulher deve fazer), mas no geral parece que a ênfase e a prioridade eram dadas aos estudos e à carreira. Conseguir um diploma universitário e um bom emprego para obter independência financeira era, sem dúvidas, sinônimo de sucesso na vida. E, no caso de filhas de mães donas-de-casa, obtê-los significaria ainda superar a própria mãe e conquistar aquilo que ela sempre desejou e não pôde ter.<br />
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Eu senti esse mesmo baque que a Maristela falou quando sua primeira filha nasceu. Como ela, também sempre fui estudiosa, empenhada profissionalmente e ávida leitora. Portanto, durante a gestação da Nicole, eu também recorri aos livros. LI MUITO. Fui atrás de informações, conversei com pessoas, envolvi o meu marido e tentei me preparar o máximo que pude para a maternidade.<br />
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E aqui aproveito para contar que este semestre na faculdade o professor de psicanálise fez uma crítica à geração de pais inseguros da contemporaneidade que vão atrás de livros de auto-ajuda porque querem que alguém lhes dite passo-a-passo como é que eles devem fazer para educar os filhos. Eu concordo que isso ocorre. Há sim muita insegurança por parte dos pais de primeira viagem, mas era de se esperar, não?!<br />
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A observação que ele deixou de fazer em sua crítica é que, na verdade, o comportamento da atual geração de pais é fruto das mudanças que estão ocorrendo em nossa sociedade, mudanças estas que praticamente impossibilitam que as pessoas consigam aprender sobre a maternidade e paternidade por observação.<br />
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É verdade que provavelmente conhecemos muitas mulheres que têm filhos e que nos falam deles no dia-a-dia, mas são RARAS as oportunidades que temos de vê-las exercendo o "ser mãe"! E, pra completar o novo quadro, com o advento da escolarização cada vez mais precoce, nós também estamos compartimentalizando as nossas crianças por faixa etária. Já repararam? Assim, fica ainda mais complicado uma mãe inexperiente (e que passa muito tempo longe dos filhos) conseguir ensiná-los a conviver pacificamente, a se respeitarem, a serem companheiros, etc. Será que a organização serial da escola não está favorecendo que as crianças pequenas 'desaprendam' algo que a vida familiar força por ensinar (o conviver bem com pessoas de outra idade, tendo paciência com as crianças menores, por exemplo?).<br />
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Não sei vocês, mas eu ouço MUITAS mães reclamando que os filhos não se dão bem, se odeiam, se batem... Eu e meu irmão (2 anos mais novo) também éramos assim na infância. Brigávamos muito. E eu não acho que isso deva ser visto como 'normal'. Não quero criar minhas filhas com este padrão. Claro que há desentendimentos e arranca-rabos vez ou outra (muito frequentes em alguns dias!), mas eles acontecem mais quando as deixo muito tempo sem supervisão (geralmente por causa da mais nova que ainda está aprendendo a brincar civilizadamente). O ponto é que tirei a Nicole da escola este ano pra ficar em casa com as duas (e experimentar o <i>homeschooling</i>) e percebo o quanto elas se aproximaram! Isto me deixa feliz. Vê-las cuidando uma da outra, brincando juntas ou dando gargalhadas não têm preço. : )<br />
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Claro, acho que as brigas podem ter a ver com a ida precoce à escola, mas também têm muito a ver com a ausência da mãe no dia-a-dia da vida das crianças, para orientar o seu comportamento e aproveitar as diversas oportunidades que há num dia para pastorear o coração dos filhos! A gente ouve muito que o que importa é ter "qualidade de tempo" e, embora eu concorde que "qualidade" vale mais do que "quantidade", eu sinceramente acho que não é possível ter "qualidade" com pouca "quantidade", me entendem?<br />
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A Maristela também mencionou babás que são contratadas para cuidar das crianças o dia inteiro. Eu acho que esta é uma opção melhor do que ir para a pre-escola porque a atenção é mais individualizada. Por outro lado, não dá para ignorar que serão os valores <i>dessa pessoa</i> que serão passadas para a criança. E quando falo em valores me refiro a algo bem amplo - que vai desde preferências e prioridades a costumes, atitudes, comportamentos e, inclusive, afeto. O ser humano aprende por imitação e, ao entrar no mundo, é impossível uma criança não ser educada. A pessoa com quem ela passar a maior parte do tempo é quem transmitirá (ainda que implícita e não intencionalmente) o seu modo de viver, de falar, de pensar, etc. É algo bem sério!<br />
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Mas como eu dizia lá em cima, por mais que eu tivesse tentado me preparar para a maternidade, aprender por leitura é bem diferente de aprender por observação. Quando a minha irmã nasceu, eu já tinha 9 anos de idade e eu brinco que eu ajudei a criá-la porque minha mãe sempre trabalhou fora. Na verdade, fui uma espécie de terceira mãe dela porque a segunda era a menina que cuidava dela, de mim e do irmão do meio, mas a minha ajuda era limitada. Eu voltava da escola com a minha irmã de transporte pública, ajudava-a na lição de casa, lia e brincava com ela, essas coisas, mas aprender a cuidar da casa ou a cozinhar o jantar eu não aprendi! E, como a Maristela, quando chegou o momento da minha filha começar a comer sólidos, eu também não fazia a menor ideia de como fazer uma papinha, rs. E sinceramente também não lembro de ter visto minha mãe amamentar minha irmã quando bebê. Talvez também por causa disso, nunca foi algo que eu sonhei em fazer quando tivesse filhos. Amamentar era algo esquisito pra mim e foi um sufoco aprender.<br />
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Foi nesse período que eu me aproximei ainda mais de outras amigas mamães, dos livros e dos blogs sobre maternidade pra pedir ajuda! E foi nesse período também que surgiu o blog <b>Maternidade Proativa</b>, com a intenção de compartilhar os nossos aprendizados e lutas. : )<br />
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Gostei da afirmação da Maristela de que as mães devem priorizar os filhos acima da carreira profissional pelo menos nos primeiros três anos de vida deles. <b>Pelo menos</b>. Isso é tãaaao importante! Não significa que você vai viver apenas para eles (este extremo também acho perigoso), mas que é um momento da sua vida em que você vai fazer este investimento maior porque sabe que a maternidade proativa exige isso.<br />
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Acho que já comentei em algum post que li recentemente o livro "<i><b>Why Love Matters - How Affection Shapes a Baby's Brain</b></i>", da Sue Gerhardt, este ano e que ele também fala isso (do ponto de vista biológico e psicológico da criança). Eu queria muito ter conseguido fazer um resumo do livro para colocar aqui no blog, mas ainda não foi possível (e ainda por cima já devolvi o livro para a pessoa que me emprestou-o). Independentemente se eu conseguir ou não fazê-lo, recomendo muitíssimo a leitura não somente a pais e mães, mas a professores e, principalmente, LEGISLADORES do nosso país!<br />
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Priorizar os filhos acima da carreira profissional, em muitos casos, significa sair do mercado de trabalho por alguns anos. Digo em muitos casos porque não é toda mulher que tem o privilégio de poder conciliar emprego e maternidade. Acho que só é possível se for um emprego em meio-período ou com horários flexíveis. Pelo que entendi do vídeo, o livro "Quero mesmo ser mãe?" recomenda que se a mulher não conseguir conciliar as duas coisas então ela deve fazer o sacrifício e abrir mão do emprego temporariamente.<br />
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Em seguida, ela fala da questão financeira e do "constrangimento" que é para a mulher bem-sucedida e que sempre foi independente financeiramente pedir dinheiro ao marido para ir fazer unhas. Felizmente, esse problema não existe aqui em casa! Todo dinheiro que entra é sempre "nosso" e fazemos um planejamento mensal sobre como esse dinheiro será gasto. Portanto, eu já sei exatamente quanto posso gastar com cada categoria. Se quiser saber mais, <a href="http://www.omeudinheiro.com.br/" target="_blank">conheça o livro</a> que meu marido e eu escrevemos sobre finanças pessoais.<br />
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Durante três anos após o nascimento da Nicole (e a Alícia já tinha completado um ano de vida) eu consegui maternidade e trabalho. Eu montei um <i>home office</i> e continuei trabalhando e ganhando meu salário. Ia à empresa algumas vezes quando era necessário, mas não era algo que tomava o dia todo. Nos dois primeiros anos foi mais fácil. Quando você tem um bebê apenas e o coloca numa rotina, os dias são bem previsíveis. Eu aproveitava as sonecas da Nicole durante o dia e o fato dela dormir cedo à noite para trabalhar bastante. Quando ela estava acordada me dedicava somente a fazer atividades com elas, era muito bom! Eu não tinha quase preocupação com a casa porque tinha uma pessoa que me ajudava três vezes por semana.<br />
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Mas quando veio a Alícia tudo ficou mais difícil porque os horários das sonecas delas não batiam e eu já não conseguia mais trabalhar direito. Eu vivia me sentindo culpada, ou por não estar sentando pra dar minha atenção a alguma das meninas ou por estar com tanto trabalho atrasado! Até que um ano atrás (quando a Alícia tinha acabado de completar um aninho) eu decidi parar de trabalhar fora de vez. Foi um baque financeiro muito grande, mas eu me sentia muito feliz pela decisão. Sabia que tinha feito a escolha certa.<br />
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E hoje vejo como esta decisão foi importante. E como Deus usou-a para me abençoar de uma forma que eu nunca havia sonhado ou imaginado que um dia pudesse acontecer! Foi por causa da minha decisão de abrir mão do emprego (e consequentemente do salário) que voltei a estudar no período da noite para concluir a faculdade. E advinhem? Após concluir um ano de estudos, consegui uma bolsa para estudar no exterior! Estamos aguardando os vistos para poder comprar as passagens, mas se der tudo certo no mês que vemos nós quatro estaremos de mudança para o Canadá. Vamos morar em Montreal, no Quebéc!<br />
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Para terminar a minha reflexão de hoje, quero voltar na distinção que a Maristela faz sobre querer "ter filhos" e querer "ser mãe". É uma pergunta muito importante a se fazer, sem dúvida alguma. Já ouvi alguém dizer que vivemos na era do ter, em que as pessoas são valorizadas e reconhecidas não pelo que elas SÃO, mas pelo que elas TÊM - a roupa, o carro, a casa, o emprego... e aqui, inclusive, entram o cônjuge e os filhos. Este blog promove a maternidade e eu não quero, de maneira alguma, desanimar ninguém a ter filhos mas, por favor, EXAMINE O SEU CORAÇÃO. Assim como casar-se com as intenções erradas gera decepção e frustração no casamento, ter filhos com a finalidade realizar-se como pessoa ou de ganhar um status que a sociedade cobra também é perigoso.<br />
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Entenda que a maternidade é um chamado de Deus. Ele a criou para ser mãe! Mas você não tem filhos para si mesma, para suprir suas necessidades afetivas ou para colecionar conquistas e exibi-las para os outros.<br />
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A maternidade é um chamado solene.<br />
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Não é um passatempo.<br />
Não é uma brincadeira.<br />
Não é uma competição.<br />
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É algo que Deus usa para aproximá-la dEle.<br />
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É algo que irá exigir sacrifícios de você - certamente muito maiores do que você estaria disposta a fazer, sacrifícios que irão transformar o seu interior.<br />
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A maternidade é algo que a fará engolir o próprio orgulho e arrogância de achar que é alguém e descobrir o quanto ainda você tem a aprender, enquanto caminha ao lado desse "serzinho" que mal anda ainda.<br />
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Seja humilde e admita que você precisa de ajuda, busque em Deus as respostas para as suas angústias. E você entenderá porque SER MÃE é algo mais sublime, importante e digno de honra do que a imagem medíocre e sem valor que a nossa sociedade tenta nos vender em torno da carreira de "mãe".Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-63522369315633015402013-07-11T17:24:00.000-07:002013-07-12T19:04:17.691-07:00Prevenção ao Abuso Sexual InfantilEstava conversando com amigas queridas esta semana e falamos de vários assuntos, de crianças e suas amizades na rua, da necessidade de discernir entre perigos reais e perigos que nos são vendidos pela "cultura do medo" e, finalmente, do que nós - como mamães proativas - podemos fazer para proteger os nossos filhos do abuso sexual infantil (principalmente daquele cometido por pessoas que não levantam suspeita).<br />
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Daí uma delas compartilhou um vídeo excelente que eu achei que merecia vir para o blog!! É um vídeo bem didático que pode ser usado tanto em casa, pela família, como em EBDs e escolas.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ze2rFyB8Ufg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><br />
