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Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Vida Sem Gary Ezzo ou Tracy Hogg

Olá a todos! Acho que a maioria das leitoras nem deve saber quem é “Fabi”, já que há diversos meses não escrevo. É verdade que a “desculpa” que eu vinha usando para deixar de preparar as mensagens era a famigerada falta de tempo. Não que seja mentira, mas sempre arrumamos tempo para fazer algo que precisamos. O verdadeiro motivo da minha ausência foi um só: cansei de livros sobre bebês. Rsrsrs

Que coisa mais estranha, né? Eu li praticamente tudo que podia enquanto estava grávida e reli desesperada todos depois que a Gi nasceu. Um dia eu acordei e disse, “basta”! A mãe sou eu e não o Gary Ezzo ou a Tracy Hogg. Então coloquei todos os livros dentro de uma caixa e escondi no fundo do guarda-roupas. Parei de ler blogs e sites que falavam sobre “o que fazer” ou “o que não fazer”. Nem mesmo nosso blog eu li mais! Não pedi mais conselhos e fiz o possível para evitar dar palpites a alguém (é que as vezes isso é incontrolável, principalmente para uma tagarela como eu :)). Naquela mesma noite eu me ajoelhei e orei pedindo a Deus para que ele me instruísse e me desse sabedoria.

Calma, todo esse histórico não é um incentivo para você fechar esse site agora. Eu fiz isso por uns três ou quatro meses, o tempo que foi necessário para me desintoxicar do medo de ter um bebê problema se não seguir o princípio “a”. Os seis primeiros meses da minha filha eu atravessei com medo de errar, com a angústia de “ter que pagar mais caro” no futuro por algo que eu deixasse de fazer no presente. Esse período de abstinência de informação foi necessário para que eu aprendesse que não vou encontrar o certo ou o errado dentro de um livro. Hoje meus livros (a Gi já vai fazer quase um ano!) estão de volta à estante...só que a importância que dou a eles é bem diferente.

E o que eu aprendi nesses últimos seis meses? Como é a vida sem seguir a risca os livros que usamos como base no nosso site (sem seguir quase nada, para falar a verdade). Curiosa?

Padrões de Sono: A Giovanna sempre dormiu a noite toda quase sem esforço da minha parte e isso continuou mesmo depois que eu parei de “deixá-la chorar” custe o que custar. Nas poucas vezes em que ela acordava chorando eu ia até o quarto dela, a pegava no colo e confortava. Tão logo ficasse calma ela voltava para o berço e dormia. O inverso aconteceu para as sonecas. Perdi a conta do número de vezes em que eu tive que embalá-la e deixá-la tirar a soneca toda no colo. Sabe aquela cena clássica em que a criança dorme no colo e você vai com todo o cuidado colocá-la de volta no berço? Pois é. Giovanna tinha um sensor que disparava quando ela chegava a uns dois centímetros do colchão. Ela já desatava a chorar...e lá toca a mãe voltar a ninar. Claro que não era assim todos os dias, do contrário acho que não aguentaria. Misteriosamente tinha dias em que eu nem tinha terminado o ritual do sono e ela já estava se esticando pedindo para ir ao berço. Mas ouso dizer que a porcentagem de dias bons e dias ruins era 50% para cada lado. Ela dormiu três sonecas até uns oito, começinho dos nove meses. Depois passou para duas sonecas diárias.

Alimentação: Não usei mais o EASY. Fixei os horários de alimentação e não parei de seguir a sequência. Ela tomava leite por volta das 6:00 ou 6:30. Suquinho e um pedaçinho de fruta umas 9:00. 12:00/12:30 o almoço. Um leitinho antes da soneca. Papinha de frutas as 15:30/16:00 e jantar as 18:00 ou 18:30. Leite antes de ir para cama as 19:00/19:30. Ela sempre belisca o que comemos, mas nunca perdeu o apetite. Acho que se percebesse uma diminuição nas refeições pararia de dar besteira para ela.

Atividades: Não organizei horários específicos (como hora de brincar sozinha, hora de brincar com alguém por perto, etc.). Quando está mais focada, coloco ela no cercadinho. Em geral, dá para fazer isso uma vez por dia. Pelo menos uma vez por dia me esforço para levá-la até a área de lazer do prédio onde brincamos juntas na salinha das crianças. Todos os dias tem um período em que ela brinca sozinha comigo por perto.

Educação: No cadeirão, não ensinei as “boas maneiras”. Geralmente dou uma colher para ela brincar enquanto eu a alimento. Ela fica tentando “me imitar” colocando a colher dela na boca. Faz um pouco de sujeira, mas nada extraordinário e fica no espaço da bandeja do cadeirão. O que eu achei legal é que ela pegou a noção de que a colher vai na boca e eu a aplaudo quando ela consegue. Ela fica felicíssima.

Não ensinei linguagem de sinais, mas ela desenvolveu uma própria. Quando está satisfeita, por exemplo, balança a cabeça fazendo um “não” como eu faço para ela quando está perto de algo proibido. rsrsrs.

Também não a ensinei a ficar dentro de um espaço delimitado. Significa dizer que quando vamos a um restaurante ela come no cadeirão disponibilizado pelo local ou no nosso colo (quando não tem cadeirão). Ao terminar, colocamos ela no chão. Ela vai se arrastando pelo local inteiro cumprimentando a todos, mas já sabe que quando chamamos é para ela voltar. Quando ela encontra algo que gosta não obedece e precisamos ir buscá-la, mas no geral ela é bem obediente.

