Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mudanças no comportamento a partir do 2º. ano de vida - Parte I: MOBILIDADE

Tenho notado mudanças no comportamento da Nicole desde que ela completou seu 1º. aniversário e, sobretudo, de 2 a 3 meses pra cá. Uma série de fatores está associada a essas mudanças, dentre elas sua maior mobilidade, o desenvolvimento de sua personalidade e forma de expressar emoções e, como não poderia deixar de ser, minha segunda gravidez que tem influenciado meu humor e paciência diante das situações comuns do dia-a-dia. Hoje vou me deter apenas no primerio fator.

Com uma maior mobilidade vem também grandes desafios e começo a me perguntar se nossa pequena casinha será suficiente para conter essa criança ávida por espaço e movimento! A gente houve cada história de criança maltratada em creches e escolas que meu marido e eu havíamos decidido que só enviaríamos nossos filhos para a escola quando eles fossem grandes o suficiente para nos contar o que aconteceu por lá, ou seja, entre 2 e 3 aninhos de vida. Mas confesso que tenho seriamente cogitado em breve matricular a Nicole numa escolinha de 1/2 período de duas a três vezes por semana para que ela tenha alguma atividade diferente pra fazer durante a semana. Temos nossa rotina de atividades ao longo do dia - tempo dela brincar independente no cercadinho ou no cercadão, tempo de brincarmos juntas no quintal ou na piscina, tempo de fazer um passeio à casa da bisa que é nossa vizinha ou dar uma volta na pracinha perto de casa e também tempo de assistir a desenhos na televisão - mas chega o fim do dia e vejo que ela já está entendiada por fazer sempre as mesmas coisas, principalmente quando estou com muitoserviço do trabalho e a deixo mais tempo brincando sozinha.

Apesar dos desafios de acompanhar uma criança ativa que não quer parar quieta por muito tempo, estou amando essa fase. Aliás, está cada vez mais gostoso vê-la crescer! E eu sei que é chavão, mas "passa tão rápido"! Tenho me empenhado em ajudá-la a avançar para o próximo nível do seu desenvolvimento físico-motor (sou esposa de professor de educação física, rs!) e me delicio venda-o superar cada etapa - desde bem pequenina de bruço exercitando os músculos das costas (tummy exercise) até todo esforço que foi até ela conseguir sentar, levantar, agachar, engatinhar e finalmente caminhar sozinha com 1 ano e alguns dias. Hoje ela não só anda, como também corre, sobe e desce do sofá, se esconde atrás das cortinas da sala, gira e faz piruetas como bailarina e se joga contra o puff, rs! Claro que toda essa agitação só poderia resultar em tombos... (e vários!).. quando ela tropeça porque não olha por onde pisa, perde o equilíbrio, etc.! Clique nos links acima pra ver vídeos recentes.

Com toda essa mobilidade desenvolvida vem também uma ânsia desenfreada por sair explorando o mundo. A criança desta idade quer caminhar por toda parte, tocar em todos os objetos, normalmente levá-los à boca... e aí é que está o perigo e a importância de de criá-la dentro do funil. Os pais precisam de sabedoria para satisfazer, e até mesmo manter acesa, a chama da curiosidade, canalizando-a para aprendizados direcionados e, ao mesmo tempo, cuidar para não conceder liberdades que a criança ainda não tem maturidade para lidar.

Vou compartilhar rapidamente dois exemplos de limites que impusemos à Nicole desde o início e que somente agora estamos dando espaço para maior liberdade. O primeiro deles é com relação às nossas idas à igreja, onde a Nicole fica sempre de alguma forma "presa", às vezes no colo, mas muito mais frequentemente no carrinho. Por quê? Porque ela ainda não tem o autocontrole ou maturidade necessários para ficar quieta e comportar-se se estiver solta num ambiente tão amplo. Mesmo depois de já saber andar, continuamos levando o carrinho toda vez pra ela ter onde sentar presa todos os cultos. Uma vez, quando me viu entrando para o culto empurrando a Nicole no carrinho, uma mãe que também tem filha pequena (poucos meses mais velha do que a Nicole), me disse: "Ah, se prepara porque daqui a pouco é a sua vez!". Ela estava se referindo a ficar andando atrás da menina pra lá e pra cá porque ela não queria parar quieta. Eu não queria que chegasse a minha vez de jeito nenhum, rs! Achava aquilo horroroso e na mesma semana mandei email pra Tine perguntando se tinha que ser assim mesmo!! Ela me explicou que não, que tinha sim um jeito melhor e eu fiquei aliviada. = )

