Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pastoreando o coração - Parte 2 - Objetivos e Métodos


Para quem não acompanhou a parte 1 do resumo (para lê-lo clique em Fundamentos), esta é a continuação da série de estudos que estou fazendo com amigas sobre o livro "Pastoreando o Coração da Criança", de Tedd Tripp. Essa segunda parte do estudo fala sobre objetivos e métodos para a educação de filhos.

Capítulo 5 - Examinando seus propósitos

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Salmo 73:25
– Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.
Romanos 12:19
– A mim me pertence a vingança, eu é que retribuirei.
Romanos 12:20
– Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer.
Mateus 7:21-23
A Bíblia alerta para os perigos do auto-engano e exorta a testarmos a nós mesmos para ver se estamos na fé, pois mesmo a fé não-genuína pode levar alguém a praticar boas ações.
Salmo 36
Afirma que é somente na luz de Deus que vemos a luz.

Tripp afirma que todos os pais têm objetivos para a educação de seus filhos, embora muitos não consigam articulá-los objetivamente. Esses objetivos se baseiam em valores implícitos que podem ser inferidos pelas escolhas que cada pai ou mãe faz. É evidente que todos desejam criar filhos bem sucedidos, porém a grande questão é: Qual a definição bíblica para o sucesso?

Neste capítulo Tripp faz uma relação de diferentes modos de preparar o filho para a tão desejada vida de sucesso; esses modos, por si só, podem refletir objetivos não-bíblicos para a criação dos filhos e transmitir mensagens duvidosas às crianças. Os tópicos abordados por ele são: desenvolvimento de habilidades especiais, ajustamento psicológico, salvação dos filhos, culto doméstico, filhos bem comportados, boa educação e filhos controláveis.

Faço abaixo menção das observações do autor que mais me impactaram.
- Psicologia popular: elaborada para mamães e papais inseguros, você já notou que nenhum livro promete ajudar a produzir filhos que estimem os outros?
- Filhos bem comportados: comportar-se bem é um grande benefício da criação bíblica de filhos, porém é um objetivo secundário, pois a questão crítica não é o que os outros pensam, mas o que Deus pensa. Quando ser bem comportado está desvinculado das raízes bíblicas do servir, as boas maneiras tornam-se um clássico instrumento de manipulação.
- Boa educação: prêmios acadêmicos e reconhecimento escolar bastam? Não. É possível ser bem educado e ainda não entender a vida.

Tripp nos desafia a rejeitar as coisas da cultura que são abomináveis a Jeová, nosso Deus, o que, inevitavelmente, significa descartar os objetivos não-bíblicos para a criação dos nossos filhos. Precisamos nos lembrar de que eles só encontrarão a si mesmos se encontrarem Deus, pois esta é a finalidade principal do homem. Quando nos esquecemos disso e nos focamos somente em ajudá-los a se adaptarem à cultura que não conhece a Deus, estamos estabelecendo objetivos e modos de resolver os problemas da vida que não são bíblicos!!

Alguns exemplos que o autor dá para ilustrar as mensagens duvidosas que passamos aos nossos filhos são: ensinar a obedecer para ser aprovado por você e pelos outros, retribuir o mal com o mal ou ignorar o ofensor em vez de ser sensível às necessidades dele - lembrando que abençoar o que nos amaldiçoam nos dirige a Deus e não aos nossos próprios recursos.

Capítulo 6 - Modificando seus objetivos

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Romanos 12:17-21
Ensina que a única arma suficientemente forte para vencer o mal é o bem.
Lucas 6:27-36
Ajuda-nos a entender como amar nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos odeiam; Deus promete que seremos filhos daquEle que é gentil com os ingratos e maus.
1 Pedro 2:23
Diz que devemos encarar a injustiça sem retaliação, confiando-nos a Deus.
Isaías 1
Explicita de forma clara o que Deus pensa sobre rituais vazios!
Provérbios 15:1
Ensine seus filhos a promover a paz, pois uma palavra branda acalma o furor.
Filipenses 2
Ensine seus filhos a imitar o Senhor Jesus e Seu altruísmo.
Filipenses 2:20 e 22
Bom comportamento deve estar enraizado naquelas raras qualidades que o apóstolo Paulo viu em Timóteo, que era cuidar dos interesses alheios e ter um caráter aprovado.