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Na verdade, acho que a Nicole ainda está muito nova para ver o vídeo. Eu sei como ela é sensível ao sofrimento alheio e acho que as cenas que passam no minuto final do vídeo (sobre escravidão sexual) a deixariam impressionada demais. Pretendo esperar um pouco mais, até sentir que ela está pronta para vê-lo... quem sabe quando ela estiver perto de completar 5 anos (hoje ela está com 3, quase fazendo 4).<br />
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Apesar da pouca idade, eu já falo com ela sobre a maldade que há no mundo. Falo do nosso coração duro, desobediente, mau, pecaminoso... digo que, sem Jesus, todos (sem exceção, inclusive papai e mamãe), estão distantes de Deus (que nos ama tanto) e precisam do perdão que Jesus conquistou para nós na cruz.<br />
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Além disso, como saio a pé ou de trem (às vezes ônibus) com as duas com alguma frequência, eu preciso alertá-las para os perigos reais que existem nas ruas. A Alícia está com 2 anos e ainda não entende, mas pra Nicole eu digo que há pessoas más que querem roubar crianças de suas mães pra machucá-las e que, por isso, ela e a irmã precisam sempre estar do meu lado ou a alguma distância em que eu consiga vê-las.<br />
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A primeira vez que eu falei, a Nicole ficou toda a alarmada olhando ao redor. Até hoje, quando estamos num local público, ela me pergunta: "<i>Mommy, are there bad people here</i>?" (Mamãe, há pessoas más aqui?). Eu digo que não sei porque não dá para saber o que há no coração das pessoas, que precisamos sempre ser gentis e amigáveis com todo mundo, mas a lembro que ela tem de ficar do meu lado porque Deus colocou a mamãe e o papai na Terra para cuidarem e protegerem elas até elas crescerem também.<br />
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Bem, esses são os meus pensamentos sobre esse assunto por agora. Tenho certeza de que o vídeo será uma ferramenta extremamente útil para mães, pais e professores a ajudarem a prevenir o abuso infantil!Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-45977465995506084792013-06-15T17:48:00.001-07:002013-07-09T14:29:06.964-07:00Maternidade pela perspectiva bíblica<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Mais um post sensacional sobre maternidade aos olhos de Deus!</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Embora eu concorde com tudo o que a autora diz a respeito do chamado à maternidade, quero fazer um contra-ponto: eu acho que o marido precisa vir antes dos filhos (para o bem dos próprios filhos). Quando nos tornamos mães, não deixamos de ser esposas. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">"Bons cônjuges produzem bons pais" - frase dos Ezzos que eu amo tanto!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Outro comentário é que eu acho que nunca vivenciei esta hostilidade de que ela fala com relação à reação das pessoas quando estou com minhas filhas na rua. Bem, eu também só tenho duas por enquanto e percebo que, em nossa sociedade, ter dois filhos ainda é algo comum e considerado "normal". Mais do que isso já é mais facilmente estranhável.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Claro, não estou falando de mulheres de classes sociais mais baixas que têm muitos filhos e, infelizmente, pouca ou nenhuma condição de alimentá-los, vesti-los, etc. adequadamente. Mas parece que quanto mais instruída a mulher, menos filhos ela tem... uma pena.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Na minha experiência, a reação mais comum (depois do "que lindinhas"), é falarem da minha coragem - não somente por ter tido duas, mas por tê-las seguidinho, uma atrás da outra. Agora quando comento que gostaria de ter 4 filhos, aí sim é que elas esbugalham os olhos!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Eu espero sinceramente que a minha "coragem" sirva de inspiração para outras mulheres a darem o passo de fé de atender ao chamado divino para a maternidade... da mesma forma como outras mamães mais experientes, que têm 3, 4, 5 ou mais o são para mim hoje em dia. Sim, porque </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Deus me agraciou com muitos bons exemplos de mamães proativas. Mulheres que entenderam o seu chamado, se entregam </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">diariamente</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">aos pés da cruz e se dedicam integralmente à vida no lar, a suas famílias e, inclusive, à educação 'escolar' dos filhos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Beijos, Talita</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">=====*=====</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: -webkit-center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-large;">Maternidade é um chamado</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-large;">(e o valor que você dá a seus filhos)</span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: -webkit-center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Publicado em 14/07/2011 no site </span><a href="http://www.desiringgod.org/blog">http://www.desiringgod.org/blog</a></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: -webkit-center;">
<span lang="zxx"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por Rachel Jankovic, esposa e mãe de seis filhos</span></span><br />
<span lang="zxx"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></span>
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<div style="text-align: left;">
Alguns anos atrás, quando eu tinha apenas quatro filhos e quando o mais velho ainda tinha 3, eu arrumei todo mundo para sairmos fazer uma caminhada. Depois que eu finalmente consegui achar um cantinho na mochila para o último copinho de treinamento e estávamos prontos para sair, a minha filha de dois anos vira pra mim e diz: "Eita, como as suas mãos estão cheias!".</div>
<div style="text-align: left;">
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Ela poderia muito bem ter dito: "Você nunca ouviu falar de pílula anticoncepcional?" ou "São todos seus?".</div>
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Aonde quer que você vá, as pessoas querem falar sobre os seus filhos - porque você não deveria tê-los tido, como você poderia tê-los evitado, e porque elas jamais fariam o que você fez. Elas fazem questão que você saiba que você não estará mais sorrindo quando as crianças forem adolescentes. E tudo isso na fila do supermercado, com os seus filhos ouvindo.</div>
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<br /></div>
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<b>Um trabalho ingrato?</b></div>
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A verdade é que anos atrás, antes que essa geração de mães nascesse, nossa sociedade decidiu o valor que os filhos teriam na lista de coisas importantes. Quando o aborto foi legalizado, essa decisão foi escrita em forma de lei.</div>
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Ter filhos tem bem menos valor do que conquistar uma graduação. Certamente bem menos do que fazer viagens. Menos valor do que a liberdade de sair à noite a seu bel prazer. Menos valor do que esculpir o corpo numa academia. Menos do que qualquer emprego que você tenha ou espere um dia ter. Aliás, os filhos têm menos valor até do que o seu desejo de ficar por aí, à toa, apenas fuçando nas unhas. Eles estão abaixo de tudo. Ter filhos é a última coisa que você deve pensar em fazer com o seu tempo.</div>
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<br /></div>
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Se você cresceu nesta cultura, é bem difícil ver a maternidade pela perspectiva bíblica e, a partir dela, enxergar a sua vida e a vida dos seus filhos como uma mulher cristã livre. Quantas vezes já não demos ouvidos a meias-verdades e outros enganos? Será que acreditamos que queremos ter filhos porque há algum tipo de inclinação biológica ou "instinto materno"? Será que o real motivo de desejarmos tê-los é por causa das roupas lindinhas e da oportunidade de tirar muitas fotos? Será a maternidade um trabalho ingrato para aquelas mulheres que não são capazes de fazer mais, ou para aquelas que se contentam com pouco? Se sim, onde é que estávamos com as nossas cabeças?</div>
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<br /></div>
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<b>Não é um hobby.</b></div>
<span lang="zxx"></span><br />
<div style="text-align: left;">
Maternidade não é um hobby, é um chamado. Você não coleciona filhos porque acha que eles são mais bonitinhos do que figurinhas. Ter filhos não é algo para se fazer quando for possível achar tempo na agenda. O tempo que Deus lhe deu é para cumprir esse propósito.</div>
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Mães cristãs carregam seus filhos num território hostil. Quando você está em público com eles, você está acompanhando e defendendo objetos do desdém cultural. Você está publicamente confirmando que você valoriza o que Deus valoriza, e que você se recusa a valorizar o que o mundo valoriza. Você se posiciona ao lado dos que não podem se defender sozinhos e se posiciona à frente dos necessitados. Você simboliza tudo o que a nossa cultura detesta, porque você simboliza o entregar-se por alguém - e entregar a própria vida pelo próximo é o símbolo do evangelho.</div>
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A nossa cultura tem medo da morte. Entregar a própria vida é sempre aterrorizador. Curiosamente, é esse medo da morte que impulsiona a indústria do aborto: o medo que os seus sonhos morram, que o seu futuro morra, que a sua liberdade morra - é tentar escapar dessa morte correndo para os braços da morte.</div>
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<br /></div>
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<b>Corra para a cruz</b></div>
<span lang="zxx"></span><br />
<div style="text-align: left;">
Mas o paradigma do cristão deve ser outro. Nós devemos correr para a cruz. Para a morte. Então entregue suas esperanças. Entregue o seu futuro. Entregue as coisas pequenas que a irritam. Entregue seu desejo de ser reconhecida. Entregue a sua impaciência com as crianças. Entregue a sua casa perfeitamente limpa. Entregue as queixas que você tem com relação à vida que você leva hoje. Entregue a vida imaginária que você poderia estar vivendo se não tivesse filhos. Apenas entregue.</div>
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<br /></div>
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Morte para si mesma não é o fim da história. Nós, mais do que todas as pessoas, deveríamos saber o que vem após a morte. A vida cristã é uma vida de ressurreição, uma vida que não pode ser contida pela morte, o tipo de vida que só é possível quando você já foi para a cruz e de lá voltou.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A Bíblia é clara quanto ao valor que os filhos têm. Jesus amou as crianças, e somos ordenadas a amá-las e a educá-las no caminho do Senhor. Devemos imitá-lo e nos deleitarmos em nossos filhos.</div>
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<br /></div>
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<b>A pergunta é "como".</b></div>
<span lang="zxx"></span><br />
<div style="text-align: left;">
A pergunta aqui não é se você está representando ou não o evangelho, mas como você o está fazendo. Você tem entregado a sua vida aos seus filhos com rancor? Você enumera todas as coisas que faz por eles como um agiota contabiliza débitos? Ou você dá vida a eles da mesma forma que Deus o fez por nós - liberalmente?</div>
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<br /></div>
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Não adianta fingir. Talvez você consiga enganar algumas pessoas. Aquela pessoa na fila da loja pode acreditar no seu sorriso amarelo, mas os seus filhos não acreditarão. Eles sabem exatamente o valor que eles têm para você. Eles sabem quais são as coisas que você valoriza mais do que a eles. Eles sabem cada rancor que você guarda contra eles. Eles sabem que você fingiu uma resposta simpática àquela senhora apenas para depois ameaçá-los ou gritar com eles no carro.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Filhos sabem a diferença entre uma mãe que está fingindo para um estranho e uma mãe que defende suas vidas e o seu valor com seu sorriso, seu amor e sua absoluta lealdade.<br />
<br />
<div>
<b>Mãos cheias de coisas boas.</b></div>
<div style="text-align: -webkit-center;">
<span lang="zxx"></span><br /></div>
<div>
Quando minha filhinha disse: "Como as suas mãos estão cheias!", eu fiquei feliz porque ela já sabia qual seria a minha resposta. Era a mesma de sempre: "Sim, elas estão cheias - cheias de coisas boas!".<br />
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Viva o evangelho nas coisas que ninguém vê. Sacrifique-se pelos seus filhos em áreas que somente eles saberão. Valorize-os acima de si mesma. Eduque-os no ambiente puro da vida no evangelho. Seu testemunho do evangelho nos pequenos detalhes da vida tem mais valor para eles do que você pode imaginar. Se você falar para eles do evangelho, mas viver para si mesma, eles jamais crerão. Entregue com alegria a sua vida por eles todos os dias. Entregue a mesquinhez. Entregue a irritação. Entregue o rebuliço por causa da louça, por causa da roupa, ou porque ninguém sabe o duro que você dá.<br />
<br />
Pare de se apoiar em si mesma e apoie-se na cruz. Há mais alegria, mais vida e mais gargalhadas do outro lado da morte do que você é capaz de alcançar por si mesma.</div>
</div>
<h4 style="background-color: #f8f8f8; border: 0px; color: #231f20; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 1em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: left; text-shadow: rgb(255, 255, 255) 0px 1px 0px; vertical-align: baseline;">
</h4>