Pra ser sincera, limitamos até o tempo que ela ficava no colo e também no colo de quem ela ficava porque ficar no colo em si já é uma liberdade e com essa liberdade vem a tentação de querer ir para o chão. Dependendo de quem é o colo a pessoa talvez não seja firme o suficiente para segurá-la o tempo todo e ceda diante da pressão que ela fará pra descer e sair andando pela igreja. Ou pior, a pessoa poderá tirar o foco do culto ao tentar distraí-la com brincadeiras que também atrapalharão as pessoas que estiverem por perto. Por isso restringimos o tempo de colo somente aos momentos de louvor (e não necessariamente ao período inteiro, às vezes durante uma ou duas músicas apenas) e o restante do tempo ela passa sentadinha na carrinho.

Outra decisão que tomamos é que quando ela estivesse no colo (no meu ou no do meu marido), faríamos o possível para não perder o foco do culto a Deus. Continuaríamos cantando, fechando os olhos, levantando a mão (a única que estivesse disponível, rs!) e conversando com Deus, pois o centro da nossa atenção naquele momento não é a nossa filha, é Deus. E ela já aprendeu bem isso, pois normalmente olha pra frente e imita o que a maioria das pessoas ao redor está fazendo. Ela dança ao ritmo da música, bate palmas, aponta pra cima e, por incrível que pareça, às vezes até fecha os olhinhos enquanto libera seu próprio som de louvor a Deus!

Como já disse, o restante do tempo ela passa sentada no carrinho. Temos o cuidado de levar alguns brinquedinhos, livros ou bonecas para ela se entreter (com um de cada vez) se estiver ficando impaciente ou desejando ir para o chão. Também levamos a Nana pra ela se acalmar e tentar pegar no sono se estiver muito cansada. Se ela estisver muito ranheta, o que normalmente acontece nos dias em que o culto demora mais pra acabar), um de nós sai com ela pra comer um lanchinho, trocar a fralda ou simplesmenste caminhar um pouco pra esticar as pernas num local apropriado para isso. Com essas ações delimitamos o que é ou não permitido naquele local e temos treinado-a nesses limites semana após semana. Quinze dias atrás experimentamos subir um pouco o nível de liberdade do funil. Eu queria sentir se ela já tinha maturidade e autocontrole suficientes para ser colocada no chão durante o louvor. Me surpreendi! Nos primeiros 5-10 minutos, ela ficou em pé bonitinha na minha frente fazendo o que sempre fazia no colo: louvando à maneira dela.

O seu autocontrole foi posto à prova quando duas outras crianças a viram e decidiram vir fazer uma visitinha, rs! E a mamãe aqui, querendo agradar, só criou mais problemas em potencial: ofereci alguns brinquedinhos ao grupo de crianças na esperança de que fossem todos ficar quietinhos sentados no chão brincando. Ledo engano! Um deles começou a pegar os brinquedos e sair andando com uma mãe desesperada atrás falando pra ele devolvê-los. Isso se repetiu algumas vezes até que ele decidiu desafiá-la e sair correndo pela igreja em pleno momento de louvor. Até ali a Nicole até que tinha se contido razoavelmente, mas o desejo de imitar o menino foi uma tentação por demais grande... e ela sucumbiu! Começou a fazer coisas erradas: correu descontroladamente, queria tocar nos pertences das pessoas nas outras cadeiras, etc., enfim, como nosso objetivo é trabalhar a obediência imediata (first time obedience) e ao notar que a situação estava pra sair do nosso controle, declaramos encerrado para o dia o tempo dela no chão. Ela voltou para o colo e logo em seguida para o carrinho, não sem resistir e ficar brava. Foi preciso isolá-la, saindo dali para que ela pudesse se recompor/acalmar da frustração que sentiu por ser privada de um recém-conquistado direito: a liberdade de ficar solta no chão.