Neste capítulo o autor leva-nos a repensar os objetivos não-bíblicos apresentados no capítulo anterior, modificando-os à luz das Escrituras. Não será possível reproduzir a totalidade do pensamento do autor neste resumo, mas apenas os pontos que mais me chamaram a atenção:

- Desenvolvimento de habilidades especiais: há muitas atividades físicas que ensinam os filhos a confiarem em si mesmos, enquanto a Bíblia ensina que a pessoa confiante em si mesmo é um tolo, cujo coração se afasta de Deus. Em uma visão bíblica, deveríamos ensinar os filhos a exercitarem e cuidarem de seus corpos como uma expressão de mordomia pelos dons de Deus e incentivar atividades que possam torná-los mais capazes de servir, abram canais de ministério em favor de outros e, claro, desenvolvam força, resistência, flexibilidade e saúde para o corpo.
- Ajustamento psicológico: a Bíblia ensina a encarar a injustiça sem retaliação, por isso conhecer a Deus fará toda a diferença quando estiverem com medo, irados, magoados, ofendidos ou ofendendo. Situações com essas requerem arrependimento e fé, confiar nEle para o viver diário.
- Culto doméstico: é fácil trocar o meio pelo fim; e a prática do culto doméstico é um meio, não um fim. É um meio com a finalidade de conhecer a Deus. Serve para pastorear e alimentar espiritiualmente a família. Quando perde-se de vista esse objetivo, o culto familiar torna-se um ritual vazio.
- Objetivos acadêmicos: será que boas notas são um objetivo bíblico? Notas têm importância se o filho aprender com isso a esforçar-se diligentemente para Deus.

Tripp finaliza o capítulo defendendo que o padrão de Deus é aplicável a todos. Diante da situação em que deveriam ser amáveis com quem os insulta, não há onde buscar ajuda senão em Deus, o único que pode capacitar uma pessoa a responder em amor. Quando o coração de seu filho deseja vingança, quando precisa de força para amar um inimigo, quando sua fé exige que deixe espaço para a justiça de Deus, não há para onde ir senão à Cruz de Cristo!

Capítulo 7 - Descartando métodos não-bíblicos

BASE BÍBLICA APRESENTADA:
1 Samuel 2:30
Deus honra os que O honram.

Tripp enfatiza logo no início do capítulo que, biblicamente falando, o método é tão importante quanto os objetivos e ilustra esse princípio com uma cena que presenciou enquanto aguardava um vôo. Segue a transcrição do trecho que exemplifica este ponto:

Uma pequena menina atriu minha atenção. Era uma criança bonita. Cada detalhe de sua roupa e maneiras de enfeitar-se falava de riqueza. A beleza desta criança era exterior, pois ela mostrava-se exigente e petulante. Era evidente que sua mãe, cansada de viajar, estava a ponto de impor sua autoridade. Então, aconteceu. A criança resmungou, exigindo isso e aquilo, recusando-se a ser acalmada. Sua mãe tentou aquietá-la. A criança estava implacável. Finalmente, a exasperada mãe virou-se para ela e disse: "Estou cheia de você; eu a odeio. Vá embora; encontre outra pessoa e grite com ela. Não quero você; não aguento mais você. Suma da minha vista", ela gesticulou. Após dizer isso, pegou suas coisas e afastou-se de sua filha. Em circunstâncias normais, talvez a garotinha pudesse suportar esta explosão de poder, mas ali, em um aeroporto estranho, sentiu-se assustada. Foi em direção a sua mãe e disse: "Desculpe, mamãe. Eu amo você, mamãe". "Vá embora, eu não conheço você...". "Desculpe, mamãe". Desta vez, ela estava desesperada. "Vá embora, eu odeio você...". A companhia aérea chamou meu vôo. Quando as vi pela última vez, a garotinha ainda estava implorando, e a mãe dava-lhe um sermão corretivo.

Muito embora a mãe da história acima tenha conseguido o resultado que almejava (uma mudança no comportamento da filha), ela o fez a um custo muito alto. Tripp nos lembra que Deus se importa com O QUE fazemos e COMO o fazemos; e nos alerta a tomar cuidado para que a "cura" para o mal comportamento do nosso filho não seja pior do que a própria enfermidade.

