Sou manteiga derretida mesmo, eu sei... mas vocês vão ver como não estou exagerando!!
O que eu mais gostei desse parto foi a liberdade e a autonomia da parturiente como protagonista do parto. A parteira estava lá, o marido estava lá e até as crianças e outra pessoa estavam lá... mas eram pessoas em quem ela confiava, não eram estranhos. Ela estava à vontade, em seu próprio ambiente e não parecia acanhada de gemer quando sentia dor porque ela literalmente estava em casa e podia ser ela mesma!
Ela se movimentava livremente, sentava no chão, se apoiava no marido, subia na bola... fazia o que queria. Tinha liberdade para ouvir o próprio corpo e deixar o parto acontecer no seu próprio ritmo, naturalmente.
Ah, e vocês repararam na técnica da vocalização que ela usou para ajudar o canal se abrir sem lacerar o períneo? Eu achei o máximo aquilo porque foi justamente o que a Dra. Melania Amorim ensinou naquele documentário sobre parto humanizado que eu amei e publiquei aqui no blog um tempo atrás (acesse aqui). Ela explica que durante o parto é preciso relaxar o períneo (e não contrai-lo). Fantástico.
Porém, a parte mais linda mesmo foi a reação dela quando a bebê nasceu. Foi ela mesma quem pegou a criança no colo e trouxe-a para perto do peito. Que diferença de um parto natural no hospital!!
Nos meus partos (ambos 'normais' hospitalares), eu precisei ficar o tempo todo "quietinha" na cama, com as pernas erguidas (presas) e sem poder encostar as mãos no pano azul pra não contaminar o campo estéril. Eu não fui a primeira pessoa a pegar as minhas filhas quando elas nasceram - elas foram direto para a mão de pediatra e enfermeiras que fizeram malabarismo com elas enquanto eu tentava assistir de longe. Depois a limparam, colocaram um lacinho na sua cabeça e a trouxeram para eu ver. Acho que a examinei por uns 30 segundos e daí já a levaram embora de novo. Meu marido teve de sair da sala, a médica terminou o serviço de sutura lá embaixo (por causa da episio) e então eu fiquei sozinha em recuperação (por causa da anestesia). Só fui ver minhas filhas de novo (e pegá-las de verdade) horas depois. E só então pude amamentá-las.
Agora veja que diferença para este parto filmado. A bebê nasce e a mãe tem uma reação tão linda, tão espontânea, tão natural de um momento como esse. Parece que ela delira! Ela agradece a Jesus pelo nascimento da filha e da boca dela começam sair palavras de bênção sobre a vida dela... puxa, que especial! É de arrepiar os pelinhos do braço, rs! Sem falar do privilégio de ter ali sua família perto neste momento, as outras filhas reagindo natural e espontaneamente também, o marido já podendo pegar a bebê no colo, esquentá-la com a toalha, colocar sua primeira roupinha... e sim, cortar o cordão umbilical.
Simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO, não é mesmo?!
Agora o próximo vídeo de parto domiciliar...
Se com o primeiro vídeo pude me assegurar que parir é uma experiência de grandes emoções, este me transmite aquela deliciosa sensação de paz após a agonia. Dava para sentir a tensão da dor que a parturiente, que desabou a chorar provavelmente porque estava muito difícil, estava sentindo... e o marido ali o tempo todo encorajando-a, dentro da água junto, apoiando, dando força.
Quando a bebê finalmente nasce vocês repararam no semblante de serenidade e alívio dela? E o sorriso de orgulho do pai? Que casal apaixonado curtindo juntos a vitória. Como se tivessem escalado o Everest e agora podiam comemorar contemplando a linda paisagem lá do alto.
Há muitas semelhanças deste vídeo para o outro. Ambos foram partos na água, em ambos os partos o marido participou do processo mais do que a doula/parteira (o que eu achei lindo de ver!) e em ambos a mãe que deu à luz ficou perfeitamente bem e em paz de espírito tão logo a bebê nasceu. E, sim, ambas estavam perfeitamente à vontade, no conforto do lar, indo e vindo conforme desejavam... aparentemente sem interferências desnecessárias. O vídeo mostrou as parteiras e assistentes apenas observando.
