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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pastoreando o coração - Parte 1 - Fundamentos


"Pastoreando o Coração da Criança" (Tedd Tripp), este é o título de um excelente livro que li há alguns meses e que estou estudando mais a fundo com um grupo de amigas. Vou aproveitar o resumo que fiz para o nosso estudo e revisar aqui com vocês os principais pontos que o livro aborda (do capítulo 1 ao 4). Espero que vocês sejam tão edificadas quanto e eu e se sintam desafiadas a pastorear o coração de seus filhos à luz da Bíblia! Beijos, Talita

Introdução

Tedd Tripp começa o livro pintando o cenário da triste realidade dos nossos dias: Na idade de 10 a 12 anos, muitos filhos já saíram de casa, ou seja, deixaram de efetivamente considerar a mãe e o pai como uma autoridade ou um referencial para as suas vidas. O motivo? Muitos têm filhos, mas não querem agir como pais! Ele diz que a igreja pediu emprestado ao mundo o velho método de criação do tipo "Obedeça, garoto, senão eu vou puxar sua orelha" e alerta que temos ignorado os meios e objetivos antibíblicos desse método. A situação, porém, não é sem esperança. Tripp afirma que é possível criar filhos com métodos santos tendo a Bíblia como único guia seguro.

Para isso é preciso compreender, à luz das Escrituras, dois conceitos cruciais:

O QUE É AUTORIDADE?
Os pais exercem autoridade sobre os filhos como agentes de Deus e devem ser autoridades que entregam suas próprias vidas. A autoridade de acordo com os princípios de Deus é sempre exercida em favor dos súditos; Jesus é o exemplo de "déspota benevolente". Tripp assegura que os filhos em geral não resistem à autoridade que é verdadeiramente gentil e altruísta.

O QUE É PASTOREAR?
Pastorear é ajudar os filhos a aprenderem o discernimento e a sabedoria. O autor focaliza o pastorear dos pensamentos, pois entende que os filhos necessitam entender não apenas "o que" fizeram exteriormente errado, mas também "por que" o fizeram, que é o aspecto interior. Nesse ponto ele ilustra com alguns conselhos antibíblicos que muitas vezes damos ou ouvimos pais darem a seus filhos (como ignorar o opressor ou lutar por nossos direitos) sem considerar o que Deus realmente pensa a respeito dessas questões.

Ele conclui essa parte lembrando que a lei de Deus não é fácil para o homem natural, Seu padrão é elevado e não pode ser alcançado à parte de Deus e da graça sobrenatural que vem dEle.

Capítulo 1 - Chegando ao âmago do comportamento

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Provérbio 4:23
– Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procedem as fontes da vida.
Marcos 7:21-22
– Porque de dentro do coração dos homens é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.
Lucas 6:45
– O homem do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.

Tripp lembra que o coração é o centro de controle da vida e defende que a questão básica a se observar não é o comportamento, mas as atitudes do coração. Ele diz que uma mudança de comportamento que não advém de uma mudança no coração não é recomendável; é condenável. Foi a hipocrisia que Jesus condenou nos fariseus! Os pais devem aprender a envolver os filhos (não reprová-los) e ajudá-los a ver que a forma como estão tentando aplacar a sede de sua alma é com coisas que não satisfazem.

Capítulo 2 - O desenvolvimento do seu filho: influências que moldam

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Colossenses 2:8
– Cuidado que ninguém vos venha enredar com sua filosofia e vás sutilezas, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.
Provérbio 12:15-16
– O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos. A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente oculta a afronta.Nesse capítulo somos levados a pensar nas influências que moldam a vida dos filhos, sabendo que as maneiras como eles reagem aos diversos eventos e circunstâncias determinam o efeito delas.

As influências formativas citadas e exemplificadas pelo autor são:
- estrutura da vida familiar;
- valores familiares;
- papeis familiares;
- resolução de conflito familiar;
- como a família reage ao fracasso;
- história familiar.

Tripp apresenta dois erros comuns na forma de compreender essas influências formativas: a negação e o determinismo. Na visão dele, ambos são incorretos. E para combater o determinismo com roupagem cristã, o autor lembra que o barro não é meramente passivo nas mãos do oleiro, mas que ele reage ao seu toque! Em outras palavras, o barro responde à moldagem, ele aceita ou rejeita ser moldado. Da mesma forma, os filhos nunca são receptores passivos de moldagem; pelo contrário, são reagentes ativos.

Capítulo 3 - Orientação em direção a Deus
PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Provérbio 9:7-10
– O que repreende o escarnecedor traz afronta sobre si; e o que censura o perverso a si mesmo se injuria. Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio e ele te amará. Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio ainda; ensina o justo e ele crescerá em prudência. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do Santo é prudência.
Romanos 1:18-19
– A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
Salmo 58:3
– Desviam-se os ímpios desde a sua concepção, nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.
Salmo 51:5
– Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu a minha mãe.
Provérbio 22:15
– A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.