Com base nesse princípio, ele analisa as diversas abordagens não-bíblicas que têm nos alcançado e afirma que a mente humana ser o padrão é o ponto em comum a todas elas, conforme segue:

- Não acabei tão mal:
pais confrontam, abusam ou são permissivos assim como foram seus próprios pais, repetindo seu tom e suas palavras
- Psicologia popular: suborno, negociação, contrato, são abordagens superficiais que resultam na clássica manifestação de interesse próprio e de manipulação através do comportamento exemplar
- Mudança de comportamento: método que treina o coração na cobiça e no egoísmo, ensina a criança a trabalhar por recompensas, a realizar tarefas por motivos impróprios (nota: incentivos e recompensas bíblicas não são um fim em si mesmo, mas apenas o resultado da obediência a Deus, como está escrito em 1 Samuel 2:30)
- Emocionalismo: consiste em envergonhar uma criança; a privação emocional provoca um medo paralisador
- Correção punitiva: ameaças, levar uma surra, ouvir um grito e privação de algo que a criança deseja são tentativas de manter a criança sob controle; a confinação não intenciona fazer algo por ela, faz algo contra ela; castigar não é corrigir, pois as falhas do caráter não são abordadas

Que tipo de fruto a metodologia não-bíblica que você usou até agora produziu na vida do seu filho? Precisamos de uma metodologia bíblica, conclui o autor. A educação superficial de filhos tem produzido filhos superficiais que não entendem o que se passa com eles mesmos!

Tripp defende que a criança precisa ser treinada em como entender e interpretar seu comportamento em termos da motivação do coração, mas lembra que para os pais é mais cômodo lidar somente com o comportamento em vez de lidar com o coração, e ilustra:

Você não pode reagir à Susane que gritou com Tiago, simplesmente dizendo-lhe que pare de gritar. O problema não é que ela está gritando com o irmão. o problema é a ira e a amargura em seu coração, que ela expressa ao gritar.

Segue outro trecho digno de ser reproduzido:

Se a direção do método é a recompensa, o coração é treinado a querer a recompensa. Se é aprovação, o coração é treinado a lutar por aprovação ou a temer a desaprovação. Quando os especialistas lhe dizem que deve descobrir o que funciona com cada criança estão dizendo que descubra os ídolos do coração que motivam esta criança. (...) Abordar o coração de forma não-bíblica agita a corrupção do coração da criança e fornece-lhe ídolos funcionais em redor dos quais a criança organizará sua vida.
A conclusão do autor é que abordagens não-bíblicas treinam o coração para afastar-se de Cristo, pois ensinam a criança a tomar decisões baseadas na conveniência em vez de fundamentar-se no princípio. Outro resultado devastador é que elas produzem distanciamento entre pai e filho.

Bem, por hoje é só. Minha esperança é que o resumo acima apresentado lhe proporcione um momento de profunda reflexão (como proporcionou e continua proporcionando pra mim). Lembre-se de que a mensagem central do livro é que o evangelho fala às pessoas como pecadores imperfeitos que precisam de um novo coração.

Um abraço, Talita

Confira a parte 3 do resumo clicando em Comunicação

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Você ainda existe, mesmo após a maternidade!

Olá queridos do blog!

Estou aqui pela segunda vez, mas acho que agora nos encontraremos com mais frequência! Para mim é uma alegria, pois esse blog é muito útil e interessante! E também pratico os métodos dos livros citados aqui e os ensinamentos do melhor manual de vida já existente: a Bíblia!

Um dia após chegar da ginástica o tema que me veio à mente foi este, por isso logo comecei a escrever. Fiquei um tempão escrevendo essa mensagem e quando fui postar, ela sumiu. Perdi tudo... coisa de iniciante... rsrsrs , mas aqui estou para começar de novo!

Sou mãe da Sofia de 1 ano e 5 meses. Ao término da minha licença-maternidade decidi me desligar da empresa em que trabalhava, então fui agraciada por Deus com o privilégio de poder cuidar da minha princesa em tempo integral. Trabalho fora desde os 16 anos (já tenho 30) - o dia inteiro - e por um bom tempo também estudei à noite, mas confesso a vocês que nunca trabalhei tanto como nesses últimos 1 ano e 5 meses. O tempo não passa, ele voa!!!!!!!!!!! Quando vejo a semana já se foi! Por isso, tento com todas as minhas forças não me esquecer do tão importante Y (YOU – do EASY do livro da “Encantadora”) e é sobre ele que quero comentar um pouquinho!

Vou escrever como normalmente é a rotina da minha família:

- 7h – todos acordamos, meu esposo vai para o banho para logo ir trabalhar, enquanto isso, preparo o leite da Sofia e nosso café da manhã, tomamos café juntos.