Também pude perceber que nos dois casos elas usaram a técnica da "open glottis" durante as contrações, ou seja, é evidente que se prepararam para este momento. O parto em casa foi algo planejado pelo casal. Elas não caíram ali de pára-quedas e estavam sem saber qual era o próximo passo. Elas estavam cientes de que deveriam deixar o processo acontecer naturalmente. Certamente devem ter estudado a fisiologia do parto e se prepararam física e psicologicamente para enfrentar a dor porque sabiam que ela era necessária para o processo todo.
Bem, os vídeos são lindos e inspiradores, mas eu sei bem que não é todo mundo que encara um parto natural em casa (principalmente na nossa cultura e nesta época da história em que vivemos). Eu sei que o cenário está mudando e que o movimento do "renascimento do parto" (aproveitando o nome do filme que será lançado mês que vem aqui no Brasil!) está ganhando força, o que me deixa bem empolgada. Talvez daqui uma ou duas décadas as mulheres adotem uma nova mentalidade e as estatísticas cesariana x parto normal x parto domiciliar sejam outras completamente. Eu torço para que aconteça!
Até muito recentemente a ideia de parir em casa era algo que eu jamais cogitaria, mas confesso que venho sonhando com isso ultimamente. No mês passado cheguei a comentar com a obstetra que fez os meus dois partos normais (sim, foi ela... e não eu, sniff sniff... meu papel foi ficar passiva e obedecer comandos) e ela quase teve um TRECO! Apenas pra constar, na opinião dela partos domiciliares na cidade de São Paulo são um absurdo e um capricho sem cabimento. :-(
Mas voltando... Não é toda mulher que encara um parto em casa hoje em dia. Se este é o seu caso, eu vou aproveitar o post de hoje para divulgar um outro vídeo, desta vez um documentário bem curtinho (17 min) publicado há 3 anos, sobre parto natural humanizado. Chama-se Parto Natural - Natural Birth. Quem não se sente ousada o suficiente para parir em casa mas também não gostaria de ter em hospital por causa dos procedimentos rotineiros que tolhem a liberdade da mulher, é legal saber que também existem as casas de parto. Eu ainda não sei muito sobre elas, mas sem dúvida é uma opção a ser considerada.
O documentário é rápido e objetivo e os profissionais que participaram deles esclarecem pontos cruciais. Eu recomendo que você assista e divulgue-o para todas as suas amigas grávidas (e mesmo as não grávidas). Quanto mais informações a mulher tiver sobre como acontece o parto, tanto melhor para todos nós!
Ela se movimentava livremente, sentava no chão, se apoiava no marido, subia na bola... fazia o que queria. Tinha liberdade para ouvir o próprio corpo e deixar o parto acontecer no seu próprio ritmo, naturalmente.
Ah, e vocês repararam na técnica da vocalização que ela usou para ajudar o canal se abrir sem lacerar o períneo? Eu achei o máximo aquilo porque foi justamente o que a Dra. Melania Amorim ensinou naquele documentário sobre parto humanizado que eu amei e publiquei aqui no blog um tempo atrás (acesse aqui). Ela explica que durante o parto é preciso relaxar o períneo (e não contrai-lo). Fantástico.
Porém, a parte mais linda mesmo foi a reação dela quando a bebê nasceu. Foi ela mesma quem pegou a criança no colo e trouxe-a para perto do peito. Que diferença de um parto natural no hospital!!
Nos meus partos (ambos 'normais' hospitalares), eu precisei ficar o tempo todo "quietinha" na cama, com as pernas erguidas (presas) e sem poder encostar as mãos no pano azul pra não contaminar o campo estéril. Eu não fui a primeira pessoa a pegar as minhas filhas quando elas nasceram - elas foram direto para a mão de pediatra e enfermeiras que fizeram malabarismo com elas enquanto eu tentava assistir de longe. Depois a limparam, colocaram um lacinho na sua cabeça e a trouxeram para eu ver. Acho que a examinei por uns 30 segundos e daí já a levaram embora de novo. Meu marido teve de sair da sala, a médica terminou o serviço de sutura lá embaixo (por causa da episio) e então eu fiquei sozinha em recuperação (por causa da anestesia). Só fui ver minhas filhas de novo (e pegá-las de verdade) horas depois. E só então pude amamentá-las.
