O livro é de fácil leitura, escrito com uma linguagem bem simples e abrange variados temas relacionados à criação de filhos sem, contudo, se aprofundar em nenhum deles. Eu diria que o livro é um ponto de partida, como um pontapé inicial para estimular pais a mães a refletirem e se conscientizarem do seu papel na educação dos filhos.
Ao fim do livro ela faz uma pequena lista de livros que ela recomenda. E advinhem?? O Nana Nenê (de Robert Buckman e Gary Ezzo) está na relação. Fiquei feliz, hehe! Mas o que mais me chamou a atenção e o motivo de eu escrever esse post é a reflexão que ela faz sobre maturidade, ou seja, entre a importância de se preparar para a maternidade e permitir que, com a prática, todo esse conhecimento se transforme em sabedoria.
Reproduzo abaixo o trecho do livro em que ela fala sobre isso, espero que gostem!
É preciso entender primeiro o que significa maturidade. Uma pessoa madura é alguém que, ao longo da vida, adquiriu experiência e atingiu certo nível de desenvolvimento em diferentes áreas. Tornou-se prudente, sensata, ponderada. Reflete antes de tomar decisões, e não age por impulso. A consequência desse processo é a transformação do conhecimento em sabedoria.
Precisamos alcançar maturidade em todas as áreas da vida, e quando falamos de educação de filhos isso adquire um peso especial, porque nos referimos à formação da personalidade de uma criança que Deus nos confiou para o trabalho de moldar e formar.
É fato que tanto o homem quanto a mulher devem se preparar ao máximo para a grande missão de se tornarem pais. Responsabilidade e informação podem ser estimuladas por meio de boa literatura, troca de experiências, palestras e conversas. Entretanto, por mais que estejamos teoricamente preparados, a paternidade envolve vivências e sentimentos absolutamente novos e subjetivos, e a maturidade para lidar com isso depende de diversos fatores. Um deles, e fundamental, claro, é a prática. Sem desmerecer todo o processo de tomada de consciência anterior e a informação, é no momento que tomamos nosso filho nos braços que devemos aplicar todo esse conhecimento. Aí as coisas se complicam devido ao envolvimento emocional durante esse longo processo de aprendizado, de corrigir o que dá errado e celebrar o que dá certo. Sem culpa, mas com a firme intenção de aprender e amadurecer.
Eu sempre trabalhei como educadora e já tinha larga experiência quando tive meu primeiro filho, e ainda assim fui pega de surpresa pela maternidade. O lado bom do sobressalto é que ele permitiu-me acumular experiências valiosas quando chegaram o segundo e o terceiro filho - eis a maravilha da prática. Não importa se você é pedagoga, psicóloga, médica, economista ou dona de casa, quando se trata de seu filho, a prática é diferente da teoria.
Aprendi muitas coisas com todos os meus filhos mas, com certeza, muito mais com o primeiro. Lembro-me de que houve um momento, quando Federico era bebê, em que ele não queria mais dormir no berço. Só aceitava o colo ou o carrinho. Eu, inocentemente, o colocava no carrinho e o balançava até que dormisse. Que erro! Agora ninguém conseguia dormri até que ele embalasse no carrinho. Cansados daquilo, por instinto, eu e meu marido decidimos colocá-lo no berço mesmo contra sua vontade e deixá-lo chorar até que se cansasse e pegasse no sono, sozinho. Foi uma medida radical, mas necessária. Foi assim que aprendemos que a criança precisa aprender a pegar no sono sozinha, no berço, desde bebê. A experiência adquirida nos ensinou a não cometer o mesmo erro com os outros dois filhos.
A maturidade vem quando o casal entende sua responsabilidade e se sente naturalmente comprometido com a educação dos filhos, consciente dos valores morais e espirituais que devem transmitir à criança. Esse deve ser o objetivo de todo casal.
(Extraído de Pais responsáveis educam juntos, Cris Poli, julho de 2011, p. 139 e 140)
Um abraço e até o próximo post!Talita
comece como quer terminar, adorei!!!!!!!
ResponderExcluirTento na medida do possivel exercitar isso. Bjs bjs