- 9h-10h – até esse período tenho um tempo com a Sofia, assistimos a desenhos, ou brincamos no quintal, ou lemos; depois ela come uma fruta e vai para a primeira soneca.

- 11h-12h – até esse horário eu faço alguma tarefa da casa, ou tenho um tempo para mim: vejo um filme, ou leio, ou oro, ou uso a internet, ou não faço nada... mas, na maioria das vezes, faço uma tarefa da casa mesmo!rs

- 12h-15h – almoçamos, depois arrumo a cozinha enquanto a Sofia fica andando e brincando pelo quintal e pela cozinha, depois temos mais um tempo juntas. Próximo das 15h dou o banho e o leite e ela vai para segunda soneca. E eu vou para os mesmos programas: vejo um filme, ou leio, ou oro, ou uso a internet, ou não faço nada, ou faço alguma tarefa da casa.

- 17h – a Sofia acorda, por volta das 18h ela janta, meu esposo chega e jantamos juntos, brincamos com a Sofia e por volta das 21h ela dorme e meu esposo e eu temos mais um tempo juntos até as 22h-23h. Ah... e 3x por semana vou à ginástica e ele fica sozinho com ela por +/- 1h ! E 1 ou 2x por semana ele vai ao futebol e chega mais tarde.

Lembrando que cada soneca da Sofia é de aproximadamente 2 horas e ela dorme entre 10 e 12 horas por noite!

Claro que isso é o que acontece normalmente, mas há dias que vamos ao médico, outros ao shopping, ao mercado, ao parque, ou há dias em que a Sofia está doente então a rotina fica um pouco comprometida, e também os finais de semana quando vamos passear, à igreja ou recebemos visitas. O que quero ressaltar é o fato da aplicação da rotina proporcionar esses tempos para nós!

É difícil e trabalhoso aplicar uma rotina, cozinhar, lavar, manter a casa em ordem (no meu caso só tenho uma ajudante 1x a cada 15 dias para a faxina pesada) e ainda estar bem humorada, feliz e com o sentimento de dever cumprido, sem estar fora do planeta, podendo assistir a um noticiário ou ler uma revista ou um artigo na internet. O mais importante é que esse esforço em manter uma organização no nosso dia nos proporciona o tão sonhado e fundamental tempo para nós!

Precisamos pensar, planejar, organizar algo que ainda não está muito bom em casa, descobrir uma maneira de economizar mais para reduzir despesas, ou o que faremos nas próximas férias, ou, no meu caso, como farei quando decidir voltar a trabalhar, ou me auto-avaliar, ou estudar para reciclar meus conhecimentos ou adquirir outros que ainda não tenho, ou como farei para emagrecer um pouco ou que corte de cabelo vai me deixar mais bonita... enfim, a questão é que precisamos desse tempo no qual EXISTIMOS!

Isso faz com que nos sintamos vivas e possamos ser boas esposas, boas mães, não mães frustradas que se sentem escravizadas pelo trabalho da casa e da criação dos filhos. Além disso, ainda precisamos ser esposas cheirosas, alegres, com tempo para ouvir e contar ao esposo sobre como foi o dia. Também somos as intercessoras do lar, nosso trabalho principal é orar pela família e ainda precisamos de um tempo para nos dedicar à obra do Senhor e também bater um papo com as amigas! Para que tudo isso aconteça nós precisamos trabalhar arduamente, pois esse não é um processo natural. A casa não vai ficar arrumada sozinha, nem o seu filho vai se criar por si só e você não vai ficar bonita e cheirosa se não se cuidar!

Enfim, o que quero dizer é que ser esposa, mãe, profissional, amiga, intercessora, ministra na casa de Deus etc etc etc não é fácil, mas eu posso afirmar que se não nos esforçarmos para termos o nosso lugar bem definido e executado em cada uma dessas áreas não seremos tão felizes como poderíamos. Creio que muitas mulheres estão chateadas com suas vidas porque não estão conseguindo ser quem elas precisam ser segundo o padrão de Deus.

Ninguém falou que a vida da mulher seria fácil. Em Prov. 31 podemos ter certeza disso: a mulher virtuosa tem muuuiiitttooo trabalho! :-)

E tem mais! Nós somos o coração da casa. Se nos anularmos, nossa casa começará a ter problemas, começará a morrer aos poucos... Por isso vale a pena lutar para que esse coração (que somos nós) continue batendo com força e alegria! Certamente nós e todos ao nosso redor seremos beneficiados por isso!!