No culto seguinte (coincidentemente na manhã seguinte) repetimos o teste e temos desde então concedido a ela alguns minutos de liberdade no chão durante o louvor toda vez. Ela ainda não tem autocontrole pra ficar o tempo todo no chão, pois depois de um tempo perde o foco ou se distrai com outras crianças que querem brincar com ela ou pegá-la no colo. Normal, né? Fazer o quê?! Nem tudo está ao nosso alcance, mas o principal é que temos insistido para ela precisa obedecer de primeira quando damos uma instrução. E se ela não obedece perde imediatamente o privilégio. No culto dessa manhã não resistimos e a filmamos louvando (clique aqui)! Apesar dos contratempos que surgem, estou satisfeita com os resultados até aqui porque tenho visto ela ir ganhando maior autocontrole. Por isso, pretendo seguir por esse caminho e continuar concedendo liberdades com cautela.

O segundo limite imposto e que agora estamos concedendo mais liberdade é em casa. Há muito tempo que a nossa sala de estar tinha virado o "cercadão" da Nicole brincar: juntamos dois sofás em L e o colocamos contra duas paredes de quina, com um tapete bem macio no meio. Acontece que no final de semana passado foi preciso rearranjar os móveis da sala porque iríamos receber um grupo grande de pessoas em nossa casa. Depois que as visitas foram embora, em vez de voltar os móveis à disposição anterior, meu marido e eu decidimos que estava na hora de impor limites invisíveis a Nicole e ensiná-la a respeitá-los. Era o teste para saber se ela estaria pronta pra ficar sem barreiras físicas limitando seu acesso pela casa.

O Nana Nenê adotou o termo "blanket time" para designar esse conceito de delimitar um cercado imaginário e, portanto, portátil para a criança respeitar, e ensina que devemos introduzi-lo à rotina desde bem novinhos. Eu até tentei fazer o "blanket time" algumas vezes no passado, mas confesso... não perseverei. Não tive paciência! A minha casa é muito pequena e eu não conseguia mudar o "blanket time" de lugar satisfatoriamente, como sugere o livro; por isso optei por ir pelo caminho mais fácil (que dava menos trabalho) e assim improvisamos barreiras físicas pra que ela tivesse uma área maior pra brincar com segurança. Porém, hoje "descobri" que as crianças crescem, rs! E aprendem a subir no sofá, a descer dele... chega um momento que aquela "parede" que criamos para contê-las inevitavelmente deixa de cumprir o seu propósito. Além disso, assisti ontem na Supernanny que a diferença da autoridade e do autoritarismo é justamente este: o filho pode obedecer por respeito à autoridade ou pode obedecer por força ou pressão imposta (autoritarismo). O problema é que se ele só obedece por força, talvez chegue o dia em que a força do filho se torne maior que a do pai, e então será que ele obedecerá?

Bem, estou nessa fase agora, tentando implementar o "rug time" (tempo do tapete). Está bem claro para a Nicole que ela não pode sair do tapete, mas às vezes ela escolhe desobedecer e daí é tão difícil colocá-la na linha. Estou tentando trabalhar isso com ela alguns minutos todos os dias e é desgastante ficar falando o tempo todo a mesma coisa, mas dessa vez não pretendo desistir. Irei perseverar porque tenho aprendido que a "educação financiada" é muito mais difícil!

O princípio-chave que quero compartilhar com esse post é que criatividade, concentração e, principalmente, auto-controle são melhor trabalhados num ambiente preparado, ou seja, propício para isso - e não às soltas, sem imposição de limites. Os limites são bons e necessários! Esse princípio é chave para 1] evitar hábitos desgastantes de tempo e paciência gastos perseguindo a criança pela casa (ou outro lugar) dizendo "não" para isso e para aquilo o tempo todo (ênfase na correção) e 2] promover o ambiente de paz, harmonia e estabilidade que seu filho precisa para ter um desenvolvimento emocional equilibrado (ênfase na direção).

E por falar em emoções, este é o tema para o próximo post! Aguarde. = )

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!