</div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-53122785300726465672013-06-07T19:04:00.000-07:002013-06-15T18:03:19.746-07:00Motivos (falsos) para se fazer uma cesárea eletiva!Essa semana publiquei aqui no blog dois relatos de parto desmistificadores!<br />
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O primeiro é o relato da <a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/06/relato-de-partos-normais-apos-os-35.html" target="_blank">história da Tereza</a>, que passou pela experiência de parto três vezes - aos 35, 39 e 42 anos de idade - e que nos conta como foi passar por cada um deles. E o segundo é o relato da <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/06/relato-de-parto-normal-com-circular-de.html" target="_blank">história da Bete</a> que, aos 29 anos, conseguiu ter parto normal apesar da bebê ter uma circular de cordão no pescoço.<br />
<br />
Como não podia deixar passar, aproveito hoje para comentar o relato das experiências delas e também apresentar outras razões muito comuns usadas hoje em dia para se fazer uma "desnecesárea". Para ajudar quem está se preparando para o dia do parto, vou compartilhar links com indicações de leituras de blogs que eu costumo acessar. Como sabem, gosto desse assunto e, portanto, leio bastante a respeito!<br />
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<u><i>Highlights </i>sobre a história da Tereza</u><br />
- <b>O apoio da família</b>. Logo no início do relato, ela menciona que tanto o marido quanto os sogros ficaram martelando em sua orelha que parto normal era melhor. Achei interessante por causa da nacionalidade deles (franceses). Lembrei na hora do <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/03/experiencias-de-parto-de-uma-brasileira.html" target="_blank">relato da Vanessa</a>, uma brasileira que teve os 2 filhos no Canadá. Com ela foi o contrário, na primeira gestação sua mãe tentou a todo custo convencê-la a fazer cesárea porque não conseguia entender o que levaria uma mulher a querer parir naturalmente (sentir dor). E isso, claro, traz à tona toda aquela discussão sobre diferenças culturais que faço no post <a href="http://maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/03/parto-normal-ou-cesarea-ainda-na-duvida.html" target="_blank">Está na dúvida entre parto normal ou cesárea?</a>. Para a mentalidade estrangeira é inconcebível essa escolha entre cesárea ou parto normal. Ou seja, para eles não faz sentido realizar uma operação cirúrgica para algo que é um evento fisiológico.<br />
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- <b>A obstetra "vaginalista"</b>. Como ela mesmo ressalta, ela foi abençoada de pegar uma médica pró-parto normal desde o início, o que não aconteceu aqui em SP quando ela foi ter o 3º. bebê. Encontrar um obstetra não-cesarista é um problema recorrente nas grandes metrópoles! Não pude deixar de lembrar do post <a href="http://materny.blogspot.com.br/2010/11/essa-e-uma-lista-bem-humorada-de.html" target="_blank">Lista Bem Humoradas de Perguntas</a>, publicado por Materny no blog Gravidez, Parto e Maternidade. É um teste para ajudar grávidas a descobrirem se o seu médico é do tipo mais intervencionista ou mais liberal.<br />
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- <b>Boa saúde física</b>. A Tereza tocou num assunto importante, a da saúde física. Mesmo antes de engravidar, ela era uma pessoa que se exercitava muito. Não sei até que ponto isso realmente facilita, em termos físicos, a evolução do TP, mas que deve ajudar em termos psicológicos, isso deve! É um hipótese minha, não li em nenhum lugar a respeito (embora imagino que deva ter estudos a respeito), mas tenho a impressão de que no geral pessoas "dadas aos exercícios físicos" têm maior perseverança e tolerância à dor. Acho que mulheres assim devem encarar melhor a situação do parto no momento da dor. Não significa que elas não vão ter medo de sentir dor, mas por se exercitarem com frequência elas estão mentalmente mais acostumadas a desafiarem seus próprios limites físicos. A Tchella, do blog Batatinha-tinha, escreve o post <a href="http://www.batatinhatinha.com/2013/05/preparando-se-para-o-parto.html" target="_blank">Preparando-se para o parto...</a> e faz comentários interessantes sobre o preparar-se. Vale a pena também conferir <a href="http://materny.blogspot.com.br/2010/10/dor-do-parto-como-aliviar.html" target="_blank">Dor do Parto - Como Aliviar</a> (por Materny).<br />
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<u><i>Highlights </i>sobre a história da Bete</u><br />
- <b>A circular de cordão e outros mitos</b>. Se você leu o relato da Bete e ainda não ficou convencida porque já ouviu história de que o bebê pode morrer sufocado se tiver uma circular de cordão em volta do pescoço, quero indicar três posts para você entender como funciona a respiração do bebê dentro da barriga da mãe e tirar de vez suas neuras quanto a isso. O 1o é o <a href="http://materny.blogspot.com.br/2010/11/circular.html" target="_blank">Circular</a> (por Materny), o 2o é <a href="http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/a-falacia-da-circular-de-cordao.html" target="_blank">A falácia da circular de cordão</a> (por Dra. Melania Amorim) e o 3o é o <a href="http://crisdoula.com/?p=3836" target="_blank">Cordão umbilical no pescoço, e agora?</a> (por Ana Cris Duarte). Por mais absurdo que possa parecer, eu já ouvi o desabafo recente de uma gestante primagesta, conhecida minha, que se sentiu pressionada pelo médico a agendar a cesárea assim que completasse 38 semanas por causa da tal da circular no pescoço! Num e-mail para mim ela escreveu:<br />
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"Oi Tá, a minha pequena já está encaixadinha e tudo certinho, mas o médico quer marcar cesárea porque está com medo da pressão subir na hora do parto e porque está com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Segunda-feira vou passar em consulta e vamos marcar a cirurgia, mas estou com medo de estar sendo vítima do sistema de hospitais particulares que só querem fazer cesárea por qualquer motivo e adiantar as coisas. Mas ao mesmo tempo vou fazer o quê? Se o médico diz que é risco para as duas, nenhuma mãe do mundo quer o mal para o seu bebê. Mas estou com medo".<br />
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Como a Tchella no post "<a href="http://www.batatinhatinha.com/2013/05/re-volta_18.html" target="_blank">Re-volta</a>?", eu fico indignada com médicos que fazem isso! E olha que circular é apenas um dos mitos, tem tantos outros. O campeão deve ser a famosa desculpa "<a href="http://crisdoula.com/?p=3714" target="_blank">Não tive dilatação</a>". A Ana Cris dá um show no post com esse título explicando como é que realmente acontece num trabalho de parto. Eu aprendi muito com ele, vale muitíssimo a pena conferir. Veja outros posts legais para ler <a href="http://www.batatinhatinha.com/2013/06/pra-comecar-semana.html" target="_blank">aqui</a> e <a href="http://www.batatinhatinha.com/2013/05/o-poder-da-medicina.html" target="_blank">aqui</a>. E para quem encara ler artigos científicos, leia também <a href="http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html?q=dilata%C3%A7%C3%A3o" target="_blank">Indicações reais e fictícias de cesariana</a>!<br />
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- <b>Um obstetra que transmita confiança</b>. Confesso que o médico da Beth é uma incógnita para mim, rsrs. Ao mesmo tempo em que ele foi muito incentivador do parto normal e procurou tranquilizá-la de que não faria cesárea a menos que realmente fosse necessário (algo, sem dúvida, importante), achei estranho ele "só por precaução" já deixar a cesárea agendada. Vocês perceberam qual foi o prazo-limite que ele deu para ela nascer? O dia em que completasse 40 semanas de gestação. Como assim, doutor? Eu achei uma tremenda incoerência. Como ele pode dizer que circular de cordão não é indicativo para cesárea (corretamente), mas presumir que passar de 40 semanas de gestação o é (falso)? Ainda bem que a Valentina foi esperta e resolveu nascer antes, rsrs. E se a idade gestacional dela não fosse bem aquela (algo super possível de acontecer, pois quem garante que naquele dia ela realmente completaria 40 semanas?), ela teria sido arrancada à força do útero, estando ou não pronta, numa cesárea eletiva.<br />
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E cesáreas eletivas são sempre mais perigosas do que alguns médicos nos fazem crer. Para ler sobre isso, leia <a href="http://materny.blogspot.com.br/2010/09/riscos-da-cesarea-agendada.html" target="_blank">Riscos da cesárea agendada</a> (por Materny. Não posso reforçar a importância de você se aprofundar e descobrir quando a cesárea pode ser necessária e quais os riscos que ela apresenta para a vida do seu bebê. Leia mais em <a href="http://bibliografiadadoula.wordpress.com/2012/11/30/escolhendo-a-cesarea-riscos-e-beneficios/" target="_blank">Escolhendo a Cesárea - Riscos e Benefícios</a> (por Adele Doula)<br />
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- <b>Liberdade no parto X intervenções desnecessárias</b>. Tanto a Tereza como a Bete tocaram no assunto da posição durante o parto. Na experiência do 3o parto (que ela não menciona no relato, mas aconteceu no Hospital Santa Catarina, em SP), a Tereza conta que pôde usar a banheira e que teve a liberdade de andar pelo quarto. Ela diz: "A cada vez que eu percebia que vinha uma contração, eu me agachava de cócoras e fazia força para o bebê descer e conseguir a dilatação naturalmente, sem a tal da ocitocina". Já a Bete, que ganhou no São Luiz, também em SP, conta que aproveitou para andar bastante durante a uma hora de espera na recepção do hospital, mas que devido a protocolos hospitalares perdeu essa liberdade ao ir para a sala de parto. Sobre isso ela diz: "Pedi para ir andando porque assim controlaria melhor a dor, mas não me deixaram. Me levaram na cadeira de rodas". Ela também faz uma observação interessante sobre o incômodo que é ficar deitada em meio a contrações durante a fase ativa de TP (nesse momento ela ainda ainda estava na sala de pré-parto, mas já com 5,5 cm de dilatação e sentindo muitas dores): "Ela me colocou deitada para o exame. A única coisa que eu não queria naquele momento era ficar deitada, mas não tinha outro jeito". Sobre isso, indico a leitura de dois posts super interessantes: <a href="http://materny.blogspot.com.br/2010/11/liberdade-no-parto.html" target="_blank">Liberdade no Parto</a> (por Materny) e <a href="http://www.drikacerqueira.com.br/search/label/Parto" target="_blank">Plano de Parto</a> (por Drika Cerqueira). Indico esse último post, principalmente, porque ele trata da questão da mulher se informar e refletir de antemão sobre como quer que seja o seu parto, quais intervenções rotineiras ela aceita não que sejam feitas pelo médico e pelo hospital. A Tereza conta que, no 3o parto, se recusou a tomar a ocitocina e que o médico então propôs uma outra alternativa para acelerar o parto (descolamento da placenta). Achei engraçado ela relatar isso porque até poucas semanas antes do Yann nascer, nós conversamos um pouco e eu contei para ela a minha experiência traumática no parto da Alícia (as muitas horas de ocitocina porque eu cheguei no hospital cedo demais). Ela entendeu o recado e não deixou que colocassem o sorinho nela! Também sugiro que leiam sobre <a href="http://www.euqueropartonormal.com.br/eqpn/intervencoes-no-parto-normal-parte-3/" target="_blank">Intervenções no Parto Normal</a> (em 4 partes, leiam todas!) para saber sobre esse negócio de mandarem você fazer força, cortarem o seu períneo, empurrarem sua barriga, uso do fórceps, etc. e etc.<br />
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Bem, por hoje é só. Espero que as indicações de leitura sejam bem aproveitadas!<br />
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E desejo um bom parto pra vocês.<br />
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Beijos, TalitaTalitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-11227668811594572352013-06-04T20:27:00.001-07:002013-06-15T17:58:53.588-07:00Relato de parto normal com circular de cordão!<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Desde que eu era pequena, eu sonhava em ter filhos. Porém tinha muito medo.<br />
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Com o passar dos anos, me formei na faculdade, fiz pós-graduação e me casei. Aos 29 anos, achei que seria o momento certo e prometi para mim mesma que seria mãe antes dos 30.<br />
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E Deus ouviu o meu pedido.<br />
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Conversei com meu esposo e ele também achou que seria o momento, e assim foi. Engravidei e essa foi a melhor de todas as minhas experiências. A minha gravidez foi muito tranquila, enjoei pouquíssimo e tive muita disposição. As pessoas me perguntavam: "Você não cansa?". Isso porque eu tinha duas atividades, trabalhava fora e em casa.<br />
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Trabalhei até o último dia de gestação. Sai do trabalho e fui direto para a maternidade.<br />
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A pequena Valentina estava programada para nascer até 06/11/12. No mês de out/12, passei a fazer o monitoramento dela com mais frequência. Em umas das visitas, descobri que a bebê estava com uma circular de cordão no pescoço.<br />
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O médico que fez o exame pediu para eu agendar consulta com o meu obstetra o mais breve possível. Saí da clínica assustada e, na seqüência, já liguei para o meu médico e agendei consulta para o dia seguinte. Passei a noite quase em claro. Nessa mesma noite, tive algumas contrações de madrugada, porém leves.</div>