Agora veja que diferença para este parto filmado. A bebê nasce e a mãe tem uma reação tão linda, tão espontânea, tão natural de um momento como esse. Parece que ela delira! Ela agradece a Jesus pelo nascimento da filha e da boca dela começam sair palavras de bênção sobre a vida dela... puxa, que especial! É de arrepiar os pelinhos do braço, rs! Sem falar do privilégio de ter ali sua família perto neste momento, as outras filhas reagindo natural e espontaneamente também, o marido já podendo pegar a bebê no colo, esquentá-la com a toalha, colocar sua primeira roupinha... e sim, cortar o cordão umbilical.
Simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO, não é mesmo?!
Agora o próximo vídeo de parto domiciliar...
Se com o primeiro vídeo pude me assegurar que parir é uma experiência de grandes emoções, este me transmite aquela deliciosa sensação de paz após a agonia. Dava para sentir a tensão da dor que a parturiente, que desabou a chorar provavelmente porque estava muito difícil, estava sentindo... e o marido ali o tempo todo encorajando-a, dentro da água junto, apoiando, dando força.
Quando a bebê finalmente nasce vocês repararam no semblante de serenidade e alívio dela? E o sorriso de orgulho do pai? Que casal apaixonado curtindo juntos a vitória. Como se tivessem escalado o Everest e agora podiam comemorar contemplando a linda paisagem lá do alto.
Há muitas semelhanças deste vídeo para o outro. Ambos foram partos na água, em ambos os partos o marido participou do processo mais do que a doula/parteira (o que eu achei lindo de ver!) e em ambos a mãe que deu à luz ficou perfeitamente bem e em paz de espírito tão logo a bebê nasceu. E, sim, ambas estavam perfeitamente à vontade, no conforto do lar, indo e vindo conforme desejavam... aparentemente sem interferências desnecessárias. O vídeo mostrou as parteiras e assistentes apenas observando.
Também pude perceber que nos dois casos elas usaram a técnica da "open glottis" durante as contrações, ou seja, é evidente que se prepararam para este momento. O parto em casa foi algo planejado pelo casal. Elas não caíram ali de pára-quedas e estavam sem saber qual era o próximo passo. Elas estavam cientes de que deveriam deixar o processo acontecer naturalmente. Certamente devem ter estudado a fisiologia do parto e se prepararam física e psicologicamente para enfrentar a dor porque sabiam que ela era necessária para o processo todo.
Bem, os vídeos são lindos e inspiradores, mas eu sei bem que não é todo mundo que encara um parto natural em casa (principalmente na nossa cultura e nesta época da história em que vivemos). Eu sei que o cenário está mudando e que o movimento do "renascimento do parto" (aproveitando o nome do filme que será lançado mês que vem aqui no Brasil!) está ganhando força, o que me deixa bem empolgada. Talvez daqui uma ou duas décadas as mulheres adotem uma nova mentalidade e as estatísticas cesariana x parto normal x parto domiciliar sejam outras completamente. Eu torço para que aconteça!
Até muito recentemente a ideia de parir em casa era algo que eu jamais cogitaria, mas confesso que venho sonhando com isso ultimamente. No mês passado cheguei a comentar com a obstetra que fez os meus dois partos normais (sim, foi ela... e não eu, sniff sniff... meu papel foi ficar passiva e obedecer comandos) e ela quase teve um TRECO! Apenas pra constar, na opinião dela partos domiciliares na cidade de São Paulo são um absurdo e um capricho sem cabimento. :-(
Mas voltando... Não é toda mulher que encara um parto em casa hoje em dia. Se este é o seu caso, eu vou aproveitar o post de hoje para divulgar um outro vídeo, desta vez um documentário bem curtinho (17 min) publicado há 3 anos, sobre parto natural humanizado. Chama-se Parto Natural - Natural Birth. Quem não se sente ousada o suficiente para parir em casa mas também não gostaria de ter em hospital por causa dos procedimentos rotineiros que tolhem a liberdade da mulher, é legal saber que também existem as casas de parto. Eu ainda não sei muito sobre elas, mas sem dúvida é uma opção a ser considerada.
O documentário é rápido e objetivo e os profissionais que participaram deles esclarecem pontos cruciais. Eu recomendo que você assista e divulgue-o para todas as suas amigas grávidas (e mesmo as não grávidas). Quanto mais informações a mulher tiver sobre como acontece o parto, tanto melhor para todos nós!
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