Foi um prazer escrever um pouco e graças à bondade e misericórdia de Deus dividir com vocês coisas que considero tão importantes!

4 meses de Alícia!


Ontem a Alícia completou 4 meses, ou seja, ela já está com 18 semanas de vida!
E hoje vim postar um update de como foi o último mês!

Hora de Ma
mar
A Alícia continua sendo "fera" em mamar rápido; continuamos com a rotina de 3 em 3 horas em média e ela faz a refeição completa (esvazia o meu seio) em apenas 4 a 8 minutos, raras vezes mais do que isso. Quando demora mais é porque ela não acordou direito e está mamando lentamente. Se eu tento insistir pra ela mamar um pouquinho mais, ela fica brava e começa a chorar. Sinceramente eu acho isso incrível. Como ela pode mamar tão rápido eu não sei! O fato é que eu ouço-a engolindo (o barulho é bem alto, aliás dá até pra ouvir o líquido batendo no estômago dela!) e a cada troca as fraldas estão sempre cheias de xixi (algumas bem encharcadas) então só posso concluir que a ingestão está sendo satisfatória. Além disso, ela está bem bochechuda, com as coxas grossas, ganhando peso etc., não há com o que me preocupar.

Uma ou duas vezes por mês ofereço a ela leite materno expresso na mamadeira. Temos uma bombinha elétrica da Evenflo que o meu marido trouxe do exterior que é prática e muito útil. Em 15 a 20 minutos eu consigo tirar 100 a 120 ml de leite (de um lado só). Com a Nicole eu cheguei a usar a bomba manual e não gostei - além de demorar, é muito dolorido fazer a ordenha manual. Doi as mamas e também as costas por causa da posição que você tem de ficar pra conseguir que míseras gotinhas de leite saiam. Ai, muito sofrido! Na ocasião minha amiga me emprestou a bombinha dela e eu amei, tanto que dessa vez fizemos questão de comprar a nossa. Como disse, não uso-a com frequência mas costumo deixar uma "porção" congelada para eventualidades.

Na última semana meu marido e eu saímos para o nosso monthly date (passeio a sós mensal) e deixamos as meninas com a minha sogra que estava visitando do interior. Deixei 120 ml de leite expresso para ela dar a mamada das 15:00, mas ela disse que a Alícia recusou o bico da mamadeira (daqueles tradicionais que vem com a própria bomba elétrica) e chorava muito quando ela tentava, então ela teve de dar o leite com uma colher. Isso nunca aconteceu antes, das outras vezes ela usou o mesmo bico e mamou sem problemas. Compramos outra mamadeira com bico ortodôntico (o mesmo da chupeta) para a próxima vez, no caso de acontecer novamente.

Em seu livro A Encantadora de Bebês Resolve Todos os Seus Problemas, a autora Tracy Hogg dá uma dica interessante. Ela diz que mamães que pretendem voltar a trabalhar devem acostumar o bebê ao bico da mamadeira um tempo antes de acabar o período de licença-maternidade. Isso faz parte de ser uma mamãe proativa. Por isso ela sugere que ocasionalmente se dê o leite numa mamadeira para evitar "greves de fome" durante o dia quando o bebê estiver sob os cuidados de outra pessoa. Ela alerta, contudo, que essa adaptação seja gradual e só inicie depois que a lactação já estiver estabelecida (se não me engano, isso só acontece a partir da 5a ou 6a semana de vida, meu livro está emprestado então não deu pra consultar). Apesar de trabalhar de casa, eu segui a recomendação dela com as minhas duas meninas.

Por fim, ainda dentro do tema alimentação, a Alícia continua evacuando poucas vezes por semana. Esse ainda é um problema sem solução aqui em casa. Ela passa dias sem evacuar e normalmente do 3º. em diante fica muito chorona, até no colo. É bem difícil. Eu tenho feito uso do supositório de glicerina infantil, mas confesso que estou receosa. Andei pesquisando na internet e li algumas matérias que dizem que é normal bebês que mamam no peito evacuarem com menor frequência porque o leite materno tem menos resíduo do que o leite em pó e, por isso, o corpo absorve quase tudo e não há o que eliminar todo dia. Mesmo assim fico insegura e "com o pé atrás", pois a Nicole não teve esse problema. Ela evacuava no mínimo todo dia, quando não 2x ou 3x por dia. O metabolismo dela sempre foi rápido, de repente por isso também ela é sempre foi magra. Bem, temos consulta com o pediatra das meninas na próxima semana e pretendo conversar melhor com ele sobre esse assunto. Não quero que minha filha fique dependente do supositório para evacuar, mas também não quero vê-la sofrendo desse jeito! Quem sabe quando ela começar a comer sólidos, esse problema desapareça?