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Cheguei para a consulta no dia seguinte bem preocupada, o médico me chamou e já foi perguntando se estava tudo bem. Entreguei o exame e de imediato ele disse: "A bebê tem uma circular de cordão no pescoço". Então perguntei quais seriam os riscos da circular e se impediriam o parto normal. Com tranquilidade, ele me respondeu que não, que iríamos monitorar e, que faríamos a cesárea somente se fosse necessário.</div>
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Ele então pediu para me examinar e disse feliz: "Já está com 1 cm de dilatação". Pensei comigo: "Ainda faltam 9!". Rsrs. Fui embora feliz da vida, com consulta agendada para a semana seguinte, em 29/10/12.</div>
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Passei a semana bem. Estava tranquila, pois a programação era até 06/11. Naquela semana, consegui arrumar as malas, o enfeite da porta e uma das lembrancinhas. </div>
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No dia 28/10, não dormi bem, a bebê mexeu bastante e senti incômodos. </div>
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Acordei cedo no dia 29/10 e me arrumei para a consulta. No caminho, comentei com o meu esposo que a Valentina estava mexendo mais que o de costume e que eu também estava bem agitada. </div>
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Ao chegar no consultório, precisei esperar um pouco devido ao atraso de outros atendimentos. Após algum tempo de espera, o médico me chamou e disse: "Está chegando, hein menina?". Eu, confiante, imaginei que teria tido grandes evoluções na dilatação.</div>
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Ele me examinou e disse que tinha mudado meio dedo. Ou seja, estava com 1 cm e meio de dilatação. <span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Fiquei triste e ele, mais uma vez, me tranquilizou e disse que iria fazer o parto normal, que ainda tínhamos uma semana e que tudo poderia mudar em um único dia. </span>Mas, por segurança, ele disse que agendaria a cesárea, pois o prazo-limite era 06/11/12.</div>
</div>
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Saí do consultório aos prantos. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo.<br />
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Cheguei no trabalho e todos ficaram preocupados, acharam que tinha acontecido algo. Contei para eles e o meu cunhado leu uma passagem da Bíblia. Após isso me acalmei, fui ao banheiro e conversei com Deus e com a Valentina. Entreguei nas mãos do Senhor e descansei, pois sabia que Ele estava no controle.</div>
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Voltei para a minha mesa e esqueci de tudo. </div>
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No final do expediente, às 18:00, organizei as minhas coisas para ir embora. Ao me levantar, senti que algo estranho estava acontecendo e corri para o banheiro. Quando voltei. me perguntaram o que tinha acontecido e eu disse que tinha feito xixi na calça, rsrs. Após alguns minutos, aconteceu novamente e foi então que percebi que não era xixi, a bolsa tinha rompido. </div>
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Contei para o pessoal do trabalho e eles ficaram como "baratas tontas", rsrs, nervosos. Pedi que todos se acalmassem porque estava tudo bem. Não sei de onde surgiu tanta calma.</div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
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Antes de ir ao hospital, tentei falar com a minha sogra que é enfermeira, pois não queria passar "carão", mas infelizmente ela não atendeu. Então resolvi ligar para o meu médico. Ele estava em atendimento e não pôde me atender na hora. Expliquei para a secretária dele e ela também ficou "enlouquecida". Ela disse que era para eu ir para o hospital e, de lá, pedir para alguém do hospital ligar para o médico.</div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
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Desliguei o telefone e pensei: "Esse povo tá todo doido!", rsrs.</div>
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Por último. telefonei para o meu esposo e contei para ele que havia rompido a bolsa, mas falei que era para ele ficar tranquilo. Não teve jeito, ele ficou nervoso. Era o único que estava faltando para o "bando de loucos", rsrs.</div>
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Meu cunhado me chamou e disse que iria me levar para a maternidade. Ele só ia tomar um café antes e perguntou se eu queria um pão na chapa. É óbvio que eu respondi que sim! Precisava me alimentar, rs.</div>
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Subi até a cozinha para comer e o povo dizendo: "Você não pode subir escadas". E eu respondi: "Calma gente, eu é que estou tendo o filho e está tudo sob controle". Rsrs.</div>
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Acabei o meu lanche e então fomos para a maternidade. Era umas 18:25. No caminho, comecei a sentir as contrações, estavam fracas e nada de eu ficar assustada. </div>
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Chegamos à maternidade por volta da s 19:10, fizeram o meu cadastro e esse foi o tempo que levou para o Marcos, meu esposo, chegar apavorado.</div>
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A recepcionista pediu para eu aguardar um pouco porque naquele dia a maternidade estava lotada. </div>
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Após alguns minutos de espera, me chamaram para a sala de triagem. Entrei e a enfermeira fez algumas perguntas e pediu para eu me trocar. No momento em que tirei a roupa, senti algo quente descer pelas minhas pernas. Foi aí que "ficha caiu" que eu estava em trabalho de parto! Retornei para a sala e ela fez o exame de toque e o cardiotoco. Estava com 4 cm de dilatação e com contrações aceleradas. </div>
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Imediatamente, ela ligou para o meu médico e ele pediu para fazerem a minha internação. </div>
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Após o exame, me vesti e fui aguardar novamente na recepção até liberarem um apartamento. Esperei por mais uma hora. Nesse período, percebi que as contrações estavam aumentando, mas nada que não fosse suportável. Me lembrei das orientações da minha sogra: "respirar e manter a calma". </div>
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Lembrei também de alguns artigos e programas de TV que falavam que era para caminhar. E foi o que fiz, parecia uma louca. Apareceu um ser na minha frente e disse: "Estou com dó de você, você vai sofrer muito". Minha vontade era de dar um soco nela!!! Mas não podia ser presa... a minha filha estava prestes a nascer, rsrs.</div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br />
Depois dessa uma hora de caminhada e de muitas contrações, me chamaram e me colocaram em uma sala de pré-parto para fazer outro exame de toque e cardiotoco. A enfermeira me examinou e eu estava com 5,5 cm dilatação (às 20:40). Ela falou que iria colocar o soro com analgésico e junto faria o cardiotoco. </div>
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<br /></div>
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Ela me colocou deitada para o exame. A única coisa que eu NÃO queria naquele momento era ficar deitada, mas não tinha outro jeito. Na metade do exame comecei a ter contrações mais fortes.<br />
<br />
Pensei comigo: "É agora que vai nascer!". Suei e fiquei com calor ao mesmo tempo. Quando a enfermeira voltou, eu tinha arrancado toda a minha roupa, rsrs.</div>
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A enfermeira-chefe entrou novamente e perguntou, de 0 a 10, qual era o grau da dor. Eu disse 1000, hahaha! Então ela me examinou e eu estava com 7 cm. Eram 21:45. Ela me colocou no banho e disse que, quando eu saísse, o anestesista chegaria para acabar com a dor. </div>
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Tomei um banho de 20 minutos e as contrações só aumentavam. Eu não conseguia contá-las mais. Por fim, o anestesista chegou e me levaram para a sala de parto. Pedi para ir andando porque assim controlaria melhor a dor, mas não me deixaram. Me levaram na cadeira de rodas. </div>
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<br /></div>
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Ao chegar na sala, o meu médico deu um sorriso como quem diz: "Não falei que seria normal?".</div>
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As dores estavam com os minutos contados! Eu estava prestes a receber a peridural. Ahhh, quando aplicaram a anestesia parecia que tinham tirado a dor de mim com as mãos!</div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
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O médico fez o toque e disse: "Menina, você já está com 10 cm". Eu não acreditava que eu estava ali e que o parto iria acontecer como sonhado. Mais uma vez, tive a certeza de que Deus estava no controle de tudo.</div>
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<br />
Fizeram o último cardiotoco e o médico falou que eu precisaria fazer muita força. Era para eu respirar e fazer força e foi o que fiz. Na primeira vez, a Valentina já apontou. Fiz força mais duas vezes e ela quase nasceu.<br />
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Porém, a circular estava impedindo que ela saísse. Então, para o bem dela, o médico fez uso do "fórceps de alivio" e a minha Valentina nasceu às 23:40, pesando 3,145 kg e medindo 47 cm. Perfeita!</div>
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<br />
Hoje eu falo para todas as "gravidinhas" que conheço para fugirem da cesárea. O parto normal é uma experiência única e, sem dúvidas, a melhor escolha que fiz para mim e para minha filha. Passaria por tudo novamente e por cada minuto de dor, pois a recompensa é muito grande!<br />
<br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-f_C4W6suKcQ/Ua6qoQHy6fI/AAAAAAAAAVU/ZCJNSxhzBt0/s1600/Bete.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="color: black;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-f_C4W6suKcQ/Ua6qoQHy6fI/AAAAAAAAAVU/ZCJNSxhzBt0/s320/Bete.jpeg" width="320" /></span></a></div>
<br />
A recuperação foi muito rápida. No dia seguinte, eu já estava fazendo tudo e até me esquecia de que tinha feito um parto.<br />
<br />
Hoje a Valentina está com 7 meses e eu optei por trabalhar em casa para aproveitar e cuidar dela ao máximo. Ainda estou amamentando e farei isso pelo menos até ela completar 1 ano..</div>
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<br />
Desculpe-me se me prolonguei no relato. Resumi algumas partes, mas um relato desses não tem como!</div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br />
Beijos da mamãe Bete e da bebê Valentina<br />
<br />
<span style="color: #222222;">Para ler os meus comentários a respeito deste relato, </span><a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/06/motivos-falsos-para-fazer-uma-cesarea.html" target="_blank">clique aqui</a><span style="color: #222222;">.</span></div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-81991340613640788372013-06-03T14:44:00.000-07:002013-06-15T17:58:30.632-07:00Relato de partos normais após os 35 anos de idade!<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Oi Talita,</span><br />
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br />
Depois de tanto tempo que você me pediu, vou tentar escrever o relato dos meus partos.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Acredito que para o bom andamento de um parto, em primeiro lugar, precisa ser assistida por um médico que seja pró-parto normal. Quando eu tive meu primeiro filho (aos 35 anos), eu estava morrendo de medo e não tinha muita certeza do que eu queria. Mas o meu marido e meus sogros (que são franceses mas vivem no Brasil desde 1969), ficavam martelando na minha orelha que parto normal era melhor.<br />
<br />
Para a minha benção, a médica que uma amiga me indicou era ''vaginalista' e bem desencanada. Ela me deixava bem à vontade e não tinha aquele monte de "não pode fazer isso" e "não pode fazer aquilo". Ela sempre falava que gravidez não é doença e se você não tem nenhum tipo de restrição, como precisar fazer repouso para não perder o bebê, então "bola pra frente" e vida normal. Quando o obstetra não faz do parto um bicho de 7 cabeças, já é um bom começo. A mulher já está tão ansiosa, cheia de perguntas e dúvidas que o que a gente menos precisa é um obstetra manipulador que faz com que algo natural seja algo sobrenatural.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Eu corria três vezes por semana, fazia academia todo dia - 30 min de esteira, 40 de musculação - e mais 1h de treino na piscina, fazendo série de ritmo moderado a forte (mas sem explosão, ou seja, não muito forte). Mas ela me permitia fazer tudo isso por que eu já estava acostumada a este ritmo. Ela me falava que o que não pode é engravidar e querer começar a malhar só pra não engordar muito. Quando o corpo já está acostumado, não há restrições. Então eu segui neste ritmo até o oitavo mês, quando no início do nono percebi uma gosma meio marrom. Tinha perdido o tampão do útero e aí ela me recomendou parar com as atividades para não ter o bebê antes do tempo.<br />
<br />