O que eu ensinei? O “não”. Na verdade eu faço justamente o oposto do funil. Tudo é permitido até eu dizer “a Gigi não pode brincar com isso” ou “não pode brincar assim”. Ela tem livre acesso pela casa inteira, mas já sabe que tem alguns lugares que não pode mexer. Em outros, ela sabe que pode mexer, mas que não pode pegar (como na árvore de natal – pode encostar nas luzes, nas bolinhas e nas folhas, mas não pode arrancar de lá). Aqui em casa não tirei nada do lugar (exceto as coisas realmente perigosas) e quando vamos a casa de alguém, não me preocupo, pois sei que posso deixá-la passear a vontade. Se digo “não”, ela obedece (as vezes na terceira vez, mas obedece. rsrs). É impressionante como esses pequenos são inteligentes! Na primeira vez que a Gi pegou uma folha de papel ela imediatamente começou a rasgar. Disse que não podia e dei outra. Na terceira folha que eu dei ela aprendeu. Hoje, ela tira meus livros da estante, pega revistas, encartes e vai “folheando” como se estivesse lendo! Nunca ela rasgou um desses! A única coisa que ela rasga é papel mais fino (como guardanapo ou papel higiênico).

Minha conclusão: Para a Giovanna, não compensou seguir fielmente o Ezzo ou a Hogg. Temos uma rotina e poucas regras (escovar os dois dentes depois das refeições, sempre ir na cadeirinha do carro, o “não”, etc). Ela é tranqüila e dá muito pouco trabalho. Mesmo com algumas sonecas complicadas ou jantares não-tão-perfeitos quando saímos, acho que o esforço para “enquadrá-la” para ser um bebê modelo não compensou. A verdade é que a-do-ro sentir o corpo dela relaxado no meu colo e também rio demais com meu marido quando precisamos sair correndo para pegá-la na mesa do lado porque está colocando migalhas encontradas na boca. Claro, tem dias que a paciência não é mesma, mas pesando na minha balança, eu fui muito mais feliz nos últimos seis meses do que fui nos primeiros, quando as sonecas eram perfeitas, quando sabia quanto tempo de peito tinha dado e quantas fraldas tinham sido descartadas. Acabamos de voltar de viajem esses dias (passamos dez dias fora) e foram simplesmente as melhores férias da minha vida. Eu e meu marido voltamos com o coração grande de tão gratos que ficamos a Deus pela forma como as coisas transcorreram (aguardem o post “aventuras de um bebê de onze meses em bariloche”, rsrs).

Isso não quer dizer que o mesmo aconteceria para um segundo filho, por exemplo. Há crianças com personalidades mais fortes, mais sensíveis e que precisam de um pouco mais de firmeza. Nesse caso, passar sem os princípios do Nana Nenê a vida pode ser difícil.

O importante é saber que a maternidade é uma alegria. Temos sim a responsabilidade de criar uma mulher ou um homem íntegro e saudável em todos os aspectos (físico e emocional). A responsabilidade não é um fardo. Ser pai ou ser mãe é uma bênção de Deus e eu creio que Ele dá sabedoria para criar filhos aos que pedem com sinceridade. As vezes, o discernimento mostra que deve-se usar um ou outro (ou todos) os métodos e conselhos de especialistas. Outras vezes, que o melhor conselho vem de onde menos esperamos (da sogra :), brincadeira). O importante é não descredenciarmos ninguém por mais inexperiente que seja ou dar muito crédito a alguém que seja um “perito”. Cada criança é um ser único e diferente, de modo que não existe pessoa no mundo que possa dizer o que é melhor para todos. Que os nossos ouvidos e olhos estejam abertos para receber todos os conselhos, mas que o filtro confeccionado por Deus esteja ligado para que possamos escolher o que é melhor para cada filho específico.

Ser mãe foi um dos presentes mais maravilhosos que recebi e vou continuar a escrever, mesmo virando mãe “alternativa” porque simplesmente não agüento mais conter tudo que aprendo todos os dias com a Gigi. Um grande abraço a todas as mamães e papais.

4 comentários:

  1. Adorei o post!
    Eu também consultei muitos livros quando engravidei e até os 8 ou 10 meses da minha. Na verdade, eu os usava quase como um oráculo. Foi ruim? Acho que não. Mas me cansei e me dei a liberdade de não seguir o que outro diz que é o melhor para minha filha, mas sim o que eu (A MÃE DELA) percebo/acho que deve ser.

    Ela é ótima! E estou satisfeita com o nosso progresso, nosso ritmo, nosso jeito de fazer as coisas.

    bjs

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  2. Concordo com você. Não é ruim usar livros, mas ficar "dependente" deles. Acredito que agora estou no caminho certo... mais para frente eu digo como foi a experiência. :) Que bom ouvir que a sua está dando frutos!
    bjos

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  3. Nossa esse blog caiu do ceu! Kkkk
    Eu estava precisando ouvir esses conselhos e sentir um alivio depois que li. Muito obrigada por ter escrito! Bjs

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  4. Ei, Fabi, cadê o post "Aventuras de um bebê de onze meses em Bariloche"? você está nos devendo essa, hein!!

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