Hora de Brincar
O tempo acordada da Alícia continua limitado a 1 hora, às vezes um pouquinho mais. Quando ela está acordada fica bem disposta, é atenta a tudo o que acontece ao redor e distribui alegres sorrisos a quem conversa com ela. Eu faço questão de deixá-la "brincar" sozinha também, pois sei da importância dela desenvolver a habilidade de entreter-se sozinha. São inúmeros benefícios, dentre eles o da capacidade de concentração e criatividade. Tem um post de 2010 em que eu falo exclusivamente sobre isso (procure clicando no marcador "cercadinho" na relação de temas à direita). Para vocês entenderem melhor do que estou falando, compartilho alguns vídeos recentes da Alícia brincando com o "gym" dela e também no cercadinho. Ela está na fase de começar a pegar os objetos e tentar levá-los à boca, hehe! Uma delícia!

Vídeo 1 - Brincando com o peixão colorido.
Vídeo 2 - Brincando com o móbile no cercadinho.
Vídeo 3 - Brincando com o "gym - ocean wonders".

Hora de Dormir
Salvo raras exceções, as sonecas durante o dia estão ótimas, principalmente as duas pela manhã. Ela já aprendeu a adormecer sozinha no próprio berço e, se/quando chora, é raro e dura poucos segundos. Faço uso da chupeta, apesar dos livros que li e que recomendamos neste blog alertarem para o perigo dela tornar-se um acessório para o bebê adormecer. Eu concordo que não é o ideal, mas sinceramente não era uma briga que eu quis comprar. Eu acho a chupeta uma bênção para acalmar o bebê e admito que permiti que minhas duas filhas dependessem dela para adormecer. Pretendo, no entanto, começar o processo de eliminá-la da vida da Alícia (assim como fiz com a Nicole que encontrou no dedão da mão esquerda o substituto para ela) por volta dos 6 meses. Vamos ver como vai ser dessa vez.

A última soneca do dia e também a hora de ir dormir à noite são os meus maiores desafios atualmente. Ela tem dificuldade de dormir e, por causa disso, temos tido episódios de muito choro no fim do dia. É estressante porque é o período do dia em que a casa fica agitada, a Nicole precisando de atenção, fazendo muito barulho (você já percebeu que nessa idade as crianças falam tudo gritando?!), correndo pela casa etc. Não tive muito sucesso ainda em fazer com que as duas vão pra cama à noite juntas (no mesmo quarto e no mesmo horário), mas à tarde (logo após o almoço quando a Nicole chega da escola) graças a Deus sim. Elas vão dormir bonitinhas, e 70 a 80% dos dias sem nem um "pio"!

O que normalmente acontece é a Alícia ir dormir entre 18:30 e 19:00 (como a Nicole fazia quando tinha a sua idade), mas depois de 30 a 45 minutos, justamente no horário da Nicole ir pra cama (provavelmente por causa do movimento dentro do quarto), ela acorda e não quer mais dormir. E chora por muuuuito tempo depois disso. Não consigo lembrar direito se tivemos esse problema com a Nicole, mas eu sei que é o 45-minute intruder. Se bem também que às vezes fico na dúvida se não é alguma dor (por causa do problema citado acima) ou mesmo o "witching hour" como já falei num dos posts. O fato é que ela chora bem brava.

O que acaba acontecendo é que ela só adormece novamente depois da mamada dos sonhos, ou seja, ela faz esta última mamada acordada e é colocada no berço bem sonolenta. Com a Nicole era diferente, ela dormia direto das 18:30/19:00 até 6:00/7:00 da manhã do dia seguinte (10 a 12 horas consecutivas), o que significa que ela fazia a mamada dos sonhos dormindo, exatamente como a Tracy Hogg fala que é pra acontecer. Com a Alícia consegui isso poucas vezes.

Por hoje é só, até o próximo post!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pais responsáveis educam juntos!