As contrações começaram no início do nono mês, mas eram bem fraquinhas, as chamadas de Braxton-Hicks. A médica me dizia que contrações boas eram aquelas que vinham sincronizadas, a cada 20, 15, 10, até chegar a cada 5 minutos, que já era então hora de ir pro hospital. Tive algumas contrações fortes durante umas duas ou três madrugadas, mas como não eram regulares, eu nem ligava pra elas. Até que, depois do 3o dia, eu liguei e expliquei que tinha tido algumas "cólicas" mais fortes durante a madrugada, mas que durante o dia elas quase paravam e não eram tão doloridas. </div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Ela me pediu para ir até o consultório, me examinou e viu que eu já estava com 5 cm de dilatação. E, na calma de sempre, me disse pra voltar pra casa, fazer uma refeição leve e depois ir para o hospital, por volta das 14:00, pra dar entrada na internação. Ela explicou que eles iriam me colocar no sorinho (ocitocina) para ajudar as contrações a serem mais regulares e concluiu que por volta das 18:00 o bebê nasceria. </div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Realmente meu primeiro parto foi bem animador! As contrações eram como cólicas menstruais mais fortes. Eu não tenho cólicas menstruais, mas imagino que sejam assim para quem tem. Consegui aguentar as dores na boa, nada parecido com aquelas cenas de novela que a mulherada fica se esgoelando. As enfermeiras vinham me perguntar se estava tudo bem, até que chegou a dilatação necessária. Fui para o centro cirúrgico, foi ministrada a anestesia de alívio e depois foi só alegria. Sem mais dores das contrações, apenas fazendo força quando a barriga ficava endurecida, tive vontade de tascar um beijo no anestesista, porque a dor das contrações são chatinhas, digamos assim, mas não foram sincronizadas como a obstetra esperava. </div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
O Thierry nasceu às 19:30, com 3,830 kg. Com 39 semanas e alguns dias.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Quatro anos depois, a minha segunda filha nasceu com 38 semanas e alguns dias, pesando 3,300 kg. O parto da Julie foi diferente pois a bolsa rompeu de madrugada. Eu fui para o hospital às 2:00 da manhã, mas as contrações pararam. Por volta das 7:00, me colocaram na ocitocina. Como as contrações eram fracas e poucas, às 11:00, mais ou menos, aumentaram a dosagem. A partir do meio-dia, começaram as contrações fortes. Foram três contrações (muito mais doloridas do que as do primeiro parto) e pronto, fui para o centro cirúrgico porque já estava "no ponto". Mas pareceu uma eternidade até me darem a anestesia (perto das 13h). Foi a meia hora mais demorada da minha vida.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Passado mais 4 anos e meio, veio o Yann. Na terceira gravidez (aos 42 anos) não dava para eu ir pra Santos onde tive os outros dois partos. E aqui em São Paulo foi uma dificuldade achar um médico que tivesse um discurso em que eu pudesse confiar. O bebê tinha uma cardiopatia e os médicos aproveitavam este fato (mais o fator da minha idade) para vir com a conversa de que não podiam garantir que eu teria um parto normal. Isto apesar de eu apresentar uma carta da cardiologista pediátrica que acompanhava a minha gestação que dizia que a cardiopatia do bebê não tinha nenhuma restrição quanto ao parto normal.<br />
<br />
Já quase no final da gestação, já com 37 semanas, eu liguei para a minha médica em Santos para pedir ajuda. Ela me indicou um amigo dela de faculdade que atende em SP, com o qual eu passei em uma única consulta e falei apenas 2x por telefone.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
O terceiro parto foi o mais fácil de todos!</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Com quase 39 semanas, tive um corrimento de cor meio marrom (um pequeno sangramento), mas as contrações continuavam muito fracas e nada regulares. O médico me pediu para ir direto para o hospital. Lá a parteira me examinou e ligou para o médico que pediu para me colocar no tal do 'sorinho' (ocitocina) de novo. Eu me recusei a tomar ocitocina e então o médico pediu para a enfermeira fazer um descolamento da placenta para o peso do bebê fazer a cabeça descer. Comecei a ter algumas cólicas, mas ainda muito discretas.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Tentaram a banheira para eu relaxar e o bebê descer, mas as contrações que já não eram fortes pararam de vez. Saí da banheira e comecei a andar pelo quarto. A cada vez que eu percebia que vinha uma contração, eu me agachava de cócoras e fazia força para o bebê descer e conseguir a dilatação naturalmente, sem a tal ocitocina. O médico então me sugeriu tomar ocitocina junto com a analgesia para que as contrações mais fortes ajudassem na expulsão do bebê. Foi uma questão de 15 minutos. A analgesia junto com a ocitocina foi feita às 16:15 e o Yann nasceu às 16:29. Com 2,770 kg. Acho que foram umas 3 ou 4 contrações.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Bem, quanto à episiotomia, foi feita nas 3 vezes, sendo que no último acho que não era necessário, mas Brasil é Brasil e como os médicos ganham mais por cada procedimento feito... No pós-parto a episio é indolor, fica apenas um leve incômodo que para mim não durou mais do que uma semana. </div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Não dá pra dizer que não dá aquele friozinho na barriga quando você vê que chegou a hora. E sempre depois dos partos era tanta adrenalina que eu nem acreditava, não conseguia dormir, ficava pilhada! A pediatra que fez o atendimento na sala de parto já colocou o bebê no meu peito para estimular a amamentação. Para dizer a verdade, a descida do leite me doeu muito mais no 2o. e 3o. parto, do que os partos propriamente ditos.<br />
<br />
Vou explicar porque. Como o Thierry é menino e nasceu bem e grande, ele mamava bem. Esvazia bem as mamas e a descida do leite, apesar de dolorosa, não foi tão traumática para mim. Já a Julie mamava devagar. Ela parava, se distraía, soltava o bico... Então demorava para esvaziar a mama e e tinha dificuldades para pegar o peito por estar muito engurgitado (duro). Tive que ir a um hospital que tinha banco de leite para aprender como massagear a mama e drenar o leite antes da mamada, e como ajudar a Julie a pegar o peito corretamente. Foi um processo doloroso e levou uma semana pelo menos. Eu chorava de dor antes de cada mamada.<br />
<br />
Agora o Yann, como ele estava na UTI e com sonda pela boca, também teve mais dificuldades de pegar o peito. Pior ainda, o leite veio e ele não mamava. Eu tinha que fazer ordenha manual. Foram dois dias horríveis que pareciam que nunca iam passar. Falei com o obstetra e, como eu queria amamentá-lo, ele falou para eu fazer a ordenha por mais ou menos uma hora, depois enfaixar o peito bem apertado e não mexer mais durante à noite. Também falou para o eu tomar um Tylenol para dor. Tentei amamentá-lo por 2 meses, mas com a rotina de sair, médicos e exames, mais a dificuldade dele de pegar o peito (porque depois que ele pegou o jeito, cansava e não conseguia mamar até se saciar por causa da cardiopatia), decidimos ficar só com a mamadeira. Ainda tentei a bombinha até o terceiro mês, mas não dava por causa de tantas idas a médicos, exames e cirurgias.<br />
<br />
Mas voltando ao parto, a vantagem do parto normal, especialmente para quem já tem outro filhos, é que não se tem restrições, você pode falar, pode andar, pode comer, tudo logo após o parto. E depois que o bebê nasce, você tem que levantar para amamentar à noite, trocar a fralda, dar banho, é um senta e levanta, senta e levanta. E como eu gosto de independência e não queria ninguém em casa dando palpite em como cuidar do meu bebê, cesárea para mim estava fora de cogitação.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Missão cumprida, Talita, demorei mas está tudo aí.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Beijos, Tereza Peron<br />
<br />
Para ler os meus comentários a respeito deste relato, <a href="http://www.maternidadeproativa.blogspot.com.br/2013/06/motivos-falsos-para-fazer-uma-cesarea.html" target="_blank">clique aqui</a>.</div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-88301521887952023392013-05-31T19:16:00.001-07:002013-06-15T17:49:19.440-07:00Maternidade aos olhos de Deus<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Hoje eu preparei um post bem especial que, embora atrasado, traz uma mensagem profunda em homenagem à celebração do Dia das Mães. Ele não é de minha autoria (foi extraído do site Vision Forum Ministries), mas foi traduzido por mim. É sobre um assunto que eu amo e que este blog pretende valorizar: <b>a maternidade aos olhos de Deus</b>. </span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Embora o autor se refira especificamente à história e atualidade dos EUA, vejo muitas semelhanças com o que acontece aqui no Brasil. Bem, na realidade, e</span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">u gostaria de dizer muitas coisas a respeito do texto abaixo, mas vou poupar você dos meus comentários e permitir que Deus fale diretamente ao seu coração enquanto você lê e absorve essas preciosas verdades. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Que o Senhor se revele a você e a toque de um jeito especial hoje!</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">=====*=====</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">A
ascensão e queda e ascensão</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">da maternidade nos EUA</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Publicado
em 10/05/2013 no site </span><span lang="zxx"><u><a href="http://www.visionforumministries.org/"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">http://www.visionforumministries.org</span></a></u></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="zxx"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por
Doug Phillips, presidente da Vision Forum Ministries</span></span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>As</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>
mulheres </b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>são
as únicas que podem</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>
ser mães. </b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Será
que</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>
e</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>stamos
nos esquecendo disso?</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Apenas uma mulher pode
carregar em seu corpo um ser eterno que carrega a própria imagem de
Deus. Apenas ela é a recebedora do milagre da vida. Apenas uma
mulher pode conceber e nutrir esta vida usando sua própria carne e
sangue, e depois parir uma alma vivente para o mundo. Deus concedeu
unicamente a ela um milagre genuíno – a criação da vida, e a
fusão de uma alma eterna com uma carne mortal. Este fato por si só
estabelece a glória da maternidade.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Apesar das mais criativas
tentativas de cientistas humanos e legisladores para redefinir os
sexos, homem algum jamais poderá conceber e parir uma criança. O
ventre fértil é um dom sagrado dado por Deus para a mulher. Esta é
uma das razões pelas quais o ofício de esposa e mãe é um dos
maiores chamados que uma mulher pode almejar.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Este é o motivo pelo
qual nações que temem o Senhor estimam e protejem as mães. Elas se
gloriam nas distinções entre homens e mulheres, e tentam
estabelecer culturas em que a maternidade é honrada e protegida.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em seu famoso comentário
sobre a vida americana primitiva, Democracia na América, Alexis de
Tocqueville explicou:</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Portanto,
os americanos não acham que homens e mulheres têm o dever ou o
direito de desempenhar os mesmos ofícios, mas eles demonstram
equidade na consideração que têm por ambas as partes; e embora
sua porção seja diferente, eles consideram ambos seres de igual
valor. Eles não dão à coragem da mulher a mesma forma ou a mesma
direção dada à do homem, mas eles nunca duvidam de sua coragem; e
se têm para si que o homem e a sua parceira não devem exercitar seu
intelecto e entendimento da mesma forma, eles creem pelo menos que o
entendimento de um é tão são quanto o do outro, e o intelecto dela
igualmente claro. Deste modo, portanto, embora eles tenham permitido que a inferioridade social da mulher continue, eles fizeram tudo o que
podiam para elevá-la moral e intelectualmente ao nível do homem; e
a este respeito me parece que eles compreenderam com excelência o
verdadeiro princípio de aperfeiçoamento democrático.</i></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">De Tocqueville contrastou
a compreensão americana das mulheres com sentimentos europeus:</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Há
pessoas na Europa que, confundindo as diferentes características dos
sexos, transformavam o homem e a mulher não apenas em seres de igual
valor, mas idênticos. Elas davam a ambos as mesmas funções,
impunham sobre ambos as mesmas obrigações, e concediam a ambos os
mesmos direitos; eles os misturavam em tudo – nas ocupações, nos
prazeres e nos negócios. Pode-se facilmente perceber que ao tentar
tornar um sexo igual ao outro, ambos são degradados, e de tão
absurdas misturas sobre a obra da natureza o resultado não poderia
ser outro, mas homens fracos e mulheres desordeiras.</i></span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>A Guerra Contra a
Maternidade</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
glória da América eram suas mulheres. Era nisto que Tocqueville cria quando escreveu:</span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Quanto
a mim, eu não hesito em declarar que embora as mulheres dos Estados
Unidos estão confinadas no estreito círculo da vida doméstica, e
sua situação seja em certo respeito uma de extrema dependência, em
lugar nenhum eu vi mulheres ocupando uma posição tão exaltada; e
se me perguntassem, agora que estou chegando à conclusão deste
trabalho, em que eu falei de tantas coisas importantes feitas pelos
americanos, a que em grande parte pode-se atribuir a singular
prosperidade e crescente força deste povo, eu responderia: À
superioridade de suas mulheres.</i></span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas este direito de
nascença foi trocado durante o último século por algo trivial.