O autor inicia o capítulo com a ilustração de um barco à vela dizendo que, assim como a direção de uma embarcação não é orientada pelo vento mas pela posição da vela, os seres humanos são criaturas dirigidas pela orientação dos seus corações. E que, portanto, é a reação do seu filho que demonstra se a vida dele está direcionada ou não a Deus. Essa é uma premissa trabalhada em todo o livro: as crianças são adoradoras, adoram Jeová ou os ídolos; nunca são neutras, nem mesmo no ventre materno. Que ídolos são esses? Os ídolos do coração, a conformidade ao mundo, à maneira terrena de pensar.

Prov. 22:15 aponta que algo está errado no coração da criança e requer correção. O remédio não é unicamente mudar a estrutura do lar, e sim tratar o coração. A questão, portanto, não é "ela vai adorar?", mas "a quem ela vai adorar?". Tripp enfatiza que seu filho só pode encontrar plena realização e felicidade ao conhecer e servir o Deus vivo e afirma que egoísmo e rebeldia não são fases passageiras! Longe de refletirem imaturidade, elas refltem a idolatria do coração delas.

Capítulo 4 - Você está no comando
PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Tiago 1:19-20
– Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.
Provérbio 15:32
– O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.
Provérbio 3:12
– Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.
Provérbio 13:24
– O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que ama, cedo o disciplina.

Neste capítulo Tedd Tripp nos lembra que nós pais também somos chamados à obediência! Não batemos/disciplinamos nossos filhos porque somos maus ou porque estamos com raiva, mas porque Deus diz que temos de fazê-lo. Este, sem sombra de dúvida, é um ponto central no livro. O autor continuamente nos lembra que os pais, tanto quanto os filhos, estão debaixo da lei e da autoridade divina. Assim, somos chamados por Deus para ser uma autoridade no treinametno dos nossos filhos. Esse chamado nos dá o direito e também a responsabilidade de educá-los.

Ser pai é diferente de ser conselheiro. Essa distinção é realmente muito importante de se fazer, pois o conselheiro apenas oferece opções. Tripp aponta que o pai assumir mera e simplesmente o papel de conselheiro pode lhe dar a aparência de estar sendo bondoso ou bem-educado, porém o que a criança aprende é que ela é quem decide e está no controle.

Outra distinção a se fazer é no âmbito das responsabilidades de educar. Tripp aponta que nossa cultura reduziu o conceito de criação de filhos à ideia de simplesmente cuidar deles. Criar filhos como Deus ordenou é uma tarefa intensiva, certamente não é do tipo que pode ser agendada convenientemente. Deuteronômio 6:6-7 nos lembra que essa é uma tarefa a ser feita ao acordar, andar, conversar, descansar, etc., ou seja, em todo o tempo! Isso é pastorear. É estar envolvido em ajudar seu filho a entender a vida, a si mesmo e as suas necessidades a partir da perspectiva bíblica. Muitos pais e mães não sentam juntos para discutir seus objetivos de criação para os filhos e não desenvolvem estratégias de longo e curto prazo. Por isso, a orientação normalmente ocorre como um subproduto de situações em que os filhos envergonham ou irritam os pais.

Educar é uma tarefa que requer humildade, nos lembra Tripp. Não há lugar para a ira! É necessário pedir perdão aos filhos quando reagimos pecaminosamente. Quando temos uma explosão de ira, a criança aprende o temor do homem e não o temor de Deus (Tiago 1:19-20).

Disciplina é a mais profunda expressão de amor (Prov. 3:12, Prov. 13:24, Apoc. 3:19, Heb. 12 e Prov. 19:18). O principal objetivo da disciplina não é vingar-se, mas corrigir. O motivo não é demonstrar sua frustração, mas resgatar seus filhos do caminho do perigo. A disciplina deve produzir crescimento, não dor. Como agente de Deus, o autor reforça, você não deve disciplinar por interesse próprio ou conveniência pessoal, mas por princípios absolutos da Palavra de Deus.

Até o próximo resumo!
Talita

Confira a parte 2 do resumo clicando em Objetivos e Métodos

2 comentários:

  1. Olá meninas, adorei o blog de vcs e peço a licença para me referir a ele e utilizar alguns textos em meu blog pois estou lendo o livro Pastoreando o coração da criança e por isso resolvi colocar no blog algumas experiências. Hj é muito difícil criar os filhos e estou vendo sem Deus no coração dele fica ainda pior. Sempre buscamos de maneira bem indisciplinada a estar na igreja etc. mas agora quero fazer =diferente, e quero compartilhar e gerar discussões a respeito do assunto para que possamos contribuir e também ser ajudados neste âmbito. abraços da Lil

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    Respostas
    1. Oi Lil,

      Pode usar nossos textos no seu blog sim, apenas lembre-se de citar a fonte (com o link para o nosso site), por favor!

      Volte sempre!

      Talita

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