Minha sogra esteve na Expo Cristã deste ano e comprou o mais recente livro da Cris Poli - a Supernanny do SBT - publicado pela Editora Mundo Cristão. Chama-se Pais responsáveis educam juntos. Li o livro em apenas três dias. Nunca havia lido nenhum livro da Cris Poli, mas confesso que sempre gostei de assistir ao seu programa de TV. São raros os programas de TV hoje em dia que realmente acrescentam algo de positivo para as nossas vidas. E este era um deles.

O livro é de fácil leitura, escrito com uma linguagem bem simples e abrange variados temas relacionados à criação de filhos sem, contudo, se aprofundar em nenhum deles. Eu diria que o livro é um ponto de partida, como um pontapé inicial para estimular pais a mães a refletirem e se conscientizarem do seu papel na educação dos filhos.

Ao fim do livro ela faz uma pequena lista de livros que ela recomenda. E advinhem?? O Nana Nenê (de Robert Buckman e Gary Ezzo) está na relação. Fiquei feliz, hehe! Mas o que mais me chamou a atenção e o motivo de eu escrever esse post é a reflexão que ela faz sobre maturidade, ou seja, entre a importância de se preparar para a maternidade e permitir que, com a prática, todo esse conhecimento se transforme em sabedoria.

Reproduzo abaixo o trecho do livro em que ela fala sobre isso, espero que gostem!

A maturidade do casal

É preciso entender primeiro o que significa maturidade. Uma pessoa madura é alguém que, ao longo da vida, adquiriu experiência e atingiu certo nível de desenvolvimento em diferentes áreas. Tornou-se prudente, sensata, ponderada. Reflete antes de tomar decisões, e não age por impulso. A consequência desse processo é a transformação do conhecimento em sabedoria.

Precisamos alcançar maturidade em todas as áreas da vida, e quando falamos de educação de filhos isso adquire um peso especial, porque nos referimos à formação da personalidade de uma criança que Deus nos confiou para o trabalho de moldar e formar.

É fato que tanto o homem quanto a mulher devem se preparar ao máximo para a grande missão de se tornarem pais. Responsabilidade e informação podem ser estimuladas por meio de boa literatura, troca de experiências, palestras e conversas. Entretanto, por mais que estejamos teoricamente preparados, a paternidade envolve vivências e sentimentos absolutamente novos e subjetivos, e a maturidade para lidar com isso depende de diversos fatores. Um deles, e fundamental, claro, é a prática. Sem desmerecer todo o processo de tomada de consciência anterior e a informação, é no momento que tomamos nosso filho nos braços que devemos aplicar todo esse conhecimento. Aí as coisas se complicam devido ao envolvimento emocional durante esse longo processo de aprendizado, de corrigir o que dá errado e celebrar o que dá certo. Sem culpa, mas com a firme intenção de aprender e amadurecer.

Eu sempre trabalhei como educadora e já tinha larga experiência quando tive meu primeiro filho, e ainda assim fui pega de surpresa pela maternidade. O lado bom do sobressalto é que ele permitiu-me acumular experiências valiosas quando chegaram o segundo e o terceiro filho - eis a maravilha da prática. Não importa se você é pedagoga, psicóloga, médica, economista ou dona de casa, quando se trata de seu filho, a prática é diferente da teoria.

Aprendi muitas coisas com todos os meus filhos mas, com certeza, muito mais com o primeiro. Lembro-me de que houve um momento, quando Federico era bebê, em que ele não queria mais dormir no berço. Só aceitava o colo ou o carrinho. Eu, inocentemente, o colocava no carrinho e o balançava até que dormisse. Que erro! Agora ninguém conseguia dormri até que ele embalasse no carrinho. Cansados daquilo, por instinto, eu e meu marido decidimos colocá-lo no berço mesmo contra sua vontade e deixá-lo chorar até que se cansasse e pegasse no sono, sozinho. Foi uma medida radical, mas necessária. Foi assim que aprendemos que a criança precisa aprender a pegar no sono sozinha, no berço, desde bebê. A experiência adquirida nos ensinou a não cometer o mesmo erro com os outros dois filhos.

A maturidade vem quando o casal entende sua responsabilidade e se sente naturalmente comprometido com a educação dos filhos, consciente dos valores morais e espirituais que devem transmitir à criança. Esse deve ser o objetivo de todo casal.

(Extraído de Pais responsáveis educam juntos, Cris Poli, julho de 2011, p. 139 e 140)

Um abraço e até o próximo post!
Talita