Talvez o maior legado do século 20 foi a guerra contra a maternidade
o patriarcalismo bíblico. Feministas, marxistas e teólogos liberais
fizeram do seu alvo atingir a instituição familiar e desviá-la da
estrutura e prioridades bíblicas. Os resultados são androginia, um
declínio radical na taxa de natalidade, aborto, famílias de mães
solteiras e confusão social.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por incrível que pareça,
a maior história do século 20 nunca virou manchete de jornal. De
alguma forma passou desapercebida. Foi o massivo êxodo feminino dos
lares e a consequente queda da maternidade. Pela primeira vez na
história registrada do Ocidente, mais mães deixaram seus lares do
que ficaram neles. Ao deixar o lar, a experiência e realidade da
infância, vida familiar e feminilidade foram fundamentalmente
redefinidas, e os resultados têm sido tão ruins que se este padrão
não for revertido, nossos netos possivelmente viverão num mundo
onde tanto a verdadeira cultura da família cristã quanto a
definição histórica do casamento serão coisa dos contos de fadas.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Muitos “ismos”
influenciaram esse padrão – evolucionismo, feminismo, estatismo,
eugenismo, marxismo, dentre outros. Mas no fim das contas, o abismo
filosófico entre os pressupostos de ateus, eugenistas e marxistas do
início do século 20 e os pressupostos professados pela Igreja do
século 21, se estreitou dramaticamente. Os objetivos do estado e os
objetivos da corrente principal da igreja se uniram de tal forma que
a família bíblica, com sua ênfase no homem como cabeça, na
sucessão geracional e na maternidade fecunda, é uma ameaça à
ordem social de ambas instituições.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Menos de cem anos atrás,
arquitetos do estado soviético de caráter comunista e ateísta
anteciparam a morte da família cristã. Eles explicaram a
necessidade de destruir a família cristã com sua ênfase na
maternidade, e substituí-la com a visão de uma “nova família”.
Lenin escreveu:</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-h_DyZx5PXZI/UalYo9P42nI/AAAAAAAAAU8/s8cCyw2OlVw/s1600/lenin.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="color: black;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-h_DyZx5PXZI/UalYo9P42nI/AAAAAAAAAU8/s8cCyw2OlVw/s200/lenin.jpg" width="150" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lenin</td></tr>
</tbody></table>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 0.53cm;">Devemos
dizer com orgulho e sem exagero que, à parte da Rússia Soviética, não
há um país no mundo onde as mulheres gozem de completa igualdade e
onde as mulheres não sejam colocadas na humilhante posição sentida
na vida familiar diária. Esta é uma de nossas primeiras e mais
importantes tarefas... Trabalho doméstico é a tarefa mais
improdutiva, mais bárbara e mais árdua que uma mulher pode fazer. É
de excepcional pouca importância e não acrescenta nada que de
alguma forma possa promover o desenvolvimento da mulher... A
construção do socialismo se dará somente quando alcançarmos a
completa igualdade das mulheres e quando nos empenharmos à nova obra, juntamente com mulheres que foram emancipadas desta insignificante,
desanimadora e improdutiva tarefa... Essas instituições que liberam
as mulheres de sua posição como escravas domésticas estão
surgindo por toda a parte... Nossa missão é fazer políticas
públicas para a mulher trabalhadora.</i></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em 1920, em seu discurso
para o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, Lenin enfatizou: </span>
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>O
principal é levar as mulheres a se engajarem em trabalhos
socialmente produtivos, liberá-las da 'escravidão doméstica',
libertá-las de sua embrutecedora e humilhante subjugação à eterna
fadiga que é ir para a cozinha e cuidar de crianças pequenas. Esta
será uma longa luta, e ela demanda uma reconstrução radical, tanto
da técnica social quanto moral. Mas ela findará no completo triunfo
do Comunismo.</i></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Trotsky,
o companheiro de Lenin, teve papel chave em comunicar a visão
marxista do que ele chamou de a “nova família”. Lenin e Trotsky
acreditavam que podiam derrubar o cristianismo ao destruir a família
bíblica. Eles buscaram formar um novo estado, livre dos pressupostos
cristãos de longa data a respeito da família. Isto significava
denegrir a noção bíblica da autoridade masculina e hierarquia
dentro da família. Significava desfazer qualquer sentido que pudesse
haver de dividir o trabalho entre homem e mulher. Isto exigia
libertar as mulheres das dores do parto e do peso de cuidar de
crianças. Significava adotar mecanismos contraceptivos como garantia
de que as mulheres estariam livres para permanecer no mercado de
trabalho. Trotsky disse o seguinte:</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-7DRGQpFVimA/UalYrn_WkcI/AAAAAAAAAVE/2qpHbIOc7Q4/s1600/trock.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="color: black;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-7DRGQpFVimA/UalYrn_WkcI/AAAAAAAAAVE/2qpHbIOc7Q4/s200/trock.jpg" width="150" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trotsky, o companheiro de Lenin</td></tr>
</tbody></table>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-top: 0.32cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 0.53cm;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Socialização
dos cuidados do lar e educação pública para as crianças são
impensáveis sem uma significativa melhora de nossa economia como um
todo. Precisamos de moldes econômicos mais socialistas. Apenas sob
tais condições podemos libertar a família das funções e cuidados
que hoje a oprimem e desintegram. As roupas devem ser lavadas por uma
lavanderia pública, o fornecimento de refeições por um restaurante
público, costuras por um serviço têxtil público. As crianças
precisam ser educadas por bons professores públicos os quais têm
verdadeira vocação para tal trabalho. Então, o vínculo entre
marido e mulher estaria livre d</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 0.53cm;"><span style="font-size: 10pt;"><i>e
tudo o que é externo e acidental, e um deixaria de absorver a vida
do outro. Igualdade genuína seria finalmente estabelecida...</i></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
parte mais desconcertante de citações como as que lemos acima é a
semelhança, em espírito e em sentimento, a vozes de indivíduos que
hoje em dia afirmam pertencer à Igreja de Jesus Cristo. Ainda mais
desconcertante é saber quantas das reformas sociais anti-família
são pressupostos de cristãos modernos nos EUA.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Como a Consciência
Americana foi Marcada em Prol da Maternidade</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
a maternidade não é facilmente vencida. Ela existe desde o
princípio e sempre levou a Igreja e a civilização para frente. A
maternidade não somente perpetua a civilização, como a define.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
princípio, Jamestown era uma sociedade de homens lutando para
sobreviver. Mas ela se tornou uma civilização quando as mulheres
chegaram. Plymouth, por outro lado, começou como civilização –
famílias de fé comprometidas com a procriação e multiplicação
para a glória de Deus, uma impossibilidade sem a maternidade.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
maternidade não é facilmente vencida porque Deus colocou lembretes
de sua importância no próprio corpo das mulheres que Ele criou.
Para derrubar a maternidade, os inimigos da família precisam fazer
mais do que torná-la um inconveniente social, eles precisam ensinar
as mulheres a se desprezarem ao verem o próprio ventre como um
inimigo de sua autorealização. Isso significa minimizar o glorioso
dom da vida que é dado somente à mulher. Significa redefinir o que
significa ser mulher.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
até isso não é suficiente. Para derrubar a maternidade, os
inimigos da família bíblica precisam cauterizar a consciência de
uma geração inteira de mulheres. Isso é feito por meio de
doutrinas de emancipação social do lar, liberação sexual,
controle de natalidade e aborto – quatro que fazem a
mulher entrar em guerra contra sua própria natureza criada. Em vez
de ser a bendita guardiã do lar para a sociedade, ela é ensinada
que o contentamento só pode ser encontrado em agir, se vestir e
competir com os homens. Em vez de serem objeto de respeito, proteção
e virtude, ela se vende a um baixo preço, assim desvalorizando sua
condição de mulher. Em vez de se gloriar num ventre fecundo, ela
poda a própria semente da vida. Às vezes, ela corta a própria
vida.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Anos
de viver o papel do homem endurece a mulher. E treina-a para
encontrar sua identidade na corporação, não no lar. Ensina-a a se
sentir desconfortável quando está perto de crianças ou de famílias
grandes – a própria presença deles é um lembrete da antítese
entre o desenho de Deus para a mulher e as normas de sociedades
pós-cristãs.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
as mulheres não são as únicas com consciências cauterizadas. As
dos homens ficam também. Considere que cinquenta anos atrás um
homem teria estremecido ao pensar em mulheres como soldados se
dirigindo para o combate enquanto pais em tempo integral ficam em
casa trocando fraldas. O homem de hoje tem a mente cauterizada. Ele
não mais se vê como o protetor da maternidade, e o defensor das
mulheres. Ele se consola repetindo os mantras do feminismo moderno, e
se assegurando de quão razoável e iluminado ele é – quão
diferente de pais intolerantes e opressivos. Mas em seu coração, o
homem moderno sabe que ele perdeu algo. Ele perdeu sua hombridade.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para
ser um homem, você precisa se preocupar com as mulheres. E você
precisa se preocupar com elas da forma certa. Você precisa cuidar
delas como criaturas dignas de proteção, honra e amor. Isso
significa genuinamente apreciá-las por suas diferenças enquanto
mulheres. Significa reconhecer a preciosidade da feminilidade acima
do glamour, do serviço do lar acima da careira, e da maternidade
madura acima da juventude perpétua. Mas quando as mulheres são
reduzidas a soldados, objetos sexuais e competidoras sociais, não
são apenas as mulheres que perdem a identidade que receberam do
Criador, mas os homens também. É por isso que o ataque à
maternidade produziu uma nação de eunucos – homens impotentes
social e espiritualmente que têm pouca capacidade para liderar, que
dirá amar as mulheres da forma como Deus intencionou que o homem as
amasse – como mães, esposas, irmãs e filhas.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>A Maternidade
Triunfará</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Existe
um motivo especial pelo qual a maternidade não será vencida – a
Igreja é sua guardiã. Enquanto ela perseverar – e perseverar ela
irá – a maternidade prevalecerá.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
Igreja é a precursora máxima de tudo o que é mais precioso e
santo. Ela detém os oráculos de Deus que ousam proclamar para uma
nação egoísta e egocêntrica: “Filhos são uma bênção e o
fruto do ventre uma recompensa que Ele dá”. Salmo 127:3</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
Igreja se posiciona nos portões da cidade, disposta a ouvir o
protesto de feministas, ateístas e multidões empenhadas contra a
família bíblica, e ela lembra o povo de Deus: “As mulheres mais
velhas devem ensinar as mais novas a amarem seus filhos, a serem donas de casa”. Tito 2:3-5</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Talvez
seja o próprio amor à vida das crianças, a paixão pela
feminilidade e maternidade que servirão de instrumento de Deus para abençoar
os Estados Unidos nos dias por vir. Com a taxa de natalidade ainda em
queda, as taxas de divórcio em alta e a vida familiar nos EUA se
dissipando a ponto de extinguir-se, famílias que amam a vida não
apenas terão uma importante mensagem para compartilhar, mas terão
um exército de filhos para ajudar a compartilhá-la.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>A Pergunta</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Professor:
Susie, o que você quer ser quando crescer?<br />Susie: Quero ser
médica.<br />Professor: Que maravilha! E você, Julie?<br />Julie: Quer
ser soldado.<br />Professor: Que louvável! E você, Hannah?<br />Hannah:
Quando eu crescer, quero ser esposa e mãe!<br />Professor: [silêncio
mortal]...</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mesmo
após anos da sociedade diminuir o chamado à maternidade, algo
maravilhoso está acontecendo – algo maravilhosamente
contra-cultural! Em meio a filosofias anti-vida e anti-maternidade
que impregnam a cultura, há uma nova geração de moças emergindo
cujas prioridades não são determinadas pelas expectativas que o
mundo tem para elas. Elas cresceram em lares cujos pais pastorearam
seus corações e as crianças não eram somente bem-vindas, eram
profundamente amadas. Algumas dessas mulheres foram educadas em casa,
o que significa que muitas delas cresceram com bebês e mães por
perto. Elas aprenderam a ver a maternidade como uma alegria e um
nobre chamado, porque é assim que os seus pais a veem.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">E
quando lhe perguntam sobre o seu futuro, essas moças sabem o que
querem. Elas são as futuras mães da Igreja. Jovens moças que não
têm medo de dizer que o objetivo de toda a sua formação e preparo
é equipar-se para cumprir o mais elevado chamado de uma mulher, o ofício de
ser esposa e mãe.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>O Preço da
Maternidade</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Um
dia uma senhora foi visitar sua amiga. Durante a visita, os filhos da
amiga entraram no cômodo e começaram a brincar juntos. Enquanto
esta senhora e a amiga conversavam, a senhora virou-se para ela e
disse avidamente, embora evidentemente sem se dar conta do
significado de suas palavras: “Ó, eu daria a vida para ter filhos
como os seus”. A mãe respondeu com controlada sinceridade após um
breve silêncio remetendo à profundidade da experiência das
palavras que viriam: “É exatamente este o preço a ser pago”.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
maternidade tem um preço. E o preço não é uma soma pequena. E se
você não estiver disposta a pagar este preço, nenhum encorajamento
sobre as alegrias da maternidade lhe satisfarão.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
o preço da maternidade não é fundamentalmente diferente do preço
de ser discípula de Jesus Cristo. Aliás, mães cristãs veem seu
dever como mães fluindo do seu chamado a Jesus Cristo. E qual é o
preço?</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Maternidade
cristã significa dedicar toda a sua vida em serviço de outras
pessoas. Significa ficar ao lado do marido, acompanhá-lo e investir
na vida das crianças que você espera que um dia irão
ultrapassá-la. Significa sacrificar satisfação presente para ter
recompensas eternas. Significa investir nas vidas de outras pessoas
que talvez nunca completamente apreciem o seu sacrifício ou
compreendam a profundidade do seu amor. E significa fazer todas essas
coisas, não somente porque você irá receber louvor de homens –
pois você não irá – mas porque Deus fez você para ser mulher e
mãe, e há grande contentamento neste chamado bíblico.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Noutras
palavras, a Maternidade requer visão. Requer viver por fé, não por
vista.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Essas
são algumas das razões pelas quais a Maternidade é o papel mais
nobre biblicamente e desvalorizado socialmente que uma jovem moça
pode almejar. Há muitas pessoas que se perguntam: Minha vida tem
importância? Mas uma mãe que teme o Senhor jamais precisa se fazer
esta pergunta. De sua fiel obediência dependem o futuro da igreja e
a esperança da nação.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em
1950, diante do Senado dos Estados Unidos, Peter Marshall, o grande
pregador americano-escocês, explicou-o desta forma:</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>O
desafio moderno à maternidade é um desafio eterno – o de ser uma
mulher temente a Deus. A expressão em si já soa estranha em nossos
ouvidos. Não mais a ouvimos nos dias atuais. Ouvimos falar de todos
os outros tipos de mulheres – mulheres bonitas, mulheres
inteligentes, mulheres sofisticadas, mulheres bem-sucedidas
profissionalmente, mulheres talentosas, mulheres divorciadas, mas
raramente ouvimos falar de uma mulher temente a Deus – ou de um
homem temente a Deus.</i></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Eu
acredito que as mulheres chegam mais perto de cumprir a missão a elas divinamente outorgada no lar do que em qualquer outro lugar. É muito
mais nobre ser uma boa esposa do que ser a Miss América. É uma
realização muito maior estabelecer um lar cristão do que é
produzir uma novela de segunda categoria cheia de lixo. É algo
muito, muito melhor na dimensão da moral ser antiga do que ser
ultramoderna. O mundo tem mulheres demais que sabem segurar suas
taças, que perderam todas suas ilusões e sua fé. O mundo tem
mulheres demais que sabem ser espertas.</i></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i>O
que o mundo precisa é de mulheres dispostas a serem simples. O mundo
tem mulheres demais que sabem ser brilhantes. Ele precisa de algumas
que sejam corajosas. O mundo tem mulheres demais que são populares.
Ele precisa de mais que sejam puras. Precisamos de mulheres, e de
homens também, que prefiram ser moralmente certas do que socialmente
corretas.</i></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao
chegarmos próximo da comemoração do Dia das Mães, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">lembremos-nos
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">que estamos lutando pelo
Senhor, e é Ele quem prioriza a maternidade e o lar como o maior
chamado e domínio da mulher, “a fim de que a </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">p</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">alavra
de Deus não seja difamada”. Tito 2:5</span></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Que
o Senhor encha as nossas igrejas com mães fiéis.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="border: none; line-height: 0.53cm; margin-bottom: 0.32cm; margin-right: 1.64cm; margin-top: 0.32cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Fonte:
</i></span></span><span lang="zxx"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><i><a href="http://www.visionforumministries.org/issues/family/the_rise_and_fall_and_rise_of.aspx">http://www.visionforumministries.org/issues/family/the_rise_and_fall_and_rise_of.aspx</a></i></span></span></u></span></div>
</div>
Talitahttp://www.blogger.com/profile/02420501788499068539noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1517085718428014281.post-90467284432648767492013-05-30T13:08:00.000-07:002013-06-02T04:14:44.165-07:00Como perdoar um molestador sexual? Escrevendo uma carta - Por MARY DEMUTH<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Recentemente temos ouvido falar de tantos casos de abuso sexual infantil. E o que talvez raramente paramos para pensar quando ouvimos notícias desse tipo é que certamente muitos adultos de hoje um dia (quando crianças) também foram molestados sexualmente. Essas pessoas normalmente escondem seu passado e sofrem 'sozinhas' as consequências do trauma até hoje. É algo muito triste e imagino que mais comum do que pensamos!</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Eu fiz a tradução do texto abaixo a pedido de uma pessoa querida que trabalha com aconselhamento. Fiquei tão impactada pela mensagem que senti de também compartilhá-la com vocês aqui no blog. </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">São palavras de uma mulher de 46 anos que passou pela terrível experiência do abuso sexual infantil e que corajosamente conta como fez para superar a dor e a humilhação de ter sido molestada quando tinha apenas 5 anos de idade.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">É uma mensagem linda!</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Mesmo que você não tenha sido vítima de abuso quando criança, e nem conheça alguém que foi, acredito que a leitura será benéfica para você. Primeiro porque, como mães, acredito que precisamos ficar atentas e ser prudentes no proteger dos nossos filhos. Confiar em Deus sim, mas desconfiar das pessoas e vigiar! E o segundo motivo é que nunca sabemos que adultos de hoje foram molestados no passado. Talvez essa mensagem seja exatamente o que alguém bem próximo de você está precisando ler. Por isso, a minha dica é que você primeiro faça a leitura e depois passe-a adiante, compartilhando-a com seus amigos!</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">=====*=====</span></span></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>A
carta que eu escrevi para os meninos que me molestaram</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
– Por Mary Demuth</span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Publicado em 06/03/2013 no blog </span><span lang="zxx"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a href="http://www.marydemuth.com/">www.marydemuth.com</a></span></u></span></div>
<div>
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><u>Faz
quarenta e um anos que aqueles garotos grandalhões roubaram o meu
corpo, minha mente, e estilhaçaram a minha alma</u></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Eles se apresentavam como vizinhos interessantes, dispostos a ajudar
minha antiga babá. Eles me retiravam de suas mãos, para alivar o
peso para ela. O que é estranho se você me conhecesse naquela
época. Eu não dava muito trabalho. Eu já tinha aprendido a arte de
me tornar invisível. E se eu não estivesse me ocupando sozinha, eu
encontrava formas de agradar as pessoas. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Eu
era uma boa garotinha. Inocente até.</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><u>Esses
garotos amigáveis (irmãos escoteiros) me levavam para o meio do
mato</u></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Eles convidavam amigos para se revesarem. Eles me violavam debaixo de
árvores com folhagens verdes imensamente altas. Eles me levavam para
casa com eles, roubando mais de mim em suas camas beliches, com um lençol tampando a cama de baixo para que pudessem ter mais
“privacidade”, tudo enquanto a amélia de sua mãe, há dois cômodos
dali, cantarolava músicas animadas enquanto fazia </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>cookies</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Eu
me pergunto se ela sabia.</b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Eu
me livrava das suas garras dormindo de tarde até o anoitecer. E
depois, nos mudamos dali, para bem longe. Mas a assombração deles
permaneceu comigo. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Eu
me sentia suja, violada, completamente sozinha com o meu segredo. </b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
escondi a minha história num canto bem escuro. Ela só voltou à
tona quando conheci Jesus. Primeiro ela vazou, em seguida ela jorrou
de dentro de mim em angústia.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Como perdoar algo assim?</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Quando
eu conheci Jesus, eu aprendi que Ele me perdoou. Tendo crescido numa
cultura que fortemente estimula a precocidade sexual, aliado ao fato
do meu pai ser um </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><u>viciado
sexual</u></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
eu lutei contra a pornografia na adolescência. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>É
flagrante e vergonhoso escrevê-lo assim, mas aqui está, feio e
real. </b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
tinha dificuldade de acreditar que eu havia sido perdoada de ver
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>aqueles
livros</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
e </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>aquelas
revistas</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"> A
escolha de perdoar aqueles meninos não aconteceu da noite para o
dia. Na verdade, ainda existem fios de falta de perdão no meu
coração, evidenciados pela náusea que sinto neste exato momento.
Porque se eu encontrasse garotos como eles agora que OUSASSEM tocar
nas minhas filhas, </span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>meu
primeiro pensamento seria matá-los.</b></span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b><br /></b></span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"> Porém,
Jesus diz que até o pensar em matar é pecado.</span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><br /></span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"> Eu
preciso ser perdoada de tantas coisas. Mas como perdoar o abuso dos
meninos?</span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"> O
primeiro passo é escolher perdoar. E o passo seguinte é </span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><u>seguir
adiante por esse caminho radical e irracional do perdão</u></span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">.</span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><br /></span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"> Hoje
estou dando outro passo rumo ao perdão. Bem aqui, neste exato
momento, por meio do blog. </span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>Eu
estou escrevendo uma carta para esses rapazes cujos primeiros nomes
não me recordo, mas cujos sobrenomes me fizeram incansavelmente
procurar no Google, imaginando, imaginando, imaginando o que estão
fazendo hoje em dia.</b></span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
Será que ele é o professor que foi suspenso por comportamento
inadequado? Será o seu irmão o arquiteto? O advogado?</span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><br /></span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"> Eu
não sei quem esses homens são hoje. Mas, se por acaso, pelos
misteriosos planos de Deus, eles algum dia chegarem até este blog,
</span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>esta
carta é para eles</b></span></span></span></em><em><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">.</span></span></span></em></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 16pt;"><span style="font-weight: normal;">QUERIDOS
MENINOS CUJOS SOBRENOMES REVIRAM O MEU ESTÔMAGO</span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">,</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
ainda estou brava.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> O
que vocês fizeram. Ah, o que vocês fizeram. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Suas
escolhas cavaram feridas profundas e gigantescas na minha alma</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.
Vocês me roubaram. Minha inocência. Meus olhos esbugalhados. Minha
visão gloriosa da vida. Minha coragem. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Todos
raptados. E no pós abuso sexual, eu me afundei. Eu acreditei em
mentiras a meu respeito.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> -
Eu não sou digna de ser protegida.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> -
Meu valor próprio = minha sexualidade, em muito deformada.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Vocês
pensaram nessas coisas quando vocês satisfizeram seus desejos
doentios? </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><u><b>Vocês
tinham noção de que iriam destruir a vida de uma garotinha de
pré-escola</b></u></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">?
Vocês não tinham vergonha de violar uma menina de 5 anos em nome
dos seus próprios prazeres? Vocês eram tão corajosos em seu
pecado, me violaram enquanto sua mãe cozinhava. Sem medo. E, no
entanto, suas ações me fizeram viver amedrontada durante a maior
parte da minha vida, sempre procurando pelos cantos, fugindo,
fugindo, fugindo, com medo de que um vilão me pegasse.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Vocês
me marcaram. Desde os seus atos de abuso, uma marca foi posta na
minha testa para que todos os abusadores e molestadores pudessem ver,
como se fossem uma luz negra, uma marca fluorescente. Era um
passe-livre para outros predadores.</span></span></span></strong><br />
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
ainda estou com raiva. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Porque
quando minhas próprias filhas completaram cinco anos, eu mal podia
respirar. Quanto medo.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Quanta tristeza. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><u><span style="font-weight: normal;">Tudo
o que eu queria era proteger as minhas meninas</span></u></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
era tão pequena quando vocês me levaram para o meio do mato. Tão
incapaz de fugir. E se eu tivesse tentado, suas palavras ameaçadoras
me fariam dar meia-volta e ser reviolada. “</span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Vamos
matar os seus pais se você contar para alguém</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">”.
Para proteger os meus pais, eu mantinha a boca bem fechada. E eu não
ousava correr.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
se eu ficar acampada na terra da vingança, minha alegria vai se
definhar</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.
Vocês terão vencido a batalha.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><u><span style="font-weight: normal;">Sabem,
eu conheci Jesus aos quinze anos de idade</span></u></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">,
dez anos depois de vocês me encherem de pavor e cinco anos depois da
morte do meu pai. Jesus amorosamente me encontrou bem a tempo.
Aqueles sinuosos pensamentos suicidas estavam tomando conta da minha
mente. Eu ficava me perguntando o que será que eu estava fazendo
nesta terra tão cheia de árvores altas e com folhagens verdes. Eu
tinha nascido para ser violada? Para ser usada por outros como vocês
dois? Ou será que eu tinha algum outro propósito desconhecido.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Debaixo
de uma árvore com folhagens que nunca perdem o seu verde, as
memórias da sua moléstia fizeram os meus olhos queimarem. E, no
entanto, naquele local sagrado, eu tive um encontro com Jesus. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ele
pegou o meu pecado (todos eles, inumeráveis eram/são) e o atirou
longe, como uma bala, há bilhões de quilômetros de distância de
mim.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Ele me limpou, purificou meu coração ferido, e me colocou na
bela/dolorosa estrada da cura. Ele carregou o meu pecado e a minha
dor.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Ele
transformou os meus </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Eu
fui” e “Eu era” em “Eu sou” e “Eu recebi”</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> -
Eu fui molestada. Eu sou amada de Deus.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> -
Eu fui roubada. Eu recebi vida eterna, abundante e cheia de alegria.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> -
Eu era menos. Eu sou mais do que eu imaginei que pudesse ser.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
sou livre para perdoar vocês. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
sou livre para olhar para vocês com graciosos olhos de graça.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Eu fui feita completa por um Deus santo. Aleluia!</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
entendo melhor agora. Eu agradeço a Deus porque, quando eu cheguei
na idade que vocês tinham, eu encontrei Jesus. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
poderia ter sido vocês</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.
Eu poderia ter cedido aos desejos vis dentro de mim, permitido que
eles transpusessem todas as barreiras, se eu não tivesse sido
resgatada. Sem Jesus, eu estremeço de pensar o que eu poderia ter me
tornado. O que me coloca num lugar vulnerável e me traz </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">uma
profunda, profunda tristeza por vocês</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Se
as estatísticas se traduzirem em realidade, vocês não me violaram
apenas para “tirar onda”. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Vocês
imitaram a vida que tinham</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.
Vocês reproduziram justamente aquilo que lhes trazia maior angústia.
Aquilo que vocês odiavam é o que vocês se tornaram. Houve um dia
em que vocês decidiram se entregar à insanidade de suas mentes, que
os fazia crer que vocês mereciam o prazer. Alguém roubou isso de
vocês, então vocês se acharam no direito de roubá-lo de outra
pessoa também.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
vejo Jesus, nú estendido na cruz, com dificuldades para respirar.
Ele conhece bem como é sentir-se vulnerável por estar nú. Naquela
cruz Ele poderia ter crucificado todos os molestadores, todos os que
O enviaram para lá, mas Ele inspirou e expirou desenfreado perdão.
Ele escolheu fazer o que vocês não fizeram. Ele sofreu pelo pecado
de outra pessoa. E em vez de praticar a vingança, Ele inaugurou a
era da graça.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
desejo Jesus para vocês.</span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
me preocupo com vocês. Talvez vocês esconderam suas memórias
daquela pequena comunidade próxima das águas salgadas. Talvez vocês
apagaram aquele matagal da sua mente. Vocês o empurraram lá, lá pra
baixo. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
culpa os corrói, mas vocês não conseguem explicar o porquê.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Eu sou prova, uma linda prova, de que vocês podem ser libertos.
Vocês podem ser limpos. Vocês podem ser perdoados.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
não é possível ser limpo em silêncio. Uma história não contada
nunca sara.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Eu os desafio, como aquela garota de joelhos esfolados que vocês
sexualmente molestaram, a se abrirem. Contem a história. Peçam para
Jesus perdoá-los.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
única coisa que eu posso fazer é orar para que vocês encontrem
esta carta, por um daqueles “acasos” graciosamente soprados por
Deus, e finalmente queiram ser libertos do que fizeram.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu perdoo os dois, irmãos no crime. Os irmãos que arruinaram um ano
de minha vida de temores e cicatrizes. Os irmãos que provavelmente
foram violados também. Venham para a fonte do perdão, inaugurada
por Jesus. Deixe que as minhas palavras sejam sua porta de entrada: </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
perdoo vocês</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> A
minha montanha de pecados contra um Deus santo tornam insignificante
o montículo de terra do que vocês praticaram contra mim. Eu leio as
palavras de Jesus sobre o servo impiedoso e compreendo: “Então o
senhor chamou o servo e disse: 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida
porque você me implorou. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Você
não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de
você?</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">”
(Mateus 18:32-33).</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Se
eu realmente, realmente acredito no Jesus nú pendurado na cruz, que
carregou toda a minha vergonha, o meu pecado e a minha lama, então
eu preciso acreditar que o sacrifício dEle é suficiente para vocês
também. A misericórdia dEle acende em mim profunda misericórdia
por vocês.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Este
carinho, esta dor que eu sinto por vocês é algo estranho. </span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Eu
anseio vê-los livres das memórias, do abuso que vocês praticaram e
do abuso dos quais foram vítimas. Eu não tenho soluções
inteligentes ou posso arcar com os anos de terapia necessários para
erradicar a dor. Tudo o que eu tenho é o amoroso Jesus. Tudo o que
eu tenho é a minha vida restaurada. Tudo o que eu tenho é o
meu testemunho. Tudo o que eu tenho é a certeza de que está tudo
bem. Eu sou loucamente amada pelo meu Criador. Eu fui sarada. Eu vivo
uma vida de alegria verdadeiramente impossível.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Eu
estou irada. Mas a minha raiva muda de foco quando eu percebo que </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">a
arma mais poderosa que Satanás tem é a molestação sexual.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Eu estou irada com os poderes das trevas que abrem feridas profundas,
dolorosas e assustadoras por meio de pornografia, de tráfico sexual,
de abuso sexual e de vício sexual. Eu fico enfurecida porque ele tem
conseguido roubar, matar e destruir tantas vidas.</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Isto
precisa parar. Por mim. Por vocês. Por nós.</span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Satanás,
esses meninos, que hoje são homens, não pertencem a você. Satanás,
você não tem permissão para ter vitória nesta área. Jesus
triunfa sobre suas obras sujas. </span></i></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>O
que você alegremente aplaudiu no escuro, Jesus audaciosamente cura
na luz.</i></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Você
não pode e não irá vencer. A luz sempre, sempre, sempre dissipa as
trevas. Sempre. Seus dias estão contados, e os seguidores de Jesus
estão ENOJADOS das suas armadilhas sexuais contra a humanidade.</span></i></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;"><br /></span></i></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nós
nos levantamos para a cura. Nos levantamos na força de Jesus por
amor a futuras vidas radicalmente salvas.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
Nós, que conhecemos a redenção, estamos cansados de nos atolarmos
num passado sofrido. Em contrapartida, agora nos LEVANTAMOS. Nós
dançaremos. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Entregaremos
nossas vidas curadas para resgatar almas das trevas.</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
O que Satanás (e até vocês, irmãos) pretendeu para o mal, Deus
fez uma reviravolta santa. Nós, que éramos desesperadamente
carentes de resgate, agora somos agentes de salvação, de
reconciliação e de perdão. </span></span></span></strong>
</div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Ah,
que vocês experimentem esta nova, nova vida que Jesus oferece a
vocês, irmãos do sobrenome. Eu os convido para esta caminhada. E
se, pela graça transformadora de Deus, algum dia nos encontrarmos
debaixo das altas árvores cujas folhas estão sempre verdes, eu
quero abraçá-los. Eu orarei por vocês. Eu chorarei. Eu direi
palavras de perdão. </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Eu
os convidarei para a família dos bagunçados-porém-redimidos.</span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> Debaixo
da doce e gloriosa luz de Jesus,</span></span></span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></strong><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mary,
não mais com 5 anos, agora amada integralmente</span></strong></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">P.S.
Se você está lendo esta carta, e você tem a </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>mesma
história que esses dois irmãos</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
por favor permita que esta mensagem fale fundo no seu coração. O
Deus que foi pendurado nú oferece a você uma saída. Suas mãos com
cicatrizes são as mãos de vitória, de perdão e de luz. Estenda as
mãos para Ele. Aquele que se inclina sobre a terra está chamando
por você.</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">P.P.S.
Se você está lendo esta carta e você é a criança debaixo das
árvores, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>considere
escrever uma carta</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Neste momento, eu posso dizer que a catarse é uma bênção e a
entrada para a família de Jesus é a consequência.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Tradução e publicação feita com a devida autorização da autora.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Fonte:
</span><span lang="zxx"><u><a href="http://www.marydemuth.com/how-do-you-forgive-a-sexual-abuser-by-writing-a-letter/"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">http://www.marydemuth.com/how-do-you-forgive-a-sexual-abuser-by-writing-a-letter/</span></a></u></span></div>
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